Vitima: Amar Estupidamente - Capítulo 1
Autora: Yellowred
Capítulo Dois: Além da Dor (Além do Fedor por Winky)
Ela não conseguia manter os olhos abertos de tanto sono, mas precisava
continuar acordada, senão poderia ser pega "Ok
Gina, da próxima vez que um desconhecido lhe oferecer uma bala NÃO ACEITE! Só
aceite caso você esteja a fim de ter uma tremenda caganeira!!...
Poxa estou até cansada de tanto cagar...ahhh se eu pego o bruxo que me ofereceu essa bala...Só pode
ter sido um Comensal...". Ela forçou a vista e olhou para o escuro a sua
volta. Nada. "Acho que estou segura...". Então apoiou as mãos no chão
cheio de folhas e aos poucos foi se erguendo, sem fazer barulho. Afastou os
galhos da moita e se pôs a andar. Quando já estava se adiantando para o
terceiro passo, sentiu uma mão em seu ombro, parando-a. "Oh, não... me
pegaram!". Ela fechou os olhos, se preparando para receber algum golpe
hostil. Mas ao invés disso, ouviu uma voz arrastada:
- Que feio, Weasley, cagando na moitinha!
"Ah, não... porque tinha que ser ele". Ela tirou bruscamente a mão
dele de seu ombro e encarou os olhos cinzentos.
- Por que você não faz como os outros fariam e me mata logo? - "Isso mesmo
Gina mude de assunto assim ele nem irá perceber esse cheiro indesejável...".
"Porque eu a amo, sua tola! Mesmo estando toda cagada, fedorenta e... Hei
eu encostei no seu ombro!? ÉÉÉCAAA!", ele quis
dizer, mas respondeu:
- Porque precisamos de reféns. Uma quenga, então, é melhor ainda. Dê-me sua
varinha, e nada de truques, Gina Weasley. Eu sei muito bem como você já enganou
vários comensais com essa sua inocência. - "E enganou a mim
também...".
Ela tirou a varinha das vestes - ela tentou limpar a sua varinha cheia de merda
em suas roupas, mas a única coisa que conseguiu foi piorar a situação e
arrancar de Draco uma cara de nojo - e lhe entregou. Ele não precisava ter dito
aquilo - e acredite-me ele se arrependeu de ter feito tal pedido "Ótimo
agora estou com a mão fedorenta e...e...Ai nem quero pensar!..." -, pois
sabia que ela nada faria contra ele, como ele também não poderia fazer nada
contra ela - Mesmo que ele quisesse fazer algo ele não faria. Afinal estar
coberto por excrementos (ô agora eu falei chique!) já era um GRANDE castigo.
Ele pegou a varinha e guardou-a por dentro de sua capa
"ÉÉÉÉCAAAAA!...". Enquanto isso ela pode observar, com a fraca luz do
luar, que seus cabelos estavam molhados pela chuva que havia caído há pouco.
"Será que ele está me procurando faz tempo?". Ela, então, passou a
mão pelos próprios cabelos (IHHH isso está ficando nojento...), também estavam
molhados, e muito mais - agora além de molhados seus cabelos avermelhados
continham um pouco da pasta amarronzada que ela fez a
alguns minutos atrás. Mas ela nem havia percebido, estava mais preocupada com
sua vida do que com cabelos despenteados, escorridos e cheios de bosta - Se bem
que a última opção é impossível de uma pessoal normal não perceber... E só
agora também que ela percebera que suas roupas estavam molhadas - UHHH imaginem
comigo a Gina (hauhauhau...). Cara, eu que não queria
estar em tal circunstância. Ela começava a sentir frio com o vento
gelado da noite, que batia em suas vestes, fazendo com que tremesse e
fazendo com que seu odor se espalhasse.
Ele fechou a capa e viu que ela o observava. Então, também a encarou, e ela
desviou o olhar. Reparou que ela estava tremendo, mas não fez nada para
ajudá-la. "Eu também estou com frio, e ela sabe que é culpa dela...E eu
não estou afim de sujar minha capa tão fina em bosta
de Weasley!...AHAHAHA Pelo menos a bosta dela não é ruiva e com sardas se não
pensaria que a Gina estava parindo...". Ele ainda a encarava, e ela não
estava se sentindo bem - Poxa numa situação dessas quem é que se sentiria
bem?!.
- Vamos ficar aqui a noite toda, parados?
