Era exatamente o dia em que Eleni disse que viria até Clermont (mas não se sabia como ela conseguiria realizar essa proeza.
Heero esperava impaciente. Aquela velha era por acaso louca?
Passou-se esse dia, e ela não veio.
Mas na OZ II a situação era diferente.
Já fazia um certo tempo que Aurey Mallaica havia reconquistado a confiança do povo. A normalidade havia voltado à Terra, do mesmo modo de sempre, e o assuntos mais discutidos eram os novos filmes em cartaz ou a vida de tal ator famoso, nada que se concentrasse na política. Também comentava-se da tradiocional festa que acontecia no final do ano na Universidade da Velha Zelândia, Clermont, o que era mais fofoca do que assunto sério. Mallaica, desde que começara no poder, sempre fora prestigiar aquelas festas. O que aconteceria com ele e Relena Peacecraft agora? - perguntavam as revistas.
Aurey Mallaica estava viajando pela América do Norte, indo em reuniões políticas, reunindo os países daquela região para uma vida mais pacífica graças ao seu incrível poder da fala e da persuasão. Não que realmente houvesse esquecido da revolução e dos problemas com as Colônias, mas fingia esquecer. Quando eram comentados esses assuntos em entrevistas, Mallaica fazia uma pequena pausa, como se tentasse se lembrar que assunto remoto e distante era esse - o que fazia Relena torcer o nariz de nojo quando o via na mídia.
Mallaica dizia também esperar ansiosamente pelas celebrações de Clermont, dizendo que iria sem falta no Ano Novo, embora não pudesse ir no Natal. Chegou até a dar um telefonema formal a Relena, dizendo que estaria ali, que chegaria pela tarde do dia 31.
Pois não, esperamos sua visita. ela respondera sem muito entusiasmo.

206 A.C.
29 Eleni

Como assim, "não seria capaz disso?
Você é mesmo um imbecil.
Imbecil, eu?! E de repente decidiu ficar tocado, sentimental! Estamos falando das Colônias!
Quatre entrou na sala, escancarando a porta, assustado com o grito lá dentro. Nesse exato momento Trowa havia segurado Heero, que tinha o punho fechado direcionado a Duo.
Mas o que está acontecendo aqui!
Até que enfim você apareceu, Quatre! Trowa suspirou aliviado, assim que Heero tranqüilizou-se ao vê-lo entrar. Eu não conseguiria evitar uma discussão dessas.
Com um movimento brusco, Heero livrou-se de Trowa, os olhos cheios de fúria pousados em Quartre.
Quer dizer que vocês planejavam destruir as Colônias?
Quatre se assustou com a investida, mas logo respondeu com calma:
Nunca dissemos exatamente isso.
Planejavam!
Nunca planejamos nada; ainda não discutimos esse assunto.
Depois lançou um rápido olhar de censura a Duo, que ficou mais vermelho do que já estava, sentado e com raiva.
Vocês querem discutir isso agora?
Mas e o Chang? perguntou Duo.
É verdade. concordou Quatre. É melhor nos concentrarmos na nossa missão na Terra, então. Ainda está muito longe para essa ser a nossa missão.
Ninguém falou mais nada. O único som na sala era o de Duo balançando a cadeira onde estava lentamente, olhando para a mesa à frente dele, onde tomara o desjejum. Quatre preferira que eles ficassem separados das outras pessoas de Clermont; provavelmente ninguém sabia que eles estavam ali.
Quando Relena entrou, batendo a porta, os quatro pilotos pularam com o susto. Ficou quieta por um instante, vendo constrangida que os assustara.
De..desculpe.
Que houve, Relena? perguntou Quatre em seguida.
E..ela está aqui. A Eleni, das Colônias, ela chegou!

Quando entraram todos na sala de Relena, viram a cabeça branca de Eleni Daaé voltada para a janela - ela permanecia sentada, de pernas cruzadas, na cadeira em frente à mesa da diretora. Logo voltou os olhos claríssimos e olhou por cima dos óculos, depois sorriu.
