Ok, segundo capítulo da nova fase. Desculpem meeeesmo a
demora, é que eu perdi o interesse por shaman king (na verdade, apenas fiquei
interessada demais por matantei loki, fullmetal alchemist e hunter x hunter :P
) e essa fic, mas é que eu fico triste ao lembrar das minhas outras fics que eu
não terminei e eu quero muito mesmo terminar essa. Claro, que quando o mangá
começar a ficar melhor, o Horo ficar fortão e eles estiverem no inferno eu irei
ter muitas idéias e irei postar muuuuito e continuarei a amar mankin. Enquanto
isso não chega, porque vai levar no mínimo uns três anos pra chegar aqui, eu
vou empurrando a fic . Revisem por favor, se não eu acho que não vou
ter coragem para escrever o resto!
They took her to the cemet´ry
In a big ol´Cadillac
They took her to the cemet´ry
But they didn´t bring her back
Eles a levaram para o cemitério
Em um grande e velho Cadillac
Eles a levaram para o cemitério
Mas não a trouxeram de volta
Canção antiga
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Claro que o fato de Jeanne não se
encontrar no quarto de manhã deixara as garotas preocupadas, como também é
claro o fato de que quando Anna, que sempre tinha coragem de sair do futon
quentinho antes de todos, desceu as escadas e encontrou Jeanne caída no chão,
ela não gritou e nem desmaiou, mas tentou manter a calma e saiu correndo para
chamar alguém. Estava óbvio que Jeanne estava morta. Não tinha nenhuma arma,
nenhum sangue. Ela apenas estava caída no chão, de um jeito muito estranho e
completamente impossível para uma pessoa viva conseguir imitar. E os olhos cor
de sangue dela estavam completa e aterrorizantemente abertos.
Anna fez todos evitarem descer e acabar
vendo a cena. Principalmente a pobre Tamao, que já estava chorando ao saber da
notícia. Ela chamou Faust, que era médico, e
com seus poderes xamânicos poderia saber a causa da morte dela, mesmo
sem fazer uma autópsia.
- Como ela morreu? – Anna perguntou a
ele.
- Você vai direto ao assunto, não é?
- Como ela morreu? – A Itako repetiu a
pergunta.
- Vou te contar a verdade. Eu não sei.
Ela simplesmente morreu. Como se tivesse morrido de velhice ou algo assim...
- Mas ontem à noite, eu a vi, e ela
estava como sempre! Como ela pode ter morrido?! – Anna se descontrolou.
- Eu também a vi, Anna, mantenha a
calma! – Anna estava visivelmente nervosa.
- Como ela pode ter morrido?! Isso é
IMPOSSÍVEL!
- Eu sei... Mas... – Anna agarrou o
médico pela gola da camisa
- Como você sabe, ein?! Como?!
- Eu não sei Anna. – Faust se
livrou das garras da garota e se abaixou para pegar a maleta. Tirou de lá um
calmante e deu para Anna. Depois de leva-la até o quarto para ela descansar,
ele se virou para sua mulher Eliza.
- Apesar de ser forte, ela ainda é só
uma garota. – Eliza sorriu, mas Faust estava sério. – Ela é só uma menina que
finge ser forte, mas está despedaçando aos poucos por dentro. Ela se sente
responsável por tudo que acontece aqui, então...
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Não havia ninguém no cemitério. As
poucas pessoas que tinham ido para ficar com Jeanne ante dela ser enterrada já
haviam ido embora há muito tempo e o vento soprava gelado e cortante por entre
as folhas das árvores, fazendo elas rodopiarem no ar e caírem no solo. As
árvores provocavam sombras na maior parte do cemitério, fazendo ele parecer não
um lugar assustador, mas solitário e melancólico, onde as almas dos mortos têm
um descanso triste e eterno. Poucos animais caminhavam por lá, porque eles têm
medo dos espíritos dos antigos ancestrais, e eles vêem esses espíritos, que não
conseguem deixar este mundo porque ainda tem um dever a cumprir. É neste lugar
frio que a garota sagrada, uma Deusa mortal, repousa. Mas ela não consegue
descansar, pois mãos invisíveis puxam seus cabelos e seu caixão é feito de
desespero, dor é seu nome. Ela se levanta de seu sono, sendo recebida por
aqueles três demônios humanos.