Então, ele desviou o olhar e saiu andando, ela sem escolha, o seguiu.
Estavam andando pela Floresta Proibida, ou o que restara dela. Antigamente Gina
teria pavor de andar por ali, mas agora com todos os misteriosos animais, os
centauros, lobisomens, vampiros, ou seja, todos os que habitavam a floresta,
mortos, ela se sentiria tranqüila, mas estava sendo perseguida, então não havia
motivos para manter a calma. Mas agora fora pega, pega pela pessoa que a botara
naquilo tudo, não diretamente, mas botara. "Se não fosse por ele, talvez
eu já estivesse morta. Ele é o único cliente que me dava 'caixinha'!..."
Gina não pensava assim porque Draco lhe salvara a vida, mas sim porque por
causa dele, ela se motivou a entrar no bordel, e com isso aprendeu a se defender
e a "lutar", protegendo aos outros e a si mesma. Fora por causa dele.
- Por que você não me procurou, em vez de ficar fugindo, correndo perigo? - ele
perguntou, sem parar de andar. - "Talvez porque ela estivesse com
diarréia" uma voz em sua cabeça respondeu a pergunta.
- Por que eu deveria procurar um Comensal para me ajudar? Por acaso você
carrega um papel higiênico aí em sua capa?! Só assim pra você me ajudar em
algo! - disse irônica - E, aliás, pelo que eu ouvi, enquanto escapava, ele deu
ordens expressas para que eu fosse morta, assim que me avistassem.
- Você sabe que eu não poderia... - ele reconheceu.
Desde que ela saíra formada quenga, todos que a viam, sabiam que ela não era
mais a mesma. Mantinha a meiguice e doçura de sempre - de acordo com a sua
professora essas características atraiam mais os homens e com isso conseguiria
mais dinheiro -, mas agora tinha garra, força e a esperteza de uma verdadeira
"mulher da vida", não era mais uma menininha. Era uma mulher e uma
mulher muito safada, coisa que ninguém nunca diria que ela viria a ser, quando
ela estava em Hogwarts. Mas tudo mudara, ele a fizera mudar.
Ele também nunca mais fora o mesmo desde que a conhecera realmente - É nessas
horas que vemos que a professora de quengas ensinou muito bem
sua pupila, talvez por isso Gina fosse a predileta de sua mestra: a
garota tinha talento! Era como se ela tivesse derretido a camada de gelo que
Draco havia feito em torno de si. E mesmo agora, que estavam separados, ele não
conseguia construí-la de novo. A presença quente - e fogosa! - de Gina
permaneceria para sempre nele, ele não podia negar isso. Sempre fora frio e
impetuoso, nunca se importava realmente com ninguém, mas fora só conhecê-la
(no sentido bíblico...) que ele se transformara. Não mantinha mais aquele olhar
frio, e parara de ser arrogante, pelo menos na frente dela, só mantinha mesmo
seu sarcasmo, pois esta era uma coisa que ninguém poderia tirar dele - nem
tendo a melhor das professoras -, era terrível.
E agora, eles se confrontavam novamente. Ela, corajosa e ousada, como aprendera
a ser, e ele arrogante e sarcástico, como sempre fora.
- Não poderia? Eu me lembro muito bem quando você disse: 'Nada está acima de
meu Lorde - nem em cima! -, Gina, nada'. E agora você fica me poupando?
Mate-me logo e, aí sim, me poupe te ver fazer papel de tolo - "Se ao menos
fosse papel higiênico poderia usá-lo..." - na frente daquele maldito
bruxo! - ela começara a se exaltar e ele sabia que agora viria fogo - (Ihhhhhh será que ela vai agarrá-lo mesmo imunda daquele
jeito? Será que depois de "apagar o fogo" de Gina Weasley, Draco ira
dar a tal "caixinha" que acabou salvando a vida dela? Será que eu
irei parar de fazer tantas perguntas inúteis? Continue lendo a fic e você
saberá!)
- Você poderia ter tornado tudo isso mais fácil se não tivesse se tornado quenga. - ele parou, virou pra trás e olhou-a - Você
sabe que eu não deixaria que nada te acontecesse. Mas não, pra você só importa
os seus "clientes" não bastava só um né? Tinham que ser vários!
Por um momento, ela quis se render às palavras suaves que ele murmurava.
"Gina, se entregue fácil assim! Eu lhe pagarei bem!".
