Disclaimer: hmm... Nada daqui me pertence, só os novos personagens... E se vocês acharem eles parecidos com algum outro que você já tenha visto, plz me avisem!

Capítulo 3-Notícias de um bebê-

Algumas semanas haviam se passado desde a mudança. Todos na família estavam extremamente felizes. Samuel havia começado a estudar em Hogwarts e Gina já estava ministrando suas aulas. E apesar de só ter 11 anos, Samuel fazia um grande sucesso entre as meninas, em geral mais velhas.

-Olha lá! É o Sammy! – um grupo de meninas do terceiro ano, da Lufa-Lufa, passou dando risadinhas

-Já disse para não me chamarem de Sammy. Muito menos de Samuel. Meu nome para vocês é Malfoy – Samuel honrava a família Malfoy, realmente. Com um olhar de pedra, sibilando cada palavra, dizendo vocês como se diz sangue-ruim. Esse realmente era Malfoy

-Aiii!! Ele é tão maaauuu!!! – as meninas suspiraram. Samuel saiu bravo.- Mas sabem, vocês já viram o pai dele? Draco Malfoy! Ele sim é um pedaço de mau caminho! Pena que a professora Weasley já está com ele....Aiii – Uma das meninas disse.

Gina, que estava por perto, afinal era praticamente em frente da sala dela, ouviu a conversa. Quando as meninas lufa-lufinas viram que ela estava por perto já era tarde.

-Sabe.. Meu filho só tem 11 anos! –as meninas olharam sem-graça para o chão – Mas ainda sim é realmente lindo, não é?? –Gina riu, deixando-as mais sem graça ainda.

Ao chegar em casa, e contar a história para seu marido, os dois ficaram rindo, com Draco sentado em uma poltrona com Gina no seu colo. Ele colocou Gina sentada no braço da poltrona, enquanto se levantava.

-Ei! Onde você vai?? –Gina sentou-se na poltrona, olhando pra Draco.

-Em lugar algum, Weasley. – Ah! Como Gina odiava quando ele a chamava assim! Mas o ódio passou no segundo em que ele colocou para tocar uma música lenta, suave... Sim..ela se lembrava muito bem quando ele foi obrigado, no sexto ano a dançar com ela em uma festa. Eles não estavam juntos, e se odiavam naquela época... Sim, era essa música. – Aceita dançar, Weasley?

-Ah não! Com você, Malfoy?? Nunca! – disse meio rindo, relembrando da noite.

Os dois começaram a dançar lentamente, e Gina não ficou surpresa ao ver que a seqüência de músicas era a mesma que eles tinham dançado naquela festa. Sim, mais de uma música..E não por obrigação. Mas no segundo em que começaram a dançar, não puderam mais parar. Dançavam muito bem, os corpos se encaixavam perfeitamente, o ritmo era o mesmo, os olhares de desprezo, mas com uma certa atração inexplicável. Mas que diabos! Não, não se apaixonaram, nem mesmo passaram a se odiar menos depois daquela noite. Continuariam do mesmo jeito, até inexplicavelmente Malfoy se tornar um aliado na luta contra Voldemort.

-Você tem a noção de que seus filhos estão observando, não tem? –disse Gina, com a cabeça inclinada para trás, ao sentir os beijos se espalhando por seu pescoço, ansiosos por descerem a alça do vestido que Gina usava.

-Claro. Tenho..Tenho sim... –parecia que Draco estava fazendo a pior e mais dolorosa coisa do mundo ao se afastar de Gina. Olhou para a porta, com uma expressão levemente brava. Não durou mais do que cinco segundos, já que ao ver Carol e Edward se escondendo e rindo, sorriu e correu para pegar eles no colo.-Peguei! Então quer dizer que dois espiões da mais alta classe estavam nos vigiando?!?! Posso saber o que fizemos agora?? Roubamos as jóias da Coroa?

-Nãão!! Roubou um beijo da mamãe!!! –Edward gritava e ria enquanto falava e era pendurado de cabeça para baixo

-Draco, seu doido! Coloque o Ed no chão! Ele pode cair assim! –Gina tinha ficado ocupada fazendo cócegas em Carol, e só reparara no que o marido tinha feito naquele segundo.

-Ah é? Nunca! Ele é meu prisioneiro agora! Devolva minha aliada, que devolverei o seu!! –Draco havia realmente colocado Edward no chão, mas segurava ele sem nenhum esforço. Gina segurava Carol fingindo que apontava a varinha para ela.

Caroline conseguiu se soltar e correu para cima da enorme cama de casal do quarto e ficou pulando lá em cima. Com isso, Draco soltou Edward que logo seguiu a irmã.

-Mãe!! Paaaaiii – Carol se sentou, e Gina e Draco se entreolharam rapidamente. Sabia que quando ela falava assim, ela ia pedir alguma coisa, ou contar algo de errado que fez.

