Lilibeth: Você é que é vital. Sou seu fã.

Sophie: Respira fundo, relaxa e mergulha.

Baby: Lágrimas de emoção são boas para limpar a alma, e tocam quem as provocou. :)

Paula: O Draco vai sair desse mergulho na própria mente mais forte. Por um segundo a máscara de durão do Snape vacilou, e o Remus viu pela fresta. Que bom que QE ajuda você a relaxar.

Hikary: Hécate é a Deusa grega que protege os magos. Ela não reina apenas sobre a bruxaria, a morte, mas também sobre o nascimento, o renascimento e a renovação. E arquétipos são símbolos. Jung descobriu que muitos destes símbolos são de natureza universal e mostram um "conhecimento" ou "sabedoria" comum a toda a humanidade. Por isso Jung chamou a estes símbolos Imagens Primordiais ou Arquétipos. Dois temas muito longos. Me emociona muito quando você diz que a fic é importante para você.

Maki: Obrigado. Espero que continue gostando do que vem pela frente.

Fabi: Conseguir emocionar é a melhor coisa que um escrevinhador como eu pode almejar.

Não se acostumem com atualizações tão rápidas, é que eu não pude segurar esse.

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Parte IV – Verão

Sol Quente na Pele

Capítulo XV – Em seus Braços.

País de Gales – 05/07/1999

Draco Malfoy:

Abro os olhos lentamente. Aos poucos, percebo a realidade do meu quarto no chalé. Estou em casa.

A memória do exame volta, confusa, mas a sensação de estar inteiro permanece. Estico-me na cama, sem pressa. Com um gesto de varinha, abro as cortinas e deixo a luz oblíqua do pôr-do-sol invadir meu quarto. Dormi a tarde toda, e meu estômago reclama algum alimento.

Quando me sento na cama, noto que estou usando apenas a calça do meu pijama. Lembro-me do cuidado de Remus comigo depois do exame. Ele me trouxe direto do hospital para o Chalé. Ainda na sala, me pegou no colo e subiu as escadas me carregando. Não tive forças nem para protestar. Ele tirou minha capa e sapatos, ajudou-me a trocar a veste pela parte de baixo do pijama. Quando me deitei, ele ajeitou o lençol em volta dos meus ombros e deslizou a mão pelo meu cabelo. Eu já estava quase dormindo, mas me lembro bem. Um contentamento quase infantil invade meu peito.

Remus. Vê-lo é mais importante que comer. Saio do quarto com intenção de procurá-lo, mas não preciso ir longe. Ele está no quarto dele, lendo em uma poltrona em frente à porta aberta, evidentemente velando meu sono à distância. Ele se levanta rápido.

-Draco, você está bem? Sente alguma coisa?

Eu o tranqüilizo, e ele me empurra na direção do chuveiro.

-Você deve estar com fome. Tome um banho enquanto eu preparo o jantar para você. Desça assim que estiver pronto ou, se estiver se sentindo fraco, me chame que eu venho ajudar você.

Remus está agitado e, antes que eu consiga dizer qualquer coisa, ele me fecha no banheiro e desce. E dizem que o maluco sou eu!

Quando desço, eu o encontro mais sereno na cozinha. Jantamos juntos, conversando sobre amenidades ou mergulhando em silêncios confortáveis. Faz tempo que não temos isso.

Depois do jantar, Remus me expulsa da cozinha dizendo que hoje eu estou de folga, e que devo ir tomar ar fresco. Não me faço de rogado.

Algum tempo depois, ele vem encontrar-se comigo.

-Você insiste em usar a mesa como cama, Draco. – Remus finge uma reprimenda, mas está sorrindo feliz.

-É um lugar bom para ver o céu. – Afasto-me para o lado. – Cabe você, aqui comigo.

No entanto ele prefere sentar-se em um dos bancos e, apoiando o queixo na mão, me encara com o rosto bem próximo ao meu.

-Você está bem mesmo?

-Estou, Remus. – Olho sua face cansada. - E você?

-Eu?

-Sim, você. Ou acha que não sei que deve ter passado por um inferno emocional enquanto segurava minha mão?

Nossos rostos estão tão próximos que posso sentir a respiração dele.

-Foi terrível não poder fazer nada. Ver você gritar daquele jeito e não poder ajudar.

-É, eu sei como é.

