A saudade das malucas Washu, Ryoko, Kyone e Myoshi estava apertando Tenchi: ele até utilizava, muito ocasionalmente, o comunicador-rastreador que Washu tinha criado para ele, Aeka, Sassami e para seu avô, mas isso não era o mesmo que um contato real, como o que ele tinha no Templo Masaki. Talvez seja por isso que Tenchi não achava tão impressionante assim as escadas que se mexiam ou as salas que apareciam do nada. Afinal de contas, Washu transformou cada porta da casa de Tenchi em um portal para uma dimensão de bolso: dificilmente algo seria mais impressionante que isso.
Foi quando, em Novembro, antes do dia das bruxas, surgiu o anúncio de uma visita a Hogsmeade. No mesmo dia, Harry mandou Edwiges entregar uma carta a Sirius, dizendo a data da visita. No dia seguinte, em meio às entregas, Harry viu que Edwiges já tinha voltado, com o mesmo pergaminho, no verso escrito:
"Me encontre no mesmo lugar de sempre. Não precisa trazer comida. Depois explico o porque.
Sirius"
- Bem, é isso... - disse Harry.
- Espere um pouco, Harry! Tem um P.S. - disse Rony:
"P.S.: Pode trazer o seu amigo Masaki. Não se preocupem, eu sei sobre ele."
- Como será que ele sabe sobre você, Tenchi? - disse Hermione.
- Não sei... Aliás, nem sei nada sobre esse...
- Psssiuuu! - fez Harry - Depois eu te conto a história toda, mas não aqui, nem agora! - disse Harry.
E Tenchi acreditou em Harry.
Chegou o final de semana, e com ele a visita a Hogsmeade. Tenchi desceu com Harry, Rony e Hermione, pegando uma carruagem e descendo nela a estrada de pedras que conduzia ao vilarejo bruxo. Tenchi estava ansioso: já tinha tido um certo contato com a comunidade bruxa, seja no Beco Diagonal, seja morando na Toca por um mês e meio quase, mas nunca imaginou que existia uma vila só de bruxos em lugar algum do mundo. Mesmo assim, ele queria conhecer como seria um vilarejo totalmente bruxo.
E para sua surpresa, as diferenças entre uma vila bruxa e uma vila trouxa eram pequenas: excetuando-se a magia, que era onipresente no lugar, e a definitiva falta de qualquer objeto mais tecnológico que uma engrenagem, a vida era tocada do mesmo jeito por todos. Bruxas cuidavam de bruxinhos, que faziam pequenas mágicas simples. Bruxos mais jovens comentavam as últimas novidades em vassouras envenenadas. Já os bruxos mais adultos preferiam comentar as últimas evoluções da magia e as últimas novidades na política do Ministério da Magia. Algumas bruxas mais idosas trocavam receitas de Poções de Alisar Cabelos e receitas culinárias diversas.
Tenchi observou os lugares e viu que as pessoas levavam mais ou menos o mesmo tipo de vida que um trouxa levaria: fazer compras, passear, visitar os amigos. Enfim: para Tenchi, a vida não era muito diferente entre os bruxos do que era entre os trouxas. Apenas os detalhes mudavam: no fundo, a vida era exatamente a mesma que era para os trouxas.
Harry, Tenchi e os demais passaram na Dedosdemel, aonde compraram vários doces, empanturrando suas bolsas. Na Dervixe & Bangues, Tenchi comprou alguns livros e revistas bruxas. Ao lado da mesma, já os aguardava, como esperado, um grande cão negro, que permitiu-se ser acariciado por Harry.
Os quatro pegaram uma estrada até chegarem a uma saída, e depois pegaram a saída até a floresta. Na floresta, subiram uma trilha que levava até uma caverna.
- OK, Sirius! - disse Harry - Pode aparecer!
Sirius retomou a sua forma humana. Harry percebeu que Sirius estava mais corado e mais bem cuidado do que estava quando se separaram no ano passado:
- Harry, é bom ver que você esta bem!
- Eu lhe digo o mesmo!
