i Por um milésimo de segundo, tudo dentro de Kagome impulsionou-a a se render. Então, a razão e um pingo de auto-preservação assumiram o controle, e ela ficou fria como uma pedra.

Inu Yasha não a forçou. Assim que Kagome recuou, ele ergueu a cabeça e deu um passo para trás.

- Não faço a menor idéia do que você está dizendo. Mas pretendo descobrir.

- Nem perca seu tempo. Quando algo morre, não tem como voltar à vida. E tudo que me diz respeito a você morreu há anos.

- Prove.

Kagome piscou, confusa.

- Provar? Não precisa ser provado. É evidente!

- Não pra mim. Prove para mim, se tiver coragem.

- Como?- Kagome intuiu estar caindo em uma armadilha, mas não ia resistir à tentação de enfrentar o desafio dele.

- Isso não adianta. Portanto, pare de me olhar como se fosse um coelho assustado, pronto para correr para a moita.

Ela não confiava nele e fazia questão de deixar aquilo claro.

- Concorde apenas em me ver de vez em quando, em conversar comigo.

- Só isso?- Kagome foi incapaz de disfarçar o espanto. E a risada sarcástica de Inu Yasha atiçou seus sentidos.

- É, só isso.- Era simples demais. E Kagome não hesitou em aceitar o desafio.

- Tudo bem. Agora, preciso ir.-mentiu- Vou encontrar com meu pai, ou o meu amante-investigado, como você preferir.- Nesse momento Inu Yasha percebeu a idiotice que dissera poucos minutos atrás. Enquanto a via passar pelo corredor, o único pensamento que lhe ocorria era: "Seu asno! Era o pai dela! Nada mais justo do que defender o próprio pai!", porém, antes que ele começasse a se chutar mentalmente, a voz feminina o despertou - A propósito, faltou uma pata na aranha. - Foi a última coisa que ela disse antes de virar o corredor, e ele não pode deixar de sorrir.

Kagome não se dignou a sair de casa pelo resto do dia. Alimentou seus bichos, assistiu um drama épico de três horas, comeu o equivalente ao seu peso em pizza, passou e-mails idiotas para quase todas as pessoas que conhecia e ficou o resto da noite assistindo um especial no Discovery Channel sobre grandes calamidades.

Pouco tempo depois de pegar no sono o despertador tocou, indicando mais um dia de trabalho pela frente, mais um dia chegando atrasada e tendo que ouvir o clássico "Está atrasada!" da sua chefe. Depois de tomar um banho, se vestir e tomar umas três xícaras de café com coca-cola, rumou ao apartamento de sua mãe enquanto colocava os sapatos, resultado: desceu a escada rolando e não conseguiu botar o maldito sapato.Assim que se alinhou um pouco e passou pela porta da sala levou um susto. Não era possível!!!!! Ele não lá, estava sentado no sofá, conversando animadamente com sua mãe.

- Oi, querida! - A voz calma de sua mãe se fez ouvir por toda a sala. Quando sentiu os olhos dourados sobre si desviou o olhar para encarar um ponto muito interessante no chão. - Olha só quem veio morar no prédio!

- No prédio?! Ele?! Isso é algum tipo de brincadeira?! - Ao receber a bombástica notícia Kagome sentiu uma forte náusea e Inu Yasha percebeu, pois já estava preparado para o replay da cena de seis anos atrás. Ela viu isso no sorriso irônico dele e não ia dar o gostinho de vomitar no pé de ninguém! Sim, pois quando ele contara a todos que estava noivo, ela, ainda pequena simplesmente vomitou no sapato da tal de Kikyou. Foi vergonhoso, mas até hoje achava que Kikyou tinha merecido.

- Ficou muito desapontada?- A jovem encarou Inu Yasha com uma expressão descrente. - Acontece que eu vou morar no apartamento ao lado do seu. - Depois de repassar tudo na sua mente e processar a informação, Kagome se controlou ao máximo para soar casual.

- Oh! Aposto que vai gostar daqui. É um lugar ótimo. O único problema são as reuniões do condomínio, o nosso síndico, Chokyuukai acha que tem poderes superiores a todo o resto do universo.(N/A: Pra quem não se lembra, Chokyuukai é aquele javali que botou uma tiara no Miroku e no Inu fazendo eles virarem Jakotsu...)