Ele me olha intrigado.

-É a mesma coisa que eu sinto quando vejo você se transformar.

Remus cora levemente e desvia os olhos. Parece um menino encabulado.

-Eu falei alguma coisa, Remus?

-Não. Você gritou e chorou. Mas não falou nada. Por quê?

-Porque parte do que eu falei em minha mente precisa ser dito em voz alta, mas eu quero estar muito consciente quando eu o fizer.

Remus me olha sem entender nada do que digo. Olho os olhos dele, ali tão perto dos meus, tão cheios de força e tão atraentes. Deixo meus olhos vagarem pelos cabelos grisalhos, pelo rosto sereno e másculo. Assim de perto dá para ver a sombra da barba dele. Fixo meus olhos na boca que eu quero tanto. Enquanto penso em toda a dor que ainda carrego, e em tudo o que será necessário para vencê-la, uma parte da minha mente registra que Remus parece incapaz de se afastar de mim, e que a respiração dele está levemente alterada.

Enfio as mãos nos cabelos dele, e Remus fecha os olhos, entregue.

Então eu o puxo de leve até que nossos lábios se toquem. Uma corrente de força mágica passa pelo meu corpo e pelo dele, que abre os olhos e me encarar. Dura um segundo, e nos muda para sempre.

Remus me puxa para ele. Sua língua invade minha boca, me descontrolando completamente. Eu o ouço gemer. O som me deixa arrepiado, e eu gemo de volta.

Remus Lupin:

Draco geme, e o arrepio provocado por esse som, que tanto quis ouvir, me faz tomar consciência: estou beijando Draco. De verdade, não em sonhos. E é ainda melhor do que eu sonhei.

Exploro-lhe a boca com a língua, fazendo-o arfar um pouco. Eu o provoco com os lábios, e ele reage invadindo com a língua o espaço entre meus lábios, que se abrem para lhe dar passagem.

As mãos dele já não seguram minha cabeça; uma delas percorre minhas costas, enquanto a outra se enrosca nas mechas de cabelo que caem no meu rosto, por estar assim, inclinado sobre ele.

Sou eu quem interrompe o beijo, mas não me afasto do rosto dele. Draco tem os olhos brilhantes e um sorriso nos lábios.

-Remus! – Meu nome é uma carícia na voz manhosa dele.

Eu reajo cobrindo-o de beijos, e o puxando da mesa para meu colo.

-Eu amo você – ele sussurra no meu ouvido, me fazendo estremecer.

Seguro o rosto dele em frente ao meu, e mergulho no azul tranqüilo dos seus olhos.

-Eu amo você, Draco Malfoy.

Ele dá um sorriso, que ilumina a noite e me rouba o ar. Busco seus lábios mais uma vez. Minhas mãos percorrem, ávidas, as costas dele, que me beija de volta, tão faminto de contato quanto eu.

Superada a surpresa, meu corpo agora reage com paixão.

Sentado no meu colo, Draco não demora a perceber a evidência do meu desejo. Ele estremece, e, apesar de não se afastar, eu sinto que fica tenso. Sou eu quem, o mais gentilmente possível, me afasto. Faço Draco sentar-se ao meu lado no banco. Ele mantém os olhos baixos, evitando me encarar.

-Tudo bem, Draco – eu o tranqüilizo enquanto o trago para junto do meu peito, embora tentando evitar um contato mais íntimo entre nós. – Está tudo certo, meu amor.

-Remus, eu... eu quero. Mas.... Oh, droga! –Se ergue, nervoso, e se afasta alguns passos, ficando de costas para mim e repetindo o gesto familiar de se abraçar.

-Draco, olha para mim.

Ele obedece. A expressão exultante sumiu, dando lugar a um ar de desamparo e tristeza que me corta o coração. É como se nuvens negras cobrissem uma Lua perfeita.

-Vem cá – eu o chamo, estendendo a mão.

Ele atende ao meu chamado, mas se mostra hesitante.

-Draco, eu amo você. Mais do que qualquer coisa nesse mundo, eu amo você. Meu amor tem uma parcela de desejo também e, apesar de eu desejar você demais, não é nem mesmo a parte mais importante.

