Vitima:A Thousand Miles
Autora:Ana

Música A Thousand Miles, Vanessa Carlton


Making my way downtown
(Fazendo meu caminho pelo centro da cidade)
walking fast, faces pass
(caminhando rapidamente, olhando para frente)
and I'm homebound
(E estou indo para casa)
staring blankly ahead
(Olhando fixamente para frente)
just making my way, making a wave
(Apenas fazendo meu caminho, fazendo uma onda)
through the crowd
(pela multidão)
and I need you
(e eu preciso de você)
and I miss you
(e eu sinto sua falta)
and now I wonder
(e agora eu quero saber)

Draco corria pela estação King Cross, nunca havia entrado pela barreira, sempre ia por chave de portal já que era filho de bruxos, nunca havia atravessado aquela barreira e estava sozinho. Hermione já havia entrado com Harry e Rony e nem ligava mais para ele – Bem ele mereceu...Ele já estava virando cola vivia grudado na pobre Mione -, mas era de se esperar, aquilo havia sido passageiro, pensar que teria uma amizade colorida e ainda por cima trouxa, que bobagem dele.

Ele quase corria, olhava para frente, para a barreira, não iria ter medo "Medo é coisa de boiola e eu sou muito ESPADA!", iria atravessar a barreira, pela primeira vez sentir a sensação que muitos alunos sentiam todos os anos, Draco Malfoy com sentimentos? "Eu não sinto nada p! Sentimento é coisa de gay!". Não, nada quebraria seu gelo, ele voltaria a ser o mesmo Malfoy de sempre, e carregaria a honra do nome, que na verdade não tinha nada de honra agora, pois ele a perdeu com Hermione. Sim agora Draco é um homenzinho!! E como a primeira vez é inesquecível, Draco não tirava Hermione da cabeça.

Ele atravessou a barreira, rumo a Hogwarts, que era considerada sua casa, o único lugar no mundo mágico que ele achou que teria um pouco de paz, para poder refletir sobre tudo, coisa que ele ainda não fizera, olhou o trem vermelho na plataforma 9 ¾, se sentia pela primeira vez em um intervalo de tempo que estava realmente indo para casa, para seu lar, pois a mansão Malfoy não era algo para ser chamado de lar.

Ele andava pela multidão procurando um vagão vago, mas todos já pareciam estar ocupados, mas na verdade ele procurava um certo vagão, precisava vê-la, pelo menos se despedir antes, ele precisava encontrá-la, em algum lugar.

if I could fall into the sky
(se eu pudesse entrar no céu)
do you think time would pass me by
(Você pensa que o tempo passaria por mim?)
cuz you know I'd walk a thousand miles
(Porque você sabe que eu caminharia mil milhas)
if I could just see you tonight
(Se eu pudesse apenas te ver esta noite)

Ele estava disposto a procurar em todos os vagões "Menos no banheiro feminino porque só entra lá mulheres e eu sou muito MACHO!", queria apenas vê-la, precisava achá-la, o tempo parecia não correr, mas já estavam na metade da viagem, foi quando ele encontrou um vagão vazio, se sentou, abaixou a cabeça e gotas de lágrima escorreram pela primeira vez em seus olhos "Eu não estou chorando! Só estou lavando os meus olhos de dentro pra fora!! Chorar é coisa de bicha e eu sou um HOMEM" – estou começando a achar que ele está tentando convencer a si próprio que é homem e por isso repeti esse tipo de frase...-, era a primeira vez que Draco chorava, em parte era uma sensação boa, agora era livre para colocar suas magoas para fora, mas temia que alguém o visse naquela situação.

it's always times like these
(Sempre existem momentos como estes)
When I think of you
(Quando penso em você)
and I wonder if you ever think of me
(e quero saber se você já pensou em mim)
cuz everything's so wrong and I don't belong
(Porque tudo está tão e eu não acreditei)
living in your precious memory
(Viver em sua memória preciosa)
cuz I need you
(Pois preciso de você)
and I miss you
(E sinto sua falta)
and now I wonder
(E agora quero saber)

Ele pensava todo momento nela, sentia duvidas subirem a sua cabeça será que ela estava pensando nele? Será que ela sentia o mesmo que ele? Era estranho... Estar apaixonado... "Apaixonado?? Não, não eu estou é excitado apaixonado não! Isso é coisa de mulherzinha!" .Afinal, um dia o gelo derrete, mas ele não pretendia mostrar que o gelo estava derretendo tão cedo, não tão cedo, não agora, ele tinha medo.

