Um amor não correspondido
2º Capítulo- O viajante
O dia amanhece lindo com os flocos de neve que envolviam as árvores e a grama. Kagome, Sango, Inu-Yasha, Miroku, Shippou e Kirara estão a combater mais outro youkai e não reparam que estavam sendo silenciosamente observados por um viajante.Eles atacam ferozmente o grande demônio,Kagome atira suas flechas purificadoras que pareciam não ter efeito sobre o monstro,Inu-Yasha o ataca com a Tessaiga sem ao menos conseguir arrancar uma gota de sangue do seu oponente,Miroku atira seus pergaminhos em vão,Shippou utiliza o seu fogo-de-raposa e Sango,montada na Kirara,tenta atacá-lo com o osso voador.
De repente, uma arma desconhecida como o homem que a manejava corta o ar e perfura o corpo do monstro, causando um estrondo que surpreende o grupo de amigos "exterminadores". Todos procuram saber quem é o misterioso "herói" que os havia ajudado, e o porquê da ajuda. Contudo, a única coisa que podiam ver era o corpo esquartejado do youkai, derrotado por "ELE".
"Você viu quem era, Kirara?"-indaga a exterminadora.-
"Estranho, não consigo farejar ele.Parece que o cheiro sumiu."- fala o hanyou preocupado.
"Também não consigo sentir nenhuma presença, muito menos maligna."-concorda Miroku.
"Devemos tentar encontrá-lo? Hein, gente?"-quer saber Kagome.
"Não sei,tudo isso é muito estranho..."- Diz o filhote de raposa.
"Será que ele é nosso amigo?Ou é apenas outra armadilha do Naraku?"- questiona Inu-Yasha.
Com muitas dúvidas e preocupações novas, nossos amigos resolvem achar respostas em um vilarejo muito famoso por ter um sábio ancião dentre seus moradores. Também existiam boatos de coisas misteriosas que só aconteciam lá, coisas como aparições horrendas de youkais e mortes inexplicáveis.
Enquanto isso em um lugar distante....
"Está cumprindo com o seu dever soldado?"
"Sim senhor!!!Tudo pelo nosso objetivo, senhor."-afirma o soldado.
"Espero que não tenha esquecido de nenhuma parte da nossa missão!"- grita o comandante.
"Isso nunca, senhor!. Sei de cada detalhe do plano de nosso mestre, senhor."- responde o fiel soldado.
"Muito bem....assim espero.Sabe muito bem o seu dever ou levaremos a sua cabeça como oferenda ao nosso mestre."-avisa o chefe impiedoso.
"O Mestre nunca receberá a minha cabeça se depender disso,senhor."-diz nervoso, o misterioso guerreiro.
"Então...o que está fazendo parado aí? Continue a vigiar aquele grupo!! Vá logo!É a sua vida em jogo!"-Exclama o capitão.
Com isso o soldado faz uma reverência em direção ao seu capitão e não hesita em sair às pressas do quartel onde estava para continuar a cumprir os seus deveres.
Depois de uma hora de caminhada, o grupo de exterminadores chega na aldeia e, graças às dicas dos aldeões locais, vai ao encontro do sábio, que morava num templo um pouco afastado...
"Por favor,o sábio ancião está?"-pergunta Kagome,tranqüilamente, já no interior do recinto do templo.
"Ele está repousando em seus aposentos , e não devemos incomodá-lo."-afirma um aldeão de aparência fraca e doentia, que provavelmente era um dos discípulos.
"Mas é uma emergência!"-Inu-Yasha diz isso e vai entrando nos aposentos do sábio, sem pedir ao menos licença.
Em uma tentativa inútil de impedir a invasão,o fraco aldeão resolve alertar o seu mestre aos berros. O velho senhor acorda assustado com o escândalo causado por seu pupilo,e pergunta aos intrusos o que os trazia até sua humilde presença.
"Viemos em busca de mais conhecimento, senhor ancião."-Sango curva-se em demonstração de respeito enquanto dizia aquilo.
"Mas eu infelizmente não posso aceitar mais seguidores.Já tenho muitos alunos."-responde o velho.
"Que seguidores que nada, velhote!! Queremos saber sobre um viajante misterioso que está dando uma de heróizinho barato por aqui."-fala Inu-Yasha rudemente.
"Tenha mais respeito Inu-Yasha.Que mal-educado,hein!"-reclama a srta.Higurashi.