-Remus, eu... eu desejo você também. Mas é que.... não é medo, eu sei que você não vai me ferir nunca. É que eu gelei completamente. - Draco está próximo às lágrimas. - Eu amo você, Remus. E isso é tudo que eu sei. Eu não queria provocar você e depois.... Não pensei em nada, eu só precisava dizer o que eu sinto, precisava tocar você. Entende?

-Entendo, Draco. – Me ergo e o abraço. – Tudo o que eu sei é que também amo você. - Eu o aninho entre meus braços. - Eu não vou apressar você, Draco. Nunca. Vamos devagar, dando tempo ao tempo.

Ele afasta um pouco o corpo, sem deixar de me abraçar, e me encara:

-Isso quer dizer que, apesar de tudo, você quer ficar comigo?

Hécate! Ele temia que eu o rejeitasse por causa disso?

-Draco Malfoy, você quer namorar comigo?

-Namorar!? - Ele ri, surpreso.

-É, namorar. Um conceito antigo, eu sei, mas perfeito para nós. Quer namorar um lobisomem velho e cansado, que muda de humor a cada instante, mas que é louco por você? Um homem que tinha desistido de amar, até que se apaixonou por você, e quase abriu mão disso porque não acreditou que pudesse ser amado de volta, mas que agora descobriu que é correspondido e está feliz como se fosse feito só de felicidade. Que está um pouco incoerente também, mas que, incoerente ou não, não quer desistir de você nunca.

Ele me olha como se tivesse ganhado a Lua de presente.

-Quero. E você? – me pergunta, já sorrindo novamente. - Quer namorar um neurótico que teme o que mais deseja, mas que ama você mais do que a própria vida?

-Quero. Isso é tudo o que eu quero.

Eu o beijo novamente.

Sem medo, ele retribui.

Quando preciso buscar fôlego, eu peço:

-Não se assuste com as reações do meu corpo, Draco. Desejar você, para mim, é inevitável. Mas não vou exigir nada. Só quero o que você puder livremente me dar.

Ele faz um gesto de concordância e me beija, a princípio suavemente, depois de forma exigente, invadindo minha boca, minha vida.

Enquanto beijo o pescoço dele, absorvendo de perto esse cheiro que eu amo, ele fala baixinho, com os olhos meio fechados:

-Sabe, acho que posso ficar aqui, me agarrando com você, pelo resto da vida.

Draco Malfoy:

Não fiquei me agarrando com Remus pelo resto da vida, mas por algumas horas até ele decidir que era hora de entrarmos. Subimos juntos as escadas, o braço dele no meu ombro e o meu ao redor de sua cintura.

Quando chegamos no segundo andar, ficamos parados olhando nos olhos um do outro. Eu não quero soltar Remus e ir dormir sozinho, eu o quero comigo, a noite toda, mas não tenho coragem de dizer isso.

Remus passa os lábios de leve sobre os meus e, apesar de eu entreabrir a boca esperando que ele aprofunde o beijo, ele fica só me provocando. Quando tento beijá-lo, ele recua o rosto, rindo.

-Como vai ser, Draco? –pergunta. A voz suave dele é tão sexy!

-Como vai ser o quê, Remus?

-Como vamos dormir? – Os lábios dele estão encostados nos meus, me enlouquecendo. – Quer dizer boa noite agora, ou quer dormir comigo? Só dormir.

Ele também não quer se afastar de mim!

-Só dormir? Eu tinha esperança de beijar você mais um pouco.

Remus Lupin:

-Só dormir? Eu tinha esperança de beijar você mais um pouco.

Ele confia em mim o suficiente para dormirmos juntos. Isso é bom, muito bom.

-Não cansou de beijo ainda? – Mordo-lhe o lábio inferior, fazendo-o suspirar.

-Não. Esperei demais para beijar você, agora preciso tirar o atraso.

-Estou às ordens.

-Bom lobo.

Ele aprofunda o beijo. Meu corpo grita pelo dele, é um inferno me conter, mas vale a pena: beijar Draco é o paraíso.

Recupero um pouco de lucidez e me afasto.

-A menos que queira dormir de vestes, Draco, é melhor ir até seu quarto pegar um pijama.

-Você vai me esperar?

Ele sabe que sim, só está me provocando.

-Sim. Vou estar ocupado, arrumando a cama para nós dois.

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País de Gales – 08/07/1999

Remus Lupin:

Dias de paz. Eu tenho vivido dias de paz ao lado de Draco. De desejos frustrados também, mas tem valido a pena.