Desculpem pelo atraso. disse ao se levantar. Aconteceram alguns imprevistos.
E estendeu a mão para apertar a de um impressionado Quatre.
I..imagine.
Ah, os senhores sabem como é difícil despistar a OZ II ela continuava, cumprimentando os restantes. mas nada que os meus meninos não possam fazer. Bem, Sra. Daaé começou Relena meio sem jeito. Por sinal, gostaria de saber, bem, como a senhora conseguiu chegar aqui dessa maneira. e, vendo os olhos interrogativos dos pilotos, explicou. A Sra. Daaé chegou até Clermont em uma nave relativamente... grande.
Pois a nave era sim enorme. Quando foram ver, na pista de pouso da universidade, algo que parecia uma junção de cargueiro com nave de guerra estava lá. Os "meninos" de Eleni conversavam entre si, bem-humorados como ela, sobre a nave.
Mas quando chegou? perguntou Heero, impressionado.
Deve fazer mais de duas horas, mas demorou uma hora e meia até que tivéssemos autorização e eu pudesse falar com mademoiselle Peacecraft. Eleni explicou, obviamente orgulhosa.
Contemplando os olhos de Heero, ela completou:
Parece que tenho muito a explicar, se estiver interessado em ouvir as explicações. Por sinal, acho que lhe interessam muito.
Ventava muito lá fora, e o sol era forte. Estranho esse calor todo na véspera do Natal, pensou Relena, enquanto permanecia o mais perto possível de Heero e Eleni para escutar ao menos uma nesga do que diziam, fingindo estar interessada no que tentavam descarregar da nave de Eleni. Morara a vida inteira no hemisfério norte, onde Natal era sinônimo de neve branca e crianças agasalhadas cantando as músicas natalinas e fazendo bonecos-de-neve. Demorou muito para perceber que Quatre a olhava curioso, enquanto ela tentava articular esses pensamentos e ouvir a conversa a dois metros de distância.
Ah! Quatre.
Estava olhando em um ponto no infinito. Quatre sorriu ao dizer. Preocupações?
Na verdade não, mas... foi interrompida pela mão fina e comprida de Eleni tocando o ombro de Quatre.
Olhe disse ela com delicadeza. Eu trouxe um presente para o senhor.
Os olhos de Quatre se arregalaram num misto de surpresa e felicidade ao ver, saindo do cargueiro, o Sandrock. Meu Sandrock! exclamou ele, com um olhar terno, como se visse o próprio filho voltar para seus braços.
Eleni sorria, satisfeita.
Oui, eu o achei nas Colônias. Está com alguns reparos meus, espero que goste.
Caminharam todos até os pés do Gundam, Quatre à frente. Estendeu a mão e tocou o metal gelado, olhando para cima.
Virou-se para Eleni, com um sorriso meigo.
Nem sei como agradecer à senhora.
Bem, tem um modo de agradecer ela respondeu com a mesma doçura. Lute nele.
Quatre se surpreendeu um pouco com a resposta, mas depois voltou novamente os olhos ao Gundam. Aparentemente, o Sandrock não tinha muitas mudanças.
O que fez nele? perguntou Heero, depois de não encontrar diferenças em sua primeira análise.
Gosto tanto do design desse Mubile Suit que não quis mudar nada assim, exteriormente. explicou Eleni, olhando para o Sandrock, como um especialista a analisar um quadro. Adoro essas duas foices que ele tem. Tudo o que fiz foi deixá-lo mais rápido e equipá-lo com mais armas e mísseis adcionais.
Embora aparentemente calmo, Heero por dentro se mordia de ansiedade para poder pilotar aquele Gundam e ver do que Eleni era capaz, ou se ela era tão boa quanto se achava.
Relena se mantinha pouco atrás deles três, mãos juntas atrás das costas, tentando compreender alguma coisa. Ouviu então a voz alegre de Duo vir falar às suas costas.
Quenga que o pariu, esse é o Sandrock!
