Katsuhito e Aeka se aproximaram de Dumbledore. Katsuhito então disse:
- Professor, sobre aquelas nossas amigas, temos que comunicar-lhes nossa chegada.
- Tudo bem, professor Masaki. Fique à vontade. Minha sala é aqui perto.
Os três foram até a sala de Dumbledore. Ao chegar em uma gárgula, Dumbledore disse:
- Trufa de limão!
A gárgula então abriu-se e deslocou-se para o lado. Ao chegar no alto da torre aonde entraram, Aeka viu uma ave maravilhosa, semelhante a um pavão, vermelha e de chamas incandescentes:
- É linda... - disse Aeka, observando a ave e a acariciando. A ave parecia se deliciar com o toque macio da mão de Aeka.
- Essa é uma fênix. No caso é a minha Fawkes. Mas podem ficar a vontade.
Katsuhito puxou a veste de bruxo e acionou a pérola no bracelete azul-turquesa que carregava no braço:
- Yagami... Aqui é Katsuhito! Estão me ouvindo?
Ryoko, Washu, Kyone e Myoshi estavam esperando apenas uma comunicação de que tudo dera certo para se ocultarem. Foi quando:
- Yagami... Aqui é Katsuhito! Estão me ouvindo?
- E aí, Katsu? - disse Ryoko - Pensei que não ia mais dar notícias!
- Cala a boca, Ryoko! - disse Kyone - Senhor Masaki, aqui é a Kyone! Tudo certo?
- Chegamos sem problemas, e Tenchi e Sassami já foram aos seus dormitórios.
- Ótimo! - disse Washu - Vamos utilizar um penetrador deslocador fásico para nos colocarmos em uma montanha no setor W3. É a um ou dois quilômetros de uma aldeia próxima.
- Tudo bem! - disse Katsuhito. - Se precisar de nós sabe aonde nos encontrar e como.
- Certo! - disse Myoshi - Tchau!
Katsuhito desligou:
- OK! Vamos começar! - disse Kyone. - Ryoko, você já sabe o que fazer, não.
- Deixa comigo! - disse Ryoko - Só abre o compartimento de carga para mim.
- Certo.
Ryoko correu para o fundo da Yagami e pulou pelo compartimento de carga. A queda era de uns 600 metros, mas chegou no final da queda e começou a descer lentamente, colocando o pé no chão.
Ryoko olhou para os lados, para dentro da caverna. Tudo normal:
- OK! Podem mandar ver.
A Yagami começou a ficar aparentemente menos sólida, enquanto descia e entrava lentamente no chão.
Dentro da Yagami, Washu coordenava o processo:
- Perfeito! Deslocando as moléculas de terra umas para dentro das outras podemos nos deslocar por dentro das moléculas de terra e trazer a Yagami para dentro da montanha sem precisarmos nos preocupar com explosões ou ruídos de escavações.
- Ótimo! - disse Kyone, sentindo os tremores que a Yagami produzia, ao vibrar de forma extremamente rápida, enquanto ficava menos sólida - Mas conseguiremos sair daqui de dentro?
- Sim, mas teremos que utilizar o penetrador deslocador fásico ou então arrebentar a montanha.
- Certo... - disse Kyone.
Foi quando, ao chegar no ponto certo, a Yagami parou e alguns segundos depois Washu disse:
- OK, Kyone! Pode desligar o deslocador.
Yagami voltou ao normal, sem aquela desagradável sensação de estar em uma máquina de lavar. Em seguida Ryoko apareceu:
- Estamos a quantos metros da entrada da montanha?
- Uns 30, mas tem uma caverna natural que liga diretamente na porta de embarque da Yagami. - disse Washu. - Só um gênio científico como eu poderia pensar em algo assim! - completou Washu, toda sorrisos.
- Beleza, então. - disse Ryoko.
As quatro foram descansar. Mal sabiam elas que teriam uma visita durante a noite.
O cachorro negro deslocava-se pelas colinas e montanhas em rápida velocidade, até que foi alcançado pelo hipogrifo.
