O que quer dizer com isso, vadia!
Em tempos de guerra, como aconteceu em toda a História da humanidade, as pessoas a quem se pode confiar são muito limitadas. Mesmo sendo amigos amados, estarão juntos até onde seus interesses alcançarem juntos. A partir do ponto em que os interesses se separam, eles tendem a se separar, sempre. A não ser se um deles morrer.
E agora, era assim?
Wuufei acalmou-se, diante do olhar sério e sem medo de Lady Une. Mas todas as pessoas daquela sala encaravam outra pessoa. Noin, com a voz enfraquecida, foi a primeira a sussurrar:
Sa...lly..?
"206 A.C.
19
Segunda Chance - Contagem Regressiva 2"
Sally congelou. Se sentou na cadeita, amedrontada.
Veio nos dizer... que fui eu... quem...
Desculpe, não tenho nada contra você, Sally Po da Aliança. Lady Une disse, no tom formal e educado que usava nos tempos da OZ. Mas era necessário, pois isso resultaria em morte para todas as Colônias.
Duo franziu o cenho.
Mas por quê? Por que seria ela e não você, que não tem nada a ver com qualquer um de nós?
Eu estou tentando minimizar os assassinatos, que provavelmente seriam muitos se a OZ II capturasse este grupo aqui. Sei que fiz algo no passado que tira a minha credibilidade.
Todos se lembraram da ordem de Lady Une para destruir uma Colônia inteira, caso os Gundams não fossem entregues. Ela olhou especificamente para Noin, em quem dera um tapa por se opor àquela ordem absurda.
... mas agora não luto pela OZ II, mas sim por vocês. Devem saber, por tudo o que fiz, que posso perder os escrúpulos lutando por uma organização... ou por alguém.
Fez uma pausa.
Pelo Senhor Treize. Me lembro muito bem que ele... ele não queria.
Fechou os olhos.
Eu não gostaria que meu pupilo me suscedesse, Lady Une. ouvia a voz de Treize tão nitidamente, era tão perfeito! Fora naquela tarde, enquanto os dois estavam olhando o treinamento dos soldados. Ao contrário do que pode pensar.
Mas o Senhor Mallaica é tão experiente quanto o senhor! Lady Une retrucou educadamente. Por que não? Eu o aprecio muito. O senhor o fez exatamente nos seus moldes, então com ele como sucessor, a OZ vai durar muito e.
Oh, não, não duvido das habilidades dele. Aurey é ótimo soldado.
E o senhor nem sequer o aumenta de posto.
Ele não foi pedi-lo a você, foi?
Não. Fui eu quem reparou.
Ah, sim. Treize fechou os olhos, depois o abriu de novo, olhando para os soldados. Estava cansado, pelo que parecia. Ele não teria pedido algo a ninguém, com toda aquela arrogância.
É por que ele é arrogante, senhor? Sob o seu julgamento?
Não. É porque... ele não tem controle, Lady Une. Não tem controle. Eu repararia em você, alguém sem controle, mas eu diria que ele é pior.
Treize sorriu como pedido de desculpas e depois continuou:
Se alguém fosse me suceder, seria Zechs, meu amigo. Se não ele, eu confiaria tudo a você, minha preciosa coronel, que apesar de tudo poderia sustentar o peso da Terra nas suas costas. Aurey não.
Treize viraria para beijá-la. Mas talvez tenha achado melhor não, já que alguém poderia ver, e isso seria bastante criticado. Momentos mais íntimos foram guardados para lugares mais íntimos.
Une?
Lady Une voltou a si, com a voz de Zechs. Sim, e o Senhor Treize confiava tanto naquele homem.
Sinto muito. ela voltou a si. Eu dizia que o Senhor Treize nunca quis que Mallaica governasse. Tudo o que está acontecendo nunca foi planejado por ele, ele que lutou tanto, e... olhou de relance para Wuufei. O responsável.
Tudo bem, tive meu castigo, ela pensou. Destruí a vida de Relena Darliam, e depois fui perdoada. Terei de fazer o mesmo.