Depois de dizer tudo isso de uma vez só, Kagome decidiu se retirar. Ver Inu Yasha com sua mãe lhe trazia péssimas recordações.

- Bom, gente, eu tenho que ir trabalhar. Já estou atrasada.

- Espera. Eu desço com você. Já está na minha hora também. Quer dizer... Se isso não for um problema. - Ao olhar para o dono da voz, Kagome pode notar um tom de desafio na sugestão. Um desafio que ela não podia recusar.

- Não, tudo bem. Sem problema. - Depois de alguns instantes de silêncio desconfortável o casal finalmente se viu fora do prédio.

- Então... Até mais? - Parecia uma despedida idiota, mas foi tudo que Kagome conseguiu dizer. - Quer dizer... Somos vizinhos agora. - Inu Yasha ficou encarando a jovem por algum tempo. Era uma afirmativa completamente óbvia e meio idiota de se fazer. Ela corou, ficou mais vermelha do que um tomate, e ele achou isso adorável. Nenhuma das mulheres com que ele saía coravam apenas por serem encaradas. Mas antes que ele começasse a devanear sobre a garota, um táxi parou bem em frente a eles.

- Será que eu sempre vou te ver entrando em um táxi? - Ela simplesmente sorriu antes de fechar a porta do veículo e ir embora.

- Está atrasada! - Rosnou Kagura sua chefe, sem se quer olhar para Kagome.

- Des...Desculpe- soltou a jovem, quase sem fôlego por subir correndo para a reunião. - Eu tive alguns probl...

- Eu creio que ninguém está nem um pouco interessado no motivo do seu atraso Higurashi. – Cortou. - Sente-se. - Kagome sentou rápido e começou a desenhar enquanto todos discutiam assuntos importantes. Quando estava quase terminando de desenhar a alegre cena do funeral de Kagura, a conversa chamou sua atenção.

- Como sabem, o nosso redator-chefe, Toutossai se demitiu na semana passada para passar o resto da vida sendo ferreiro na beira de um vulcão em erupção, junto com uma vaca. Provavelmente a pior crise de meia-idade que eu já vi... Então temos um substituto, o senhor Inu Yasha Yasaki.- Kagome ficou tão surpresa ao ouvir aquele nome que quebrou a ponta do lápis, borrando assim o rosto do padre.

- O que ele está fazendo aqui?!?!?! Por que eu não sabia que ele vinha?!?!?! Isso não é justo!!!!!!! - Gritou, sem perceber os olhares em sua direção.

- Ele será o redator-chefe, como eu já tinha dito antes, mas estava muito ocupada rabiscando para saber... A senhorita saberia da vinda dele desde semana passada, isto é, se tivesse prestado atenção na reunião em vez de rabiscar. - Kagome não deu a menor atenção para as palavras de sua chefe. Ela estava ocupada demais tentando decapitar Inu Yasha com os olhos. Este apenas sorria ironicamente. - Reunião encerrada. - Todos ali presentes saíram da sala lentamente, com exceção de Kagome que correu para a sua baía, numa tentativa de driblar outro enjôo.

Ao chegar lá imediatamente ligou o computador. Haviam sete novos e-mails, um do pessoal do RH, dois anúncios de promoções, um da Sango, um da Carol, um do Jakotsu e uma corrente. Quando terminou de ler o último ficou um bom tempo pensando no novo redator-chefe. Desde que começou a começou a trabalhar na "Useful" queria ter uma coluna. Uma coluna para falar sobre a sua visão de relacionamentos, encontros e cantadas na desesperada busca por companhia e afeto. Mas todos naquela maldita revista a consideram uma garota inútil e completamente obtusa.Talvez, se ela conseguir inverter a situação ao seu favor...

Não conseguiu completar o raciocínio, pois notou uma certa agitação nos corredores e preguiçosamente segurou na extremidade da bagunça que era sua mesa e começou a mover sua cadeira pelo chão, agradecendo a Deus por ter uma dessas cadeiras legais de rodinhas (tinha roubado de Kagura, mas esse não é o ponto!). Ao chegar no corredor viu um três homens vestidos como aqueles ridículos apresentadores de parque, um de vermelho, um de amarelo e um de verde (N/A: Aqueles caras de chapéu e bengala que usam uns coletes listrados por cima de uma camisa branca e com uma calça combinando). Completamente patético. Um deles se dirigiu a ela, olhando-a de cabo a rabo.

- Senhorita Higurashi?- O de vermelho se aproximou.