- Não se preocupe comigo... Todos nós sabemos o que está em jogo aqui. O mais importante é que está tudo bem com você.
- Mas como você está tão corado assim? - disse Hermione, estranhando - Você não andou roubando comida em Hogsmeade, andou?
- Não! O Aluado está comigo. Além disso... Encontrei algumas amigas.
- Amigas? - perguntou Rony - Quem seriam? E antes, quem seria tão amigo assim para não contar para o Ministério que você estava escondido aqui?
- Bem, venham comigo.
Os cinco andaram até o fundo da caverna, quando Sirius abaixou-se e moveu uma pedra para o lado e colocou a mão dentro do buraco. Fez alguns movimentos e, em segundos, uma passagem foi aberta.
- Venham. Vocês vão achar estranho, mas vão gostar.
Os cinco entraram pela passagem, aonde Tenchi reparou estarem num local muito conhecido para ele:
- Espera um minuto! Aqui é Yagami!
- Yagami? - disse Rony - Tenchi, você conhece isso aqui?
- Sim... Mas, aonde estão as garotas? Ryoko! Washu! Kyone! Myoshi!
- Oi, Tenchi, pensei que não ia aparecer nunca mais! - disse uma garota pequena de cabelos ruivo-sangue.
- Washu!
- E não se esqueça de nós! - disseram as demais.
Para surpresa de Tenchi, todos estavam lá, inclusive Aeka e Katsuhito, exceto Sassami, que ainda estava em Hogwarts, por ser uma aluna de primeiro ano.
Claro que Harry, Rony, e Hermione não entenderam absolutamente nada do que estava acontecendo, embora as figuras de Sirius e Remo eram familiares para eles. Foi quando Tenchi fez as apresentações de todos e explicou tudo que sabia para os três:
- Espera aí... Então, Surien não é um demônio, e sim uma poderosa criatura extraterrena! - disse Hermione.
- Isso mesmo! - disse Kyone - Ele era um prisioneiro mantido em uma Cápsula de Contenção, que Voldemort, por meios que desconhecemos, conseguiu quebrar.
- Mas... Se esse ser pode ser libertado, então... Tudo está em risco, não está? - disse Rony, temeroso.
- Está, Rony! - disse Lupin - Quando o professor Dumbledore pediu para que eu colocasse de volta na ativa a "velha turma", não foi à toa: ele sabia que Voldemort não tentaria um ataque frontal, pelo menos não no primeiro momento. Ele procuraria recuperar uma boa parcela de seu antigo poder e alguma coisa que ele pudesse estar usando como "arma surpresa" contra as nossas forças e as do Ministério.
- Obviamente, ele soube pelo Lucio Malfoy que Cornélio Fudge não acreditava que ele tinha voltado. - disse Sirius - Ele também está barrando o esforço de Arthur Weasley e de outros para tentarmos dizer a verdade que Voldemort retornou. Não há mais o que possamos fazer quanto a isso.
- Mas... Se Surien tem todo esse poder, o que impediria Voldemort de tentar um ataque frontal? - disse Harry.
- Harry, Dumbledore me disse recentemente que Snape conseguiu uma informação quente: Voldemort sabe sobre Katsuhito, Aeka, Sassami e Tenchi. Sabe que eles, embora possam fazer magias e usar a varinha, não são bruxos, no sentido mais restrito da palavra, e que eles só fazem magia por causa do Poder Jurai. E Surien imagina que um deles seja um policial da GP. - disse Sirius – Ele não acredita que seja Aeka ou Sassami, que ele tem quase certeza pertencerem à Família Real de Jurai, e não acredita que seja Tenchi, pois ele é muito novo, e ele sabe que ele é o sucessor do Príncipe Yosho de Jurai... Suas suspeitas devem estar recaindo sobre Katsuhito, que ele já deve desconfiar ser Yosho, sucessor do trono de Jurai. Mas ele não sabe que uma nave da GP está bem aqui em Hogsmeade.