É tudo o que tenho a dizer.
Noin, que tinha uma mão no ombro de uma abalada Sally, sentada à mesa, suspirou e disse severamente. Ou tentando ser severa.
E as provas? Disse que tem provas.
Ah, sim. Lady Une mexeu na bolsa que trazia consigo. As provas.
De repente, Sally levantou-se com tudo, em pânico.
NÃO!
Todos os olhares se voltaram para ela.
Não... eu... eu... parecia sem fôlego, desesperada.
Maldita, maldita, maldita, maldita, maldita Une!
Como ousa estragar a minha vida assim, sua maldita, desgraçada!
Desgraçada, desgraçada!
Não mostre provas. disse, ainda ofegante. Não quero que mostre... provas. Eu... eu... EU DISSE MESMO TUDO!
Me desculpe. Me desculpe, me desculpe, me perdoe, eu sinto muito!
Nenhuma resposta.
Eu sei que não mereço o perdão de ninguém! De ninguém! Então, ao menos o seu!
Em vez de uma resposta, uma pergunta:
Por que fez isso?
Contarei a história. Posso?
Vai tentar me convencer?
Não... ou melhor... talvez. Eu... só vou contar a verdade, responder à sua pergunta.
Estou ouvindo.
Aurey Mallaica é meu amigo de infância. Cursamos todos os estágios da escola juntos.
Amantes?
Amigos!
Bela justificativa.
Ele... havia me prometido algo.
Algo?
Prometeu que não faria nada a você.
E quanto aos outros?
Na minha cabeça, não tínhamos chance.
Por que lutou?
Porque, quando comecei, eu ainda acreditava.
E, abandonando aos outros, salvando só a mim e a você? Não faz idéia do que fez?
Não consegui dizer não ao pedido dele, também. Sempre o conheci, e como! Todos eles foram amigos passageiros.
Passageiros?
É.
E eu?
Com você é diferente.
Você só quer se dar bem.
Não é verdade!
É uma víbora.
Víbora? Está me odiando agora?
Claro.
Me mate, se quiser.
Eu não teria coragem de fazer isso. E já está decidindo morrer assim, tão rápido?
Convivi tempo demais com você. E, além disso... o que os colonianos farão quando descobrirem?
Uma pausa significativa.
Não contaremos a eles.
Fale por você. Você viu os outros. Viu eles.
Está começando a se desesperar.
Estou sem saída.
Depois do que fez.
Mereço?
Merece.
Vou aguardar o julgamento de vocês, então. Só isso.
Sally?
O quê?
Nunca pensei que você faria isso. Não parecia. Como as pessoas são diferentes por dentro.
Sinto muito.
É.
Está sendo doce demais!
Esperava o quê?
Está me fazendo me sentir mal! Não consigo suportar!
O quê?
Wuufei!
O contorno nos olhos de Sally estavam vermelhos, de tanto ela enxugá-los com o lenço. Mas não conseguia parar de chorar.
E como tinha razão para fazer isso! Na sua mente, tinha toda a razão do mundo. Aurey lhe era uma pessoa querida, impulsiva, mas no fundo boa. Uma vez, lhe contara que a ditadura que a OZ II formara era para estabilizar a Terra e as Colônias e fazerem ambas crescerem de novo. E, desta vez, unidas.
Mas então por que acusou os pilotos Gundam? Sally perguntara, naquela vez que se encontraram pessoalmente. Eles nunca fizeram nada!
Eu precisava achar algum jeito de subir ao poder, Sally. ele justificara docemente. Nessas horas, seu rosto parecia de uma criança. Era sonhador, infinitamente sonhador. Eu sei que estou pisando em cima de outros, mas esse é o meio mais rápido que encontrei. Eu tenho todas as idéias para unificar os povos e as nações, fazer deles sociedades unidas e solidárias umas com as outras. Mas meu mentor não me deu oportunidade! Agora, tenho essa chance. Vou colocar todas as minha idéias de anos de estudo em prática. Você vai ver. Passaremos por crises, sim, mas no final tudo estará bem.
