Uma Nova Vida - Capítulo 8

----------Inuyasha----------

Andamos por vários corredores até chegar em frente a uma porta branca,com a placa "Enfermaria".A diretora abriu a porta e me deu passagem,fazendo um pequeno gesto para eu colocar Kagome em uma das várias camas que havia no local.Caminhei até a que estava perto da porta e depositei-a nesta.Só agora,quando a encarei,percebi que havia desmaiado.Puxei uma das cadeiras que tinham ali perto e sentei-me.Peguei a mão dela e a apertei com força.Suspirei e vi uma mulher vestida de branco pegar o outro braço de Kagome e enfiar uma agulha neste.Levantei uma sobrancelha e a encarei.A mulher me deu um pequeno sorriso e se afastou com um pote cheio de sangue.Alguns minutos depois voltou para perto de mim.

-O senhor é parente dela?

-Sim...

-Bem...encontrei algum tipo de veneno no sangue dela...teremos que leva-la a um hospital senão poderá ser pior depois...

Assenti com um balançar de cabeça e a peguei novamente no colo.Saí daquela sala e caminhei até o estacionamento da escola.Foi meio difícil abrir o carro,mas dei meu Kagome deitada no banco de trás e me sentei.Liguei o carro e saí rápido da escola.Cinco minutos depois estava estacionando novamente,só que no hospital.Peguei-a novamente no colo e corri até dentro do hospital.Apoiei-me no balcão e vi uma garota digitando algo.

-Com licença?

-Sim? - ela disse sem tirar os olhos do computador

-Preciso de um médico urgente.

-Vai ter que preencher esses papéis. - disse virando a cadeira e pegando cinco folhas, junto a uma caneta

-Não tenho tempo para isso!

-Sem preencher os papéis,não poderá ser atendido.

-Minha noiva está a beira da morte e você me manda ficar assinando estes benditos papéis?

Ela finalmente resolveu olhar para mim.Olhou-me de cima a baixo e vi um pequeno sorriso formar-se em seus lábios.A encarei irritado.

-O que foi?Acha engraçado a desgraça dos outros?

-Não... - ela disse se levantando e dando a volta no balcão

-Quer por favor chamar um médico?!

Ela sorriu mais uma vez e dirigiu-se a sala do lado.Bateu na porta e entrou,fechando a porta atrás de si.Dois minutos depois ela voltou sendo seguida por outra mulher.

-Sou a doutora Ritsuko Yamahi.O que sua noiva tem?

-Disseram que encontraram veneno no sangue dela...

-Bem...siga-me.

Ela saiu andando e a segui.Passamos por três corredores e entramos em uma pequena sala.

-Coloque-a sentada aqui. - disse apontando para a única cadeira que havia na Kagome nela e fiquei em pé ao seu lado.

-Irei tirar um pouco de seu sangue para comprovar se realmente há veneno...

-Mas quanto tempo demora para sair o resultado?

-Uns...dois minutos ou menos. - ela disse já enfiando a agulha no braço de Kagome.Espetou um pequeno pote na agulha e o puxou.Logo este estava cheio de sangue.Ela tirou a agulha e se afastou,entrando em outra sala. Dois minutos depois ela voltou com um papel nas mãos. Parecia ser resultado de algum exame.

-Bem... não parece realmente veneno. É algum tipo de doença, provavelmente causada pela picada de algum mosquito. Ela terá que ficar no soro por hoje pois está com a imunidade baixa, além de fazer outros exames.

-Certo... mas... ela poderá ir para casa amanhã?

-Não sei ao certo. Só terei essa resposta mais tarde, quando todos os exames forem feitos. O senhor pode ficar aguardando na sala de espera. Irei começar os exames agora. No máximo em duas

horas terei os resultados.

-Tudo bem.

Sai da sala e sentei em um dos sofás da sala de espera. Difícil dizer quantas coisas eu fiz naquele meio tempo. Andei por toda a sala inúmeras vezes, desci até o refeitório para comer alguma coisa, voltei à sala e fiquei sentado no sofá olhando o nada, desci novamente até o refeitório e tomei algumas xícaras de café – depois de experimentar essa maravilhosa bebida fiquei viciado -, voltei à sala de espera, dormi, acordei e agora estou sentado fazendo nada. Passaram-se uma hora e cinqüenta minutos. Aqueles foram os dez minutos mais longos da minha vida, além de que teve uns vinte minutos de atraso, ou seja, foram os trinta minutos mais longos da minha vida. A médica saiu de uma sala e foi até mim com alguns papéis nas mãos.

