Comentários da Autora e Respostas às Reviews do Capítulo Anterior:

Mudei de idéia. Em vez de postar essa história em 7 partes, serão apenas 6. De outro modo, o último capítulo seria curto demais. Portanto, agora só falta mais um capítulo!

Acabo de descobrir que os NEWTs são traduzidos no Brasil como NIEMs, e não como EFBEs. EFBEs é em Portugal. Vou corrigir e repostar o arquivo. Até pensei em manter, como uma homenagem aos meus leitores lusitanos, mas a maioria aqui é brasileiro mesmo, né? Isso não quer dizer que eu adote todos os termos da tradução brasileira. Alguns deles eu não engulo mesmo, como "trouxas" (nada a ver), "Almofadinhas" (Sirius não é almofadinha de jeito nenhum) e (argh, que coisa horrorosa!) "aborto" para traduzir "squib".

Miwi: É verdade, o Snape tem de falar de um jeito pedante mesmo. Se bem que, em inglês, tem gente que exagera, não é? Eu estava tão viciada no Snape do fanon que quando li OotP fiquei surpresa. Na verdade, nos livros a fala dele não é tão complicada, a não ser no discurso da primeira aula de poções. Ha. Tá todo mundo perguntando qual é a do Harry. É o problema de se contar uma história de um ponto de vista totalmente limitado. Mas é a vingança do Harry, porque em "Mandala" era o oposto, o leitor só sabia o que o Harry estava pensando nos capítulos 2 e 3. Obrigada. Vou reservar mais um bolo pra você!

Youko Julia Yagami: "Me engana que eu gosto", é? Tadinho dos leitores!

Marck Evans: Ah, é isso mesmo. Este capítulo vai confirmar tudo o que você disse do anterior. Não é incrível?

Paula Lirio: Não é que eu tô mimando os leitores. É que a história já estava escrita. Eu só dou uma última revisada e solto o capítulo. E na semana que vem eu vou viajar, por isso quero terminar de postar até sexta-feira no máximo. Estou tentando convencer Sev de que ele pode ser feliz, mas ele é um osso duro de roer, menina!

Lilibeth, o seu comentário me fez rir, porque, um tanto às avessas, você profetizou um lance que vai rolar na história. Obrigada por suas palavras tão amáveis, querida.

Baby Potter: A palavra secreta significa apenas "Túmulo de Pedra Vermelha". Acabou o mistério: neste capítulo você qual é a do Harry!

Fabi Chan: Leia minha resposta à Miwi sobre o ponto de vista. Realmente, a idéia é todo mundo ficar se perguntando qual é a do Harry. Mas lendo este capítulo você saberá. Ih, menina, você foi para a página errada. Acho que você foi para o "Potter Slash Fics", que é o nosso grupo yahoo. A minha página você encontra clicando em cima do nome "Ptyxx" lá em cima e depois em "homepage". Divirta-se!

Capítulo 5

— Mestre, o Diretor acaba de me avisar que o Ministério mandou convites para nós dois. Haverá uma celebração de entrega de medalhas de condecoração pela participação na guerra. Nós vamos receber a Ordem de Merlin.

— Bando de hipócritas inúteis. Pelo tempo que demoraram, provavelmente estavam se destruindo em uma guerra interna, discutindo a quem dar as malditas medalhas ou não. Eu não vou lá receber medalha nenhuma.

— Então eu não vou também.

— Claro que você vai. Você é o Grande Herói.

— Se você não vai, eu não vou também.

— Ninguém vai ligar se eu não for. Será até um alívio para eles, não ter de entregar a medalha a um ex-Comensal da Morte. Mas você terá de ir, eles não o deixarão em paz.

— Eles não vão me encontrar. Onde pretende se esconder?

Severus deu um de seus sorrisos irônicos.

— Por que eu iria lhe contar isso?

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Não obstante, na noite da grande celebração do Mundo Mágico, Harry Potter acompanhou seu Mestre até a Sala da Requisição...