- Eu mesma.- Respondeu, meio desconfiada.

Nem um segundo se passou antes que os três homens se colocassem em pose, o de vermelho no meio, um pouco à frente, o de amarelo e verde, respectivamente, à esquerda e direita do de vermelho, um pouco atrás. Um deles ligou um aparelho de som portátil e eles começaram a dançar e cantar uma coisa meio Hampster Dance Song e o de vermelho começou a ler um pedaço de papel, enquanto os outros continuavam dançando...

- "Eu penso em você desde o dia que eu te vi pela primeira vez, mas as coisas não rodam pro meu lado. Tanto que eu percebi que nunca ia poder ficar com você, pois nossos mundos são diferentes. Eu gosto tanto de você que só te ver em um dia que eu estou furioso me deixa melhor. Tenho a impressão que você não gosta de mim o suficiente para que algo aconteça. Você deve me achar feio, por isso que eu digo: você é muito exigente." - Depois de uma breve pausa para um suspiro ele continuou. - "Com amor, Bernard. P.S: Gostaria de sair um dia desses? Poderíamos ir a um parque!"

- Terminaram? - Kagome questionou com um tom meio despreocupado.

- Aham! - Respondeu o de amarelo.

- E se nos dá licença, temos que informar a um cara que sua mãe morreu ao som de "I Never Can Say Goodbye"...

Inu Yasha encontrava-se sentado de frente para sua mesa remexendo em alguns relatórios que Toutossai havia deixado quando a porta abriu em um baque. Lá estava ela, Kagome Higurashi, segurando a porta com uma das mãos enquanto se apoiava na parede com a outra. Ofegante ela finalmente falou.

- Posso entrar?

- Já entrou. - Uma expressão de desagrado tomou conta da face da jovem e ele, notando isso completou com um suspiro. - Sente-se. - Kagome caminhou com calma até uma cadeira de frente para Inu Yasha. Explicou sua proposta: Jenifer Harris, solteira de vinte e seis anos, se vê em um bar de Solteiros. Sem perder a oportunidade, ela se livra de todos os escrúpulos para ir de encontro a encontro, de relacionamento a relacionamento a fim de ajudar todas as mulheres em busca do seu ideal de parceiro, sendo o príncipe encantado ou simplesmente um cara suportável. A resposta foi bem previsível.

- Sinto muito, não combina com nossa revista.

- É claro que combina! Jenifer Harris é exatamente o que a Useful precisa para deixar de ser uma revista de segunda! - Como era de se esperar Inu Yasha continuou irredutível. E Kagome, como última alternativa, colocou duas notas de cinqüenta dólares sobre a mesa. Ele simplesmente levantou a sobrancelha esquerda. - Vamos apostar – Propôs. - Cem dólares como minha coluna será um sucesso na primeira edição, e continuará sendo em muitas outras.

Inu Yasha ficou desconcertado e por um minuto ficou apenas encarando Kagome. A jovem fazia o máximo para não demonstrar seu nervosismo mas não conseguiu deixar de morder o lábio inferior, movimento que ele achou extremamente sensual.

O telefone tocou e ele foi obrigado a desviar o olhar da jovem para atendê-lo. Enquanto falava pode perceber olhos azul-acinzentados o observando cada movimento, com uma expressão de desafio. Isso já era esperado. Tinha em sua mesa relatórios sobre todos os funcionários, que estavam ajudando muito no processo de tomar decisões. O único completamente inútil era o de Kagome Higurashi. Ele esperava o equivalente a uma enciclopédia de críticas a falta de atenção e capacidade de Kagome. Principalmente em entender a palavra "não". Em vez disso, "atenção extra" foi tudo que Totoussai escreveu. Poderia ser um aviso para que tomasse o dobro de cuidado... Enquanto observava Kagome mudar de posição na cadeira e sua mini-saia subir ainda mais, ocorreu-lhe que poderia simplesmente significar "Preste atenção nas pernas", o que não era muito difícil...

Kagome tamborilava os dedos na mesa e batia o salto no chão, um movimento completamente ritmado. Ela estava sempre em constante movimento, mesmo falando ao telefone ficava andando de um lado para o outro. Era agitada, inquieta; nunca parada por tempo suficiente para que fosse capturada.

Não que quisesse isso! Uma garota como ela dava muito trabalho... Mesmo tendo ocasiões em que ele imaginava prendê-la em seus braços, obrigando-a a gastar toda aquela energia nele.

