Disclaimer: Pfff... precisa disso???

Sinopse: Caramba, eu não consegui fazer uma sinopse decente para essa fic... Se eu contar, perde a graça... Apenas saibam que eu sou uma manteiga derretida, e que depois de Mer Girl, nunca mais faço esse casal sofrer muito!!!

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N/A: Finalmente, estou tirando uma pequena folga do E.S.B.T.!!! A princípio, essa seria uma shortfic, mas como eu ando muito malvada ultimamente (uma cobra, sem noção!), resolvi dividir em dois capítulos... Aí vocês vão ficar esperando até a próxima atualização... Bem, espero que fiquem curiosas o suficiente para querer ler a continuação... hehehe... Enfim, espero que gostem, pois eu virei a noite para escrever essa fic... A propósito: esse título tá muito fraquinho, eu sei, mas fazer oq? Foi o que me veio à cabeça depois de ficar 5min olhando para a tela...

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Ultrapassando as expectativas de Gui (que havia sido o mais generoso, apostando em cinco anos), Draco e Gina estavam casados há seis anos. Ele trabalhava no Ministério, no Departamento de Cooperação em Magia, e ela era professora numa escolinha bruxa de alfabetização. Draco trabalhava muito. Saía de casa com Gina, deixava-a na escola de carro e seguia para o Ministério, de onde saía quase todos os dias entre sete e oito da noite. Como Gina só trabalhava até as três da tarde, passava o resto das tardes sozinha em casa, num condomínio bruxo um pouco afastado do centro de Londres.

É claro que se amavam, disso ninguém (talvez, Rony) duvidava, mas o tempo passa para todos, os problemas vêm para todos, e a paciência de ninguém é infinita. No último ano, Draco vinha trabalhando demais, e constantemente voltava para casa mais tarde do que de costume, e Gina passava ainda mais tempo sozinha. E ela já estava se cansando. Mas amava demais o marido, e não queria colocar tudo a perder, o que nos traz ao dia de hoje: vinte e três de novembro, sétimo aniversário de casamento.

Todos os anos, Gina era acordada com um café da manhã espetacular na cama, que sempre acabava frio, de lado. Eram manhãs lindas e memoráveis, assim como o resto do dia.

Então, hoje Gina acordou e viu que Draco não estava na cama. "Deve estar preparando o café..." pensou. Se ajeitou na cama e fechou os olhos novamente para esperá-lo.

Cinco minutos depois, ela abre um olho. Nada. Nada de Draco, de bandeja, de cheiro de torradas queimadas ou café fresco. Intrigada, sentou-se na cama e se concentrou para ouvir qualquer ruído. Nada além do barulho do chuveiro. "Chuveiro?" pensou. "Mas nós sempre fazemos isso juntos no nosso aniversário...". O chuveiro foi fechado e pouco tempo depois, Draco sai do banheiro com uma toalha em volta da cintura, quando vê a esposa sentada na cama.

- Gina, estamos atrasados. É melhor se apressar se quiser uma carona.

Gina o olhou, incrédula. "Ele nunca vai trabalhar no nosso aniversário...", e continuou sentada, vendo Draco escolher uma camisa. Ele olha para trás e vê que ela ainda está na cama.

- Vamos, Gina, já são oito e meia.

"Ele não pode ter esquecido... Não, claro que não... Deve estar planejando uma surpresa...", pensou, tentando disfarçar um sorriso. "Muito bem, querido, dois podem jogar esse jogo!". Ela se levantou, arrancou a folhinha de ontem do calendário, deixando no dia vinte e três, depois correu para o banho.

- Tá bom, me dá quinze minutos.

- Vai – disse ele, calçando meias.

Vinte e cinco minutos depois, Draco parava o carro na frente da escolinha, e Gina já abria a porta.

- Bom trabalho, querido.

- Para você também – disse Draco, sem tirar as mãos do volante, e sem inclinar-se para beija-la, como de costume. Gina o olhou por um momento, e ele olhou para o relógio de pulso – Tenho que ir, Gina.

Ela corou e falou:

- Ah, tudo bem. Tchau.

- Tchau.

E Gina mal tinha fechado a porta do carro, Draco arrancou e seguiu para o Ministério. Ela ficou olhando até ele sumir de vista, pensando:

"É bom que seja uma surpresa fantástica, Malfoy..."