- Essa caverna tem sido um ótimo esconderijo. - disse Washu - E podemos até mesmo tomar alguns privilégios: existe uma cachoeira à qual redirecionei para podermos abastecer Yagami de suprimentos de água e ocasionais peixes para alimentação nossa e do Bicuço. - Washu apontou o hipogrifo.
- Bem, e o que faremos agora? - disse Aeka - Não temos nenhuma pista de Surien. Lembre-se que Surien está muito oculto.
- É vocês que precisam ler mais jornal! - disse Sirius, jogando em cima da mesa de centro um exemplar antigo do Profeta Diário:
"Narcisa Malfoy Desaparecida:
Matriarca dos Malfoy continua desaparecida. Ministério da Magia no caso.
Deloris Metternich, Reportagem Local
O recente desaparecimento de Narcisa Malfoy, esposa do renomado bruxo Lucio Malfoy, vem causando medo em todos, principalmente pelo fato de haver suspeitas de envolvimento de antigos homens Daquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado estejam envolvidos nos acontecimentos.
Narcisa teria ido fazer compras no Beco Diagonal há mais de dois meses, e desde então não retornou para sua casa. Não houve qualquer comunicado de seqüestro ou outras atividades estranhas envolvendo a Sra. Malfoy.
'É o cúmulo que o nosso Ministério da Magia não tenha se prontificado ainda a colocar seus agentes no caso.', disse Lucio Malfoy, em entrevista exclusiva para o Profeta Diário. 'Se uma onda de seqüestros estivesse acontecendo agora, com certeza todos teríamos caídos frente ao poder desses criminosos.'
Sobre os comentários de Lúcio Malfoy, o Ministro da Magia apenas afirmou que 'todas as providências estão sendo tomadas'..."
- Ah, até parece que ele não sabe aonde a mulherzinha dele está! - disse Rony.
- Bem, me pergunto se Malfoy estaria fazendo um joguinho, ou se realmente a esposa dele foi seqüestrada... E se o foi, por quem? - disse Remo – Conversei com colegas meus, e também com "Olho-Tonto" Moody, e percebi que ambos não estavam tão certos se Lucio Malfoy estava sendo sincero... Parece que Lucio sabe de algo mais. Algo que não sabemos. Além disso... Tenho suspeitas de que Lucio possa ter "descartado" Narcisa em favor de Voldemort...
- Como? - disse Hermione - Não! Nem Lucio...
- Pensei que você tivesse aprendido a julgar melhor as pessoas, Hermione! - disse Sirius - Lucio é ambicioso ao extremo: para alcançar o que deseja, ele cometeria os piores crimes que você sequer seria capaz de imaginar. Mas a pergunta agora é... Se Lucio "descartou" Narcisa, qual é seu objetivo?
- Acho que tenho uma suspeita, mas é muito teórica, praticamente absurda... Mas é o melhor que poderíamos ter no presente momento, mesmo formulado por mim. - disse Washu, pensativa.
- O que foi, pequena Washu? - perguntou Tenchi.
Washu não respondeu de imediato: sacou de um bolso de sua roupa um holodisco e o colocou no computador. Era o disco com as informações de Surien:
- Surien, além de maligno, é muito inteligente, conhecendo extremamente bem a ciência de Jurai, inclusive entendendo de conhecimentos que nem mesmo eu, Washu, o Maior Gênio Científico da Galáxia me atreveria a usar, pois são artes negras e profanas perdidas desde tempos imemoriais.
- Vá direto ao assunto, pequena Washu! - disse Kyone.
- Bem, se estou certa, e duvido estar errada, Surien está se utilizando de biomorfose...
Ao falar aquela palavra, Washu fez Aeka levar sua mão à boca de pavor. Myoshi deu um gritinho histérico, enquanto Ryoko disparou seu sabre de energia, como se estivesse esperando por um inimigo desconhecido. Kyone parecia tensa demais para demonstrar qualquer coisa exceto competência e Katsuhito demonstrava uma tensa tranqüilidade. Os bruxos e Tenchi estranharam:
- Surien... Usando... biomorfose? - disse Aeka, tentando esconder (muito mal) o terror que aquela palavra trazia a ela.