Finalmente parou de falar ao telefone e decidiu aceitar o desafio.

- Apostado. - Ele notou um brilho prateado passar pelos olhos azul-acinzentados de Kagome. - Kagura cuidará do dinheiro. - E ela deixou a sala com a mesma rapidez que entrou.

Lá estava ela, parada, de frente para a casa dos avós, sem a mínima vontade de entrar. Pois sabia que se entrasse seria atacada pelos comentários de sua família. Respirou fundo. Por que aceitara ir até lá? Deveria ter inventado uma desculpa qualquer. Não, não poderia. Pelo menos não sabendo que seu pai acabara de se recuperar de um câncer... Reuniu toda a força de vontade que tinha e tocou a campainha.

Uma moça pouco mais velha que ela abriu a porta, cumprimentou-a e indicara a sala de estar. Sua avó, Emily, estava sentada chá, enquanto James, seu pai, estava lendo o jornal.

- Emily. James.

- O que? Já é Páscoa? - Seu pai perguntou extremamente surpreso, desviando os olhos do jornal.

- Não. Emily me chamou.

- Oh. - Ele voltou para o jornal. Depois disso todos se calaram num silêncio desconfortável.

- Mira foi atenciosa com você? - Era a sua avó perguntando, em uma total falta de interesse.

- Mira? Quem é Mira?

- Nossa governanta.

- Achei que Heidi fosse a governanta.

- Oh, não, demitimos a Heidi meses atrás. Ela tinha um problema para fechar coisas... A porta, a geladeira...

- A garrafa de bebida. - Concluiu James. Emily simplesmente lançou um olhar frio e prosseguiu.

- Então tivemos a Trina, e então a Sophia.

- Oh, eu gostava da Sophia. - Mais uma vez Kagome observou seu pai cortar sua avó, que dessa vez respondeu calma.

- Você não gostava dela.

- Não gostava? - Mais uma vez, James desviou o olhar do jornal.

- Era ela que cantava.

- Realmente... Mulherzinha insuportável!

- E depois da Sophia tivemos o Anton.

- É isso. Era do Anton que eu gostava.

- Desculpe-me, James, como você confundiu Anton com Sophia? - Pela primeira vez, Kagome se incluiu na conversa.

- O que quer dizer com isso?

- Bem, um é homem e a outra é mulher. - Ele pareceu um pouco confuso.

- E isso leva a...?

- Que um é homem e a outra é mulher!

- Eu tenho muito o que fazer durante o dia, não tenho tempo para controlar a multidão de pessoas que sua avó emprega.

- Mas um é homem e a outra é mulher!

- Com licença, a senhorita quer chá?- Antes que alguém pudesse argumentar algo que continuasse aquela discussão, a mesma jovem que abrira a porta apareceu com uma bandeja com xícara de chá.Kagome assentiu e a mulher colocou a xícara na mesa em frente a ela.

- Obrigada, Mira.

- É Sarah.

- Oh, desculpe. - Depois de Sarah se retirar Kagome encarou a avó.

- Emily! O nome dela é Sarah!

- Achei que ela tivesse dito Mira. - Kagome soltou um "Ugh!" antes de tomar um pouco de chá.

- Quer um pouco de bolo?

- Não preci... - Kagome não pôde completar sua frase, pois sua avó a cortou.

- Mira, traga um pedaço de bolo, por favor. - Kagome não se agüentou e com um meio sorriso completou.

- Aproveite e traga a Sarah! - Depois que Sarah trouxe o bolo, mais um silêncio desconfortável tomou conta da sala.

- Todos estão muito calados hoje. - Comentou Emily, numa tentativa de começar uma conversa.

- Desculpe, mãe, só estou cansado.

- Eu também. Trabalho.

- Negócios.

- Vida. - Kagome acrescentou, tentando evitar uma conversa com sua avó.

- É um mistério. - Depois de uma pausa Emily continuou.- Isso é ridículo. Três pessoas inteligentes sentadas aqui em completo silêncio. Deve haver algo para se conversar. Vocês sabiam que toda a tarde, o clã Kennedy senta ao redor da mesa e tem debates sobre tudo existente abaixo do sol? Eles fazem perguntas um ao outro sobre eventos atuais, fatos históricos, trivialidades intelectuais. Mas nossa família é tão inteligente quanto os Kennedy, então vamos lá! - Todos ficaram em silêncio. – Alguém... - Mais uma vez, todos ficam calados. - Digam alguma coisa!

