Respostas às Últimas Reviews do Capítulo 4:
Amanda Saitou: Você é beta da Alecto Chan, não? Que demais! Mas por que não entrou no "Potter Slash Fics" ainda? O endereço está no meu "profile". Obrigada pela review!
Karla Malfoy: Minha beta Morgan D. diz que Snape é a minha Mary Sue (ou Gary Stu), porque eu adoro chá e chocolate...
Respostas às Reviews do Capítulo 5:
MiWi: Tem toda razão. Muito tapado!
Youko Julia Yagami: Aí está, o último capítulo! Espero que tenha gostado.
Marck Evans: Tudo o que você escreve é poesia... Até uma simples review. Não tenho nada pra te responder, a tua review é melhor do que o meu texto!
Paula Lirio: Espero que você goste deste último capítulo, Paulinha. Adoro tuas reviews. Meu medo é que você me chame de "vó". "Tia" tudo bem! ;-)
Karla Malfoy: Espero que goste do final! Lindinha, tuas reviews também me fazem sorrir, sempre.
Baby Potter: Você ainda não viu nada... Dê só uma lida neste capítulo! Obrigada pelas reviews, Baby.
Ué, e cadê a Fabi Chan? Se perdeu no meu site?! :D
Obrigada a todos os outros que escreveram reviews e aos que não escreveram também. Agora eu vou tirar umas férias, mas não se esqueçam de mim. Quem ainda não entrou no "Potter Slash Fics", o que está esperando?
Quem quiser copiar a história em um arquivo só, amanhã ela estará no meu site.
Glossário do capítulo (he he):
Carpe diem: expressão do poeta latino Horácio, que quer dizer "aproveita o dia". Mais ou menos assim: "não deixe a diversão para amanhã".
Algoz - se alguém não sabe o que é, é o mesmo que "carrasco".
Capítulo 6
Na manhã seguinte, ao acordar com braços a seu redor, Severus sobressaltou-se. Se ainda tivesse poderes, talvez tivesse lançado um feitiço no intruso. Então se lembrou da noite anterior, relaxou e passou um braço possessivo ao redor do tórax do garoto. Se Harry iria deixá-lo, um dia, era melhor aproveitar enquanto estava ali, com ele. Carpe diem.
Adormeceu de novo e, quando acordou, um membro ereto se comprimia ritmicamente contra seus quadris.
— Ahn... Potter...
— Harry.
— Harry, não acha que está tomando liberdades demais com o meu corpo?
— É que... er... você não acordava e...
Percebendo que seu pênis revelava um grande interesse no que estava acontecendo, Severus grunhiu alguma coisa ininteligível.
Rendendo-se, capturou os lábios do garoto em um beijo provocante, negando-lhe a língua, mordendo-lhe o lábio inferior de leve. Como que para se vingar, Harry segurou-lhe o traseiro com firmeza, e apertou-o.
Um frasco verde materializou-se nas mãos de Severus, que o mostrou a Harry.
— Este é o segredo para uma trepada completamente indolor. Como sei que você não confia em mim, você vai ser o primeiro a experimentar.
Os olhos de Harry revelavam total perplexidade.
— Não é verdade que eu não...
— Sh. Fique quieto.
Severus abriu o frasco, derramou uma parte da substância oleosa sobre seus dedos e, sob o olhar como que hipnotizado de Harry, começou a preparar a si mesmo.
— Observe meus movimentos. Devagar. Circulando um pouco, fazendo movimentos para dentro e para fora. Agora mais um dedo... Isso... Quer experimentar?
Severus removeu os dedos e estendeu o frasco a Harry.
Harry estancou, parecendo em pânico. Então Severus tomou-lhe o frasco das mãos, abriu-o ele mesmo e espalhou o produto sobre os dedos de Harry. Levou o indicador do garoto até a sua abertura.
— Tudo bem, Harry. Só faça o mesmo que me viu fazer.
Harry introduziu o indicador. Ah, aquilo era muito bom. O garoto pareceu relaxar, e começou a fazer movimentos rítmicos para dentro e para fora.
— Pode... enfiar mais um — disse Severus, ofegante.
O segundo dedo deslizou facilmente para dentro. Harry ainda inseriu um terceiro antes que Severus se declarasse pronto.
Severus ajeitou vários travesseiros sob si para que Harry o possuísse por trás. Harry o penetrou... um tanto trêmulo, sentia Severus. Como queria poder ver-lhe a expressão naquela hora... Mas aquela era a melhor posição, para Harry, que era um iniciante, e para ele, que não ficava por baixo (ou mesmo por cima) há... dezesseis anos.
A poção eliminava a sensação de dor, mas houve ainda um certo desconforto inicial. Aos poucos, contudo, este deu lugar a uma sensação de intimidade tão intensa que Severus sentiu uma lágrima se formar em cada um de seus olhos.
E sentir Harry gozar dentro de si foi algo ainda mais absurdamente íntimo.
Harry tombou sobre suas costas, o pênis agora flácido escorregando para fora de Severus. Este se virou e o tomou nos braços.
Harry acariciou-lhe os cabelos.
— Agora você.