Se viraram os quatro para o piloto que se aproximava, observando o Gundam. Trowa vinha logo atrás dele, e sorriu para Quatre.
Parece que finalmente vocês estão juntos novamente, Quatre.
É, Trowa... Meu Sandrock está de volta. ergueu ele os olhos ao Mobile Suit.
Nessas horas é que eu sinto falta do meu bom e velho Deathcythe! exclamou Duo com uma pontada de saudade. Você é que tem sorte, Quatre!
Talvez... sorriu Quatre, mas por dentro duvidava que tudo o que lhe acontecera nos últimos dois anos pudesse ser considerado "sorte". Mas preferiu ignorar.

Era aquele dia 23 de dezembro A falta de decoração natalina - pois havia apenas algumas poucas árvores de Natal nas salas principais, para o dia-a-dia - era justificada pela ausência dos alunos, professores, e a maioria dos funcionários, que iriam passar o Natal com suas famílias ou viajando. Muitos deles não eram da ilha. A formatura só aconteceria no último dia do ano (segundo a tradição de Clermont, "deveriam iniciar um novo ano com uma vida nova, e uma vida nova com um novo ano.
Sem seus alunos, Clermont era uma enorme construção abandonada. Havia apenas algumas pessoas na sala de jantar, onde preparavam uma ceia simples.
Normalmente os diretores deixavam Clermont nesse dia, mas a casa daquele casal Mandaire era aquela, não havia outra. Eles recebiam seus convidados, Heero, Duo e Trowa, mais Eleni, e seus homens que, não querendo fazer pate daquele ambiente ternamente íntimo, gozavam da noite quente lá fora. Lala Samira chamara Quatre para ir com ela passar uns poucos dias na Arábia, mas, como ele recusara, decidiu ela ficar ali também.
Relena, Eleni e Samira conversavam a um lado distraidamente sobre vestidos de festa, Trowa e Quatre sobe música em outro lado, e Duo comia ao mesmo tempo que tentava trocar algumas palavras com Heero. Tinha ficado satisfeito por ter conseguido a façanha de tirar dele alguns sorrisos.
Mas Heero não despregava os olhos de Eleni, encarando-a constantemente, embora fosse discreto e experiente o suficiente para ela não perceber. Como Eleni estava próximade Relena, Duo imagivava ser esta a vítima dos olhares constantes, e, feliz, não comentou nada.
Mas e o Mallaica, hein, Heero?
À menção desse nome os olhos de Heero foram imediatamente para Duo.
Mallaica.
Duo se inclinou na mesa, chegando mais perto.
Você tá sabendo que ele vai vir aqui na festa de formatura, ne?
Claro.
Será que ele vai nos reconhecer?
Espero que não. disse Heero parecendo incomodado com a idéia. De qualquer modo, não vamos circular livremente numa festa dessas.
Como não!
Ignorando os apelos de Duo, Heero começou a imaginar o que significaria a presença de Mallaica para Relena. Considerava a diretora ainda imatura para conseguir conter o ódio e outras emoções na frente de uma pessoa que, segundo ele ouvira, tinha um espírito forteEntre. Mallaica era outra pessoa que Heero queria estar frente a frente. Imaginava se esse líder da OZ II era também experiente piloto.
Nunca viu Mallaica na TV? continuava a dizer Duo distraidamente, sem notar que Heero mal prestava atenção. Mais novo que a gente. É moreno, todo metido a lindo, pra mim parece um gigolô... Heero?
Sim, é.
Relena voltou os olhos para Duo, e, ouvindo o que ele dissera, riu. Vou ter de concordar com você, Duo.
Entre Eleni, Relena e Lala Samira, começou-se o assunto da festa.
Ora, não fique tão nervosa assim, Srta. Relena! explicou Lala Samira. Todas as festas ocorreram bem, sempre dá certo.
Assim espero... sorriu Relena, ansiosa. Na verdade, eu queria algo.. melhor que as anteriores.
Eleni revirou os olhos e Lala Samira riu, enquanto Relena corava.
Tão modesta! exclamou Eleni.