Severus se sentia como um adolescente cabulando aula e se escondendo em algum lugar secreto com aquele coleguinha especial e que o fazia perder o fôlego. Só que isso jamais ocorrera com ele enquanto era aluno em Hogwarts. Era fantástico demais para ser verdade.

Severus desejara apenas um refúgio — ou, pelo menos, assim o pensava. Mas a sala assumira a forma de um quarto de casal, com uma cama de casal de quatro colunas, lareira, luxuosos tapetes felpudos.

— Potter, foi você que desejou isto?

— Não sei. Talvez sejam os nossos desejos combinados.

— Uma cama só? De jeito nenhum.

— Então deseje o que você quer — disse Potter.

Severus se concentrou, mas nada mudou, exceto pela aparição de uma mesa com um lauto jantar, com direito a um vinho da melhor safra e à luz de velas.

Famintos, eles se entregaram ao rosbife com batatas. O vinho ajudava a deixá-los mais à vontade.

Os olhos verdes do garoto brilhavam ainda mais sob a luz das velas e do fogo na lareira.

— Eu retirei o "Otelo" na Biblioteca... Há uma seção de livros Muggle lá, sabia? Li a peça toda e acho que entendi, enfim, o que quer dizer aquela citação — disse o garoto.

— Mesmo?

— Ahã. Otelo está dizendo que ama Desdêmona porque ela o ama. E comigo... pelo menos no início... acho que foi isso mesmo que aconteceu. Agora... Agora nem sei mais. Só consigo pensar em você, em mais nada.

Um forte calor começou a se espalhar pelo baixo ventre de Severus.

— Você sabe que essa história não terminou nada bem...

Harry sorriu.

— Nossa história vai ser diferente.

Talvez fosse o vinho, talvez fosse o ambiente, talvez fosse a sala... O fato é que Severus se viu tomando a mão de Harry entre as suas.

— Potter... Você está certo do que você quer?

— Me chame de Harry, por favor.

— É só o que você quer... Harry?

Harry abriu um sorriso sedutor.

— Quero chamar você de Severus, também.

— Mais nada? — perguntou Severus, em uma voz rouca que nem reconhecia como sua.

— Você está bonzinho hoje. Se eu soubesse que o vinho fazia isso com você, teria tentado antes.

— Tentando o quê, P... Harry?

— Bem, eu não sou muito bom nisso. Estou tentando seduzir você, Severus. Quero ir para a cama com você.

Severus sonhara tantas vezes com aquelas palavras impossíveis que não conseguia acreditar que aquilo estava realmente acontecendo. Mas Harry já estava puxando-o pela mão até a cama de quatro colunas, a dois passos da mesa.

Os dois caíram na cama, entrelaçados, e Harry o puxou para cima de si. Assim que sentiu o garoto embaixo de si, Severus ficou ereto. Respirava com dificuldade. Harry ofegava também antes mesmo que seus lábios se encontrassem.

Ah. Severus nem se lembrava mais como era a sensação. Fazia tanto tempo. E nunca assim, nunca Harry, a quem ele desejava há tanto tempo — nem sabia dizer desde quando. Era um ridículo clichê, mas os lábios de Harry eram macios e quentes, e o sabor de vinho mesclado ao sabor de Harry era inebriante.

Harry gemeu baixinho, e se ajeitou para que Severus ficasse entre suas pernas. A forma como retribuíra ao beijo revelava que não era de todo inexperiente.

Severus abrigou a cabeça na curva do pescoço do garoto, e sussurrou-lhe ao ouvido.

— Eu quero você. Você já fez isso antes?

— Nessas férias. Não foi... nada bom.

— Por quê?

— Sei lá.

Harry parecia embaraçado.

— Você vai ter de me contar. Foi com um homem?

— Foi.

— Ele não preparou você direito?

— Não me lembro bem. Eu estava bêbado. Só sei que doeu muito.

— Eu conheço esse canalha?

— Acho que não. Foi alguém que eu encontrei no Três Vassouras.

— Não se preocupe com nada — disse Severus, capturando-lhe os lábios outra vez.

O beijo se prolongou, a dança das línguas se entrelaçando e se separando, em movimentos que simulavam uma carícia ainda mais íntima.

