Título: Sonho de Uma Noite de Verão

Nota: Todos os direitos sobre os personagens desta fanfic pertencem à J.K. Rowling, à Warner, às editoras espalhadas pelo mundo e a quem de direito. Não ganho nada escrevendo isto, muito menos dinheiro.

Capítulo 4 - De plebéia à rainha.

Floresta Proibida. Meia-noite e trinta e dois minutos.

Gina estava a poucos metros de Draco, tinha acabado de vê-lo virar uma moita à direita, quando escutou um grito agudo.

- Parece que foi a Mione! Mas o que ela estaria fazendo na floresta proibida à noite?! Perguntou-se Gina. "Devem estar quebrando mais algumas regras... Aqueles três..." - Gina estava resmungando baixinho, enquanto tentava alcançar o Sonserino.

Alguns minutos depois, assustou-se novamente com outros gritos. Mas dessa vez, tinha certeza que um deles era do Draco. E correndo o mais rápido que pôde, foi ao encontro de seu amado. "Draaaaco! Já estou indo!"

Gina não sabia o que encontraria, mas certamente nunca esperaria encontrar Draco e Teodoro brigando com Pirraça. Aparentemente, o poltergeist tinha aprontado mais uma!

- O que foi isso que você jogou em mim, seu monstro! - Draco estava muito nervoso. E sem pensar muito, Gina foi para o seu lado. Mas assim que ela chegou, notou que algo estava muito estranho. Draco e Teodoro olhavam para ela, de modo diferente. Ficou imóvel por alguns segundos e depois perguntou: "Você parece estranho, Draco. Está se sentindo bem?" - E então ela quase desmaiou, pois o olhar apaixonado do menino, bambeou as suas pernas. - Porque você está me olhando assim? - E dando um passo involuntário para trás, percebeu que Nott exibia o mesmo semblante abobalhado.

- Pirraça! Aí está você! - Snape? Ela não podia vê-lo, mas sabia que era seu professor de poções. O que ele estava fazendo na floresta também? Gina estava cada vez mais confusa. E viu, por entre as árvores, Pirraça fugir em disparada para o castelo, com Snape em seu encalço prometendo chamar o Barão Sangrento.

- Minha querida e bela Gina, não quer voltar para o castelo? - Draco perguntou delicadamente, com um brilho luminoso em seus olhos cinzentos.

- Certamente ela não irá com você, Malfoy! Você a maltratou demais! Eu a levarei, minha doce Gina Weasley! Pois é a mais bela de todas, a rainha do castelo!- Nott falou todo pomposo.

- Que brincadeira é essa? Porque vocês estão fazendo isso comigo? - Respondeu Gina num muxoxo. Ao escutar um barulho, Gina viu que era Pansy, que chegava toda atrapalhada com um galho de árvore.

- O que está acontecendo, Teo? Você foi ver de quem era o grito e não voltou... - E olhando para Gina e Draco, perguntou: O que vocês estão fazendo aqui? - Pansy parecia confusa.

- Ele, eu não sei. Mas a Gina, que já está de saída, me dará o prazer de sua companhia até o castelo. - Respondeu Teodoro, pegando na mão de Gina e arrastando-a.

- O QUÊ???? O que está acontecendo? TEO!!! Eu estou falando com você! - Pansy, que já estava chorando, tentava segurar o menino pela manga das vestes, enquanto Draco conseguia puxar a Gina das mãos do rival.

- Me soltem! Malfoy e Nott, cinco passos para trás ou vocês sofrerão as conseqüências... - Ameaçou a ruiva, enquanto empunhava bravamente a sua varinha.

- Eu pensei que você fosse legal, que você gostasse do Draco... Mas o tempo todo você queria o Teodoro! Sua víbora! - Pansy estava transtornada, seu namorado só tinha olhos para a grifinória... E Draco, parecia nem perceber a presença dela.

- Cale a sua boca, megera! Você não tem o direito nem de respirar o mesmo ar que a minha rainha, quanto mais ofendê-la! Vá embora, ninguém te quer aqui! - Teodoro falou o mais venenosamente que pôde.

- Não fale assim com ela! Não olhem assim para mim! O que está acontecendo? - A ruiva sentou-se desanimadamente num tronco de árvore, massageando as têmporas, tentando entender o que poderia estar acontecendo.

- Sua falsa, não me defenda! Sua... sua... hipócrita! - Exclamou Pansy, que imediatamente, precisou proteger-se da investida de Draco, que apontando a varinha para a menina, lançou um feitiço. Pansy caiu para trás, dura como uma estátua. Gina correu para o seu lado, empunhando a varinha ameaçadoramente para os outros dois jovens, e protegendo a sua amiga, que do chão, lançava-lhe olhares mortais. Gina tentava desesperadamente entender o que estava acontecendo, os dois pareciam estar enfeitiçados, olhavam para ela de modo tão estranho... Então, um reconhecimento tomou conta dela, e Gina entendeu o que estava acontecendo...