Sempre Lala Relena!
Passaram-se as risadas; Eleni mexeu a taça em sua mão antes de levá-la aos lábios.
Eu soube que a senhorita vai receber o Sr. Aurey Mallaica da OZ II.
Vou. confirmou Relena. Nem tudo é perfeito.
As três riram.
Viram então Heero parado ao lado de Relena, aparentemente esperando uma chance para falar.
Heero? surpreendeu-se Relena.
Ele olhou para ela como que pedindo licença para falar.
Eleni. disse por fim. Você me deve algumas explicações, que há um tempo estou pedindo.
Ela sorriu como se deliciasse com aquela frase.
Deixe-me adivinhar... monsieur quer saber como estão as Colônias, quer saber o que ando fazendo lá, como cheguei até a Terra sem ser explodida pela OZ II e onde está o Wing Zero.
Ele confirmou com a cabeça.
Fica complicado entender se o senhor só pede essas respostas por olhares e indiretas. comentou Eleni. Poderia falar mais.
Se adivinhou, quer dizer que entendeu. respondeu Heero quase impaciente.
Aah... que bom! interveio Relena sem graça. Srta. Eleni, talvez a senhorita queria contar a todos nós. Vamos nos sentar à mesa.

Quando todos jpa estavam à mesa, Eleni começou calmamente:
Acho que nem é possível notar, mas eu já tenho uma certa idade, então já faz um certo tempo que trabalho como engenheira de MS. Cheguei a conhecer aqueles velhotes que fizeram os Gundams.
"Ou seja, eu já sabia muito sobre esses MS quando foram construídos Por isso tratei de cuidar tanto do Sandrock como do Wing sem grandes dificuldades"
Ela olhou para Heero esperando uma interrupção mas, com ele calado, foi Duo quem interrompeu.
Você mexeu no Wing Zero também?
Que bom que alguém fez questão de perguntar. disse ela enquanto tinha os olhos desconfiados em Heero. Bem, há um ano atrás, monsieur Maxwell. Quando vocês todas iam partir para a Terra.
Você alterou todos os Gundams. concluiu Heero, como quem não acha muita novidade. Mas fez algo a mais no Wing Zero.
Isso mesmo. ela disse, contrariada. Eu o preferia muito mais quando era desmemoriado, sabia, Heero?
"Eu fiz muitas coisas, mas o principal foi intensificar o Sistema Zero. Como você não tinha nada na sua cabeça, nenhuma memória longa, nenhum grande remorso ou algo assim, ele agiria livremente e você se tornaria uma máquina de guerra parecida com um Mobile Doll... mas! disse ela rapidamente ao ver o olhar de susto e desaprovação de todos. Eu vou explicar! Bem, você se tornaria muito melhor que uma tola máquina, mas poderia destruir como ela.
"Eu precisava; aliás, NÓS precisávamos que você destruísse a maior parte do exército inimigo, porque a OZ II é muito grande. Você poderia ter essa capacidade. Graças à maravilhosa empreitada de Zechs Marchise na Terra, tão louca quanto a estúpida Operação Meteoro, precisei fazer algo mais para termos uma chance. Vocês, pilotos apaixonados, arriscam-se tanto"
Ela parou, vendo o olhar grave de todos os presentes ali. Quatre, com um gesto educado, disse:
Continue, por favor.
Eleni prosseguiu sem medo:
Eu tive a oportunidade de assisti-los numa tela como num cinema. Quem impediu o êxito da primeira tentativa da revolução foi o Zechs. Ele atacou Heero. Me atacou? murmurou Heero.
Atacou. Eleni disse, simplesmente, com uma leve encolhida de ombros. Ele é esperto e percebeu que você agia além do que o Sistema Zero comum poderia fazer. Se calculei bem, ele queria "poupá-lo de uma matança muito maior, que poderia feri-lo depois" O resultado foi desastroso, perderam grande parte do exército, quase morreram e não conseguiram chegar à Terra. As Colônias poderiam estar salvas agora, mas atrasou-se um ano.