Pobre Aurey, tão sonhador! Havia falhado, e agora ninguém queria dar-lhe outra chance.
Na verdade, nem ela mesma acreditara nas propostas de paz, nos planos dele. E dissera tantas vezes, indiretamente, que aqueles planos eram uma farsa!
A grande preocupação de Aurey Mallaica eram as classes mais baixas, justamente por ele ter vindo delas. Sempre se preocupava com quem estava mais baixo primeiro. Claro que apenas as classes baixas terrestres, com todo esse nacionalismo-terrestre que muito habitantes do planeta tinham. Apesar de arrogante, Aurey sempre pensava nos mais pobres.
Sally também havia vindo de família pobre. Sabia o que ele sentia.
Mas, de qualquer jeito, invadiremos a Terra. Wuufei interrompeu seus pensamentos.
Sim. Sobreviveram, não?
E venceremos desta vez. Mataremos Mallaica. Ou melhor; eu é que vou matá-lo.
Sally sentiu um frio percorrer sua espinha. Wuufei sempre conseguia o que queria.
Então... está... está bem.
Na verdade, não se por que estou tão calmo. Por quê? ele dizia mais a si mesmo do que a ela. Estava se abrindo? Você é assim tão importante? Eu mataria ou no mínimo a espancaria pelo perigo que me fez passar, ou pior, pela confiança traída. Mas eu... quer dizer, você é mesmo muito importante para mim, ou... pela primeira vez na vida estava confuso e constrangido. O que posso dizer?
Sally escondeu os olhos com o lenço, que despejaram lágrimas.
Não podemos simplesmente puni-la, assim. Noin parecia transtornada. E só aprisionarmos ela, e.
Então não podemos revelar a ninguém o que ela fez. Zechs sentou-se na cadeira forrada de couro, cansado. Num escritório da base Yuy, ele e Noin discutiam mais um obstáculo. Eram tantos!
Tem razão. Noin suspirou, cansada como ele. Não a perdoariam. Ela deve saber disso.
Você acha que ela vai se escondeu entre nós ou se entregar?
Não faço a mínima idéia, Zechs. Eu poderia dizer que a conhecia. Depois dessa atitude, não posso dizer mais nada.
Mas Noin a xingava por dentro, embora por fora não quisesse admitir isso. Sentia-se traída, profundamente traída.
Qual será que era a prova que Lady Une tinha? a tenente perguntou para afastar esse pensamento da cabeça. Sally preferiu se entregar a nos mostrar o que era aquilo?
Conspirações, talvez. Conversas gravadas. Dependendo do que Lady Une nos trás, poderíamos odiar Sally ainda mais, não é?
É.
Noin olhou pela porta.
Ela foi com Wuufei? Zechs perguntou.
Foi. Já faz meia-hora. fez uma pausa. Bem, teremos que fazer ela contar tudo o que denunciou a Mallaica.
Deixaremos isso com Wuufei.
Pobrezinho.
Penso o mesmo.
Mas qual motivo a levou a nos trair? Sally não é uma pessoa movida a dinheiro, a não ser se estou completamente enganada. O que será que foi?
Zechs apoiou os cotovelos nos braços da cadeira, os olhos no chão, pensativos.
Noin, você acha que ela e Mallaica.
Isso é possível? Noin demonstrou-se chocada. Mas, claro, já havia pensado nisso. Ela, Sally?
Ninguém nunca desconfiou de uma tenente exigente e de um líder militar falido, com dois nomes. Zechs sorriu e Noin também.
Alguém entrou através da porta aberta. Duo.
E aí? perguntou desanimado, se apoiando à batente da porta. O que a diretoria decidiu?
Não parecia esperar uma punição.
Vamos mantê-la conosco. Noin afirmou. Estará segura aqui, e estaremos seguros dela.
Mais silêncio. Dessa vez, Zechs retomou a conversa.
Duo, acha que estamos prontos para a Terra?
A pergunta foi tão repentina que Duo teve de pensar para compreender o que ele disse. Pensou também para responder.