- Vocês sabiam que modelos de bumbum ganham $ 10.000 por dia? - James deu uma risadinha perante o comentário de Kagome.

- Nosso clã está verdadeiramente morto. - Dizendo isso, Emily suspirou derrotada.

- Emily! - Uma voz masculina percorreu a casa. Kagome a reconheceu como sendo de seu avô, Richard.

- Aqui, siga o murmúrio.

- Tenho ótimas notícias.- Kagome observou seu avô entrar na sala um pouco agitado, este, ao olhar para ela ficou tão surpreso quanto seu filho. - Já é Natal?

- Eu a convidei. - Emily respondeu, ríspida. Richard acenou com a cabeça para a neta, que fez o mesmo.

- Acabei de desligar o telefone. - Contava ele animado, antes de ser cortado novamente por Emily.

- Quer chá?

- Não, eu não quero chá.

- Tudo bem, desculpe. Você estava no telefone.

- Bem distante. - Mais uma vez ele foi interrompido, dessa vez por um comentário bobo de Kagome.

- Deus?

- Londres. - Respondeu, sem dar atenção.

- Deus mora em Londres?

- Minha mãe mora em Londres.

- Sua mãe é Deus? - Ele lançou um olhar gélido para Kagome, que parecendo não notar continuou.- Então, Deus é uma mulher... - Richard lançou um olhar mais gélido ainda, que teve tanto efeito quanto o primeiro.- E é um parente. Isso é bom... Vou pedir vários favores...

- James, faça ela parar!

- Como se eu pudesse... - Respondeu, sem desviar os olhos do jornal. Emily tentou botar a conversa no rumo de antes.

- Você falou com sua mãe.

- Sim, eu falei. Ela está bem, mandou abraços e... Está vindo nos visitar.

- O quê? - Emily pareceu em estado de choque.

- Você está brincando? Minha bisavó?

- Quando? - Emily perguntou, ainda em choque.

- Ela te viu quando ainda era um bebê. - Completou Richard, animado.

- Richard, quando?

- Você vai adorá-la. Minha mãe é uma mulher brilhante. - Disse ele muito orgulhoso.

- Estou fazendo uma pergunta aqui, ninguém está me ouvindo? De repente estou invisível? - Emily parecia um pouco zangada.

- Desculpe, qual era a pergunta?

- Quando sua mãe chega.

- Amanhã.

- Com licença. - Dizendo isso Emily se retirou.

- Ainda não acredito que sou parente de Deus! Vai ser muito mais fácil conseguir ingressos para um show da Madonna... Ela causou o maior alvoroço com o Papa.

Kagome observou seu avô discutir animadamente com seu pai e resolveu ver o que tinha acontecido com Emily. A encontrou revirando uma caixa no porão.

- Emily?

- Isso é típico daquela mulher, nenhum aviso, nenhuma discussão, então, inesperadamente, "Estou chegando amanhã".

- O que você está fazendo?

- Tenho que desempacotar essas coisas.

- Que coisas? - Kagome tentou passar, mais foi barrada por uma estátua de dois cachorros no caminho.- Com licença, garotos. - Depois disso empurrou a estátua para o lado e se aproximou de sua avó.

- Tenho que desempacotar tudo que ela já nos deu. Trinta e cinco anos de abajures de peixe e estátuas de cachorros, mesas de leão e estúpidos anjos nus com suas...Bundas!

- Wow!!! Estúpidas bundas de anjos nus? Você está recebendo algum espírito? É a coisa mais perto de um palavrão que eu já ouvi você falar.

- Vá embora, por favor.

- Emily, se acalme.

- Não posso me acalmar! Aquele abajur está sumido, a porcelana está quebrada e eu não consigo me lembrar qual foi a mesa que ela nos deu pelo nosso aniversário de dez anos de casamento!!!

- Emily, Trixie é uma mulher muito velha, eu duvido de que ela vá se lembrar de tudo que já lhe deu. - Trixie era o apelido de estimação da bisavó de Kagome.

- Ela irá se lembrar até do último garfo e você sabe por quê?

- Não. - Nesse momento Kagome olhou para os cachorros. - Vocês sabem por quê?