-Olha... sua noiva foi picada por mosquito causador da dengue (falta de imaginação para doenças é fogo -.-), mas já tomamos as devidas precauções. Ela está fora de perigo, mas só poderá receberá alta amanhã.

-Tudo bem. Posso vê-la?

-Claro. Só peço que não demore mais que quinze minutos. Sabe como é, normas de hospitais – ela disse sorrindo. Retribui o sorriso e andei o mais rápido que pude até o quarto onde Kagome se encontrava. Entrei silenciosamente, fechando a porta assim que passei por ela. Aproximei-me devagar da cama e sentei em uma cadeira que estava ao lado desta. Ela parecia estar dormindo. Ainda estava no soro e havia um aparelho que marcava seus batimentos cardíacos. Coloquei minha mão sobre a dela. Fiquei surpreso quando senti os dedos dela se abrirem e se entrelaçarem aos meus. Olhei para seu rosto e a vi com os olhos abertos, sorrindo.

-Está melhor?

-Um pouco. Ainda estou um pouco tonta.

-Então é melhor descansar...

-Inuyasha... chega mais perto...

Levantei da cadeira e sentei na cama a pedido dela. Ela fechou os olhos por alguns segundos, mas logo voltou a abri-los.

-Mais perto...

Cheguei o máximo que podia, ou seja, encostei minha testa na dela. Ela sorriu e levantou a cabeça, fazendo a minha escorregar e nossos lábios se encontrarem. Foi somente por algumas horas, mas foi tempo suficiente para sentir falta do toque dela. Aproveitei o máximo que pude daquele beijo, mas infelizmente ele foi terminado pela falta de ar. Abri os olhos lentamente e sorri, encostando novamente minha testa na dela.

-Eu te amo.

-Eu também te amo. – ela disse meio sonolenta

-Vou deixar você descansar. Amanhã você recebe alta e podemos voltar pra casa.

-Tudo bem. Até amanhã.

Beijei-lhe a testa e sai do quarto, voltando para casa. Quase não dormi porque sentia falta dela. Rolei na cama parte da noite, e quando consegui adormecer o sol já estava nascendo. Acordei era meio-dia. Levantei rápido, tomei um banho também rápido e me vesti. Peguei uma muda de roupa de Kagome e corri até o estacionamento. Liguei o carro e logo cheguei ao hospital. Logo estava novamente na sala de espera. Mas afinal porque essa sala tem esse nome? Porque ela serve para esperar... pergunta meio idiota... mas não me culpem... creio que ainda estou dormindo. Sentei no mesmo sofá que havia sentado no dia anterior e esperei... esperei... esperei... uma hora havia se passado e eu já estava ficando impaciente. Fui até o balcão e vi aquela mesma garota do dia anterior.

-Com licença, eu gostaria de saber onde a doutora Ritsuko Yamahi se encontra.

-Ela está ocupada – ela respondeu ainda digitando algo no computador. Rolei os olhos. Essa garota nunca dava uma resposta convincente. Virei para trás e vi a doutora passar com uma seringa na mão. Minha chance perfeita! Corri o mais rápido que pude e parei na frente dela, o que a fez dar um pequeno pulo.

-Você me assustou!

-Me... desculpe – disse tentando recuperar o fôlego – você... disse que minha noiva... poderia sair hoje... quero saber se já posso leva-la...

-Ah! Você é o rapaz de ontem... pode ir até o quarto dela. Só vou dar uma injeção e vou lá ver se está tudo bem.

Assenti e ela voltou a andar um pouco apressada, desaparecendo de vista no corredor. Comecei a andar na direção oposta até os quartos. Logo tive visão da porta do quarto onde ela se encontrava. Abri devagar e coloquei somente a cabeça para dentro.

-Dando uma de espião, Inuyasha? – ela perguntou com a voz divertida. Tomei um susto e terminei de abrir a porta, encontrando-a sentada na cama. Sorri sem graça e fechei a porta, aproximando-me da cama.

-Então... está melhor hoje?