-Caroline Weasley Malfoy! O que você fez de errado dessa vez?

-Eu? Hm..nada! Juro! Só queria que vocês me contassem de novo uma das missões que vocês dois faziam juntos! Quando foi que vocês pararam? Por quê? Soube que vocês dois se odiavam!!

-Há! Mas isso é uma longa história... Quer ouvir pelo menos uma parte dela?

-Claro!!

A família de sentou na cama, com Carol e Ed ansiosos para ouvir mais uma aventura de seus pais. Tanto Draco quanto Gina foram peças importantes na derrota de Voldemort. Quando Harry, Rony e Hermione se isolaram em uma parte do castelo para aprenderem feitiços para a luta final, muitas pessoas se sobressaíram. Entre elas Draco, que contou tudo o que ele sabia para a Ordem (e não era pouca coisa), e Gina, que era uma das melhores em feitiços. Draco era muito bom em poções e começou a ter umas missões com Gina e vice-versa. No quinto ano de Gina, e no sexto de Draco, mal havia aulas. A guerra havia definitivamente estourado e quase nenhum aluno tinha voltado para Hogwarts. Dos primeiros anos, não havia nenhum. Os que voltaram para Hogwarts eram ou se tornaram membros da Ordem (muitos inclusive trabalhando para os dois lados. O de Voldemort e de Dumbledore). Não se sabia quem era quem. Não demorou muito, e Draco e Gina logo se tornaram parceiros. Os dois eram simplesmente os melhores quando juntos. Ainda se odiavam, mas não ligavam muito para isso quando estavam nas missões. Logo se tornaram amigos, para depois se tornarem namorados. Em um "erro de cálculo" deles no ultimo ano de Draco, nasceu Samuel.

-Ah meu Merlin!! Que horas são?? – Gina se levantou rápido da cama, na metade da história.

-Ahn.. São quase dez da noite já... Por que? – Draco estava curioso. A essa hora da noite, o que demais Gina poderia se lembrar?

-Droga! Esqueci completamente! E você nem pra me lembrar, né Draco?

-Lembrar? – Draco pensou um pouco – Lembrar de que? –não demorou nada, quando ele também se lembrou – Gina! Não era para você falar com seus pais sobre o jantar de amanhã?

-Sim, sim, e não duvido que você esqueceu de propósito! Pelo jeito que vocês está doido para encarar toda a família Weasley...

-Você sabe muito bem que qualquer coisa que eu tivesse contra sua família – sobre o olhar de Gina, ele mudou a frase- quer dizer, contra os seus pais, já passou faz muito tempo! Só não sou muito fã dos seus irmãos...Além do mais, Severo vai estar lá.

-Hm...sei. Mas.. tenho que falar com eles... Pega pra mim um pouco de Flú?

-Tá aqui.. –Draco deu, e observou Gina conversar rapidamente com sua mãe, se desculpando pela demora. Ainda na cama, as crianças olhavam tudo sem entender muito.

-Pai, a gente vai na casa da vó amanhã?

-Vamos sim, Edward... Amanhã na hora do jantar – disse vendo Gina combinar isso com Molly, e saindo de perto da lareira.

-Amanhã vou ver se posso levar o Samuel... –disse Gina consigo mesma.

-Mãe.. –Carol começou- Tô com saudade dele.. Ele tem mesmo que ficar lá na escola? A gente mora quase do lado.. Ele pode ir com você...

-Você sabe que Hogwarts não é tão perto assim, além do mais, eu sempre vou aparatando! No portão de entrada, claro. Mas ainda sim, não teria como ele ir comigo. Fora que faz parte de frequentar Hogwarts praticamente morar lá.

-Nha.. Eu não vou querer então! Quero morar aqui com vocês pra sempre! –essa foi a vez de Edward falar.

Gina riu

-Quero ver você falando isso daqui a alguns anos..duvido que ainda vá querer isso! Bem... Vou falar com Lupin depois.. Mas acho que não vai ter nenhum problema.. É sexta feira... Bem..Crianças.. Já para cama.. Já está tarde!

-Mas mãe!! Você nem terminou de contar a história! Você tinha acabado de chegar na parte em que souberam qual era a missão de vocês... E o quanto odiaram.. E..-Caroline começou a sonhar com a "grande missão" de seus pais, e se aproveitando disso, Draco a pegou no colo – Ai! Me larga pai!!! Não!! –Caroline ria.

Ao contar seu passado para a filha, acabou relembrando de muitas coisas. Do jeito que Draco era, frio, tentando a todo custo conseguir poder, fama, ser temido. Recordava-se agora de como ele mudou. Dentro de casa, parecia pouco com o velho Draco Malfoy. Ele era o melhor marido do mundo, um pai melhor ainda. Podia ser frio, sarcástico, esnobe, metido, e mais outras "qualidades", mas no fim, Gina sabia: Draco Malfoy era simplesmente perfeito. E continuou observando Draco com Caroline, com um sorriso nos lábios.