- Mas você deixaria minha família inteira morrer. Assim como estão, meu pai,
Carlinhos e Fred. Sou eu quem os sustento...Mesmo com toda a sua riqueza, não
daria para eu alimentar minha família e ainda comprar os meus cosméticos tão
bons da Rua 25 de março!
Draco começou a ficar nervoso também. "Por que sempre ela tem que meter
essa maldita família no meio? E porque ela colocou a Rua 25 de março nessa
estória já que essa rua é trouxa!? Pra mim o Brás é bem mais em conta...".
- Eu não poderia manter uma proteção para a sua família, quando as ordens eram
sempre: 'destruam os Weasley, destruam os Weasley!'. Contente-se com a idéia de
que pelo menos eles não morreram por minha varinha! - Por nenhuma das duas
varinhas...
Ela sabia que quando ele ficava nervoso, voltava a ter o temperamento, do
antigo Draco Malfoy, dos Malfoy.
- Você poderia ter desistido de ser Comensal. Havia tempo, era idiotice. Por que
escolheu este caminho?
- Você sabe porque. E não venha me dizer que a culpa é minha.
- Mas eu não pedi pra você me escolher.
- Mas também não falava nada, só ficava a me olhar. Como você acha que eu podia
suportar aquilo?
- Não sei. Por que você sempre acha que eu tenho que ter as respostas pra tudo?
- ela gritou.
- Pelo simples motivo de você ter me deixado cheio de dúvidas quando entrou em
minha vida - Draco ficou um bom tempo pensando ser gay...Até teve um caso
rápido com Goyle, mas Gina foi mais rápida e o fez virar "espada"
novamente "E que espadão hein!?"
Gina pensava. - Por eu não ter mais certeza de nada, por eu ter sempre que
escolher entre você e o outro lado. E por eu sempre escolher você.
- Mas quando precisou mesmo me escolher, você foi para o outro lado. Foi para
os braços de Voldimertina! Aff
Aquela vadia SEMPRE roubando os meus homens!
- E você não fez nada pra impedir,- ele apontou o dedo pra ela - só ficou me
culpando, me julgando.
- Você precisava ser julgado, pra ver que estava errado.
- Meu erro foi amar você, Weasley. - ele disse em tom baixo.
E quase num sussurro, ela disse:
- O meu também, Malfoy.
E quando deram por si, já estavam agarrados se beijando - Bem como deu pra
perceber uma das perguntas inúteis que fiz já foi respondida ahahah. - Desesperados por recuperar os cinco anos
separados, por voltar a sentir o gosto familiar. Desesperados para encurtar a
corrente de amor que sempre os mantiveram presos um ao outro. Almas Gêmeas, a
tampa da panela, a borracha do lápis...Enfim todas essas comparações sem
sentido.
E como se quisesse limpar as lembranças do passado,
uma forte chuva desabou sobre as cabeças dos dois, molhando mais ainda seus
corpos, mas limpando suas almas e o esterco que agora também estava em Draco. E
eles pareciam não se importar com os fortes pingos que os atingiam, Draco na
verdade tinha gostado afinal tudo ficou mais higiênico, se é que você me
entende (eheheheheh...). Só sentiam o toque um do
outro, a paixão enorme que emanava, quase os sufocando - ou seria o fedor que
ainda continuava que os sufocava? - E ele, que sempre fora o mais controlado,
gritou, separando os lábios:
- Acho melhor procurarmos um lugar para ficarmos até a chuva passar.
O barulho estridente da água era tão forte que ela quase não entendera, mas
estavam tão próximos que fora impossível não compreender.
- Oras meus clientes sempre adoraram ficar "brincando" aqui fora
porque você quer ser diferente?
- Meus clientes...Meus clientes... - Draco imitou a voz fina de Gina - Poxa
quem vai pagar sou eu então eu escolho o lugar!
- Não há mais nenhum lugar pra se proteger aqui - gritou ela também - seus
amiguinhos destruíram tudo!
Ele a olhou desaprovando, não queria que nada estragasse aquele momento. E
qualquer palavra seria suficiente. Então fingiu não ouvir.
- Podemos ir para a cabana de Hagrid. Soube que ninguém entra lá desde que o
guarda-caças morreu. Dizem que é assombrada.
Ela sorriu. "A cabana de Hagrid. Havia uma cama confortável, uma lareira.