- Surien não seria louco a ponto de fazer isso... Ou seria? – disse Ryoko.
- Surien é insano! Ele não dá o mínimo valor a nenhuma vida, por mais poderosa que ela seja, que não seja à sua própria.
- Dá para me explicarem o que é essa tal de biomorfose? - disse Harry.
- Bem, Harry, vou tentar resumir a termos compreensíveis segundo a tecnologia terrestre. - disse Washu, como se duvidasse que isso é possível.
- Desembucha logo! - disse Rony, tenso.
- Muito bem: a biomorfose é a capacidade de, através do uso de elementos especiais de criaturas obtidas através de uma retromorfose ancestralizadora e por processos complexos de transgenia recombinante, adicionar potencialidades e habilidades inerentes de determinadas criaturas em outras, sem necessidade de uma requalificação vital...
- Dá para traduzir tudo isso para língua de gente? - disse Hermione, confusa.
- Simples: através de, digamos assim, "sopas de criaturas", Surien é capaz de implantar características de uma criatura em outra, ou de várias criaturas em outras, ainda vivas.
- O problema - disse Kyone - é que o processo de biomorfose é considerado ilegal por todos os sistemas planetários que respeitam as normas da Galáxia Policial, inclusive no Império Jurai, porque invariavelmente enlouquece as criaturas que passam por tal processo.
- Ainda não entendi... - disse Rony, mais perdido do que cego em tiroteio.
- Rony, eles pegam, por exemplo, um pufoso, e colocam nele garras de hipogrifo... Isso é biomorfose! - disse Hermione.
- Como? Transfiguração?
- Não! Quando você transfigura uma coisa para outra, essa coisa, seja originalmente viva ou não, não "mantêm" os atributos da sua nova forma, estavelmente falando. Isso é o que permite a um animago manter sua consciência humana, mesmo na forma animal.
- Então é como ser um lobisomem! - disse Rony, com cara de sabichão.
- Também não... - disse Lupin - Um lobisomem, como eu, por exemplo, pode ser revertido à sua forma humana durante a lua cheia com o uso de Homorfo, o que nos nocauteia, nos fazendo acordar na manhã seguinte com nada mais do que uma dor de cabeça.
- Já na biomorfose - disse Washu - a criatura original tem parte de sua própria estrutura genética alterada, ou seja, é uma coisa profunda, diretamente na criatura. E não é apenas uma mudança de estado, como a animagia ou a licantropia... A criatura passa a ser daquele jeito, como se tivesse nascido daquele jeito.
- Então, isso quer dizer... - disse Sirius
- Que a criatura é alterada de tal forma, que ela poderia se reproduzir, se não fosse dois problemas com a biomorfose. O primeiro: ela não gera o que é conhecido como "criatura pura", que é toda criatura que pode reproduzir-se. Um biomorfo, como chamamos uma criatura que passou por biomorfose, é considerada um cruzamento imperfeito, incapaz de se reproduzir. O segundo: a biomorfose não suprime as lembranças das alterações do corpo durante o processo das lembranças das criaturas. E como elas não conseguem desfazer aquele estado, ela lembra-se da dor e sente-se incapaz de desfazê-la, ou de fazer algo contra ela, o que acaba enlouquecendo-a.
- Quer dizer que tudo isso é uma forma de criar monstros destruidores? - disse Rony.
- Não exatamente! - disse Washu - Lembre-se, embora loucos, todo biomorfo recebe características de outras espécies. E uma das prediletas pelos adeptos da biomorfose é a lealdade intransponível. E matéria prima para isso é fácil: basta obter um catalisador de DNA de formigas e...
- DNA? Que diabo é isso? - perguntou Rony - É algum tipo de poção?
- Não, Rony! - disse Hermione, explicando a Rony, cujo conhecimento de ciências mais avançadas como a genética beirava zero, o que era DNA.
- Então...