- Você não "foi" ainda? – Michael fez
uma careta. Jeanne não respondeu. Seu olhar em branco falava por ela.
- Deixe nossa Deusa descansando em paz.
– Tiago falou. Jeanne estava morta, e para os mortos, tudo é preto e branco,
logo ela não percebeu a ironia nas palavras dele.
- Por que vocês estão aqui? – Ela
falou. Sem raiva, sem dor, sem medo. Sem nenhum sentimento. A única coisa que
os mortos que ainda não partiram sentem é um frio congelante.
- Não precisa reclamar, Deusa. Não
estamos atrapalhando nada, não é? – Novamente, o líder foi irônico, mesmo
sabendo que Jeanne não perceberia. – Acho que até merecemos um agradecimento
por darmos algo para você fazer... Você não tem muito divertimento aí, eu acho.
- Não. Vocês me livraram e ao mesmo
tempo me condenaram. Não merecem coisa nenhuma, já que assim o destino decidiu.
– Um silêncio seguiu-se a essas palavras.
- Você fala difícil. – Anselm
constatou, só para quebrar o clima. A garota piscou.
- Deixando todo o resto da nossa
conversa de lado, me diga porque você não partiu. Está estragando nosso dia ter
que vir aqui convencer a ir embora deste mundo já que se você não for isso vai
ser um problema a mais nos meus planos. – Tiago disse, sério.
- Eu não fui embora por causa do meu
acordo.
- QUE ACORDO?! – Os três transbordaram
em fúria. Um acordo perdura até após a morte, e este poderia acabar com tudo o
que os demônios planejaram. Se esse acordo fosse... não, não podia!
- O Onigumi. Nós prometemos lutar
juntos até que um de nós se tornasse o Shaman King. – Jeanne não se importava
em falar isso ou não.
- Mas...?! Como pode?!
- A duração do acordo foi bem clara,
Michael. – Tiago murmurou, cheio de ódio. – Ela será um espírito ante as ordens
de algum deles até que o Shaman King assuma o trono. Não há meios de desfazer
esse acordo?! – Ele bradou para ela. O rosto da garota esboçou um sorriso.
- Isso... – Ela deu uma pausa. – Eu não
posso dizer. – E sumiu.
- DROGA! – Tiago socou a lápide do
caixão de Jeanne, que se fez em pedaços.
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- H-Hao... – Lyserg sussurrou. Pela
primeira vez em toda sua vida, falava com a pessoa que ele mais odiava em toda
sua vida como se fosse um grande amigo. Curioso com isso, Hao chegou um pouco
mais perto do menino. E então percebeu o porque dele estar daquele jeito. E Hao
Asakura sorriu. Na verdade, ele quase deu gargalhadas.
- Então você foi fiel mesmo ao nosso
acordo, não é, querida?! – Hao riu loucamente ao ver a figura translúcida da
dama Jeanne.
- Não poderia não ser... Todos nós...
Estamos unidos por um acordo.
- Isso eu já sei. – Hao deu uma
piscadela, e, pegando algo afiado em uma estante, fez um pequeno corte no dedo.
- Meu sangue, seu sangue... E o do
Lyserg também. – Ele puxou a mão do Lyserg a força e fez um corte igual. O
sangue dos ferimentos pingavam no chão, mas logo pararam. – Agora não temos seu
sangue, Jeanne, mas temos sua alma.
- Não fale deste jeito com Jeanne-sama,
Hao!
- Mas é a pura verdade. E ela não sente
nada. – Ele sorriu. Lyserg olhou para ela como que pedindo explicações, e ela
confirmou o que Hao disse.
- Então... – O garoto de cabelos verdes
apertou o punho, com força. – Não tem jeito mesmo... ?
- Lyserg... Eu posso ser seu
espírito...
