Gina saíra da escola mais cedo, não passando muito bem. Não podia negar que estava preocupada com tudo, mas já vira acontecer coisas piores. Mas era a primeira (e esperava, a última) vez que acontecia consigo. Dava graças aos deuses, as crianças estavam bem protegidas. Dentro do castelo Samuel não podia ser atacado. Draco havia parado de sair toda hora, trabalhando em casa e vigiando Carol e Edward atentamente. Draco sabia se virar, assim como ela própria. A conversa com Lupin havia ajudado muito, apesar de não terem falado muito sobre o assunto em si. Mas era sempre bom conversar com amigos.
Chegou em casa, e subiu para seu quarto. No caminho, encontrou Caroline pendurada no telefone. Isso era raro acontecer, a não ser que se tratasse de sua amiga do colégio, e também bruxa, Samantha. Edward estava correndo atrás de um elfo, e quase deu de cara com Gina, que desviou a tempo. No meio do caminho decidiu ir ver Draco, que provavelmente estava no escritório.
Ao chegar lá, ele olhava para uma carta, e Gina reparou em uma coruja desconhecida, e em como Draco estava. Já soube o remetente da carta. O maldito cara que estava ameaçando a família.
-Draco...? O que houve?
Draco esticou o pergaminho, que continha poucas linhas.
"Senhor e Sra. Malfoy.
Gostaram da roupinha de bebê que mandei? Será que mandei um número a mais ou vai servir no bebê? Hahaha... Vocês vão pagar, malditos!! Os mais novos primeiro... Tomem muito cuidado, e não deixe mais Edward brincar na cozinha, como hoje de manhã... Se ele pegar uma faca, minha diversão vai acabar... Eu quero acabar com ele, eu mesmo... Se ele fizer meu serviço, como fico?
Ass.: John Doe."
Gina estava pálida, assim como Draco. Parecia disposta a qualquer coisa, desde que essas malditas cartas parassem de chegar. Sabia que Draco não estava bem, apesar de demonstrar frieza. Ele estava muito pálido, e olhava fixamente a coruja à sua frente.
-Ela que veio entregar a carta, parece que está esperando uma resposta... -Draco estava pensativo. Olhou para Gina, e viu que ela também estava bastante concentrada, mas provavelmente em outro assunto. Cansado, voltou a se sentar na cadeira, e disse calmamente. – O que você está pensando?
-Você não iria querer saber... –ela revirou os olhos, e mal-humorada se sentou em uma outra poltrona. –Maldito.
Draco não pôde evitar uma risada.
-Calma Gina. Já lidamos com coisas piores!
-Claro que já! Mas não era com a gente! –o fogo Weasley estava ativo- Além do mais, esse tal parece estar vigiando cada passo que damos! Não me peça pra ficar calma!
Draco deu uma outra risadinha, e jogou a carta em uma das gavetas.
-Claro, claro.. Mas me diga o que você tava pensando.
-Além de como eu posso matar esse bastardo? Em voltarmos a ser agentes, mesmo que não seja da Ordem. Lupin conseguiria isso para a gente em um piscar de olhos, além que ele poderia cuidar das crianças para a gente. Sirius não está fazendo nada mesmo.
-Já pensou em quantas maneiras de matar esse tal de John Doe?
Gina pareceu contar e pensar mais um pouco.
-Até esse segundo, noventa e cinco.
-Ora...Vamos, Gina, você já foi mais criativa que isso.. –Draco parecia disposto a irritar Gina. Ele mantinha um sorrisinho sarcástico no rosto.–E qual foi a vencedora?
-Hmm... Amarrar ele em uma cama e...
-Ei! É para matar, não se esqueça... –Draco estava com o mesmo sorrisinho no rosto, mas tinha um leve tom de ciúmes na voz- Mas de qualquer modo, não sabia que gostava desse tipo de coisa, Gina. Amarrar ele??
Gina ruborizou, e olhou para Draco irritada.
-Nem te conto o que vou fazer essa noite com você esse carinha amarrado, corto pedacinhos da pele dele... Acho que primeiro cortaria um pedaço do ante-braço. Ou da perna... Colocaria no liquidificador com sorvete, bateria bem e faria ele comer. Iria repetir esse processo até o desgraçado morrer por hemorragia. Acho que manteria ele vivo com alguns feitiços...
-Ouch.. Me deu pena desse pobre coitado. Não quero nem imaginar quando finalmente capturarmos ele.