Paz forte o suficiente para eu enviar o livro para uma editora. Draco aparece como colaborador e recebe o crédito pelas fotografias. Severus e Harry têm agradecimentos especiais, e dediquei o livro a Pontas e Almofadinhas. Estou com a foto de Sirius nas mãos, pensando em tudo o que passamos juntos, nas noites de Lua Cheia em Hogwarts, quando Draco entra no escritório.

Ele franze de leve as sobrancelhas, mas não diz nada. Já notei o ciúme que Draco tem de Sirius.

-Interrompo? – O tom dele é leve, mas nem tanto.

-Sim, mas você pode interromper sempre. – Um pouco de provocação não faz mal.

Ele olha a foto em minhas mãos e hesita só um pouco antes de dizer:

-Ele é muito importante para você. Ainda o ama?

-Amo.

-Mais do que a mim, Remus?

-Não. Diferente. – Eu o abraço e olho nos olhos dele. – Draco, eu amei Sirius durante um longo tempo. Não se deixa de amar assim. Eu temia nunca conseguir mudar esse amor que tenho por ele em algo fraternal, mas eu me apaixonei por você. Então o amor que tenho pelo Sirius se tornou algo diferente, nem pior nem melhor. Eu não tenho mais a necessidade de fazer dele meu par, mas não deixei de amá-lo. Eu não poderia. - Acaricio o rosto dele, que ainda tem uma expressão mais séria do que a habitual. - Eu amo você, Draco. De toda minha alma. Não é um amor maior nem menor do que o que eu tenho pelo Sirius, é só diferente. E é só você que eu quero tornar meu parceiro na vida. Mesmo antes de ficarmos juntos, você me trouxe de volta para a vida, e tocou minha alma de uma forma que... ninguém antes tinha tocado tão fortemente, Draco. Eu amo você. Eu admiro você. E nesse instante eu preciso, muito, beijar você.

Ele sorri e me beija.

Draco Malfoy:

Eu sou completamente apaixonado pelo Remus.

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País de Gales – 10/07/1999

Remus Lupin:

Já virou rotina. Na hora de dormir, Draco vem para minha cama. Aí começa a tentação. Na hora que deitamos juntos, é impossível conter o desejo que nos envolve. Draco também me deseja, posso sentir por vários sinais: sua expressão, seu cheiro que muda quando o beijo, a forma como ele me abraça. No entanto, eu tenho esperado. A um custo enorme, eu tenho me contido. É sozinho no banho que busco algum alívio para toda essa paixão.

Hoje está especialmente quente, e nós deixamos a janela aberta. Draco usa apenas um short de pijama, e está deitado no meu peito, contornando com a ponta dos dedos minhas cicatrizes.

Hécate! Estou excitado como um adolescente, e me limito a deslizar os dedos pelas costas nuas dele. Daqui a pouco vou fazê-lo parar antes que me enlouqueça. Daqui a pouco. Só mais um pouquinho disso.

Quando sinto a boca dele no meu peito, minha mente falha, e eu o deixo continuar contra todo o bom senso. Ele substitui os dedos pela língua; e, quando ele contorna uma cicatriz no meu abdômen, deixo escapar um gemido alto.

Draco pára e me olha, embaraçado. Não tem como não notar minha ereção, nem a dele. Ele ainda não está pronto, mas existem outras formas.

Deslizo a mão pelo peito dele até o cós da roupa.

-Draco, deixa eu tocar você?

Vejo-o arrepiar diante do meu pedido. Ele faz um gesto afirmativo com a cabeça e me olha, em expectativa.

Deslizo a mão sobre o pênis dele, ainda sobre o pijama, e ele geme baixinho.

Agora sou eu quem o tortura um pouquinho, provocando-o ao máximo. Desço meu rosto até o pescoço sensível dele e o beijo de leve; vou descendo a boca pelo peito dele, e cobrindo-o de beijos e pequenas lambidas, sem parar de acariciá-lo por sobre o pijama.

-Ahhh, Remus!

Quando minha boca chega ao pijama, decido arriscar um pouco mais, e beijo seu pênis ainda por sobre a roupa. Os gemidos dele já são mais altos, e ele está agarrado aos lençóis, contorcendo-se de tesão. Eu olho o rosto dele para me certificar que posso continuar e vejo a expressão do mais puro desejo. Lindo!