Don't know.
Tanto eu quanto Noin estamos planejando uma saída o mais rápido possível, rumo à segunda invasão. Zechs explicava enquanto balançava muito de leve a cadeira de pés móveis para lá e para cá. A situação está piorando.
Está falando da água? Duo perguntou, mas não precisou de resposta. É, nunca pensei que faltaria algo como isso. E nunca passou pela minha cabeça que as Colônias dependiam da Terra porque não tem água no Espaço.
Eu e... e Sally Noin gaguejou um pouco. andamos pesquisando as condições de água nas Colônias. Está chegando perto do fim. Mal o nosso exército tem água agora. Mal nós.
A cota de água por dia era regulada dentro daquela base. Nas partes civis também.
Então tem que ser uma coisa imediata! Duo exclamou, olhando de Noin para Zechs. E quando? Quando pretendem ir?
Esta semana. Zechs olhou o calendário na parede à sua frente. Se hoje é Terça-feira, seria bom sairmos no máximo no Sábado, ou na Sexta.
Os três olharam o calendário. Dia 18 de julho de 206 A.C.
Julho. disse Noin. É verão onde vamos chegar na Terra.
Estamos na mesma época da vez passada. Zechs olhava para os meses, tantos meses passados. Mas nenhuma época é boa, pois para onde vamos o clima é mediterrâneo. Verão seco demais, inverno chuvoso demais. parou um pouco. Vamos ficar com o verão, pelo menos não há nuvens de chuva atrapalhando.
Duo e Noin confirmaram com a cabeça. Dessa vez daria certo. Oh, sim, daria.
Lady Une caminhava com Trowa e mais dois oficiais por entre as instalações do exército, observando tudo o que fora construído com um ano de esforço máximo. Mobile Suits moderníssimos, dentre eles os dois modelos novos, Libra e Escorpião, projetado pela genial Eleni e sua equipe de vinte engenheiros. Ela foi apresentada a Lady Une pelos oficiais, e depois, com orgulho, foi mostrando cada detalhe das novas armas.
Nossos novos canhões-de-raios têm o alcance triplicado e poder de destruição duas vezes maior. ela explicava as mostrar o Libra, um Mobile Suit um tanto pequeno, feito para utilizar-se de velocidade. Só precisamos de pilotos extremamente eficientes.
Incrível... Lady Une olhava tudo, maravilhada. Como o Senhor Treize ia gostar de ver essas máquinas! Mas vejo esses escudos... dos Escorpiões. Parecem gundanium.
Os Escorpiões eram muito maiores, com um grande canhão no braço esquerdo, aparentemente para grandes explosões.
São de gundanium. Eleni tirou a mão de dentro do bolso do sobretudo gelo e colocou-a apoiada ao imenso pé do Mobile Suit. A meu pedido, pudemos disponibilizar de gundanium, para fazer escudos para apenas alguns dos Escorpiões. Monsieur Zechs me recomendou Mobile Suits resistentes para fazer uma linha de frente, e então os desenvolvi.
Mas gundanium é raro, e caríssimo. Lady Une disse. As Colônias têm como pagá-los?
Como eu disse, mademoiselle Une, apenas alguns. Uma linha de frente que monsieur Zechs me pediu, para montar as suas estratégias. Mas é claro que não pagamos tão caro assim pelo gundanium.
Sendo as forças principais das Colônias.
Oh, sim. Por isso, foi possível fazer esses escudos. Se pudermos obter mais, quero fazer o tronco desses Escorpiões preparados de gundanium. Seria bastante vantajoso, e protegeria o piloto; esse é um dos motivos pelo qual os pilotos Gundam são tão invencíveis.
Lady Une olhava as novas máquinas. Não parecia ser possível vencer um exército de frente daqueles, a não ser se.
Quantos Escorpiões têm gundanium? perguntou bruscamente, achando que fora rude demais. Mas Eleni não pareceu se importar.
Ao invés disso, pareceu infeliz.