— Não é preciso, Harry.
— Mas eu quero. Quero sentir você dentro de mim.
Trêmulo, Severus tomou-lhe o rosto entre as mãos e o beijou avidamente. Depois, explorou em detalhe todo o corpo do garoto, com lábios, língua, dentes, mãos. Beliscou-lhe os mamilos, penetrou-lhe o umbigo com a língua, roçou o nariz em seus pêlos púbicos. Massageou-lhe os testículos e a sensível região atrás deles.
Então, espalhando bastante poção lubrificante em seus dedos e ao redor da pequena entrada de Harry, iniciou uma preparação que durou intermináveis minutos. Os longos dedos percorrendo a fenda estreita, esticando-a languidamente. Quando a ponta de um dedo tocou o ponto mais sensível do garoto, este gemeu, já completamente ereto outra vez.
Severus o virou de costas para si, posicionou-se e introduziu o pênis lentamente, centímetro a centímetro. Sentiu Harry conter a respiração e depois relaxar. Penetrando um pouco mais, Severus começou a imprimir um ritmo vagaroso, e Harry começou a acompanhá-lo, impelindo-se contra ele. Então Severus se dobrou sobre ele, segurando-lhe as mãos com as suas, dedos entrelaçados.
— Severus, eu estou derretendo todo. Como é que... que você faz... aaaaah... isso?
Os movimentos e as palavras de Harry o fizeram perder o controle por um instante, e ele entrou, sem perceber, até o fundo, seu pênis completamente envolvido pelo calor acolhedor do amante, seus corpos agora colados um ao outro, movendo-se em sincronia. Como Harry continuasse se movendo, Severus se ajeitou melhor e segurou-lhe o pênis, começando a bombeá-lo no mesmo ritmo lânguido.
— Vamos gozar juntos, Harry.
Severus mergulhou novamente até que seus testículos se comprimissem contra o traseiro de Harry. Harry gritou, seu pênis pulsando na mão de Severus, jorrando sêmen quente. Sentindo as pulsações do pênis de Harry em sua mão, Severus entregou-se ao prazer que o invadia em ondas espirais. Abraçou Harry com força, tentando extrair dele até a última gota de prazer.
Permaneceu dentro de Harry por um longo tempo, sem querer quebrar a ligação entre seus corpos.
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No decorrer da semana seguinte, eles fizeram amor em todas as posições possíveis e em todos os lugares: na mesa do escritório de Severus, na mesa de trabalho do laboratório, na cama de Severus, na cama de Harry, à beira do lago, na Floresta Proibida, na Torre de Astronomia...
Toda e qualquer interrupção era repudiada.
A muito custo Severus conseguia manter-se longe de Harry e manter Harry suficientemente longe de si para trabalharem.
Um dia, foram interrompidos — e quase apanhados em flagrante — pela cabeça de Dumbledore na lareira. Por sorte ainda estavam com as vestes e fora do campo de visão de Dumbledore. Severus se recompôs rapidamente e foi falar com o Diretor. Este lhe deu a preocupante notícia de que o Ministério requisitava sua presença no Departamento Médico para exames.
Quando a cabeça de Dumbledore desapareceu entre as chamas, Harry se aproximou, com expressão inquisitiva.
Severus deu de ombros.
— Tinha de acontecer, mais cedo ou mais tarde. É o fim de minha carreira.
— Calma, Severus. Pode ser que eles aceitem lhe dar mais tempo.
— Não cultive falsas esperanças.
— Malditos. Mas você não precisa deles. Nós podemos abrir aquele laboratório, como lhe falei, e...
— Harry, eu sou um homem visado pelos Comensais da Morte. E, sem poderes, não tenho a menor chance contra eles. Assim que eu sair daqui, estou morto.
Harry sacudiu a cabeça.
— Não! Eu não vou deixar.
Severus deu um sorriso triste.
— A sorte sempre o protegeu, mas não esse privilégio nunca se estendeu àqueles a quem você amava — declarou, com amargura.
A dor se estampou de imediato nos traços de Harry, e uma lágrima brilhou em cada um dos olhos verdes. Ele baixou a cabeça.
Severus segurou-lhe o queixo e o ergueu com delicadeza.
— Nada foi culpa sua. Você não tinha como evitar nenhuma daquelas mortes.
Severus roçou os lábios contra os de Harry e então, sentindo o sabor salgado da única lágrima que teimara em escorrer dos olhos do garoto, beijou-o com uma ternura da qual ele próprio não se achava capaz.
Finalmente, a rendição era total. Aceitava agora plenamente a extensão de seus sentimentos. Aquele era um monstro poderoso demais, ele jamais conseguiria vencê-lo. Melhor render-se a ele. Afinal, não é do conhecimento geral que a principal característica de Slytherin é a astúcia, e não a coragem? Mas talvez fosse preciso mais coragem para se render do que para combater aquele basilisco que se infiltrara em sua alma.
— Não se preocupe, menino tolo — sussurrou ele ao ouvido de seu algoz. — Não vou me deixar vencer por eles. Eu vou sobreviver. Nem que seja a última coisa que eu faço — concluiu, e escutou o riso abafado de Harry.