"Só mais um pouco.", pensava (?!) o cachorro. Ele então encontrou uma caverna e nela entrou. O hipogrifo o seguia.
"Calma, estou quase lá!", pensou (?!?!) o cachorro. Chegou no fundo da caverna. O hipogrifo parou bem à frente do cão negro.
"Chegamos!", novamente pensou (?!?!?!) o cachorro. O cachorro começou a se contorcer e a crescer. Seu corpo foi assumindo uma postura ereta, seu focinho foi desaparecendo. A pata almofadada foi dando lugar a uma mão com dedos humanos. O corpo perdeu rapidamente pelos e voltou a sua forma humana original, com cabelos negros e um tanto macilento. Ele fez uma reverência ao hipogrifo, olhando-o diretamente nos olhos sem piscar. O hipogrifo respondeu curvando-se lenta e majestosamente em suas patas dianteiras:
- Chegamos de novo, Bicuço! - disse o homem.
O hipogrifo deu um pio prolongado, concordando com o homem. Foi quando ele tentou se aproximar do hipogrifo e ele virou sua cabeça para o lado:
- Desculpe, Bicuço, mas você sabe dos termos: não posso tomar banho sempre... Vamos dormir então! - disse o homem.
Ele se sentia confiante ali... Afinal de contas, o famoso assassino Sirius Black estava lá escondido desde que fugira de Askaban. Ninguém sabia que ele não havia cometido o crime que lhe foi imputado, mas aparentemente ninguém se importava, desde que sua cabeça rolasse.
Mas não com ele. Ele era esperto demais: ninguém imaginaria que o famoso assassino Sirius Black, o assassino que nunca assassinou ninguém, estava escondido tão perto de Hogwarts. O hipogrifo deitou-se e ele, como habitual, aproveitou-se do dorso de penas para usar como travesseiro.
E assim, Sirius Black dormiu.
Mal sabia o homem que ele teria uma surpresa...
Os alarmes da Yagami dispararam de uma hora para a outra:
- Aahn... O que tá acontecendo? - perguntou Washu.
- Tivemos uma invasão de perímetro! - gritou Kyone, eficiente como sempre.
- Ah, não! Logo agora que eu tava num soninho tão bom... - disse Myoshi.
- Anda, Myoshi! Não é hora de bancar a criancinha mimada! – disse Kyone.
Quando Ryoko se aproximou das demais, ela já tinha seu sabre de energia armado:
- O que está acontecendo? - disse Ryoko.
- Invasão de perímetro! Alguém está perto demais da Yagami! – disse Kyone.
- Surien?
- Não sei...
- Espera! - disse Washu, sacando um pequeno aparelho do tamanho de uma calculadora - Não... É um padrão bruxo!
- Um bruxo? - disse Myoshi.
- Pode ser o tal Voldemort! - disse Ryoko.
- Vamos ver! - disse Kyone, sacando sua arma laser do coldre.
Kyone fez sinal para Myoshi e Ryoko se esconderem do outro lado da abertura da porta de embarque da Yagami. Ela então acionou o botão de abertura da porta. Logo em seguida, livrou-se, arma em posição para atirar... para não ver ninguém:
- Myoshi, você não andou ajustando novamente os sensores de perímetro com demasiada potência! - disse Kyone.
- Kyone... Eu não me lembrava como era, então passei para a Ryoko!
- Ryoko...
- Nem vem! Nunca pilotei uma nave como a Yagami, então resolvi passar a coisa para a Washu!
- Washu...
- Não fiz nada... Nem valia a pena: os sensores de perímetro da Yagami usam tecnologia ultrapassada. Não poderia fazer nada, mesmo que quisesse. Apenas fiz o ajuste do perímetro, para vinte metros, como foi pedido.
- Vamos então! - disse Kyone, fazendo sinal com o braço e pegando uma pequena lanterna - Washu, você fica com a lanterna. Myoshi, arma em punho.
Myoshi sacou sua arma laser. As quatro foram se aproximando de uma grande pedra. Foi quando Washu, ao apontar para a grande pedra, soltou uma exclamação:
- UAU! Que... mágico!