"Zechs simplesmente apintou a arma para você e disparou, jogando-o no mar.
Fez-se silêncio.
A forma como Eleni contara o que aconteceu, tão naturalmente, surpreendeu tanto seus ouvintes que nenhum deles disse nada, por muito tempo. Eleni ficou esperando que falassem, observando a taça vazia até a metade.
Relena olhou para os lados, como se esperasse autorização para falar, e então se ergueu de onde estava, séria.
A senhora QUASE MATOU Heero!
A atitude e o tom de voz chocou todos, menos Heero, que permanecia calado, sério e pensativo.
Que... que idéia absurda! continuou Relena. poderia tê-lo matado!
Eleni não lhe deu muita atenção. Na verdade, não se importava com o que Relena dizia; apenas encarava Heero com a mesma gravidade com que ele encarava o peru da mesa, perdido em pensamentos.
Quatre fez com delicadeza um gesto para que Relena se acalmasse.
Heero nem sequer olhou para ela. Apenas voltou-se para Eleni.
Então essa era a missão que tinha me passado. Pois bem, missão comprida.
Eleni nesse momento deu um sorriso tao maroto que Relena teve de resistir à tentação de esmurrá-la.
Ótimo!
Mas tem outra coisa. retomou Heero. Conhecendo você, não destruiu o Wing Zero. Quero saber onde ele está.
Eleni lambeu os lábios, para molhá-los.
Precisaríamos de uma super equipe e muito equipamento para tirá-lo de baixo de toneladas de água e areia.
Então ele está onde afundou.
Certamente. Onde estaria?
Mas isso é impossível cortou mais uma vez Relena. A OZ II tem rastreadores, e não identificaram nada lá embaixo. Não escavaram mais porque temiam prejudicar as ilhas vizinhas e o ecossistema delas.
Se esses rastreadores da OZ II funcionassem comigo Eleni disse entre dentes, desafiando-a. eu não teria chegado à Terra a bordo de um cargueiro desarmado tão facilmente.
Relena calou-se, franzindo o cenho desconfiada.
Trowa falou pela primeira vez, grave:
Era sobre isso que eu ia perguntar. Claro, claro. disse Eleni impaciente, olhos cravados em Relena. Depois, voltou-se para Trowa, e, como mágica, alargou um belo sorriso para ele. Eu tinha de esclarecer isso também, monsieur. Na verdade, tudo o que coloquei tanto no Wing Zero como no meu cargueiro foi um dispositivoque confunde qualquer rastreador. Poderia ser algo mais simples?
A obviedade com que Eleni lhes mostrou esse fato fez os ouvintes sentirem até raiva.
Se a senhorita... Eleni disse a Relena devagar como se ela fosse uma criança. liberasse dinheiro, poderíamos, digamos, "ressucitar" o Wing Zero!
Infelizmente falou-lhe Relena exatamente no mesmo tom. eu não posso fazer nada quanto a isso, não me é permiti.
Então tem medo de perder o emprego?
Claro que não! Eu.
Deve ser medo!
Tem ainda uma coisa! interrompeu-as Duo quase com um grito, enquanto Quatre já segurava o braço de Relena. Sra Eleni, se o Wing Zero tá no fundo do Pacífico.. por que o Heero tá aqui?
Todos os olhares convergiram para eero.
Boa pergunta. a engenheira disse, pensativa, ajeitando os óculos de aros finos mais para cima do nariz. Quanto a isso, não fui responsável. O inconseqüente comandante Zechs deveria tê-lo matado.
Relena sentiu o sangue fervilhar, mas esperou a resposta de Heero. Ninguém mais contestou, porque os fogos de artifício, vindos dos condomínios próximos, reluziram na grande janela da sala, anunciando a chegada da meia-noite. Foram à varanda, observar as explosões coloridas, e o assunto ficou temporariamente esquecido.

Por Kitsune-Onna ,
que deseja ver Tobias Sammet de verdade, cantando num show... em Outubro, quem sabe!