Ele ainda não conseguia acreditar naquelas férias, no que havia ocorrido, nos acontecimentos recentes, ao mesmo tempo em que sentia saudades, vontade de tê-la perto de si, de abraçá-la, de sentir mais uma vez o que é carinho, coisa que ele nunca teve, e que provar vicia, e ele estava viciado, pelo pior vicio de todos: o amor.

Como ela fazia falta, mas sabia que quando voltasse iria voltar para os braços do Potter e do Weasley, mas, no mesmo tempo que, não conseguia sentir raiva, a solidão tomava conta, era mais forte, nunca se sentira tão só em sua vida.

- Jack ohhhh Jack Eu te amo não morra! NÃOOOOOO!

- Oh minha nossa! – Draco notou que o gelo derreteu literalmente e estava quase se afogando naquela cabine. E ao seu lado estavam o casal do filme Titanic. Casal não, pois Jack se foi... – Vou saindo daqui antes que eu vire um picolé, ou antes, que essa loca me agarre pensando que eu sou o seu Jack...

if I could fall into the sky
(se eu pudesse entrar no céu)
do you think time would pass me by
(Você pensa que o tempo passaria por mim?)
oh, cuz you know I'd walk a thousand miles
(Porque você sabe que eu caminharia mil milhas)
if I could just see you tonight
(Se eu pudesse apenas te ver esta noite)

Draco se levantou e foi andando pelos vagões, procurando por ela, procurando por algo que completasse seu coração, mas parecia que não a encontraria, que o fim do trem não chegava, foi quando, ele já estava exausto que a encontrou, como sempre, rodeada por Grifinórios, ela estava na frente do trem, embora ele não se dera conta de que estava ali, para ele, estava no fim do trem, ela estava na cabine dos monitores, ela era a monitora da Grifinória, é claro, agora ele faria de tudo para conseguir ser monitor também, nem que tivesse que conseguir o cargo estivesse com quem fosse.

I, I don't wanna let you know
(Eu, eu não quero deixar você saber)
I, I drown in your memory
(Eu, eu me afogo em sua memória)
I, I don't wanna let this go
(Eu, eu não quero deixar isto acontecer) I, I don't know... know
(Eu, eu não sei... sei)

- Ei, o que você quer aqui Malfoy? - Weasley perguntou se levantando.

- Não posso nem mais caminha pelo trem? - ele respondeu com seu tom arrogante.

- Poder pode, mas parece que passar as férias com a Hermione mexeu com você, o que é, veio zombar dela? Saiba que ela fez uma caridade te aceitando... Se não fosse ela você estaria na rua... - Potter disse.

"Caridade...caridade...na rua...na rua..." eram os pensamentos de Draco gaguejando em sua cabeça, ele não conseguia acreditar, eles não podiam saber, não podiam nem se quer imaginar, ninguém poderia saber, o medo, a aflição, a dúvida, todos esses sentimentos ao mesmo tempo lhe davam um dó na garganta, ele não conseguia responder, quando seus pensamentos foram interrompidos por uma gosma nojenta nas suas vestes, Granger havia vomitado, ele se revoltou e disse:

- ÉÉÉÉÉÉÉÉCCAAAAAAA! Você vomitou macarronada! – ele não conseguiu esconder seu nojo.

- Sabe o que é pior? – Disse Hermione ainda vomitando – É que eu não comi macarronada...

- ÉÉÉÉÉÉÉÉÉCAAAAAAAA!!!!! – Gritaram todos, alias todos não porque Hermione ainda estava vomitando.

- Malfoy, ela tá com nojo de você - Weasley disse e todos no vagão começaram a rir.

Foi quando uma mulher que deveria ter uns trinta e cinco anos, com cabelos pretos e olhos negros mais frios que o do Snape, se é que isso era possível apareceu na porta, ela trajava vestes azuis escuras, era alta e magra, ele estranhou, nunca a tinha visto por aí.