Draco Malfoy:

Enlouqueci. É totalmente impossível sentir tanto prazer e tanta excitação e manter a sanidade. Estou tão duro que dói, e quando Remus beija meu pau eu quase morro de tesão. Ele pára um pouco e olha para mim. Eu quero pedir que continue, mas minha voz sumiu faz tempo.

-Posso despir você, Draco?

Oh, por favor, rápido, minha mente grita, mas, esquecido de como se fala, só faço que sim com a cabeça.

Estou nu na frente de Remus, que se deita sobre mim e me beija, enquanto a mão dele segura firmemente a minha ereção. Quando ele começa a me masturbar, eu gemo dentro da boca dele, e Remus geme de volta. Sinto o quanto ele está excitado; quero tocá-lo também, mas as sensações me dominam e me deixo ficar inerte nas mãos dele. E é tão bom!

Ele passa a unha na pontinha, já úmida, do meu pênis, depois segura meus testículos com firmeza, antes de voltar à mais perfeita punheta do mundo.

Não tenho mais nenhum controle do meu corpo, e da minha boca só saem gemidos e o nome dele. Quando ele morde um dos meus mamilos, eu perco a noção de mim, de uma vez por todas. Gozo na mão dele, gemendo o seu nome. Nunca senti nada tão forte.

Quando minha respiração se normaliza, percebo Remus me olhando e sorrindo. Puxo sua boca para junto da minha e o ouço arfar.

Não tenho sutileza nenhuma quando enfio a mão dentro da calça do pijama dele, Remus geme, deliciado. Praticamente arranco a roupa dele, que me olha, surpreso. Depois perco a pressa, e deslizo o dedo pela pontinha do pau dele, que fecha os olhos, e morde os lábios encantado.

-Draco....

-Eu amo você – sussurro no ouvido dele.

Começo a masturbá-lo e, à medida que aumento a intensidade do toque, ele se descontrola. Grande Morgana! É maravilhoso dar prazer a Remus.

Aumento a velocidade; ele abre os olhos e segura meu rosto junto ao dele. Sinto na face sua respiração entrecortada.

Então sinto que Remus tem um espasmo e goza.

-Draco.

Ele chama meu nome enquanto derrama seu sêmen na minha mão.

Remus me puxa, e ficamos abraçados, minha cabeça no seu ombro, o braço dele me envolvendo e nossas pernas entrelaçadas. Sinto-me satisfeito com nunca imaginei que pudesse me sentir.

Estou quase dormindo quando ouço Remus dizer baixinho:

-Amo você.

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País de Gales – 13/07/1999

Draco Malfoy:

Acordo com o braço de Remus sobre meu peito, me enlaçando de forma possessiva.

Nos últimos dias, descobri que posso dar prazer a ele, e que gosto disso. Por minha vontade, eu o acordaria com beijos e ficaria na cama com ele mais algumas horas. Mas encomendei um presente de aniversário para Remus, e tenho de buscá-lo hoje cedo.

No sábado, Severus e Harry virão jantar conosco. Minha exótica e disfuncional família vai estar reunida.

Deslizo a pontas dos dedos pelo braço de Remus, e fico vendo-o acordar e espreguiçar. Como tudo nesse homem, o ato de espreguiçar é sensual. Ele o faz lenta e prazerosamente, e depois se enrosca ao meu lado de olhos fechados.

Oh, Morgana, ele é tão gostoso!

-Bom dia. – A voz dele está rouca e preguiçosa. – Acordou cedo.

-Seus roncos me acordaram.

Remus retruca, ainda sonolento:

-Eu não ronco.

-Não quando está acordado.

Ele gira rápido o corpo, ficando por cima de mim e me prendendo nos travesseiros.

-Quer dizer então que é desagradável dormir comigo, sr. Draco Malfoy?

-É horrível.

-Tanto assim?

-Mais até.

Tento manter o ar sério, apesar da imensa vontade de rir. Remus já se encontra sentado sobre minhas pernas.

-Estou muito ofendido – ele declara, sem soltar meus pulsos.

-E o que vai fazer?

-Morder você, é claro.

E ele morde exatamente onde sabe que eu tenho cócegas. Maldita hora em que Remus descobriu esse não tão pequeno detalhe!

