Título: Sonho de Uma Noite de Verão
Nota: Todos os direitos sobre os personagens desta fanfic pertencem à J.K. Rowling, à Warner, às editoras espalhadas pelo mundo e a quem de direito. Não ganho nada escrevendo isto, muito menos dinheiro.
Capítulo 3 - O sumiço de Píramo.
Hogwarts. Corredores das masmorras. Pouco antes da meia-noite.
- Draco! O que você está fazendo fora da cama, e a esta hora! - Exclamou uma cansada Gina Weasley. Ela estava saindo da sala do Snape, onde havia acabado de cumprir detenção, quando avistou uma cabeça loira esgueirando-se pelo corredor.
- O que te interessa, Weasley! Era só o que me faltava, ter que dar satisfações da minha vida, e o pior, para você! - Dirigindo um olhar mortal para a ruiva, continuou cuidadosamente o seu caminho. Mas a menina não se deu por vencida, e esgueirou-se atrás dele.
- Ah, Draco! Não me trate assim! Você sabe que eu gosto de você! Custa me tratar um pouquinho melhor? - Queixou-se a ruivinha, que nessas alturas, já estava fungando no cangote do menino.
- Arg... Weasley! Mantenha distância! Você irá me contaminar com os seus germes! - Gina, que agora tinha lágrimas nos olhos, não teve nem tempo de responder.
- Posso saber o que os dois estão fazendo no corredor à meia-noite? - Perguntou Snape, recém surgido das sombras. Após o susto inicial, Gina respondeu:
- Eu estava voltando para a Torre da Grifinória, agora, quanto ao Draco, também gostaria de saber! - falou encorajada pela curiosidade.
- Já disse que não te interessa, Weasley! Suma da minha frente! - Exclamou Malfoy.
Apesar de demonstrar um quase contentamento, no modo como o seu aluno preferido estava tratando a Weasley, Snape viu-se no dever de mandar seus pupilos para a cama: "Weasley, suma da minha vista! Já era para você estar na sua torre. E você também, Draco, vá para seu quarto." - E com um movimento magnífico, com a sua longa capa negra, Snape desapareceu no corredor que levava às masmorras.
Pisando duro, Draco encaminhou-se para o seu dormitório, sem ao menos olhar para trás. Daria um tempo, até que a tonta da Weasley tivesse ido embora. Daí então, iria atrás de seu amor.
Gina escondeu-se atrás de uma armadura, que ficava bem em frente à sala comunal da sonserina. Se ela conhecia bem a paixão da sua vida, tinha certeza que ele iria sair novamente. E ela estaria ali, escondida, esperando para segui-lo.
Orla da Floresta Proibida. Terceira árvore à esquerda. Pouco depois da meia-noite.
- Que graça tem jogar poção do amor em um casal apaixonado? - Pirraça reclamava consigo mesmo, tinha uma poderosa arma nas mãos, mas não tinha vítimas perfeitas. Estava até com ânsia, o casalzinho sonserino não parava de se beijar.
- Ah! Que droga! Preciso procurar outras vítimas! - E enquanto Pirraça se afastava, Pansy e Teodoro continuavam firmes e fortes na sessão de beijos.
Pirraça já estava perdendo as esperanças de testar o tal do amor-perfeito, quando avistou um pequeno grupo de alunos. Tratava-se do grupo de teatro, formado por Harry Potter, que na tentativa desesperada de fazer um último ensaio, estava reunido perto da cabana de Hagrid.
- Estão todos prontos para o último ensaio? - Perguntou Harry, que tentava não demonstrar sua impaciência com o pequeno grupo, todos estavam mais falantes e dispersos que o normal, a não ser Luna, que estava agindo normalmente, como se vivesse em outra galáxia. Dino Thomas usava o chapéu de Leão, que Luna costumava usar em dias de jogos da Grifinória, e conversava animadamente com Neville. Enquanto Hermione andava de um lado a outro, tentando decorar o seu papel na peça, a amada Tisbe.
- Sei que todos estão nervosos com a estréia, mas isso é normal. Bem... Vamos começar! Neville! Quer dizer... Muro, vá para o seu lugar! - E lá foi Neville, que fazia o papel de 'Muro', da peça: 'A mais lamentável das comédias ou a morte cruelíssima de Píramo e Tisbe'.
- Certo! Não se mexa! Bem, eu começo falando o prólogo, blá blá blá... Blá... Blá... - Luna começou a rir e Harry conseguiu calar a menina com um único olhar.
- Daí entra o Píramo! - Quando percebeu, pelo canto dos olhos, que Rony não entrava, Harry levantou a cabeça e repetiu: "Entra Píramo!" Quando não conseguiu localizar o colega por perto, exclamou: "Cadê o Rony?" Dino, que fazia o papel de leão, respondeu: "Ele precisou sair."
