Título: Sonho de Uma Noite de Verão
Nota: Todos os direitos sobre os personagens desta fanfic pertencem à J.K. Rowling, à Warner, às editoras espalhadas pelo mundo e a quem de direito. Não ganho nada escrevendo isto, muito menos dinheiro.
Capítulo 5 - Bolinhos de Chuva.
Floresta Proibida. Quase uma hora da manhã.
- Gina! Draco! Pansy!?! O que está acontecendo? - Perguntou Harry, diante da cena bizarra. Os três pareciam estar todos atracados no chão, numa posição muito comprometedora. Rony que vinha logo atrás do grupo, ao ouvir o nome da irmã, correu para ver o que estava acontecendo.
- GINA!!! O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO? - Ao ouvir os berros do irmão, Gina soltou Draco. E então percebeu que eles estavam sobre a colega, que sem sombra de dúvidas, estava muito brava.
- Ai, Pansy! Desculpe-me, acho que me empolguei demais. - Desculpou-se Gina, enquanto se levantava e tentava melhorar um pouco a sua aparência. O que parecia impossível, já que estava suada, vermelha e extremamente constrangida.
- Ai! - Exclamou Hermione, assim que foi largada pelo amigo. Rony parecia estar tendo problemas para respirar. Não conseguia falar, estava quase roxo de raiva e encarava o Malfoy como se fosse matá-lo naquele instante. Obviamente, Draco ainda não havia percebido a presença dos outros alunos. O loiro só tinha olhos para Gina, seu rosto estava corado, os cabelos desordenados e os lábios exibiam um sorriso muito bobo.
Gina não sabia o que fazer, estava muito confusa. Olhava de Draco para o irmão, e novamente para o loiro. Não conseguia decidir se aquele era o melhor sonho de sua vida ou o pior dos pesadelos. Até que o Malfoy falou:
- Nossa! Uau! Gina Weasley... Uau! - Não eram as palavras que ela esperava ouvir, nem a mais romântica das frases, mas o olhar dele, era poesia. E Gina abriu um sorriso enorme. Aquela era a melhor noite de sua vida, nem nas suas fantasias mais românticas, ela havia imaginado um beijo tão bom. Com os olhos brilhantes - efeito das lágrimas - colocou as duas mãos sobre o próprio coração e docemente murmurou:
- Ah, Draco... - Todos se comoveram com a cena, Neville trocou um olhar com Dean, que coçou a cabeça sem jeito e olhou para Luna, que entregou uma florzinha que havia colhido para Harry, que olhou para Hermione, que estava soluçando no chão, abraçada ao Teodoro.
- Porque você está chorando, Hermione? E abraçada a esse Sonserino? - Mas a menina não teve tempo de responder. Rony deu um grito de guerra e pulou sobre o Malfoy. Após o susto inicial, todos que: a) não estavam imobilizados; b) não estavam chorando por um amor não correspondido; e c) não eram Luna Lovegood, correram para tentar impedir Rony de cometer um homicídio.
Castelo de Hogwarts. Sala do Diretor Dumbledore. Uma hora da manhã.
- Deixe-me ver se entendi bem, Pirraça roubou uma substância do seu armário de poções. - Pausadamente, o diretor tentava entender a história inteira, enquanto esperava que o Professor Snape se acalmasse. O que parecia não ter a mínima chance de acontecer no século corrente.
- E então, ele jogou a poção em uma aluna, Hermione Granger, certo? - Snape emitiu um grunhido muito irritado, mas o diretor não precisaria usar a oclumência para entender todo o significado do som. Seus olhos azuis agora brilhavam, quando completou a frase:
- E ela se apaixonou por você, não foi Severo? - O professor em questão levantou-se de pronto e exigiu que o diretor tomasse providências duras e enérgicas contra o fantasma. Também lembrou-o do número assombroso de alunos que estavam vagando pela Floresta Proibida, e que não faziam jús ao nome da floresta. E concluiu, com uma visão bem pessimista, que dezenas de alunos tolos e apaixonados estariam fazendo loucuras de amor por todo o castelo e adjacências.
- Tudo bem, Severo. É melhor você sentar-se novamente e se acalmar. Essa sua veia, do lado direito do seu pescoço, está quase toda exposta. - Com um movimento de varinha, Dumbledore fez aparecer um bule de chá, um prato de bolinhos de chuva e três xícaras. Nesse momento, uma leve batida na porta foi ouvida.
- Pode entrar, Professora McGonagall. - A professora lançou um olhar curioso ao Professor Snape, que parecia um tanto arroxeado, e respondeu:
- Diretor, Pirraça já foi detido. O Barão Sangrento está mantendo-o cativo, só aguardando a sua presença. Oh! Bolinhos de chuva! Um dos meus favoritos... - Mas foi brutalmente interrompida:
- Estamos prestes a presenciar a maior catástrofe da história de Hogwarts e você quer comer bolinhos? Pelas barbas de Merlim! Temos que agir! E agora! - Já estava quase chegando à porta da sala, quando Dumbledore chamou-o novamente:
- Por favor, Severo. Sente-se e escute o que eu tenho a dizer. - Snape já estava pronto para responder, quando percebeu o olhar firme do diretor. Sabia que não adiantaria discutir, teria que esperar e escutar o que seria falado. Mas não deixou de resmungar quando Dumbledore, alegremente, ofereceu:
- Sente-se Professora! Pegue um bolinho, está delicioso!
