Tô feliiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiz! Hehehehe, enquanto eu estou escrevendo esse capítulo, vocês devem estar na escola, tendo aula de... *pensa* Epa.... 10:30?! Eh... Recreio?! Unf... Mas eu perdi DOIS tempos de alemão e de desenho geométrico... Sem falar em português, matemática, educação física e geografia. HUAHUAHUAHUA!!!! Faltar à aula é booooooooooooooom... Ah, só uma curiosidade que um amigo me passou por e-mail (valeu Marc, essa foi muito boa!):
Lyserg Diethel é uma contração de "lysergic acid diethylamid", ou "LSD".
By the way,
lá vai a fic.
PS: Eu estou ouvindo Silent Weapon, o tema do Yoh, cantado pela seiyu
dele, enquanto escrevo. É uma música de fundo que tocou nos últimos episódios.
Se vocês puderem ouvir enquanto lêem a fic, melhor pra vocês :P Essa música
reflete o clima que eu estou querendo passar nesse capítulo.
Cap. 4 – Passado / Presente
--- Hao POV ---
Eu estou deitado no futon, olhando para o teto. Não há nenhum ruído de automóveis, graças aos céus. Ainda existe um lugar onde os humanos não colocaram essas máquinas que só servem para poluir o ar. Sinto uma presença muito forte por aqui e, apesar de muito longe, ouço o som de passos e um choro. Minha querida Anna deve estar se aproximando. Vai ter uma pequena decepção se ela estiver procurando Jeanne e Lyserg.
*Flashback*
Sentia o sangue seco nos meus cortes do rosto, o gosto dele ainda estava na minha boca. Minhas vestes manchadas e rasgadas, e o olho direito trespassado por um corte profundo. Também sentia o peso da derrota e da vergonha sobre mim, coisa que nada, nem ninguém poderia curar. Sobretudo, senti alguém me olhando com pena.
- Não me olhe assim. Faz eu me sentir o lixo que sou.
- Estava esperando você acordar. Está arrependido? – A garota disse.
- Nunca me arrependi de nada que eu fiz. – Os olhos da garota, Jeanne,
transbordaram de tristeza.
- É uma pena... Sempre há salvação para aqueles que se arrependem dos seus
pecados.
- Isso me faz lembrar, por que você não me matou?
- Não sou como você.
- Isso não é resposta.
- De que adiantaria eu te matar? Daqui a 500 anos você reviveria, de uma forma
ou de outra.
- Só agora você descobriu isso? – Tentei esboçar um sorriso de ironia, como
sempre.
- Eu gostaria de te fazer uma proposta.
- Então era isso.
- Se essa proposta existe é por culpa sua.
- Tudo é por culpa minha.
- Bem... Não sei se você sabe, mas a luta dos xamãs foi interrompida.
- Foi? – Fiquei surpreso, mas tentei não demonstrar.
- Sim... Como meu grupo e o seu foram desfeitos, o que você acha de fazer um
grupo comigo, quando a luta recomeçar?
- ?! – Era um choque para mim o que ela estava dizendo. – O grupo precisa de
três componentes, não sei se você sabe... -
Novamente, tentei ser irônico.
- Eu vou chamar Lyserg também. – Se eu não estivesse machucado, teria desatado
a rir.
- Essa foi boa. Quando o garoto me vir ele vai querer me matar! Obviamente que
ele não tem poder para tanto, mas você acha que teremos condições para fazer um
grupo assim?!
- Você está me subestimando. Eu tenho tudo sobre meu controle. Agora se deite,
eu vou tentar curar os seus ferimentos. Esqueci de dizer, mas o seu Spirit of
Fire está apenas com metade da força de antes.
- O quê?! Você poderia me explicar o que está acontecendo e onde diabos eu
estou?! No mínimo quanto tempo estive dormindo!
- Não. Agora fique deitado.
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- HAO!!! – O grito me fez despertar pela segunda vez,
naquele estranho lugar. Logo o sangue sujava as minhas roupas de novo, mas
apenas porque Lyserg Diethel tinha me dado um soco. Levantei, meio tonto, por
causa do soco, mas me sentindo muito melhor do que quando encontrei Jeanne
olhando para mim
- Olá. – Sorri.
- Não sei o que a Jeanne quer com você aqui, mas pode estar certo que eu vou te
matar! – Ele armou seu pêndulo e me atacou. Por pouco ele não deixa mais um
corte no meu rosto. Pensei que realmente não devia dar muita atenção à Jeanne.
Tudo sobre o controle, ein?! Desviei mais uma vez. Jeanne chegou no quarto.