Poderíamos ficar quentes...e como!".
- Não acredito que Hagrid possa ter virado um fantasma. Mas alguém pode nos
ver, é perigoso. - "Perigoso e excitante" pensou.
- Ninguém irá ficar pra fora com esta chuva horrível. Vamos!
Ele pegou na mão dela e desataram a correr pela chuva. Pisavam em poças d'água, sujando suas vestes com lama, mas aquilo não era
importante - afinal há alguns minutos atrás eles estavam cobertos por merda e
nem ligaram! - Eles achavam até graça. Corriam pela chuva como dois
adolescentes, sorrindo, por novamente estarem juntos, por poderem viver
momentos que lembrariam pelo resto de suas vidas, estavam felizes. Mas não
duraria muito.
Poft! Gina escorregara em uma das poças e como estava
segurando a mão de Draco os dois caíram de cara no chão. Para não estragar o
momento eles levantaram discretamente e recomeçaram a correr como gazelas -
Nossa que romântico não?!
Ele não conseguia parar de rir. Estavam na porta da casa de Rúbeo
Hagrid e ela estava trancada.
- Abre logo, Draco!
Ele segurava a varinha e mirava pra maçaneta, mas não parava de rir. Gina não
sabia se o acompanhava na risada, ou se dava um soco em sua cara. Optou por
pegar-lhe a varinha "Se eu bater nele quem me dará a
"caixinha" e o dinheiro do buzão?".
- Alorromora!
Com um estalido a porta travada se abrira e um risonho Draco foi empurrado pra
dentro por ela, que estava começando a achar que a chuva não havia feito bem a
ele. Ela o fez sentar na empoeirada cadeira e depois de alguns minutos, com a
eficiência de Gina, já estavam com as roupas secas, a lareira acesa e um bule
esquentando para ser preparado um chá. E ele continuava a rir.
- Draco, o que está acontecendo? - ela queria rir também, pois a risada dele
era tão intensa que a contagiava. Mas se manteve meio séria. - Você
enlouqueceu?
Ela continuou a olhá-lo e ao poucos (isso demorou bastante), ele parou de rir.
- Explique-se. E se eu não rir dela, vou lhe meter aquele bule na cabeça.-
"Poxa porque ele não facilita as coisas e me agarra logo?"
Draco, ainda um pouco risonho, disse:
- É que antes de eu sair pra te procurar, falei com meu Lorde.
Gina fez cara feia. Levantou-se em direção a lareira e apanhou o bule. Chegou perto de Draco.
- E qual é a graça nisso? O que aquela piranhazinha
de vinte e quatro anos tem de engraçado?? - "Se bem que imaginar Voldemort
de traveco é bem engraçado..." (ahahaha....)
Draco parara de rir. Ele sabia que não deveria brincar com uma Weasley nervosa
que tinha alguma coisa na mão. Molly Weasley, mãe de Gina, já lhe provara isso
lhe deixando um belo galo na cabeça com um vaso de flores, há anos atrás.
Também o garoto não se contentou só com a filha e tentou se aventurar com a mãe
também!...Ele mereceu!
- Ele me disse que se eu não te trouxesse em uma hora, iria começar a matar os
reféns que estavam em seu poder. O trio Auror - era como Draco se referia a
Harry Potter, Hermione Granger Weasley e Rony Weasley - estava entre eles.
A mente de Gina funcionou rápida. Draco estava molhado quando a encontrara. A
chuva deveria ter começado meia hora depois que ela "fugira" e se
escondera atrás da moita, ou seja, já fazia bem mais de uma hora que ele estava
procurando-a. Então vários bruxos, entre eles Rony, Harry e Mione estavam sendo
torturados, mortos ou sendo obrigados a ver Voldimertina
fazendo um de seus shows eróticos - acho que a terceira opção seria pior que a
morte... - Ela olhou pra Draco.
- Já passou mais de uma hora, não?
Ele acenou com a cabeça. E o que ele menos esperava que ela fizesse, aconteceu:
Gina largara o bule na mesa, sentara-se na cama e começou a rir, ria como Draco
estava rindo, há poucos minutos atrás, parecia louca. Ele se sentara ao lado
dela, também rindo um pouco, mais tranqüilo pelo bule ter ficado na mesa. Gina
continuava a rir. Draco se contagiara tanto que já estava pondo o braço sobre o
ombro de Gina, mas parou. Ele sentiu que não ouvia mais a risada dela. Abriu os
olhos. Gina o encarava, havia uma fúria crescente nos olhos castanhos, que
sempre foram tão doces.