-Sim. Dormi bastante... estou com o pescoço dolorido. Não sabe como esses travesseiros são duros! Mas fora isso, está tudo bem.

-A médica vai vir logo fazer uma revisão, aí você poderá ir para casa.

-Certo... escuta Inuyasha, quando você foi embora, eu dormi novamente e sabe... eu sonhei com o nosso casamento e acabei lembrando dele... o que falta?

-Falta escolhermos o local, e depois mandar as pessoas que vão cuidar da arrumação do salão de festas irem fazer seu trabalho e mandarmos os convites.

-E quanto tempo ainda temos?

-Três semanas...

-Precisamos escolher logo o local – ela disse deitando na cama e colocando uma mão na testa

-Amanhã escolhemos. Hoje você precisa descansar!

-Eu sei...

Sentei na beirada da cama e a porta foi aberta, revelando a médica. A revisão não durou muito tempo, e quando dei por mim já estávamos dentro do carro, saindo do estacionamento do hospital. Fizemos o percurso em silêncio, o que já estava me incomodando.

-Algum problema?

-Não... só estou pensando...

-Posso saber no que?

-Em como vai ser o casamento... Está tão perto... mas tão longe ao mesmo tempo.

-Está arrependida?

-Não! Claro que não! Só... nervosa... sabe, é um passo diferente na minha vida, quer dizer, na nossa vida. E se eu gaguejar na hora? E se eu colocar a aliança no dedo errado? E se na hora de entrar na igreja, eu tropeçar e cair no chão?

-Pare de paranóias! Nada disso vai acontecer. Confie em mim.

Estacionei o carro e sai rápido deste, abrindo a porta do passageiro. A ouvi sorrir divertida, e a vi com uma expressão de surpresa quando a peguei no colo e comecei a subir as escadas.

-Inuyasha, não precisa me carregar! Eu consigo andar!

-Eu sei disso! Só estou treinando.

-Só você mesmo. – ela disse enquanto colocava a cabeça em meu ombro. Não posso dizer que foi uma tarefa muito fácil, afinal subir cinco andares pela escada já é ruim, imagina carregando alguém. Tive que me controlar para não parecer cansado, ou ela acharia que eu a estava chamando de gorda! As mulheres têm cada coisa!

-Abre a porta, Kagome.

Ela pegou a chave e abriu a porta. Chutei-a e entrei dentro do apartamento, fechando-a da mesma maneira que abri. Coloquei Kagome no sofá e voltei a porta para tranca-la.

-É tão bom estar em casa de novo!

Sentei ao lado dela e ela deitou em meu colo.

-Inuyasha, e as crianças?

-Não se preocupe. A diretora disse que até você se sentir melhor novamente, ela terá uma substituta.

-Menos uma preocupação na minha cabeça...

Fiquei afagando o cabelo dela. Estava cansado e acabei dormindo sentado. Talvez ela também tenha dormido no meu colo.

----------Kagome----------

Abri a geladeira e peguei dois ovos. Os bati na ponta da pia e joguei seu conteúdo na frigideira, jogando as cascas no lixo. Terminaram de fritar e desliguei o fogo. Coloquei os ovos em um prato e o coloquei na mesa. Fazia tanto tempo que não fazia um café da manhã descente. Voltei ao quarto e não encontrei Inuyasha na cama. Andei cautelosamente até o banheiro, mas ele também não lá. Virei-me preocupada e o vi. Estava caído no chão, deitado de bruço, e parecia resmungar alguma coisa. Tentei segurar o riso, mas foi mais forte que eu. Ri tanto que cheguei a sentar no chão. Ele estava sentado no chão, com os braços cruzados sobre o peito e tinha uma expressão emburrada. Cinco minutos depois eu consegui parar de rir, primeiro porque minhas bochechas estavam doendo, e segundo porque... realmente não era tão engraçado para eu rir todo esse tempo. Sequei as pequenas lágrimas que se formaram no canto dos meus olhos e o encarei.

-O que estava fazendo no chão?

-Estudando as formigas! (Gy... essa frase soa familiar, não acha? XD) O que você acha que eu estava fazendo? Caí da cama, é lógico!

-Que mau humor! Anda, levanta daí e vamos comer!

-Não estou com fome!