- Porque ela apenas não dá um presente, ela "dá" um presente e ela lhe diz onde colocá-lo, como usá-lo, quanto custa, para propósito de segurança, é claro. E Deus proíba você de ter uma opinião diferente ou você não acha que funciona no espaço ou você se cansa de acordar toda manhã com esses horríveis animais olhando para você! - Kagome olhou fixamente para os cachorros e comentou.

- Ela só está aborrecida.

- Pare de falar com esses cachorros!

- Emily! Você está enlouquecendo. Eu nunca vi você enlouquecer antes.

- Sim, você já viu, você tinha três anos, foi a última vez que aquela mulher horrível veio nos visitar.

- Quer ajuda?

- Por favor.

- Para onde vai isso? - Perguntou, segurando um tapete.

- Terceiro andar.

- Que tal o segundo andar?

- Terceiro andar.

- Que tal o primeiro andar numa escada?

- Então, o que... Qual é o mesmo o trabalho do Tony? - Kagome questionou conversando com Carol no hospital. Depois de sair da casa de seus avós, resolveu encontrar os amigos lá.

- Ele é consultor. - Respondeu Carol. Elas esperavam Sango voltar para Kagome terminar de contar o dia conturbado que tivera.

- Significa?

- Ele é consultor de seguro internacional.

- Mas o que isso significa exatamente?

- Ele dá consultoria em seguro internacional.

- Quando vai ao escritório ele senta e...

- Dá consultoria a clientes internacionais sobre seguros.

- Não sei como nos entendemos tão bem. - Disse Kagome por fim, desistindo de entender.

- Perdi alguma coisa? - Era Sango que acabara de chegar. Ela tinha ido resolver uma emergência. Desde que sua família sofrera um acidente de carro, e morrera por falta de assistência, ela decidira ser uma médica e ajudar a salvar vidas.

- Nada demais... - Responderam as duas ao mesmo tempo.

- Então, voltando ao rolo com sua avó, o que você sabe sobre sua bisavó?

- Nada. Absolutamente nada!

- Você devia falar com sua avó.

- Falar com minha avó é como comprar um biquíni no inverno: frustrante, inútil, em fim, uma total perda de tempo.

- Olha, eu não estou interessada nesse drama familiar...- Cortou Carol. - Eu quero é saber mais sobre esse tal de Inu Yasha...

- Oh, Sango conhece ele. Não é? - Ela sacudiu a cabeça, numa afirmativa.

- Nós éramos um grupo no colégio. Eu, Miroku e Inu Yasha.

- Eu não acredito que sou a única que não conhece o único cara que fez essa babaca, sem ofensas, se apaixonar. Eles deviam ser uma gracinha.

- A coisa mais fofa que eu já vi!!

- Que tem eu?- Era Miroku, que acabara de chegar. Ele também trabalhava no hospital. Ele e Sango tinham namorado quando jovens, mas por motivo de força maior (a perversão do Miroku), eles terminaram. Mesmo assim Miroku prometeu a Sango que quando estivesse pronto ia casar com ela, coisa que ela esperava ansiosamente.

- Deixa de ser besta! Ninguém aqui sequer mencionou você.

- Sangozinha, meu amor, por que está sendo tão má comigo?

- Você pensa que eu não vi você DESCARADAMENTE chamando a Joanne para sair? - Miroku, ao perceber que a conversa estava perigosa para seu lado, mudou de assunto rápido.

- Kagome, seu celular está tocando.

- Oh!- Kagome tirou da bolsa um celular antigo, aquele tipo tijolão. - Alô?

- Preciso do cabideiro.

- Peixes voam à noite. - Sussurrou, brincando.

- O que?

- Não sei. Quem é?

- É a sua avó.

- Oh, não reconheci sua voz.

- Preciso do cabideiro.

- Que cabideiro?

- O cabideiro que te dei.

- Que cabideiro?

- O cabideiro que eu lhe dei quando se mudou para o apartamento.

- Uh, bem....

- É grande, de bronze, com dragões ou doninhas, não sei, algum animal Lacertílio em que você pendura casacos. - Kagome teve uma vaga lembrança de um cabideiro horroroso, que ela guardou em um quarto onde só colocava porcarias.

- Sim, eu me lembro e doninhas não são Lacertílias.

- Pouco me importa as doninhas. Preciso do cabideiro de volta.

- Você precisa de um presente de volta?

- Temporariamente.

- Por que, Emily?