Washu, mesmo tendo mais de 2000 anos de vida nas costas, nunca viu nada como aquilo: um grande ser, do tamanho e porte de um cavalo, com as características físicas de um cavalo no dorso, mas com patas, asas e cabeça de águia. Uma criatura como aquela nunca foi vista pelo maior gênio científico do Universo, nem mesmo em suas viagens por todos os sistemas planetários que fazem (e fizeram!) parte do Império Jurai.
Mas, com a cabeça encostada no dorso, um bruxo de uma certa idade e aparência de fugitivo, começava a despertar. Quando ele abriu o olho, ele correu a mão para a varinha:
- Galáxia Policial! Não se mexa ou vamos abrir fogo! - gritou Kyone.
Sirius foi acordado por uma exclamação:
- UAU! Que... mágico!
Foi quando, ao abrir os olhos, reparou que tinha um facho de luz apontado em sua direção e algumas sombras por trás do facho de luz. Ele foi correr a mão para pegar sua varinha. Foi quando uma voz gritou:
- Galáxia Policial! Não se mexa ou vamos abrir fogo!
Sirius parou a mão na altura do cabo da varinha e ergue-as.
"Estou lascado! Me pegaram!" - pensou Sirius, quando seus olhos se acostumaram com a claridade e ele viu quatro mulheres, ou melhor, três mulheres e uma nanica. Foi quando uma delas disse:
- Ei, cara, porque você entrou nessa caverna? - perguntou a mulher de peitos muito (na verdade, EXTREMAMENTE) voluptuosos.
- Acho que sou eu quem tenho o direito de fazer as perguntas aqui, já que eu me escondo aqui... - disse Sirius, sardônico.
- Nada feito! - disse uma outra garota, de cabelos negro-azulados grandes. - Sou a Agente Kyone, da Galáxia Policial, e estou lhe colocando sob minha custódia até segunda ordem!
- Calma... - disse Sirius - Não precisa estressar!
Kyone foi fraquejando. Em um saque rápido, Sirius puxou a varinha e disse:
- Expelliarmus!
As armas laser de Kyone e Myoshi e a espada de energia de Ryoko saíram de suas mãos. Foi a vez de Sirius manter as quatro sobre sua mira:
- Agora EU é que quero algumas respostas! Andem, porque estão aqui? - disse Sirius.
- Agora você vai ver... - disse Ryoko. Antes de Sirius pudesse reagir, Ryoko já o tinha o agarrado pelas costas:
- Agora você vem conosco! - disse Kyone, tentando algemar Sirius. Foi quando Bicuço atacou Kyone, que se esquivou por pouco.
- PAREM VOCÊS TODOS! - disse uma voz na entrada da caverna.
Um segundo bruxo apareceu na entrada da caverna: vestia roupas totalmente rasgadas e cerzidas, e embora aparentasse ser bem jovem (uns 28, 30 anos), tinha cabelos brancos salpicados por todo o seu cabelo castanho.
- Quem é você? - disse Kyone, correndo para apanhar sua arma laser.
- Não se preocupe comigo, Kyone!
- Remo, você conhece essas garotas? - disse Sirius.
- Não, Sirius, mas sei quem são...
- Mas NÓS não sabemos quem você é! - disse Ryoko, recuperando sua espada de energia.
- Bem, posso explicar a vocês, mas vai depender apenas de vocês! - disse Lupin, baixando a varinha.
Kyone instintivamente tomou-lhe a varinha:
- E quem é você?
- Meu nome é Remo Lupin, e esse aí é meu amigo, Sirius Black... Nossa história é longa e complicada, mas acho que podemos explicar após uma boa noite de sono...
- Tudo bem! - disse Kyone - Vamos ter que abrigá-los nas celas... Não são aquela maravilha, mas são secas e quentes...
- Por mim tudo bem! - disse Remo.
- E quanto ao Bicuço! - disse Sirius, apontando o hipogrifo.
- Ele vem conosco! - disse Washu.
- Tudo bem.
Os seis entraram na Yagami novamente...
E uma nova aliança estava sendo feita.