Remus Lupin:

Mordo suas costelas, e ele se contorce de cócegas. Como não paro, Draco arma o maior escândalo, rindo e esperneando até perder o fôlego. Quando lhe dou a chance de recuperar o ar, meu sonserino age como uma cobra e, dando o bote, e invertendo as posições. Sou eu que tenho agora as mãos frouxamente presas nos travesseiros e um loiro vingativo em cima de mim.

-Isso foi humilhante, sr. Remus Lupin. – Ele faz seu melhor sotaque esnobe. – Pare de rir e sinta a minha desforra.

Eu aguardo, ainda rindo, o que ele vai fazer, e o desafio:

-Eu não tenho cócegas, garotinho.

Os olhos dele brilham, e Draco leva a boca na minha garganta. Quando ergo um pouco o queixo para dar a ele mais espaço, sinto a língua dele na minha pele. Lentamente ele me lambe, da ponta do queixo até a testa.

Fico totalmente sem ação. Ele se levanta e comunica, ainda usando sua voz de esnobe:

-Vou fazer minha toalete matinal! – Já à porta, ele se volta; o rosto tem uma expressão de molecagem. – Quem perdeu o fôlego por último?

A almofada que atiro acerta o batente da porta, onde ele estava um segundo antes. Ainda posso ouvir sua risada.

Esses dias com Draco têm sido fantásticos. Sem precisar usar suas defesas emocionais, ele volta a viver. E, apesar da tortura que é tê-lo em meus braços e precisar me conter, nunca fui tão feliz.

Eu me levanto querendo banho e comida, mas primeiro desviro as fotos que Draco pôs voltadas para a parede e recebo um olhar para lá de divertido de Pontas e Almofadinhas. Sorrio de volta. Estou apaixonado como um adolescente, e eles que se divirtam com isso.

Tomar banho depois de Draco é uma experiência sensorial interessante e perturbadora. O cheiro dele está em toda parte, e me faz fantasiar sua presença junto comigo. Fantasia interrompida pelas batidas nada românticas à porta:

-Remus, eu vou sair. Volto para o jantar.

Eu concordo, fingindo não saber que essa necessidade de sair cedo é por causa do meu presente surpresa de aniversário.

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País de Gales – 15/07/1999

Remus Lupin:

Draco é fascinado pelas minhas cicatrizes. Muitas vezes ele percorre os desenhos que elas formam no meu peito e me pergunta histórias de como aconteceram. É uma agonia pura sentir o toque dos dedos dele pelo meu corpo enquanto ele me beija.

Agora ele parece ter enjoado de passar os dedos pelo meu peito: resolveu beijar e lamber cada uma das marcas que as noites de Lua Cheia deixaram no meu corpo. Isso é quase mais do que eu posso suportar.

Eu giro o corpo, ficando por cima dele.

-Isso é tortura, Draco.

Ele cora de leve e me olha em expectativa, com os lábios entreabertos.

-E agora eu vou mostrar a você uma outra tortura – eu prometo a ele.

Beijo-lhe o pescoço e vou descendo devagar pelo peito. A respiração entrecortada e os leves gemidos indicam que estou no caminho certo. Beijo, lambo e mordo um dos mamilos dele e, quando Draco geme alto, eu o libero e dedico igual atenção ao outro.

-Remus.... isso é... ahhh, Remus!

Atinjo o umbigo, fazendo Draco arquear o corpo, e depois vou descendo devagar. Draco está ereto, deitado ali, esperando o que eu vou fazer. Não noto medo ou hesitação nele, então aproximo meus lábios do pênis dele e deposito um beijo suave em sua glande. Ele geme e, quando passo a língua na pequena abertura da ponta, vejo que ele se agarra ao lençol.

Apesar de excitado, ele ainda fala:

-Remus, você não precisa.... Oh, Merlin! Você não é obrigado...

Draco ainda não entendeu o quanto eu quero isso.

-Eu sei, meu amor. Mas eu quero tanto. – Esfrego o rosto no pênis dele, enquanto ele me olha, desnorteado. – Deixa...

-Oh! Por favor! – Ele se entrega enfim.

Então eu abocanho o pênis dele, que dá um pequeno grito de susto, de prazer, de desejo. Alterno chupadas profundas, beijos, lambidas, pequenas mordidas. Quando ele esta quase gozando, volto a sugá-lo, e Draco goza na minha boca enquanto geme incoerências.