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Até as três da tarde, Gina conseguiu não pensar muito no comportamento estranho de Draco, mas assim que saiu do trabalho, voltou a pensar.

"E se eu fizer um jantar especial? Ah, não, ele deve me levar para jantar fora... Não, não vou cozinhar.".

Apenas chegou em casa, foi fazer as coisas que fazia todos os dias: planejar a aula do dia seguinte, ler, ver tv, tomar chá na varanda. A cada minuto ficava mais ansiosa, pensando em que surpresa ele haveria de lhe fazer. Às sete horas, foi tomar um banho, onde procurou se demorar o máximo possível, até que seus dedos começaram a enrugar. Passou cremes e perfumes por toda a pele antes de colocar um vestido simples, mas elegante. Ajeitou os cabelos, colocou brincos, um pouco de batom. Acendeu a lareira da sala de visitas e sentou-se na poltrona diante dela para esperar.

Oito horas. Oito e meia. Nove. Nove e meia.

Cansada de esperar lá sentada e extremamente frustrada, Gina se levantou e foi fazer mais chá.

"Onde ele está, por Merlin?"

Pegou a xícara e sentou-se novamente diante do fogo cada vez mais fraco.

Dez horas. Dez e meia.

"Não é possível! Será que aconteceu alguma coisa?"

Antes que se levantasse novamente, ouviu o barulho do carro de Draco parando na garagem. Deu uma espiada pela janela: além da maleta de trabalho, não trazia mais nada nas mãos. Ainda mais frustrada, se afastou da janela e voltou para a poltrona.

Draco abriu a porta, entrou e a fechou atrás de si, depois deixou a maleta na mesinha ao lado da porta.

- Gina? – chamou, tirando o robe.

- Aqui – ele a ouviu responder da sala de visitas.

Ele foi até lá e a encontrou sentada na poltrona.

- Me desculpe pela demora, hoje foi um caos no trabalho – ele se inclinou sobre ela e lhe deu um beijo rápido nos lábios – Estamos com um problema sério com a Escócia. Um inglês idiota tentou atacar o Ministro da Magia de lá e acabou matando um dos guardas de confiança dele. Você já pode imaginar a confusão diplomática que deu – Draco se largou no sofá com um suspiro e esfregou os olhos – Segundo as leis deles, ele deveria ser executado, mas nós tivemos que intervir e o trazer de volta, mas isso foi só depois de muita conversa. Eu tive que ir lá pessoalmente. Fui e voltei aparatando. Você sabe como aparatação internacional é cansativo... Estou exausto.

Gina abriu a boca para falar alguma coisa, mas Draco continuou:

- E o inútil do Rankins ficou lá, despachando dezenas de corujas, enquanto eu fazia o trabalho duro. Sinceramente, aquele departamento só não afundou ainda por minha causa.

- Você não está com fome? – ela conseguiu dizer.

- Não, eu comi qualquer coisa numa lanchonete lá perto.

- Ah... – as orelhas de Gina começavam a ficar vermelhas – Você...

- Eu vou tomar um banho e cair na cama.

Draco se levantou e se dirigiu para a escada. Gina ficou olhando para onde ele estava sentado por um tempo antes de acordar.

"Ele não pode ter esquecido... Não pode."

Apagou as luzes e subiu para o quarto. Ainda tinha uma pontinha de esperança de que encontraria dúzias de velas e rosas pelo quarto, mas ao abrir a porta, só viu as vestes de Draco no chão e ouviu o barulho do chuveiro. Vestiu uma camisola e se deitou, esperando que Draco ao menos saísse do banheiro usando uma calça de couro, chicote e algemas (e riu com esse pensamento), mas ele saiu de lá já com a calça do pijama e uma camiseta. Secou os cabelos com um feitiço e sentou-se na cama, puxando o cobertor para cima do corpo.

- Boa noite, querida – acomodou-se na cama e apagou o abajur ao lado. Gina não respondeu, não apagou o abajur e nem se mexeu, então ele se voltou para ela, incapaz de conter um bocejo – O quê houve? Não vai dormir?

- Estou sem sono.

- Ah, não quer uma poção do sono? Ou um chá, por que não faz um chá?

Gina cerrou os dentes.