- Eu preciso de volta porque a mãe do Richard nos deu de presente e ela irá notar se não estiver na entrada.

- Você me deu um cabideiro usado?

- Não, nós nunca usamos.

- Eu não acredito nisso.

- Você terá de volta.

- Você me deu um presente de segunda mão, algo do tipo que você conseguiu na loja de sucatas.

- Deixe de ser dramática! Ainda estava na caixa.

- Você pensou "Huh, o que devo dar para minha neta nessa mudança? Quer saber? Não vou me preocupar. Vamos dar algo que não queremos mais".

- Você não é engraçada.

- O que a Srta. Conduta diria sobre isso? - Srta. Conduta era a professora de etiqueta que Kagome tivera quando era criança.

- Ela entenderia se conhecesse sua bisavó. Agora por favor, traga o cabide com você amanhã. E depois fique para jantar, certo?

- Acho que não...

- Por quê?

- Por que vai contra as regras do Manual de Sobrevivência de Kagome Higurashi! Um: não use amarelo. Dois: não corra com tesouras. Três: nunca jante sozinha com a sua família! - Kagome ouviu um suspiro decepcionado e rapidamente mudou de idéia. - Ok... Eu vou. A que horas chega o "expresso da crítica"?

- Sua bisavó chega às seis. Esteja aqui às cinco.

- Tudo bem.

- Obrigada.

- De nada. Tchau. - Depois de respirar fundo explicou. - Lembram do cabideiro horroroso? Trixie deu pra Emily e ela passou pra mim.

- Eu sabia! - Carol exclamou animada. - Miroku, ganhei a aposta. Enquanto Miroku, muito contrariado passava vinte dólares para Carol, Kagome largava o celular balcão, causando certo barulho.

- Você realmente precisa trocar essa coisa. - Kagome estava desanimada demais para dizer dez boas razões de não se trocar o celular e por isso, ignorou o comentário de Sango, que, ao perceber isso tentou animar a amiga.- Ei, porque não saímos hoje para comemorar, afinal, não é todo o dia que se consegue dobrar o chefe simplesmente cruzando as pernas, não é?

- Você fez isso? - Enquanto perguntava Miroku espiou por debaixo da mesa, levando um safanão de Sango. - Posso levar um amigo?

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n OI GENTE!!!!! NOSSA! EU DEMOREI MUITO DESSA VEZ, NÃO FOI???? E OLHA QUE EU TIVE QUE CORTAR O CAPÍTULO NA METADE, OU IA FICAR MUITO CANSATIVO... MAS, FAZER O QUE? É A VIDA........ SEM CONTAR QUE A ANTA AQUI FICOU EM RECUPERAÇÃO DE MATEMÁTICA....¬¬

MAS EU NÃO QUERO OCUPAR ESSE VALIOSO ESPAÇO FALANDO DA DESGRAÇA QUE EU SOU...E POR ISSO, VOU AGRADECER AS REVIEWS LOGO!

INUFANATICA: É BOM SABER QUE MAIS ALGUÉM TEM PROBLEMA COM PASSATEMPO.....E QUANTO AO SEU PEDIDO, DEMOROU UM POUCO, NÃO É?(UM POUCO????FAZ ANOS QUE EU NÃO ESCREVO!!!!) MAS ANETS TARDE DO QUE NUNCA! E, ALÉM DISSO, FOI A SUA REVIEW QUE ME FEZ LEMBRAR QUE ESSA FIC EXISTIA.....¬¬ BEIJOS!!!!!!!!!

KGOME-CHN: FIQUEI MUITO FELIZ COM A SUA REVIEW! MAS SINTO INFORMAR QUE A CLASSIFICAÇÃO DA FIC ESTÁ ASSIM PORQUE VÃO ROLAR ALGUNS PALAVRÕES E ALGUMAS INSINUAÇÕES MAIS PESADAS...MAS EU ACHO QUE NÃO TERIA CAPACIDADE DE ESCREVER UMA FIC HENTAI...... MESMO ASSIM, ESPERO QUE CONTINUE ACOMPANHANDO A FIC!!!BEIJOS!!