-Mãe? – Edward estava puxando a saia do seu vestido – Tá tudo bem?

-Tá sim filho... –bagunçou o cabelo dele, coisa que qualquer um da família odiava

-Mãe!!! –saiu correndo para o quarto, e assim que Draco colocou Carol no chão, ela também saiu correndo atrás do irmão.

-Enfim sós – Draco sorriu de uma maneira sedutora.

-Essas crianças realmente dão trabalho, não? –Gina também sorriu, antes de colocar seus braços em volta do pescoço de Draco, e entre beijos, caminhando até conseguir fechar a porta. E trancar, claro.

No dia seguinte, pouco antes de irem para a Toca, Samuel e Gina chegaram.

-Ah..Olá...Por que demoraram? Seu pai já apareceu aqui para dizer que Severo e Hermione já chegaram...e todos os seus irmãos já estão lá, com as esposas.

-Ah claro.. Teve um problema entre o Samuel e uma aluna lá no colégio... Aí acabei demorando – debaixo do olhar interrogativo/surpreso de Draco, ela murmurou que depois contava sobre o que ocorreu- ah claro, sim , sim... Já vou me arrumar... Samuel, vai tomando banho, se arrumar que a gente vai sair dentro de –olhou no relógio-Trinta minutos!

Exatamente trinta minutos depois, a família Malfoy estava em frente da lareira, e já tinha mandado Edward para a Toca. No outro lado, Molly Weasley estava com Edward já nos braços, e assim que toda os Malfoys saíram pela lareira, deu um beijo na bochecha das crianças e de Gina. Obviamente, depois de um feitiço pra limpar a fuligem deles.

-Sempre pontuais, não é? –Arthur havia acabado de entrar na sala, onde Molly estava dando a última beijoca na bochecha de Samuel, que ficou levemente corado.

-Sempre que possível, pai... – Gina sorriu e abraçou o pai. –Cadê a Hermione? Preciso falar com ela antes...

-Ahn.. Por aí, com o Severo... Acho que estão nos jardins...

-Ah... Então deixa... O que foi filho? -Edward estava puxando sua roupa, pedindo atenção. Gina o pegou no colo, ao ver ele passar as mãos nos olhos, com sono. –Mãe.. vou deixar o Edward no meu quarto, ele está morrendo de sono já.. Se quiser, vão indo para a sala, que em um segundo estou lá...

-Claro... Mas não demore!

Antes mesmo de chegar ao quarto, Edward já estava dormindo nos braços de Gina. Colocou ele na cama e desceu para os jardins, onde seria realizado o jantar. Os Weasleys (incluindo as esposas e filhos) estavam em grandioso número. Gina sorriu ao ver todos na mesa conversando alegremente. Realmente, todos seus irmãos apareceram com esposas. Os filhos, que estavam em uma mesa separada, conversavam também, com exceção de Caroline, que olhava mal-humorada pra a nova geração do Trio Maravilha. Gina se sentou ao lado de Draco e começou a conversar com Hermione, que pedia a opinião dela em um feitiço muito complicado, para tentar mais tarde. A conversa só parou depois de todos comerem, quando o Sr. Weasley pediu um minuto de atenção.

-Esse jantar não tem nenhum motivo em especial, fora o fato de conseguir reunir a família toda. O que de fato é muito raro –na mesa, Carlinhos sorriu embaraçado. Era realmente raro ele conseguir um tempo no trabalho para visitar os pais.- Mas é com grande orgulho que recebo todos! Bem.. Nem tenho tanto pra falar, mas queria agradecer que todos pudessem vir... Mesmo quem só é filho emprestado... E gostaria que todos aparecessem mais vezes!

Mais tarde, com as mulheres reunidas em uma sala, fofocando, se ouviu um grito

-GINA! Não acredito!! Parabéns!! Você já contou para o Draco, não é? E para seus pais?? – Angelina, Kattie, Hermione... Todas começaram um monte de perguntas assim que Gina contou que estava grávida

-Já contei para o Draco, e para meus pais também. Mas nenhum dos meus irmãos sabem.. Sabe, acho que vou esperar para Draco ir para casa, se proteger com cinqüenta poções e trinta e sete feitiços...

Hermione riu.

-Da gravidez de Edward não foram trinta e seis poções e 39 feitiços??

-Claro, mas no quarto filho, acho melhor ele se proteger um pouco mais, não acha? Sabe, Rony ainda vai se acostumar com Draco.. Não é possível!!

As meninas da casa continuaram conversando até altas horas da noite, e continuariam se não fosse Draco e Severo aparecerem na porta.