-Capturarmos..? Então você aceitou?? –Gina pulou da cadeira, aliviada- Pensei que você nem tinha escutado minha proposta!!
-Escutei, apenas queria ver o que você tava pensando primeiro... Mas você ainda não ganhou de mim. Ainda tenho meios piores de matar ele.
-Você sabe que eu prefiro me privar de Magia Negra. –Gina sorriu, e se sentou no colo de Draco, apoiando a cabeça no ombro dele. –Vou falar com Remo mais tarde.
-Não seria melhor o Severo? Ele e e Hermione já tem filhos, saberiam cuidar melhor.
-Draco, você mencionou o fato que impede completamente Samuel, Edward e principalmente Caroline a ficar com eles. Seria um prazer para mim, e aposto que pra Hermione também, mas os seus filhos simplesmente odeiam a Athenas.
-Eles tem que superar isso! Já passou da hora, não é?
-Olha só quem fala! Você odeia minha famíla e amigos desde que a linhagem Weasley se formou! Nunca superou!
-Já sim! Lógico que já! Eu sou muito amigo de Severo, sempre te acompanho na casa dos seus pais...
-...quando eu consigo te arrastar para ir lá...
-Que seja! E não brigo mais com nenhum dos seus irmãos!
-Você só pode estar brincando comigo! Ótimo, Draco Malfoy – Gina parecia maldosa- Se você quiser que seus filhos superem o ódio e vão para casa de Severo, vou marcar um almoço, eu, você, Rony e Luna. E se você ao menos implicar com meu irmão ou a esposa dele, me separo de você, pode ser?
-Hogwarts vai ser uma estada maravilhosa para Edward e Caroline! Aposto que Sirius e Remus vão cuidar muito bem dele! –Draco estava sorrindo, mas Gina sorria e olhava para ele vitoriosa, quando se levantou do colo dele. –Você está indo falar com o Lupin?
-Estou... Depois você diz pras crianças, ok?
-Claro.
Samuel acabara de entrar no salão, mas em segundos já não sabia o que estava acontecendo. Viu algumas pessoas olhando para ele, mas ainda tentava identificar quem o estava arrastando. E para onde o estava levando.
Viu que estava longe de ser para mesa da Sonserina e muito perto da Lufa-Lufa. Parou de repente, com uma certa força para se soltar dos braços que o seguravam, e viu que era o trio de garotas lufa-lufinas, que olhava para ele com curiosidade.
-O que vocês pensam que estão fazendo? –Samuel estava com uma expressão impaciente e fria, mas que ficou corada de raiva quando as meninas o responderam.
-Te levando para a mesa da Lufa-Lufa, claro! Não está vendo isso?
-Sim, eu estou vendo.-respondeu arrastado- Com a permissão de quem que eu não sei. Eu pertenço a Sonserina, é para lá que eu estou indo. E é para onde eu quero ir. E nunca mais façam isso.
Ametista se irritou também.
-E está fazendo o que parado aí até agora? Corre pra sua mesa, pirralho!
-Olhe só a ironia. Eu mal chego no salão, vocês já´me arrastam para cá, sem ao menos perguntar se eu quero, quando eu digo que eu vou para minha mesa, a chefinha do grupo de sangue-ruins da Lufa-Lufa se irrita! –Samuel riu, se virou de costas, e foi em direção da mesa para o café da manhã.- Cuidado para não engasgarem com a torrada!
-Cuidado para não morder sua lingua e morrer envenenado, seu grosso! Não precisava falar assim com a gente! – ela parecia irritada, e saiu resmungando algo até a mesa da Lufa-Lufa.
Ao se sentar na mesa da Sonserina, Murilo logo se sentou do seu lado, com um sorrisinho no rosto.
-Parabéns, Malfoy. Conseguiu chamar a atenção do salão inteiro. Acho que não tem um garoto que não morra de inveja de você aqui. Recusar um pedido daquele? Nossa, essa foi uma boa jogada. Sem dúvida nenhuma que você se tornou o garoto mais popular da escola! E apenas no primeiro ano, que coisa...
-Pode ficar com essa maldita popularidade, e as suas supostas jogadas imaginárias. Nada disso foi armado, eu não quis nada disso. Boa sorte, Green. –se levantou da mesa, e saiu para as aulas sem tomar o café da manhã.
"Sim, realmente... Eu sei que eu sou demais. Essa suposta briga foi o grand finalle. Amanhã são os teste para o time de quadribol, e vou conseguir. Com ou sem ajuda." Samuel tinha um sorriso no rosto, enquanto se encaminhava para as aulas.