- A biomorfose é uma forma de modificação eugênica, ou seja, alteração genética de uma criatura segundo características de outras, enquanto a criatura está viva. Isso é diferente da transgenia normal, que ainda é aceita para experimentos, e que envolve a modificação transgênicia da criatura antes de nascer. - disse Washu
- Voltando ao assunto... - continuou Washu - Tudo o que Surien precisaria é do DNA de uma criatura servil, no caso formigas, em quantidade suficiente, e de um catalisador desenvolvido para recombinar geneticamente o DNA da criatura à qual se deseja adicionar as habilidades com o DNA com as habilidades desejadas.
- Se eu entendi, então - disse Lupin - é como se eu fizesse uma transfiguração parcial de uma criatura, ou a encantasse, e depois, de alguma forma, "travasse" as mágicas.
- Isso mesmo! - disse Hermione - Mas... Que tipo de aberrações poderiam ser criadas assim? Porque... acho que dificilmente Surien e Voldemort poderiam utilizar-se de criaturas mágicas, não? Quero dizer... elas são poderosas demais, e têm magia demais para serem recombinadas...
- Acho que não! - disse Washu - Andei formulando algumas teorias que me auxiliassem nisso, mas nenhuma delas faz sentido. A verdade é que mesmo dragões, trasgos, dementadores, papões e outras criaturas possuem DNA... Talvez de uma outra natureza, como os papões, que possuem um DNA de energia, mas que pode ser captado de alguma forma e recombinado normalmente...
- Então, podemos ver Surien criar superdementadores? - perguntou Rony.
- Não, Rony... Graças a Deus em um ponto a senhorita Granger aqui está certa: as criaturas mágicas continuam sendo suscetíveis à recombinação, mas a mágica inerente a elas impede, ao menos de forma temporária, a recombinação. Mas acredito que nesse caso, a criatura ou morre ou fica ainda mais ensandecida do que quando uma criatura mais fraca é recombinada: por rejeitar o processo anti-natural de recombinação, a criatura acaba sentindo ainda mais dor...
- E Lucio Malfoy poderia estar tentando transformar sua esposa em um biomorfo? - disse Sirius.
- Exato! Eu não duvido que Surien seja capaz de produzir biomorfos com DNAs de criaturas de fora da Terra, não duvidaria que até mesmo desconhecidas dos Jurai... Ele deve utilizar-se de processos de criação do que é chamado DNA sintético, basicamente a produção de um DNA a partir de outros.
- Bem... E o que Voldemort teria a ganhar com isso? - perguntou Sirius.
- Não precisa ir muito longe! - disse Lupin - Criar servos fiéis e com proteção mágica como a de um dragão, e totalmente devotos, devotos como formigas que não podem subsistir sem ele... É o sonho dele!
- A nossa única vantagem - disse Washu - se Surien estiver realmente se usando da biomorfose é que o processo é lento e exigente em recursos: duvido muito que Voldemort teria tempo hábil para criar um exército de biomorfos antes que alguém percebesse.
- Bem, temos tempo para tentar descobrir o que aconteceu com Narcisa, e se podemos impedir o pior...
E com aquele espírito, todos voltaram para seus lugares, fosse na Yagami, fosse em Hogwarts.
Voldemort olhava a sala. Seu futuro exército, mais poderoso, mais eficiente e mais letal do que qualquer coisa jamais criada ou vista pelo ser humano, bruxo ou trouxa. Ao seu lado, Surien, como alguém que brinca com o profano, mergulhava uma vara aonde um dos vários futuros soldados estava em gestação:
- Odeio esperar! - disse Voldemort - Queria que eles rasgassem os úteros agora!
- Tenha paciência, Lorde Voldemort! - disse Surien, com sua vozinha mortal - Não há porque ter pressa! Eles serão seus soldados de elite, totalmente subservientes a você! Para que o exército fosse mortal, escolhi características únicas para cada um deles e os aperfeiçoei de forma que cada um seja diferente um do outro.
- Mais quanto tempo?
- Poucas semanas. - disse Surien - Talvez alguns dias... Mas breve. Muito em breve. - disse Surien, satisfeito consigo mesmo.
Satisfeito com toda a maldade e profanação que era capaz de fazer.