-Gina.. Acho melhor a gente já ir... As crianças já dormiram faz horas, Samuel tem que voltar para Hogwarts, não tem como seus pais hospedarem todo mundo...

-Digo o mesmo Hermione.. É melhor a gente já ir... Athenas também já dormiu... E você sabe como ela ama dormir fora de casa... –Snape disse muito sarcasticamente.

-E como vocês esperam levar as crianças para casa com elas dormindo?? –Hermione respondeu no mesmo tom, olhando para os dois homens parados na porta – Além do mais, duvido que Hogwarts vai aceitar que Samuel chegue as –olhou no relógio- três e quarenta da manhã!

-Obrigado, Granger, mas já pensamos em tudo. Simplesmente faz um tempo que eu aparatei lá em casa e trouxe o meu carro. E que eu saiba vocês também moram em Hogsmead... Acho que você não se importaria de pegar uma carona com a gente, não é Mione – parecia uma pequena guerra de sarcasmo... Definitivamente Draco saíra como o vencedor da noite.

-E em relação ao Samuel? – Mione pensava que ainda tinha algum argumento

-Não sabia que a Toca ficava mais perto de Hogwarts do que Hogsmead... Sem dúvida vai ser mais fácil levar ele as oito da manhã daqui da Toca...Desculpe Granger..esqueci desse detalhe.

Gina observava tudo segurando o riso. Não perdiam uma chance de provocar.

-Muito obrigado, Draco. Adoraria a carona... Sev, pegue Athenas lá no quarto do Rony, sim? – Hermione sorriu para Draco, que sorriu de volta. Sim, as coisas mudavam. Desde que Mione começou a namorar Severo e Gina namorar o Draco, as famílias Weasley-Malfoy e Granger-Snape se davam muitíssimo bem. –E Gina, quando você pretende contar a Rony e o resto dos seus irmãos?

-Não tenho idéia. Ia contar hoje, mas nem vi o tempo passar. Mas oportunidades para isso não vão faltar, não é?

-Claro... Só não conte quando Rony, pelo menos ele, estiver segurando algo de vidro, ou que possa virar um objeto cortante, certo? – as duas mulheres riram.

Voltaram para casa sem nenhum problema, e pelo horário todos assim que se deitaram dormiram em sono profundo.

Ao acordar no dia seguinte a festa, Gina encontrou seu marido ainda sentado na cama, extremamente sério, como nunca havia visto.

-Draco, está tudo bem?

-Sim... Está. –Draco respondeu friamente, não deixando uma vírgula de sentimentos a mostra. O que em geral, significava que não estava nada bem.

-Sei. Quando quiser me dizer, vou estar na cozinha, tomando café. –odiava quando Draco não lhe contava as coisas. Simplesmente o-d-i-a-v-a.

-As crianças ainda não acordaram ainda, pode tomar café com elas, se quiser esperar. – dizendo isso, Draco entrou no chuveiro e pouquíssimo tempo depois, saiu do banho, se trocou e saiu de casa. Só voltou tarde da noite, muitíssimo mau-humorado. Os dias não mudaram muito, e ficou assim durante aproximadamente uma semana. Gina finalmente perdeu o pouco de paciência que estava tendo com o assunto, e chamou Draco para conversar a sós

-Ok, Draco! Quando você vai me contar que diabos está acontecendo?? O que você está escondendo?? Isso tem alguma coisa a ver com o que você estava conversando com Severo na noite do jantar na casa dos meus pais? Ou você pensa que eu não vi?!?! Nunca houve segredos entre a gente, por quê agora isso??

-Conversa com Severo? Quê?? – Draco se lembrou, e se não tivesse tão nervoso e ansioso, teria rido. – Não! Não tem nada a ver... Estávamos conversando sobre uma poção, que por mais que eu tente fazer, não consigo. Você sabe como eu odeio isso.

-E eu odeio quando você não me conta as coisas! Você anda nervoso, mau-humorado, ansioso ultimamente! Mal pára em casa!!

Draco não disse nada, apenas pegou Gina pela mão. Levou-a no escritório, onde, só agora reparara, havia uma caixa grande, de uma loja de griffe de bebês.

-Draco, o que é isso?

-Isso é o motivo que eu estou tão nervoso! Abra. Mas...Antes... –olhou nos olhos de Gina, deixando transparecer todo o seu nervosismo. E não era pouco. – Eu estou fazendo o possível.. E o impossível para descobrir quem foi o desgraçado que fez isso.

Gina abriu a caixa. Deu um grito. Na caixa havia uma roupinha de bebê. Coberta por algo que já tivera uma aparência viscosa, mas que agora, estava seco. Sangue. E em cima da roupa, havia uma rosa negra, murcha. Rosas. Lucius Malfoy havia retornado.