Novamente foi interrompido, quando estava bem na porta da sala de aula. Ele revirou os olhos.
-Em Hogwarts é comum isso, Srta. Dale? Eu poderia apostar que não... Sou apenas um garoto inocente de onze anos. Recém-completados. –Samuel se virou com um sorriso quase predatório nos lábios, mas confirmou sua suspeita.Realmente era Ametista Dale quem o impedira de entrar na aula.
-Onze anos.. ok... Mas inocente é a única coisa que você não é, Malfoy. –Ametista estava com um sorriso no rosto, pacífico, irritante até.
Samuel se fez de ofendido, fazendo um teatro falso, dando um risinho de escárnio
-Oh! Assim você me machuca profundamente, Dale. –disse com a mão no peito. –Cadê aquela menininha que ficava me perseguindo nos corredores, quase desmaiando quando eu passava? "Ahhh!! Ele é tããoo maalvaadooo" –Samuel imitou, e deu uma gargalhada fria no final.
-Sabe... Diziam que seu pai era pior. Você me decepciona, Samuel Arthur Malfoy.
-Como diabos você sabe meu nome??? Ninguém sabe! –ele parecia surpreso no começo, mas logo se recompôs. –Não sei porquê me deram esse maldito nome. Eu realmente preferia Lucius, como meu outro avô! Além do mais, o filho do Weasley mais novo já se chama Arthur!
Ametista pareceu considerar um segundo.
-Samuel Lucius... Não combina.
-Como se Arthur combinasse perfeitamente! E eu não estou ligando pra isso. –Samuel olhou para a mão de Amy, que ainda estava em seu braço. –Para onde você quer me levar?
-Por aqui... Me siga.
Era a terceira vez que Samuel matava aula com Amy. Ficou combinado que não se falaria em público, e que as amigas tímidas de Amy não acompanhariam, e Samuel não entendia porque Dale estava fazendo isso.
-Hoje você pegou pesado lá no Salão Principal. –Amy comentou casualmente, saindo do castelo.
-Que história foi aquela de sair me arrastando daquele jeito? Pensei que tínhamos um trato.
-Não temos um trato. Eu concordo com algumas coisas que você quer, mas eu nõa ganho nada. Não vi o que eu estaria perdendo te convidando pra tomar café com a gente. E não reclama, porque eu duvido que você não tenha realmente gostado.
-Deu certo para o meu plano, nada mais. E que nunca se repita.
Ametista riu.
-Claro, Sr. Chato de Galocha...
Ela parecia estar conduzindo-o para a borda da orla da Floresta Proibída, indo por um caminho que passava por detrás do castelo.
-Poucos conhecem esse lugar. É como se fosse um...jardim, e que você provavelmente não vai gostar.
Samuel levantou uma das sobrancelhas.
-E o motivo que você vai me levar lá deve ser...?
-É realmente dentro da Floresta Proibida, e eu quero fazer um teste.
-Ok. Me dá um segundo e eu juro que vou entender o que você está tentando me dizer.... Acho que você não disse a toa – Samuel ainda estava com a sobrancelha levantada, e disse num tom de deboche que fez Ametista parar.
-Ok, você que ir ou não? Aposto que Minerva irá amar o seu atraso de....-ela olhou no relógio- 25 minutos!
-Minerva? Intimidade com a professora da casa da Grifinória, não?
Ametista saiu andando, resolvendo ignorar Samuel.
-Ok, eu paro... Mas me dê um motivo pelo qual eu estou te seguindo.
-Escutar música trouxa. Satisfeito? Estragou a surpresa!!
-Mas... o castelo e toda a propriedade..
-...estão enfeitiçado, eu sei, eu sei... Por isso que eu quero ver se lá funciona... Se você chegar lá, você vai ver. Agora pára de reclamar e anda logo!
N/A: obrigada pelas reviwes.. msm..vlw pelo apoio, mas.. esse cap estah pronto faz séculos, mas a fic vai realmente ficar parada.. tô escrevendo mais.. pedacinhos... tpo depois d uns anos, quando samuel e ametista jah estão juntos, como foi o primeiro beijo.mas são só pedacinhos, trechos... c vcs kiserem eu publico, como uma série tipo.."first kiss" ou coisa assim.. é só falar, pq essa vai ficar parada ateh a "inspiração" voltar.. ' tkx