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Outra interrupção que nunca era bem-vinda era quando precisavam dar aulas de Reposição para desastres ambulantes como aquele Nicholas Feith, de Hufflepuff, a quem Severus mandara preparar uma poção restaurativa bastante simples, mas que parecia incapaz de entender os princípios mais básicos do preparo de poções.
Tudo ocorreu muito rápido. Harry estava junto ao caldeirão, supervisionando o trabalho do menino quando este, sem dar nenhum aviso e sem nenhuma razão, jogou lá dentro pó de polvo, em vez de asas de mariposa, como dizia a receita. O que significava, Severus sabia muito bem, que todo o caldeirão iria pelos ares em cinco segundos, levando junto consigo Harry e o próprio Nicholas Feith.
O pânico e o reflexo de dezesseis anos de profissão foram mais fortes do que a lembrança de que havia perdido seus poderes, e Severus sacou de sua varinha, que continuava levando em um bolso de suas vestes, junto ao coração, e gritou:
— Evanesco!
A poção desapareceu imediatamente do caldeirão.
Nicholas Feith ficou pálido e boquiaberto. Harry ergueu os olhos para Severus, e seu rosto se iluminou em um sorriso radiante.
Severus ficou sem palavras.
— Severus! Você recuperou os poderes!
Antes que pudesse reagir, Harry estava em seus braços.
— Ahem. — Severus segurou a mão de Harry e o afastou de si. — Sr. Feith, está dispensado. Vou pensar a respeito do que fazer com o senhor. Há momentos em que concordo com Filch, quando este lamenta o fim dos castigos corporais.
Mas, na verdade, a vontade que tinha era de dar mil pontos a Hufflepuff.
O garoto se retirou, ainda traumatizado e apavorado.
Severus procurou os olhos de Harry. O sorriso de Harry se esvaiu.
— Agora... agora você não vai mais precisar de mim — disse o mago mais jovem.
Severus ergueu uma sobrancelha. Então compreendeu, e sentiu um frio no estômago.
— Certo. Você... estava comigo para cumprir sua dívida. E agora acha que...
— Não! Não é nada disso.
— Potter...
— Não me chame assim. Por que está fazendo isso? Ou será que foi você que me usou, enquanto não tinha poderes, e agora acha que não precisa mais de mim?
Severus fuzilou-o com os olhos e, tomado de fúria, empurrou-o contra a parede.
— Cinco minutos atrás eu quase morro de susto por sua causa. Se você explodisse junto com aquela poção, eu não iria querer continuar vivendo. Se você quiser, eu digo a mesma coisa sob Veritasserum. Vá pegar uma garrafa já — sibilou Severus por entre os dentes cerrados, mas não largou o garoto.
Então Harry o enlaçou com os braços e comprimiu os quadris contra os seus.
— Eu havia esquecido de como você é sedutor quando está zangado. Sabe, Severus, há muitas coisas que nós fazemos juntos e que eu não consigo fazer sozinho... E não estou me referindo aos seus deliciosos bolos.
— Não podemos construir todo um relacionamento com base apenas em bolos. Ou sexo.
— Quem disse que eu estava me referindo ao sexo? Não que não seja ótimo fazer sexo com você...
— O que mais você não consegue fazer sozinho? Atormentar-me, sendo irritante a ponto de me tirar do sério?
Harry deu uma risada.
— Agora que você recuperou seus poderes, tudo pode ficar ainda mais excitante.
— Sim. Podemos fazer duelos de Imperdoáveis.
— Oh, você sabe que nunca iríamos machucar de verdade um ao outro.
— Bem, eu investi demais em você para querer estragar todo o trabalho que tive.
— Ah... Sabia que até esse seu sarcasmo me deixa excitado? — Então a expressão de Harry se tornou mais séria e concentrada. — Tudo bem. Vamos falar sério. Você me ensinou muito, Severus. Você me fez entender a ciência sutil e a arte exata do preparo de poções. Você me fez amar a beleza do caldeirão ardendo em fogo brando... Ahn... Você só precisa ainda me ensinar como engarrafar a fama, cozinhar a glória e, principalmente, arrolhar a morte. Não pense que me esqueci.
— Se você não se preocupasse tanto em ficar brincando com a sua varinha, talvez já houvesse aprendido...
— Tudo bem, Severus, mas, por mais que isso — Harry apertou sugestivamente o traseiro do Mestre de Poções contra si — seja delicioso, nós dois sabemos que não é só sexo que nos aproxima. Imagine quantas poções magníficas não poderemos criar juntos — Harry roçou seu pênis semi-ereto contra o de Severus, que pulsou de imediato, demonstrando interesse. — Aliás... existem algumas poções com efeitos bastante interessantes, e que poderíamos experimentar...
Severus gemeu.
— Ahnnnn. Criei um monstro.
Severus esmagou os lábios de Harry com os seus, e uma tênue luzinha de esperança se acendeu em sua negra alma. Talvez houvesse uma pequena possibilidade de que fossem... felizes. Juntos.
Quem não lança o olhar ao sol quando este se levanta?
FIM