- Bom dia, será que vocês já começam com confusão logo no primeiro dia? Grifinória e Sonserina. Pena que eu não sou diretora da casa de vocês, mas logo que chegarem comunicarem aos respectivos e acho que vão ganhar a primeira detenção do ano, e eu sugeria, conjunta...

Ela ia saindo, quando Draco interrompeu, tirando coragem não sabia da onde:

- Quem é a Srta. para ter esse direito? - todos se surpreenderam.

- Tabatah Snape Black - todos olharam-na assustava - ou melhor, Profª Black para vocês, sou a nova professora de Defesa Contra a Arte das Trevas, respondendo a sua pergunta Sr. Malfoy.

A professora se retirou da cabine. Foi Rony quem acabou com o silêncio:

- Tabatah Snape Black??? Mas como pode isso?

- Talvez a mãe do Snape teria tido um caso com o pai do Black?! – Respondeu Harry em risos.

- Snape tem mãe?! – Rony não conseguiu esconder sua cara de espanto. – Imagina como é a mãe dele! Coitada! Ser a versão feminina do Snape é um castigo que eu não desejo pra ninguém!

Mais risos.

- Ah Weasley, por favor, né? A mãe do Snape e o pai do Sirius Black??? Que coisa mais sem sentido! – Finalmente Draco resolveu falar. – Só vocês que não perceberam ainda: essa Tabatah Snape Black só pode ser filha do casal Severo Snape e Sirius Black!

- Seu IDIOTA! Você esta falando que o meu padrinho é GAY??? – Harry ia dar um soco em Draco, mas Rony o segurou.

- Pense comigo Potter. Até hoje eu nunca ouvi falar de Sirius ou Snape terem tido alguma namoradinha...Talvez um dia um deles pensou: "Ele esta sozinho, eu também... Porque não?" Ou talvez "Quem não tem cão caça com gato..." – o garoto dava o seu sorriso tão famoso.

Harry tentou atacá-lo novamente e mais uma vez Rony o segurou.

- Ah Malfoy me poupe! – Hermione depois de ter se recuperado finalmente falou – Se Tabatah Snape Black fosse mesmo filha deles...Bem como eles a geraram??? Barriga de aluguel? Inseminação artificial? E se realmente um deles tenha ficado grávido, coisa que eu duvido, me explique uma coisa: por onde foi que essa criança nasceu?! Sem falar que pra gerar um filho precisam das duas "sementinhas"...Bom não vou entrar em detalhes nessa estória...O que importa é que essa nossa professora não é filha dos pais deles nem é filha de Sirius nem do professor Snape!

- Então Granger me diga de uma vez por todas...Já que você é a sabichona daqui me responda quem ela é e como adquiriu esse sobrenome? - Draco a desafiou.

- Deixe-me responder. - Tabatah Snape Black retornou a cabine. Por algum motivo que eu não consegui imaginar até agora, ela ouviu a conversa sabe-se lá como e entrou na cabine. – Bem acontece que eu sou a esposa do Sever...

- Como é?! – Harry a interrompeu. – Mas se você é a mulher dele...Pelo que sei Sirius era filho único, e não tem nenhum parente vivo tirando eu...Então...Não! Você não pode ser...

- O próprio Sirius Black! – Hermione disse com ar de vitória.

- Sim...Eu sou ele...Há algum tempo estamos nos envolvendo e em uma de nossas conversas eu resolvi mostrar o que eu realmente sou: uma mulher.

- Mas pelo que me lembro – disse Draco novamente com seu sorriso – nas fotos do Profeta Diário você não tinha poderei dizer?...MELÕES! – Draco segurou uma risada. – No bom sentido Potter!

- AH isso? – Perguntou Tabatah/Sirius apalpando seus seios – São lindos não?...Bem eu andei tomando hormônios femininos e estou utilizando um excelente invento trouxa: o silicone...

- Sirius eu não acredito que você me escondeu isso!

- Harry, por favor, me entenda eu sou uma mulher que esta presa num corpo masculino! Eu só quis colocar pra fora o meu lado feminino antes que isso me enlouquecesse!