- Pare, Lyserg! Não faça isso! – Ela gritou. Estendeu as mãos e a fada Morphin
foi até ela. O pêndulo simplesmente caiu e ficou balançando. Quando achei que
ele ia parar, estava muito enganado. Ele largou o pêndulo no chão e me deu um
soco. Não reagi devido à surpresa. Ele me batia com toda a força que conseguia,
as lágrimas nos olhos e gritando que nunca ia me perdoar por ter matado os seus
pais. Jeanne correu até nós e segurou o braço de Lyserg.
- Quer ele morra ou não, seus pais não vão voltar a viver, Lyserg.
- E DAÍ?! Ele merece sofrer!
- Se pensar desse modo, será igual a ele. – Ela falava como se eu não estivesse
presente.
- Você ia matar ele mesmo! Por que você acha que eu me juntei aos X-Laws?!?! –
Jeanne não respondeu, ficou lá, parada, olhando para ele. – Não pode falar
nada!
- Sente-se e eu vou explicar tudo! – Ela finalmente falou. Sua voz era
autoritária, incomum para uma garota de onze anos. Dependendo de quanto tempo
tivesse se passado, e de quando ela me achara, talvez ela já tivesse doze anos,
ou treze, mas isso não vinha ao caso. Lyserg desabou na cadeira mais próxima.
Ela explicou sobre um pacto, e acrescentou algo mais:
- Sei que vocês têm seus próprios motivos para conseguirem o título de Shaman
King, assim como eu. Apesar de que, nessa fase de grupos, eu lutarei com Hao –
Ela olhou para mim. – nada me impedirá de desejar um mundo justo e a salvação
para ele se eu me tornar a Rainha Xamã, assim como você pedirá a morte dele. É
isso que você quer fazer, não é, Lyserg?
- Não... – Jeanne também se surpreendeu. – Se eu me tornar Rei Xamã, vou pedir
para ficar com meus pais... – Eu sufoquei um riso.
- Você tem os ossos? Sem eles, mesmo que você tenha todo o poder do mundo, não
vai conseguir ressuscitar seus pais...
- Culpa sua... – Ele não parecia surpreso. Engraçado, era a segunda vez que eu
ouvia isso. – Você queimou a casa toda. Até apagarem o fogo, não sobrou muito
deles.
- Então... – Eu ainda não tinha compreendido a idéia dele.
- Eu pedi para ficar com os meus pais. Não preciso que eles estejam vivos para
isso...
- Você está pensando em torna-los seus espíritos?
- Isso seria pensar demais em mim... Tira-los de seu sono para ficar aqui...
Eles poderiam ter ficado comigo, se quisessem...
- Você está pensando em morrer? Não precisa ser Rei Xamã para isso. – Eu estava
quase sufocando, tentando não rir. – Se quiser, eu te mato agora mesmo. É
tolice pensar nisso.
- Não é isso... Você acha que eu poderia encara-los sem falar que ao menos eu
tentei vencer a Shaman Fight? Que eu nem tentei vingar a morte deles?
- Lyserg, seus pais não gostariam de que você fizesse isso... – Jeanne falou. –
Eles apenas querem que você viva feliz...
- Você acha?! Você conhecia eles, por acaso?! Eles eram muito bons comigo, mas
eu sabia que eles ficavam tristes porque eu não conseguia ser bom o bastante
como detetive, como o meu pai, ou um ótimo xamã, como minha mãe!
- Seus pais não achavam isso de você, Lyserg... – Ela repetiu. Eu estava
sentado, apenas observando.
- Não?! Você pode dizer alguma coisa?! Eu nunca brinquei com as outras
crianças, porque ficava horas treinando!
- Se ficava horas treinando, é porque queria. Na minha opinião, quem ficava
triste por ser fraco era você. – Eu resolvi me intrometer na conversa.
- Hao tem razão. – Jeanne também falava. Lyserg baixou a cabeça. – E então?
Vocês vão fazer um grupo comigo ou não? – Ela deu mais um de seus sorrisos.
*Fim do flashback*
O som do interfone me despertou dos meus devaneios. Atendi. Era a velha senhora, dona do onsen onde eu estava hospedado. Perguntou se uma garota, Anna, podia vir me ver. Falei que sim. Abri a porta e encarei a noiva de meu irmãozinho. Como sempre, estava séria. Mas tinha os olhos vermelhos de quem parou de chorar. Ela entrou sem me cumprimentar ou falar algo, e sentou no futon em que a pouco eu estivera. Fechei a porta e sentei na frente dela. É irônico pensar que, depois de tudo isso que eu passei, estou sozinho com a Anna num quarto de hotel. Ahn... é melhor parar de pensar em besteiras.
Desculpem, eu não resisti ^^;;;;; Bem, continuem revisando!
Bjos, Akari