- Eu estou tomando chá desde nove e meia da noite, Draco. Chá não vai me fazer dormir.

- Quer a poção, então? No meu escritório...

- Eu não quero droga de poção nenhuma!

Draco franziu o cenho e se ergueu nos cotovelos.

- Ei, o quê houve?

- Ah, o quê houve? – ela usou seu tom mais sarcástico enquanto elevava a voz – O quê houve, Draco? Houve que eu passei o dia todo esperando você chegar, aí você chega cansado, me conta sobre seu dia caótico, sobe, toma um banho e vai dormir, sem nem ao menos me perguntar como foi o meu dia! – ela se levantou da cama.

- Ora, me desculpe, aconteceu hoje, não acontece sempre e...

- Acontece sim! Todos os dias! Mas hoje, Draco? Justo hoje?

Draco se sentou na cama.

- Hoje? Mas, o que é que tem hoje, Gina?

- Você realmente esqueceu... – agora ela falava muito baixo, já começando a chorar – Esqueceu nosso aniversário de casamento, Draco.

Draco arregalou os olhos e empalideceu, passando uma das mãos pelos cabelos.

- Eu... Me esqueci completamente...

- Não diga!

- Gina, eu... – ele se levantou também.

- Eu te esperei o dia todo, não fiz jantar porque achei que íamos comer fora, fiquei esperando como uma idiota até agora...

- Ah, me desculpe mesmo, eu não queria... – ele tentou se aproximar dela, que recuou – Gina, vamos, por favor, não é para tanto...

- Eu não estou falando só de hoje, Draco! Tem sido a mesma coisa todos os dias, todo dia! Você só trabalha e dorme, só me procura quando quer... E eu sempre te dou toda a minha atenção, ouço você contar seu maldito dia, cada detalhe...

- Gina, é um cargo importante, eu tenho que me dedicar a...

- Dane-se seu cargo, droga!!! Eu sou sua mulher!!!

- Olha, se acalma... – Gina tirava a camisola bruscamente pela cabeça e estava vestindo uma calça jeans – O quê você está fazendo?

- Me vestindo, não tá vendo? – enfiou uma blusa e um suéter pela cabeça. Tinha o rosto molhado de lágrimas.

- E aonde você vai?

- Vou comer alguma coisa, que tal? – calçou sapatilhas, pegou a bolsa e começou a sair do quarto, parando na porta – E você pode voltar para o seu precioso sono! – saiu e bateu a porta, e Draco ficou parado, olhando.

- Merda.

Desceu e esperou vê-la na cozinha, mas a casa estava escura. Olhou pela janela e ela não estava na rua. O carro também não. Ele viu apenas a luz dos faróis traseiros.

- Eu não acredito!

Abriu a porta com violência e correu para a pista a tempo de ver o carro saindo desabalado pelo portão do condomínio.

- Merda...

Voltou para dentro. Não poderia segui-la de vassoura, obviamente. Também não poderia aparatar, pois não fazia idéia de onde iria. "Logo vai estar de volta e mais calma," pensou. Totalmente desperto, sentou-se na poltrona em frente à lareira apagada.

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Não soube quanto tempo ficou ali, só despertou quando ouviu o barulho do carro lá fora. Correu para a porta a fim de vê-la logo. Queria abraça-la e pedir desculpas, mas viu luzes vermelhas e azuis através das cortinas. Seu coração pareceu afundar no peito. Abriu a porta e deu de cara com um policial trouxa de semblante sério.

- Sr. Malfoy?

- Sou eu, o quê houve?

- É sobre sua esposa, senhor.

O coração de Draco alojara-se no fundo do estômago.

- O que tem a Gina?

O policial hesitou por um instante em sua expressão grave antes de falar.

- Ela sofreu um acidente de carro, senhor.

Draco sentiu como se tivesse gelo na espinha.

- Ela está bem? Onde ela está?

- Sinto muito, senhor. Ela faleceu.

Sentiu como se pulasse do vigésimo andar.

"Gina..."

E apagou.

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Será q vcs estão pensando: "Como é que ela acaba aqui, maluca???"

Ah, espero que estejam mesmo... Então não percam o próximo capítulo!!!

E nem adianta pedir pelo msn... hehehe...

No próximo eu faço minhas dedicatórias, blz?

Beijos de pavê, da Pavê!