- "Mulher que esta presa num corpo masculino" – Repetiu Harry indignado – Como assim? Quer dizer que você não tchi?

- Como Harry?

- Você sabe você não cortou?

- AHHHH isso! Não! O Sevinho não quis que eu fizesse isso...Ele gosta do jeito que sou...

- CREEEEEEEDOOOOOOO! – todos na cabine, menos Tabatah, gritaram.

- Por favor, padrinho não conte os detalhes...Já entendemos... - Harry fez cara de nojo.

- Hey me tire dessa Potter, eu não entendo disso não! Eu sou ESPADA! – protestou Draco.

- Bem agora que já está tudo resolvido – disse Tabatah – Tenho que avisá-los que a minha idéia de detenção conjunta ainda está em pé e bem firme!

- AHHH POR FAVOR, PADRINHO EU JÁ LHE PEDI PARA QUE NÃO CONTASSE OS DETALHES!!!

Making my way downtown
(Fazendo meu caminho pelo centro da cidade)
walking fast, faces pass
(caminhando rapidamente, olhando para frente)
and I'm homebound
(E estou indo para casa)
staring blankly ahead
(Olhando fixamente para frente)
just making my way, making a wave
(Apenas fazendo meu caminho, fazendo uma onda)
through the crowd
(pela multidão)
and I still need you
(e eu preciso de você)
and I stillmiss you
(e eu sinto sua falta)
and now I wonder
(e agora eu quero saber)

Draco saiu dali irritado, entendendo agora de onde a professora o conhecia, e tentando esquecer a detenção, ainda por cima, conjunta, ele não sabia como reagir, o que fazer, estava desesperado seria o certo a dizer, olhou para cima a onde estava, dando de cara com o teto, a criatura que parecia mais amigável ali, quando seus dois armários de estimação apareceram.

if I could fall into the sky
(se eu pudesse entrar no céu)
do you think time would pass me by
(Você pensa que o tempo passaria por mim?)
oh, cuz you know I'd walk a thousand miles
(Porque você sabe que eu caminharia mil milhas)
if I could just see you...
(Se eu pudesse apenas te ver...)

- Vocês dois, eu não quero ser incomodado, um para cada lado vigiando os corredores, já, agora... - ele disse, levantando-se e se sentando novamente.

- Mas Draco...Sua roupa esta cheia de o que seria isso? Macarrão??

- Não me encham!!! E façam o que eu disse!

Sem tempo de pensar ele desmaiou, mas não foi bem um desmaio – imaginem alguém cortando uma árvore. Agora essa mesma pessoa gritando: "Madeiraaaaaaaaa" pois foi bem assim que Draco desmaiou -, tudo estava escuro, ele via reflexos, reflexos das férias de verão, estava em seu sexto ano, e sabia que isso poderia acarretar conseqüências para o futuro, precisava vê-la, precisava conversar com ela a sós, precisava dela.

if I could fall into the sky
(se eu pudesse entrar no céu)
do you think time would pass me by
(Você pensa que o tempo passaria por mim?)
oh, cuz you know I'd walk a thousand miles
(Porque você sabe que eu caminharia mil milhas)
if I could just see you...
(Se eu pudesse apenas te ver...)
if I could just see you tonight
(Se eu pudesse apenas te ver esta noite)

Ele continuava ali, estatelado no chão, um aperto no coração, uma saudade, um medo, uma solidão, uma dúvida, todos esses sentimentos misturados, misturados com o mais perigo dos sentimentos, aquele que pode ser pior que o ódio, pior que a ambição, que poucos sabem controlá-lo, é aquele que muitos conhecem pelo nome de: anemia. Sim isso explicaria o pálido do garoto! Só pode ser anemia. Era isso o que ele estava sentindo...


Notas da dona da fic:"Eu não tenho nada haver com a sanidade mental da Elis, o tanto que estou tentando ligar para o hospicio agora mesmo, mas não sei porque meu telefone está mudo... Rs... Agora falando sério... A Elis fez um ótimo trabalho, nunca imaginei que alguém fosse escrever uma fic de comédia tão legal com a minha song! ) Apesar de ainda estar chateada com o que ela fez com o tadinho do Sirius!"