- Por que você não me avisou antes? - ela rangia os dentes. Draco se lembrou de
só ter visto ela assim uma vez na vida. No dia em que ele não lhe dará a
"caixinha".
- Não vai adiantar nada ficar assim, Gina. Você não pode fazer nada.
- Se você tivesse me avisado que tinham pegado eles, eu teria me entregado
imediatamente. Por que não me disse, Draco?
- Eu havia me esquecido... - "E queria me divertir um pouco com você antes
dele matá-la...Pô eu estou enjoado de só pegar o Voldimertina...Mulher as vezes é
bom sabia?!" pensou - E o que adiantaria você estar lá? Ele só a mataria
também.
- Oh - ela abaixou a cabeça sobre as pernas de Draco, pondo as mãos no rosto -
eles podem estar mortos agora... Precisamos ir até lá, Draco! - as lágrimas
escorriam do rosto de Gina, fazendo os seus olhos brilharem mais. - "É
perdi a noite!....Mas não posso perder os meus amigos também!...Tenho que
ajudá-los!"
- Eu não irei fazer nada para proteger aqueles...
- Eu faço. Eu vou... Só me dê um meio de entrar no castelo para tirá-los de lá
e...
- Não te deixarei ir lá sozinha, Gina. - "Bem talvez eu não tenha perdido
a noite!...E quem sabe com o dinheiro que irei ganhar poderei comprar aquela
calça linda verde com mancha de dálmatas que vi! Ficará show com a minha
blusinha vermelha cheia de letrinhas amarelas!..."
- Como você mesmo disse, eu já enganei muitos Comensais, posso dar conta! - ela
enxugava as lágrimas com a costa das mãos "Se eles pagarem bem eu dou até
pra Voldimertina!!!".
- Mesmo assim eu vou com você. Não quero te perder novamente...
- Você não pode. Se te pegarem comigo te matariam e... - "Putz se ele for minha farra com todos aqueles homens
lindíssimos de preto irá acabar...!!"
- Antes morrer do que não poder te ver, Gina. Eu irei e pronto.
"Ok... Já vi que não irei me divertir com os
'caras malvados'... Tudo bem dessa vez eu irei cobrar uma fortuna do
Draco!..."
Ela abraçou Draco. Sempre desejara reencontrá-lo, mas não naquelas
circunstâncias. Mas agora não era hora de fantasiar, precisava ajudar Harry e
os outros. "Mamãe não suportaria perder Rony também...Já foi tão difícil
agüentar a morte do papai...".
- Mas como entraremos lá sem sermos vistos? - indagou Gina.
- Desdobrando minha capa! O lado interno é forrado por uma película parecida
com a usada para capas de invisibilidade.
- Por isso que eu perdi muitos Comensais que sumiam misteriosamente...Que
cretinos! Sempre sumiam na hora de me pagar!!!... - disse arrancando a capa do
corpo de Draco. - Vamos, então?
- Pensei que nós iríamos ficar mais um pouco... - ele disse a abraçando
novamente, sorrindo-lhe.
- Draco! Eles estão correndo perigo, não podemos perder tempo com besteiras...
Vamos! - ela se soltou e foi em direção a porta "... Faça charminho querida... Deixe-os mortos de vontade...Depois
ATAQUE!..." os conselhos de sua mestra, Tia Lu,
vinham em sua cabeça "Não a decepcionarei ele irá ter uma noite ótima e eu
sairei no final cheia da grana...".
"Besteiras... eu sou uma besteira? Maldito trio Auror!", pensou Draco
e seguiu Gina.
Eles cobriram-se com a capa, colocaram uma proteção também, para se protegerem
da chuva e partiram em direção ao castelo. Lá dentro, Draco e Gina sabiam,
estaria cheio de Comensais e muitos Aurores e bruxos
inocentes como reféns, por isso teriam que tomar muito cuidado. E
principalmente porque Voldimertina também se
encontrava ali - Afinal o castelo era o local de trabalho dela.
Depois da caminhada até o castelo, eles entraram, sendo muito cuidadosos para
não serem descobertos. Mas incrivelmente, o castelo não parecia tão cheio assim
como Draco se lembrava. "Há algo estranho aqui...". Draco foi indicando
o lugar onde Voldimertina estava e depois de alguns
minutos estavam próximos da sala. E estranhamente, por ali tudo parecia quieto
demais também.