— Mmmgg — gemeu Harry, e Snape interrompeu o beijo para fitá-lo.

— Você está bem?

— Não! Eu estou morrendo de tesão. Vamos tirar essas malditas roupas.

Severus deu um sorriso torto, e viu que a Sala os deixara nus em um piscar de olhos. Até os óculos de Harry haviam sumido.

— Cuidado com o que deseja, sr. Potter.

Harry parecia disposto a reclamar mas, de repente, a realidade da nova situação pareceu atingi-lo.

— Oh.

Passou a ponta dos dedos sobre o tórax de Severus enquanto este corria os olhos por todo o corpo do jovem.

Harry era escultural. A pele clara e macia, os raros pêlos negros que se avolumavam à medida que se aproximavam da junção das pernas, o pênis esguio e garboso totalmente ereto, como um monumento ao prazer. Severus sentiu a garganta secar de imediato, e seu pênis pulsou. Queria devorá-lo todo, mas sabia que, mesmo assim, não seria o bastante. O que havia naquele garoto que mexia tanto com ele? Que o fazia querer protegê-lo, mesmo quando o odiava?

A voz de Harry o sobressaltou.

— Severus, você é tão bonito.

Severus quase engasgou. Merlin fosse louvado, o garoto era muito míope.

— Verdade. — Harry passeava com a mão por todo o tórax de Severus. — Eu nunca fiquei tão duro por ninguém.

Severus o esmagou contra o colchão e sentiu as mãos de Harry descerem-lhe para os quadris, depois cerrarem-se em torno de suas nádegas, comprimindo-as ainda mais contra si. Severus dedicou-se a lambê-lo inteirinho: o lóbulo da orelha, a região sensível sob o pescoço. Quando chegou aos mamilos, Harry se arqueou todo em sua direção. Severus fingiu ignorar o desejo que o inflamava, e passou um longo tempo brincando com aqueles deliciosos picos róseos, molhando-os, rolando-os, beliscando-os.

Há muitos anos Severus não tinha um amante, mas tudo parecia estar indo surpreendentemente bem.

No entanto, por mais que quisesse continuar explorando o corpo do garoto, ambos estavam excitados demais para que aquilo pudesse durar muito mais.

— Harry, vamos deitar de lado, de frente um para o outro, que fica mais fácil — disse Severus, rolando para o lado e levando Harry consigo.

Então a mão de Severus desceu pela lateral do corpo de Harry e depois se adiantou para tomar-lhe o pênis com suavidade.

— Ah — exclamou Harry.

— Você é tão macio — disse Severus, ajeitando-se melhor, abrindo mais a mão e roçando os dois pênis um contra o outro. Lentamente, começou a bombeá-los. Harry o abraçou com força, passando uma perna por sobre seus quadris.

Não demorou muito para Harry gozar, envolvendo o pênis de Severus com seu sêmen quente, e a própria sensação de calor e a emoção de ouvir o grito de prazer de Harry fizeram com que Severus gozasse logo em seguida.

Quando os espasmos se aquietaram, Severus pediu à Sala que limpasse a cama e seus corpos e instalou-se em seu lado da cama. Mas Harry olhou para ele com um ar desamparado, e ele se voltou de novo para o garoto e o tomou nos braços.

— Obrigado — murmurou Harry.

— Por quê?

— Por tudo. Por não ter... você sabe... forçado a barra.

— Ah, isso. Eu tive meus motivos egoístas para isso, não se preocupe.

— Que motivos?

— Não vou lhe contar.

— Bem, foi... bom demais.

Severus não conseguiu conter um sorriso orgulhoso.

— Há muitos caminhos diferentes para se chegar ao prazer.

— Espero que você tenha sido tão legal porque quer fazer isso de novo comigo. Muitas vezes. De muitos jeitos diferentes — sussurrou Harry, em tom sonolento.

Oh, Merlin. Severus sabia que aquele sonho não duraria muito. Afinal, ele não passava de um Squib. Depois que os hormônios se acalmassem e a novidade se esgotasse, o que um mago jovem e poderoso como Harry iria querer com ele?

Continua...