-Inuyasha, deixe de ser teimoso!

-Não estou sendo teimoso! Só não tenho fome!

Nesse exato minuto, o estômago dele roncou tão alto que eu pude ouvir. Arqueei uma das sobrancelhas e ele corou. Balancei devagar a cabeça e levantei, estendendo minha mão para ajuda-lo.

-Deixe de ser teimoso e venha logo! O café da manhã já está pronto!

Finalmente ele havia deixado o orgulho de lado e aceitou minha ajuda. Chegamos a cozinha. Logo estávamos sentados a mesa comendo. Nunca o vi comer com tanto gosto, provavelmente estaria com muita fome, ou gostara da comida. Resolvi não questionar, porque conhecendo-o bem como o conheço, ele diria que estava morrendo de fome, e como não tinha mais nada para comer, até minha comida servia. Ele se ofereceu para lavar a louça e resolvi não protestar, afinal um dos piores trabalhos doméstico é lavar a louça, pelo menos eu acho. Sentei no sofá e liguei a televisão um pouco, mas só rodei os canais, primeiro porque nada me interessava, e segundo que Inuyasha já havia terminado de lavar a louça. Trocamos de roupa e fomos logo procurar uma igreja. Não sabia que existiam tantas em Tóquio! Mas também era uma mas feia que a outra! Nenhuma me agradava, até que Inuyasha parou em uma um pouco afastada da cidade. O endereço me soava familiar, mas só a reconheci quando entrei. Ali fora onde minha mãe de casara. Olhamos toda a igreja e tanto eu quanto Inuyasha gostamos dela. Ele foi para uma sala negociar o preço, dia, hora e outras coisas enquanto eu fiquei esperando-o dentro do carro. Ele voltou todo sorridente e assim que entrou no carro me disse que estava tudo ok. Agora era só contatar o bufe, e os enfeites e os convites... Afundei um pouco no banco do carona.

-Tantas coisas para se fazer em tão pouco tempo...

-Calma... iremos resolver tudo.

Apoiei minha cabeça em seu ombro e olhei o céu. O sol já estava se pondo, dando ao céu um tom alaranjado, e algumas estrelas já apareciam no céu. Uma paisagem perfeita para qualquer vista.

CONTINUA...

N/A: Er... quanto tempo fiquei sem atualizar esse fic? –gota-

Desculpem-me, mas é que eu estava sem imaginação para continua-lo. Eu já estava quase terminando esse capítulo quando descobri que ele havia sumido do meu computador... Talvez tenha sido o vírus que peguei há pouco tempo... mas ainda bem que ele já foi morto! Eu não gostei muito desse capítulo... ainda mais do final... não sabia como termina-lo. -.-

Bem... FELIZ ANO NOVO!!!

Que 2005 seja repleto de felicidade, saúde, paz, e que vocês consigam realizar todos os seus ideais. Nunca desistam de seus sonhos, pois a pior coisa é desistir de algo. Vamos agora responder as reviews do capítulo anterior:

Bianca Himura: Olá! É... bem... resposta respondida nesse capítulo. Obrigada pelo elogio, e não se preocupe quanto ao casamento. Percebe-se que ele logo chegará. Desculpe pela demora... espero que tenha gostado desse capítulo. Continue acompanhando!

Sakura(Kgome): Choro de criança é chato mesmo... ainda mais quando a gente tem pena. Desculpe pela demora, e espero que ela tenha valido a pena. Beijos!

AgomeVS: Agradeço pelo comentário e espero que continue gostando. Beijos!

NikkiR: Não se preocupe quanto a demora para comentar... pois eu demorei mais ainda para postar o capítulo '' Bem... eu vou mudar algumas coisas... então... você não sabe tudo!! Continua acompanhando. Também te adoro miga! Beijos!

Ayame Yukane: Oi! Desculpe pela demora, e por te matar de curiosidade. Espero que tenha gostado do capítulo.

Higurashi: Obrigada pelo comentário. Espero que continue gostando e acompanhando.

Fanatico: Isso é o que meus momentos de insanidade produzem... ainda bem que gostou! Espero que continue acompanhando.

Eu fiz um blog, então quem quiser visitar, o endereço está no meu profile. Espero que tenham gostado desse capítulo e que não esqueçam as reviews.Inu-Kiss!