- Eu vou dar uma olhada na frente e você fica aqui, com a capa. - falou Draco.
Gina, com um aceno de cabeça concordou, e ficou
atenta, enquanto Draco virava o corredor. Minutos depois ele apareceu, dizendo
que ela podia vir e que deveria continuar com a capa, caso aparecesse algum
Comensal. Ele não queria que ela encontrasse algum de seus clientes...
Harry Potter, Hermione G. Weasley e Rony Weasley, milagrosamente, haviam
conseguido escapar das grades que os prendiam, render alguns Comensais e pegar
suas varinhas de volta. E em seguida foram se confrontar com Voldimertina, e depois de muita luta finalmente
derrotaram-na a transformando em purpurina pink -
dizem as más línguas que Voldimertina foi morta, pois
uma mulher o tocou isso foi a deixou tão passada que ele virou um pó
brilhante. "Graças a Deus menos concorrência!" pensou Gina animada -
O castelo parecia que reagira a esta derrota e estava dando sinais de que iria
desmoronar, mas os barulhos eram quase imperceptíveis que ninguém reparou
nisso. E foi quando eles saíam da sala para irem embora do castelo, agora
maldito, que Harry viu bem ao fundo do corredor um Comensal que ele
reconheceria em qualquer lugar: Draco. E Harry percebeu que ele não notara sua
presença, parecia estar esperando algo, pois olhava pro lado. Então, aproveitou
e lançou um feitiço no altíssimo teto, fazendo-o cair, indo em direção a cabeça
de Draco.
E foi no momento em que Gina, ainda com a capa, foi ao lado de Draco que ela
ouviu uma voz muito familiar gritar, do outro lado:
- Destruction!
Uma luz se acendeu em sua cabeça. "Eles estão vivos!". Ela estava tão
feliz, que nem reparou nas palavras de Harry e só soube que estava sendo
soterrada, junto de Draco, pelo teto de Hogwarts, quando as enormes pedras
começaram a cair e ela gritou:
- Aaaahhh! Pô ninguém
colabora! Assim eu vou ficar sem a minha 'caixinha'!!! Que porre!
Harry, depois de lançar o feitiço se pôs a correr, mas parou logo depois. Teve
a impressão de ouvir um grito feminino, de uma voz muito familiar, mas quando
olhou pra trás só pode ver Draco Malfoy sendo soterrado pelas pedras, e mais
ninguém. "Ele merece. Por ter feito eu sofrer... Ele tinha que ficar é
comigo não com aquela vagabunda da Gina que nem sabe dar prazer a um homem como
eu sei fazer!...Você não me quis né fofo? Agora aquenta as conseqüências
bofe!". Deu de ombros e se foi, com os amigos, não sabendo que estava
matando Gina também.
Draco não conseguia falar, havia uma pedra prensando sua bochecha, então, não
pode verificar se Gina estava viva e não conseguia vê-la devido à capa que a
tornava invisível. Com muito esforço ele conseguiu mexer o braço esfolado e
pegar sua varinha, dentro do seu bolso na calça. "Que bom que não tiramos
a proteção da chuva, ou se não estaríamos mortos. Ah, mas... que
porcaria", ele segurou a varinha e viu que ela se encontrava quebrada.
Segurando-a com as duas mãos, para se manterem unidas as
partes, ele com um movimento conseguiu retirar algumas pedras de cima de sua
cabeça e da de Gina, mas aquilo foi o suficiente para quebrá-la de vez.
"Maldito Potter! Juro que ela vai pagar por essa varinha e pagará ainda
mais se tiver feito algo com Gina". Ele tentou se levantar, mas sua perna
estava quebrada e a dor era enorme e pra piorar a outra perna também não estava
nada inteira. Se arrastando, ele foi até um pedaço do
braço de Gina, que estava à amostra devido a um grande rasgo na capa e abriu,
delicadamente, a capa para poder vê-la. Com uma angustiante preocupação ele
encostou a mão no rosto sujo de sangue dela e ficou aliviado ao ver que ela
estava respirando, dificilmente, mas respirando.
- Gina acorde, vamos, acorde! - Draco cutucava a
bochecha de Gina com um dedo, não se encostando no seu
corpo com medo de machucá-la mais.