- SAIR? - berrou Harry - Ele tem o papel principal! Na verdade, é ele quem morre de amor!
- Bem... hã... Ele foi atrás da Gina, já que ela está cumprindo detenção, perto da tentação... - respondeu Dino.
- Harry, seja razoável. Ele está preocupado com a irmã! Todos nós estamos preocupados com ela! Essa paixonite pelo Malfoy... - Hermione torcia as mãos enquanto defendia seu amigo e não-tão-secreto-amor Rony.
- Eu sei Mione, mas não seria melhor terminarmos o ensaio primeiro?! - retrucou Harry. Diante da explosão eminente, Hermione achou melhor ir buscar Rony. Antes que Harry pudesse falar mais alguma coisa, saiu em disparada, mas antes, prometeu que logo estaria de volta com o ator principal. E apressadamente dirigiu-se ao castelo, sem perceber que estava sendo seguida.
Algumas árvores à frente. Meia-noite e trinta minutos.
- Tenho certeza que foi aquele fantasma, ah... se eu pego o infeliz... - Snape resmungava, enquanto seguia sua varinha, que estava sendo usada com um feitiço de localização, para achar o frasco de essência de amor-perfeito. O professor continuava seguindo as orientações da varinha, quando escutou um grito. Ao perceber que estava sendo guiado, para o mesmo local do grito, apertou o passo. Ouviu uma aluna gritando, e sem dúvida, ela estava ralhando com o Pirraça. "Agora eu pego esse fantasma" - Pensou Snape.
- O que foi isso que você jogou em mim? Pare de rir seu atentado! Pare de se esconder de mim! - Hermione ralhava com Pirraça, enquanto o fantasma ria e dizia desaforos sem parar, escondido atrás de uma árvore.
- PIRRAÇA! Você pegou o meu frasco! Entregue-o imediatamente! - Ordenou Snape, que estava ficando cada vez mais irritado com o fantasma, que agora mostrava a língua e dançava ula-ula equilibrando precariamente o frasco. Tentando pegar o objeto, percebeu algo estranho, a menina havia parado de gritar. Olhou para ver o que acontecia, e foi tomado de horror. À apenas dois metros, Hermione Granger encontrava-se parada, olhando fixamente para o professor. Com um olhar embasbacado e apaixonado. Imediatamente percebeu o que acontecera, Pirraça havia jogado o líquido na menina, e agora, a sabe-tudo estava apaixonada por ele.
- Não se aproxime de mim! Está ouvindo? - Afastando-se o mais rápido que pôde, fugiu em disparada. Com Hermione em seu encalço, gritando juras de amor.
Caminho do castelo à floresta. Meia-noite e trinta e três minutos.
- Onde se meteu aquela descabeçada? - Perguntava-se Rony Weasley. Tinha procurado pela irmã no castelo todo, sem sucesso. Ela não estava nas masmorras e tampouco havia voltado para a Torre da Grifinória. Por isso, estava indo para a floresta, precisaria da ajuda dos amigos para encontrar a irmã. Estava quase chegando perto da cabana do Hagrid quando ouviu um grito, era a Mione! Ao chegar numa clareira quase desmaiou, tamanho o absurdo da cena que presenciou. Encontrou o Professor Snape, correndo alucinadamente, com a Hermione atrás, gritando juras de amor. Quando conseguiu se refazer da cena chocante e traumatizante, conseguiu gritar:
- Hermione! O que está acontecendo? - Mas a menina não tinha tempo de responder e continuou a sua caçada. Vendo que teria que tomar uma atitude drástica, Rony disparou atrás da sua amiga e quase-namorada.
No meio da fuga, Snape olhou para trás e viu que o ruivo estava quase alcançando a sabe-tudo. Enquanto clamava a ajuda de Merlin, Morgana, Rasputin ou qualquer outro grande bruxo disposto a ajudar, procurava desesperadamente por Pirraça. Precisaria detê-lo, antes que mais desgraças acontecessem. Escutou mais gritos, de meninos desta vez, e mudou o rumo de sua fuga. Olhando novamente para trás, viu quando o Weasley jogou-se sobre a Hermione e conseguiu detê-la. Deixou escapar um suspiro de alívio e diminuiu o ritmo, pelo menos aquele incompetente do Weasley servia para alguma coisa. Mas sua raiva voltou com força maior, quando viu que Pirraça tinha acabado de jogar poção em outras vítimas, desta vez em Draco e Teodoro. Enquanto gritava com o fantasma, seguindo-o em direção ao castelo, perguntava-se porque havia tantos alunos quebrando regras, ao mesmo tempo. Será que a escola inteira estava fora da cama?