M.SHELDON: SINTO MUITO PELA SUA MÃE.....ESPERO QUE ELA JÁ ESTEJA MELHOR....(BOM, FAZ TANTO TEMPO QUE CONCERTEZA ELA JÁ DEVE ESTAR) MAS, FALANDO DOS SEUS ELOGIOS, EU FICO MUITO FELIZ QUE VOCÊ ACHE QUE EU EVOLUÍ!!! E MAIS AINDA QUE VOCÊ ESTEJA GOSTANDO DA FIC!!!! EU TE ADIMIRO MUITO COMO ESCRITORA E TAMBEM COMO AMIGA!!! BEIJINHOS!!!!!!

MIKO ANGEL: BOM, AQUI ESTÁ A CONTINUAÇÃO. EU SEI QUE DEMOROU, MAS AGORA EU VOU TENTAR ATUALIZAR MAIS RÁPIDO... ESPERO QUE VOCÊ CONTINUE ACOMPANHANDO A FIC!!!!! BEIJOS!!!!!

CAROL: VOCÊ REALMENET NÃO TEM MORAL PARA EXIGIR QUE EU ESCREVA RÁPIDO, PORQUE, MESMO SENDO UMA ÓTIMA ESCRITORA VOCÊ É MAIS LERDA QUE EU!!!!!!!! E SÓ PARA AVISAR, NÃO É PORQUE VOCÊ VAI BETAR A FIC QUE VOCÊ VAI PARAR DE MANDAR REVIEWS, NÃO É? PORQUE, VOCÊ É TÃO ANSIOSA QUE DEIXOU DUAS NO ÚLTIMO CAPITULO!!!! (NÃO QUER CONTINUAR DEIXANDO DUAS OU TRÊS POR CAPITULO? SUA AMIGUINHA VAI FICAR FELIZ!!!!) SUPER BEIJOS!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

FLÁVIZ: FICO FLIZ QUE VOCÊ TENHA GOSTADO DA FIC!!! EU ESPERO QUE VOCÊ CONTINUE ACOMPANHANDO!!!!!!!!!! BEIJOS!!!!!!

JENNY-CI: NA SUA REVIEW VOCÊ MOSTROU O PODER DE UMA SIMPLES PALAVRA....BEIJOS!!!!!!!!

IZA-CYHAN: ESPERO QUE VOCÊ FAÇA DUAS COISA: ATUALIZE LOGO A SUA FIC!!!!!!!! E CONTINUE MANDANDO REVIEWS!!!!!!BEIJOS!!!!!

LADY PANDORA L: AINDA BEM QUE ALGUÉM CONCORDA COM A SUPERIORIDADE DO TRAKINAS! SOMOS UM TIPO RARO........ E O CLIMA DESSES DOIS NÃO ESQUENTOU TANTO NESSE CAPITULO, MAS ESQUENTARÁ NOS PROXIMOS!!!! BEIJOS!!!!

LARI-CHAN: VOCÊ É A ÚNICA QUE NÃO PRESSIONA MINHA POBRE MENTE CANSADA E BURRA......ESPERO QUE VOCÊ TENHA GOSTADO DESSE CAPITULO!!!! BEIJOS!!!

MARAH-CHAN: ESPERO QUE VOCÊ FAÇA LOGO AS PAZES COM SUAS AMIGAS PARA EU PODER LER MAIS UM CAPITULO DAQUELA FIC HILÁRIA!!!!!! BEIJOS!!!!!!

CAHh KINOMOTO: EU SEI QUE NÃO DEI SINAL DE VIDA NOS ÚLTIMOS MESES, MAS AGOAR EU ESTOU DE VOLTA E VOU TENATR ME ATUALIZAR EM TODAS AS SUAS FICS!!!! E QUANTO AO SESSHY, ELE VAI APARECER MAIS A FRENTE, NÃO SE PREOCUPE!!!! BEIJOS!!!!!!

TICI-CHAN: ESPERO TER MATADO SUA CURIOSIDADE........ Beijos!!!!!!

GENTE, FALANDO SÉRIO, QUERO CONVIDAR TODOS OS QUE LEREM ISSO PARA PARTICIPAR DE UMA CAMPANHA: AUMENTE A AUTO-ESTIMA DE UMA AUTORA!!!!!!!

NÃO SEI SE VOCÊS NOTARAM, MAS AO LONGO DESSA NOTA GIGANTESCA, EU ME DEPRECIO VÁRIAS VEZES, ME CHAMANDO DE BURRA, ANTA, COISAS DO TIPO..(NADA QUE SEJA MENTIRA...¬¬), ENTÃO, SEJAM SOLIDÁRIOS E DEIXEM REVIEWS!!!!!!!!!!!

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