Ela lentamente abriu os olhos, ainda respirando com dificuldade.
- Draco... - sussurrou muito baixo. - Oh que droga!
- O que foi você se machucou muito?? - Draco se aproximava dela tentando ver
como era o estado da sua amizade colorida.
- Sim eu me machuquei, mas o pior de tudo foi que quebrei minhas unhas! Você
acredita nisso?! Eu fiz as unhas hoje!!!
Ele teve vontade de abraçá-la e beijá-la, mas se conteve.
- Eu lhe devolvi sua varinha, não é?
- Ela está no bolso da capa... - Gina estava tão machucada e dolorida que não
conseguia se mexer direito. E com cuidado, Draco retirou a varinha do bolso da
capa, mas logo desanimou novamente.
- Também está quebrada... - disse sacudindo-a, mostrando a Gina que a ponta
dela só se mantinha unida ao resto devido à corda de coração de Dragão, que
também estava quase arrebentando. - Não sei porque me lembrei de Voldimertina ao ver essa varinha...
Ele olhou ao redor, vendo o que seria mais necessário fazer pra que eles
conseguissem sair dali. E viu que ainda havia uma enorme pedra sobre as pernas
de Gina. Seria aquilo a prioridade, e retirou a pedra de cima dela, deixando a
livre para levantar-se e arrebentando a varinha de Gina também. "Mais uma
varinha pro Potter pagar...".
Gina sentiu um enorme alívio quando a pedra foi retirada, mas a dor enorme que
ela sentia continuava e então ela notou os barulhos, barulhos vindos das
paredes, do teto destruído e tremeu.
- Draco! - disse com esforço, sua garganta dolorida - O castelo irá desmoronar,
nós morreremos! Eu estragarei o meu vestido mais ainda!!!!
- Não, vamos sair daqui agora. - Draco apoiou-se em uma pedra ao lado e com
muita dificuldade conseguiu se levantar. Gina reparou que ele se apoiava em só
uma perna e que está também não estava nada firme, viu que ele sentia uma dor
enorme mantendo-se em pé.
Então, ela tentou se sentar, mas foi aí que percebeu que tinha um corte enorme
do umbigo quase se aproximando das costas. Saia muito sangue. Mas o pior foi
quando ela tentou se levantar. Suas penas estavam praticamente estraçalhadas,
ela duvidava que haveria algum osso inteiro lá, seria impossível andar.
- Draco, - disse, sentada - acho que a proteção de chuva nos ajudou, mas só
protegeu nossas cabeças. Nossos corpos estão quase mutilados, acho que você
consegue, mas eu não poderei andar.
Uma ponta de desespero começou a surgir no rosto de Draco.
- Não, nós vamos conseguir, os dois. Há uma janela ali, podemos alcançá-la e
pular, antes do castelo desmoronar, não estamos muito alto. Eu te levo no colo.
Gina observou o esforço que ele fazia para se manter em pé. Nunca conseguiria
levá-la.
- Você não conseguiria nem segurar minha pequena maleta de maquiagem, quanto
mais me carregar, Draco. - ela pediu pra que ele abaixar-se e olhando bem fundo
em seus olhos, murmurou - Pule por aquela janela e salve sua vida, eu não
conseguirei.
- Eu nunca te deixaria aqui, nunca!
Um som muito distante de algo caindo os alertaram.
- O castelo já está caindo Draco, vá, por favor... - ela suplicava, começando a
chorar.
- Não posso te deixar aqui... Nunca me perdoaria, você é minha vida. Preciso de
você viva, não conseguiria viver sabendo que te deixei morrer...
- AH bofe, por favor, se toca né?! Que idiotice é essa agora de declarar
amor... Vai cara se salva quem sabe você encontre um rapaz com uma vara melhor
do que a da Voldemortina e vivera feliz com seus
filhos adotados: Crediusvã Malfoy, Jucelitinha Malfoy...e bem eu não irei dar nome pra todo o
time de quadribol que você ira adotar...
- Não! Desta vez não há escolhas, entre as vidas, Gina. Ou saímos daqui, juntos
- ele se calou ouvindo outro estrondo ao longe - ou morremos aqui, juntos...
- Draco...não vale a pena sacrificar sua vida... Há uma escolha. E é entre mim
e você. Eu escolho você! Salve-se, antes que eu me arrependa!