Pela quantidade, apenas dez deles, mademoiselle. Eu disse a monsieur Zechs que daria muito pouco e que nem compensaria, mas ele me disse para fazer, que daria aqueles dez especiais a pessoas especiais que seriam capazes de fazer muito, com o Mobile Suit certo. subiu os óculos no nariz. Um eu sei que é para ele, outro seria para mademoiselle Noin. A senhora vai pilotar um deles?
Lady Une contemplou-os, desejando mesmo isso.
Seria bom. afirmou. Zechs vai concordar.
Sally Po não foi mencionada por Eleni para pilotar os Escorpiões de Gundanium, Lady Une pensou consigo. Mas certamente a mecânica não sabe de nada. Só não disse porque Sally Po não deve ser boa o bastante para um Mobile Suit desses.
E quantos são no total? Lady Une perguntou, por fim.
Dois mil, no total, contando Libras, Escorpiões, além de Áries e Touros modernos. Há também alguns Sagitários. E contando os Gundams. Oui, aproximadamente dois mil.
Não sei quanto a OZ II tem atualmente.
Seria muito mais que isso?
Não sei. Mas é mais, com certeza. Afinal, estamos falando de uma Terra inteira, uma imensa Terra.
E de Aurey Mallaica.
Eleni ficou um tanto constrangida diante do olhar que Lady Une lhe lançou depois que disse esse nome.
Mademoiselle... Algum problema?
Não. pareceu voltar ao normal. Nenhum. Me desculpe.
Olhou para Trowa, a alguns metros delas, que fitava a beleza maciça e brilhante do escudo do Escudo de Gundanium, EG, como passou a chamar aquele Mobile Suits especial. Era marrom e parecia quebrar qualquer coisa. Realmente deveria quebrar. O que eram as armas convencionais diante daquela proteção?
As táticas de Zechs mais o talento da senhora. disse distraidamente o piloto. É incrível ver como podem se fundir.
Eleni sorriu em agradecimento. Sabia como deveria agir com cada pessoa, e com Trowa um sorriso sem palavras era mais que suficiente.
Partirão quando? ela perguntou.
Acabamos de nos reunir. Trowa disse, olhando-a agora. Amanhã, Sexta-feira. Mais uma reunião hoje à noite, Lady Une, para decidir sobre a senhora e sobre Sally.
Eleni indagou com os olhos. Não obtendo resposta, desistiu; era isso que a fazia uma ótimo subordinada.
Então... Lady Une estendeu a mão para apertar a de Eleni. Foi um prazer conversar com você. Espero nos encontrarmos de novo.
Foi mesmo um prazer, mademoiselle Une. Eleni apertou a mão de Lady Une com as duas suas. Boa sorte.
Obrigada.
Ela se retirou, os dois oficiais foram junto, conversando com ela. Trowa permaneceu ali. E já ia se despedir, quando Eleni, com a rosto sério e apreensivo, disse:
Veja, bem, monsieur. Quero que leve uma mensagem.
Trowa chegou mais perto, sem entender.
Mensagem?
Uma mensagem para monsieur Heero Yuy, lá da Terra. Quero que lhe conte isso, mas apenas a ele. Tenho certeza de que ele confia no senhor plenamente, eu já os vi juntos, e ambos têm o jeito parecido. abaixou a voz. Pode contar a ele? Só será espalhado se ele quiser.
Sim, senhora. Fale.
Bem...
De madrugada. disse Zechs, ao término das discussões. Deveriam ser dez da noite, senão mais. Às três em ponto, todos aqui.
Apenas uma confirmação por parte de todos. Sally não estava junto. Seria levada como prisioneira.
Eu, Noin e Lady Une nos EG, mais sete soldados que escolhi pessoalmente, assistindo seus treinos. Zechs continuou, encarando um por um nos olhos. Desta vez, estamos treinados, estratégia pronta. Caso fracassemos, voltamos, quando eu... eu ou Noin dermos a ordem.
Noin engoliu quase em seco.
Uma confirmação silenciosa de cada um. Dessa vez, mais uma vez...
Por Kitsune-Onna