Eu o abraço, esperando que sua respiração volte ao normal. Draco me olha com expressão de quem não acredita no que aconteceu.

-Remus isso foi.... – E as palavras lhe faltam.

-Isso foi bom. – Passo a língua nos lábios, provocando-o.

Draco me olha por alguns momentos, e começa a beijar meu peito. Sei que ele pretende retribuir o prazer, e, Grandes Magos, como desejo isso. No entanto, o impeço.

-Não, Draco. – E trago o rosto dele para junto do meu.

-Mas você quer!

-Quero muito. Mas você ainda não. No dia em que você quiser, eu sou todo seu. Antes não. Eu não suportaria meu arrependimento depois.

Ele me encara sério e depois deixa os olhos vagarem pelo meu peito até a minha mais que evidente ereção. Sinto-me frágil diante dele.

Ele me faz deitar de novo e, tomando meu pênis na mão, beija minha boca.

-Você tem razão. Mas quando eu estiver pronto, eu vou fazer você uivar na Lua Nova.

Quem não consegue dizer mais nada agora sou eu, que me deixo conduzir enquanto Draco sussurra as pequenas bobagens que gosta de falar no meu ouvido.

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País de Gales – 17/07/1999

Draco Malfoy:

O dia está amanhecendo, e eu estou aqui, há horas, olhando Remus dormir. Já decorei cada detalhe do rosto dele, cada fio branco nos cabelos castanhos, cada músculo em seu corpo firme.

Hoje Remus faz trinta e nove anos.

Ele se move na cama, e o lençol branco escorrega, deixando o resto do corpo dele à mostra. Merlin! Como eu quero esse homem. O meu homem.

A alma mais linda e forte que eu jamais conheci no corpo mais sensual que os deuses imaginaram. Irresistível.

Meu corpo se aquece de desejo. Oh, merda! Que se dane tudo, afinal. Esse é o homem que eu amo e desejo. Eu quero vê-lo descontrolado de prazer, como ele me deixa.

E quero agora.

Beijo o pescoço de Remus, e ele geme ainda adormecido, mas quando o mordo ele acorda de vez.

-Draco? Acordou animado hoje? – A voz dele é rouca e sensual.

-Você não imagina o quanto.

Eu o giro na cama, deitando-o de costas, e ergo os braços dele até a cabeceira da cama.

-Fica com a mão aí.

Ele arregala os olhos, mas parece muito interessado.

Sento-me sobre as pernas dele, com um joelho de cada lado do corpo e me inclino para beijá-lo.

-Você é tão gostoso....

Passo a língua nos seus lábios, depois no pescoço e no peito. Remus geme e se move, inquieto; já está ficando excitado.

Passo as unhas do ombro até a cintura, provocando-o. Remus solta a cabeceira da cama e tenta me abraçar, agora sim, totalmente ereto.

Eu levo suas mãos de volta.

-Quem disse que pode? Fica bonzinho, Lobo. Fica com a mão quieta. Você está sob meu controle agora.

Ele geme um pouco, frustrado, mas obedece, em expectativa. Deixando que, pela primeira vez, eu conduza a situação sozinho.

Volto a lamber-lhe o mamilo, depois a barriga, Remus é incrivelmente sensível nesse ponto. E é exatamente nesse ponto que eu o mordo, fazendo com que ele solte um som rouco e chame meu nome.

Faço-o abrir as pernas e me ajoelho entre elas. Remus já sabe o que lhe aguarda; sabe também que eu quero muito isso. Ele me olha enquanto, lentamente, eu abaixo a boca até engolir seu pau de vez.

O gemido dele manda arrepios pelo meu corpo.

Não há nada de ruim em dar prazer a Remus assim. É bom ouvir os gemidos e rosnados dele enquanto uso minha língua nos seus testículos, ou quando mordo a parte interna de suas coxas.

-Draco! – ele grita meu nome, e sinto-me como se fosse um deus quando ele goza.

Deito-me ao lado dele, e Remus me abraça, ainda sem respirar direito. Eu olho para meu amante e falo a primeira coisa que me vem à cabeça:

-Feliz aniversário.

Ele ri a sua maravilhosa risada, livre como a de uma criança, e me abraça.

Estou em seus braços, e ele nos meus. O Universo, finalmente, parece em ordem.