- Pois eu escolho você. Não sairei daqui sem você, mesmo que tenhamos que
morrer. Não te abandonarei, Gina.
- Ah é? Então tudo bem QUERIDO me leva no colo! Agora já!
Draco tentou segurá-la, mas tudo isso foi em vão. Ele mal conseguiu levantá-la
e caiu.
- Viu fofis!? Ou você se salva ou vira purpurina!
Gina se lembrou da outra escolha que ele havia feito, há muitos anos atrás. Ele
a escolheu, sempre a escolhia. Mas agora ela sabia que se ele ficasse ali,
morreria também. E ela não suportaria morrer sabendo que ele se sacrificara por
ela, não de novo. Mas sabia que ele não mudaria de idéia, então, fez como da
outra fez. Calou-se, deixando ele escolher.
Draco sabia o que ela estava fazendo. Desistira e deixara a decisão em suas
mãos, mas ele já fizera a sua escolha, ficaria ali com ela. E então ele
aproximou-se dela e abraçou, mostrando sua decisão, não sairia dali.
- Oh, Draco, você é um tolo - ela disse entre lágrimas - nós não deveríamos nos
amar... É um erro...
Draco, ao ouvir a frase já conhecida que ela sempre dizia quando estavam em
Hogwarts, e a abraçou mais forte ainda e logo depois a encarou fundo.
- Sofremos muito sim, com este amor estúpido. - ele ofegava - mas basta te
beijar pra saber que vale a pena sofrer, basta eu te abraçar pra saber que vale
a pena eu errar, bastar eu te ter pra saber que vale a
pena amar estupidamente...
- Amor estúpido? - Gina riu - Que você é estúpido eu já estou ruivíssima de saber...Mas que amor bofe?? Eu sou uma mulher
da vida! As únicas coisas que amo são as jóias e o dinheiro...Dinheiro que por
sinal não receberei nem a minha 'caixinha' que luto tanto pra ganhar!
E, então, se beijaram com desespero, com medo, com amor - só da parte dele - e
ao fundo ouviram cada vez mais próximos estrondos de algo caindo, e sentiam que
o chão tremia, mas nada atrapalharia aquele beijo, nada. Mas cada vez o chão
tremia mais e os estrondos ficavam mais fortes, logo a
parte em que se encontravam cairia. Finalizaram o beijo e se olharam novamente.
- Eu te amo, Gina Weasley. - os olhos de Draco brilhavam mais do que nunca. E
se Gina não o conhecesse bem, diria que estavam cheios de água - Não me
arrependo de nada que fiz pra te ter e estou feliz por morrer ao seu lado.
Feliz por ter cometido o erro de te amar. Sou um idiota, mas feliz.
- Cara você não me escuta não é?? Cai fora eu não te amo dessa maneira que você
me ama...Pra falar a verdade já esta enchendo essa melação
toda! Prefiro morrer a ter que passar o resto dos meus dias com um cara que não
sabe qual é o seu sexo!
- AH então é assim que você me agradece pelo amor que tenho!? Então adeus
MULHER DA VIDA!
- Mais...Draco você irá me deixar aqui sozinha?
- AH Gina eu realmente não te entendo você me ofendeu até agora queria que eu
me salvasse e agora quer que eu fique?
- É que...Oras me desculpe Draco...Acho que estou na
TPM...Você me conhece bem, sabe que nessa época eu fico meio diferente... -
Poxa se é pra morrer eu não quero morrer sozinha! O que minha mestra iria
pensar??? Pelo menos se me encontrarem aqui com Draco saberão que eu morri em
serviço! E morri com classe afinal morrei com um dos bruxos mais ricos do mundo
mágico! As bichas irão sentir inveja de mim mesmo eu estando morta!!! Que tudo!
- Ah eu entendo Gina... E te perdôo.
E então os dois se abraçaram muito e muito apertado. Estavam morrendo de dor
por este abraço, mas nada diziam, pois não queriam perder este último momento
de ficarem juntos, precisavam ter um ao outro para não caírem no desespero, e a
dor nada importava. O chão, agora, tremia sem parar e eles podiam até ver as
paredes desmoronando, chegando perto de onde estavam. E Gina, como sempre fazia
nas horas em que não se podia fazer nada, fechou os olhos e apertou-se mais a
Draco, esperando a morte.
"If we had this night together
If we had a moment to ourselves
If we had this night together, then we'd be unstoppable"
Unstoppable - The Calling