- NÃO! NUNCA, JEANNE-SAMA!! NÃO SUGIRA
TAL COISA! Eu nunca, nunca faria isso com a senhorita...
- As coisas são assim...É melhor você
aceitar.
- Mas... – Os olhos
dele estavam cheios de lágrimas. Hao estendeu um lenço para Lyserg, que o olhou
como se o Asakura estivesse ficando maluco.
- Se você vai chorar só por isso, acho
que eu vou quebrar o acordo e sair desse grupo. Porque vai vir por aí muita
coisa pior, e você vai morrer. – Ele lançou um olhar para Jeanne. – Como ela.
Lyserg limpou as lágrimas rapidamente.
Seu coração doía por dentro, ele se sentia culpado por estar ajudando e sendo ajudado
pela pessoa que matara sua família, e que ele estava arriscando coisas demais
neste "jogo". Ele sabia que nunca poderia ser o Shaman King, mas tinha
esperanças que a Deusa da Dama de Ferro pudesse. Ele queria acreditar que no
fim, ela ia lutar com Hao e conquistar o título. Mas ela estava morta, e isso
era impossível. Agora, devido a um acordo, ele tinha que ajudar Hao Asakura a
se tornar o Shaman King. Mas... Algo estava errado naquilo... Ele e Hao...
Então Jeanne não contava mais como uma integrante do grupo?!
- Não se preocupe com isso... – Hao leu
os pensamentos de Lyserg. – Eu já sei quem irá substituir ela no Onigumi.
- Ah? Quem? – Ele perguntou, surpreso
por Hao saber o que ele estava pensando.
- Ah, é fácil de saber. Ela combina
mesmo com o grupo, já que muitos a consideram uma verdadeira oni.
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Anna já estava mais calma, após o
enterro de Jeanne. Ela finalmente tinha tomado sua decisão. E ela foi a de que
não devia fraquejar, de que ela devia ser forte. Por ela, e por todos os outros.
Ela se dirigiu até o banheiro e lavou o rosto, olhando para o espelho. Tentou
fazer a cara de séria que sempre tinha. Agora que ela já tinha isso em mente,
foi fácil. Ela já ia abrir a porta para sair do quarto, mas alguém foi mais
rápido do que ela.
- Hao?! –Ela falou, com um misto de
raiva e surpresa. – O que está fazendo aqui?
- Bom, querida Anna, eu gostaria que
você visse uma coisa...
- Posso saber o quê? – Hao se afastou
para Anna poder ver que Lyserg estava atrás dele... E...
- Garota... – Ela olhou, abalada, para
Jeanne. As duas não eram amigas. As duas não tinham nenhum amigo de verdade. Só
pessoas que as temiam... Ou admiravam. Eram duas garotas que sacrificaram
várias coisas por seus objetivos, que aprenderam que chorando fica tudo mais difícil.
Elas eram iguais em muitos sentidos, mas muito diferentes também, em outros.
- Eu morri. – Ela falou, seu olhar em
branco penetrando na memória de Anna para sempre. – Mas eu não fui embora.
Ainda. Eu fiz uma promessa e preciso cumpri-la.
- Promessa?
- Você sabe... Um Acordo. Eu preciso
que o Onigumi chegue as finais para poder ir para o céu... Ou queimar nas
chamas do inferno por meus pecados. Por isso vim pedir sua ajuda. – Anna não
precisou de outras palavras para entender o que Jeanne dizia.
- Então... Você quer... Que eu faça
parte do Onigumi?
- Não só eu como todos aqui.
- Eu... Eu irei, então! Mas fique
sabendo que é só para livrar a alma de Jeanne! – Ela olhou para o Hao. –
Afinal, este é o trabalho de uma Itako!
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Nussa O.O ! Retiro tudo que disse lá em
cima (menos a parte das reviews XD)! Agora eu me empolguei! Eu já sei o que vou
escrever! Já sim! Já sei como irei terminar! E EU IREI ESCREVER
MOOOOOOOOOOOOITO, TÁ?!
Akari-chan, agora em nova versão, sem
bloqueio de autora.