- Pansy, olhe para mim! Eu sei o que está acontecendo. - E como a menina, apesar de paralisada, recusava-se a olhar para a grifinória. Gina tentou novamente:

- É um feitiço! - Isso conseguiu captar a atenção da sonserina, que olhou esperançosa para a outra.

- Pense bem, Pansy! Até algumas horas atrás, o Draco me odiava! E o Nott mal sabia da minha existência! E hoje na aula de Poções, o professor falou algo sobre um frasco de essência... Pirraça! É isso! Foi o Pirraça quem jogou... Como pude ser tão cega! Por isso Snape estava atrás do endiabrado! Mas o que será que a Mione tem a ver com isso? - Enquanto a menina fazia essas observações, em voz alta, Draco e Teodoro olhavam a menina embevecidos e Pansy, começava a entender o que estava acontecendo.

- CERTO! - Exclamou Gina, assustando os meninos. - Draco, desfaça o feitiço da Pansy! Temos muito o que fazer, precisamos achar o professor Snape! - Mas o loiro limitou-se a brincar com a sua varinha entre os dedos, e disse:

- Acho melhor, não... Ela estava um pouco exaltada... - E olhando maliciosamente para Gina, completou:

- É claro que eu posso ser convencido do contrário... - A ruiva olhou assombrada para o loiro, que não satisfeito, completou:

- Tudo tem um preço, e o meu é um beijo... - Apaixonado, mesmo que sob o efeito de uma poção, Draco não mudava, continuava o mesmo de sempre. E essa era a cena: Gina estava ajoelhada de um lado da imóvel Pansy, enquanto Draco, que estava ajoelhado do outro lado, encarava desafiadoramente a ruiva a sua frente.

- Draco, veja bem, isso não é certo! - Com a mão na testa, Gina tentava explicar o que acontecia ao loiro. - Quando o efeito da poção passar, você vai me odiar por aproveitar-me da situação... Não que eu não queira te beijar... Quer dizer, não é sempre que eu tenho essa oportunidade... É... Bem... - E trocando um rápido olhar com Pansy, que revirava os olhos de forma significativa, a ruiva rapidamente jogou-se sobre o loiro... Que recuperando-se do susto, correspondeu apaixonadamente ao beijo de Gina.

- NÃO!!! - Gritou Teodoro, que percebendo que Gina havia feito a sua escolha, só pensava que não valia mais a pena viver. Lentamente caiu de joelhos no chão. Derrotado.

Floresta Proibida. Entre meia-noite e uma hora da manhã.

- Dá para me largar, Rony? - Hermione estava realmente nervosa, Snape já havia escapado de sua vista; e o amigo estava sentado sobre as suas costas, impedindo-a de seguir o professor.

- Não! Não enquanto você não me explicar o que está acontecendo! Que negócio é esse? Porque você estava perseguindo o Snape daquele jeito? - Hermione não dava atenção às perguntas de Rony e febrilmente tentava se libertar.

- Não falei que era a Mione! - Exclamou Neville, que ofegante, chegava à clareira acompanhado dos outros colegas da peça de teatro. Haviam interrompido o ensaio, assim que ouviram o grito da Hermione. E desde então, procuravam pela amiga.

- Porque você está sentado em cima dela? - Perguntou Harry.

- Porque ela estava tentando agarrar o Snape! Por isso! - Gesticulava nervosamente, o ruivo. Luna trocou um rápido olhar com Dino e começou a rir da situação, o que não ajudou em nada o mal humor de Rony.

- Saia de cima dela, Rony! Deve existir uma resposta racional para isso. Não é, Mione? - Falou sensatamente Neville, enquanto estendia uma mão para a menina. Hermione aceitou a mão do amigo e ainda lançando olhares atravessados para Rony, tentava se recompor.

- Eu não sei o que aconteceu... Não sei como não percebi antes! Mas quando vi o Snape parado ali, com a luz do luar no rosto, tão transtornado com o Pirraça... Meu coração disparou e eu percebi, que estava apaixonada por ele!

Silêncio.

Nem os animais da floresta se manifestaram, e a explicação soou estranha até para a menina, mas não conseguia parar de pensar no moreno mais velho. Apesar de seu coração ter uma explicação, sua mente não aceitava-a tão facilmente. Tinha alguma coisa errada, mas... aqueles cabelos negros...

- É um feitiço. - Afirmou Luna, enquanto colhia algumas florzinhas da árvore mais próxima. Todos olharam curiosamente para ela, que depois de alguns segundos, percebeu que precisaria elaborar um pouco melhor a sua conclusão:

- Qual é pessoal? Só um feitiço faria a Hermione agir assim! - Todos olhavam boquiabertos para a menina, pois a solução parecia tão lógica, que era uma vergonha não terem pensado nisso antes. Todos saíram do estado de estupor quando ouviram, não muito longe, um grito:

- NÃO!!!

- Alguém precisa de ajuda, vamos! - Bradou o menino-que-sobreviveu, e prontamente, todos o seguiram em direção ao grito que haviam escutado. Todos, menos Hermione, que precisou ser carregada por Rony, como um saco de batatas.