"Mas......eu não conheço nenhum viajante."-diz o sábio, se esforçando para lembrar de alguma coisa.
"É um homem que anda de vilarejo em vilarejo para exterminar youkais."-Miroku tenta relembrar o senhor idoso.
"Ahh....já me recordo dele!"-comenta o ancião.
"Pode nos dizer quem é?"-Sango precipita-se.
"Infelizmente nem eu,nem ninguém desse vilarejo o conhece."
"Mas você não disse que recordava dele?"-Shippou pergunta, confuso com a explicação dada.
"Ninguém aqui sabe seu nome, de onde veio,e nem podemos afirmar se é um homem ou uma mulher. Só sabemos que ele ou ela chegou nessas redondezas por essas semanas.ELE nos protege dos youkais e espíritos malignos, nunca sai das profundezas obscuras da noite e sua arma é mortal,tanto que derrota até o mais poderoso demônio com apenas um golpe certeiro."-conta o agitado sábio.
"E ninguém tentou falar com o viajante?Nem mesmo para agradecer por seus serviços?"- pergunta Sango,curiosa.
"Na verdade já tentaram sim.Infelizmente todos que o fizeram ou enlouqueceram ao chegar perto dele,ou perdiam as suas memórias se vissem o seu rosto."
Espantados, os seis amigos agradecem as informações e partem em rumo ao próximo vilarejo.
Continuando a viagem, o fiel soldado estava se limitando a somente seguirà longa distância o grupo de "detetives" que não percebiam estarem sendo caçados pela sua própria caça.
passagem de tempo
Todos percebem o cair da noite chegar com o crepúsculo, e resolvem armar acampamento para se protegerem da chuva que se aproximava com as nuvens negras.
Kagome nota estar sozinha e resolve meditar sobre os acontecimentos recentes,e quem seria o viajante misterioso. Ela senta-se no chão em posição de lótus, da mesma maneira que faz o hanyou cachorro que a acompanha e ao resto do grupo, então vê-se novamente dominada pelas recordações do passado e começa a chorar novamente.
flashback
Inu-Yasha e Kagome estão sozinhos diante de um fabuloso pôr-do-sol, enquanto esperam seus amigos voltarem de um passeio. Do nada, Kagome começa a falar:
"Inu-Yasha......."- ela baixa os olhos demonstrando-se extremamente envergonhada com o que iria dizer.
"Pode falar ,Kagome."- Ele sorri e olha nos seus olhos.
"Você.......você..."-a mocinha faz um minuto de silêncio e continua.".. você me......AMA???"
Kagome tenta esconder suas esperanças em ouvir um SIM como resposta para escutar o seu amado dizer com sinceridade o que sentia,já que ele era muito tímido quanto aos seus sentimentos, apesar de não demonstrar o mesmo.
"Se eu.....amo você Kagome??É isso mesmo que você quer saber?"
"......"- a jovem adolescente fica em silêncio novamente,confirmando a pergunta do seu companheiro.
"Eu........eu.."- embaraçado com a pergunta, Inu-Yasha tenta desviar os seus olhares dos de Kagome e fica olhando para uma pedrinha que estava no meio da grama.
Kagome demonstrava-se ansiosa para saber a resposta dele,apesar de ter tentado disfarçá–la.
"Eu...eu.....eu...."- corado como nunca,Inu-Yasha tenta procurar as palavras certas para responder àquela pergunta.
"Eu...eu.......eu..... não posso te amar Kagome."- ele responde isso com muita insegurança e com receio de ter magoado a amiga.
Ouvindo essas palavras a srta. Higurashi não espera explicações, e sai correndo enquanto deixa pra trás um rapaz youkai a olhando com profunda tristeza.
"KAGOMEE!!!Volte aqui,não me entenda mal. KAGOME...!"- Inu-Yasha corre para alcançar a garota,mas é impedido por seu amigo Miroku.
"O que aconteceu??O que você fez desta vez??"- o monge pergunta curioso.
Sango,Shippou e Kirara chegam no meio da conversa.....
"Inu-Yasha..., seu i-di-o-ta!!!!!"- repreende Shippou." O que você fez com a Kagome?!?!"
"É mesmo,o que houve entre vocês??Quando estávamos voltando para a cabana a encontramos caída no chão a chorar....ela parecia estar sentindo muita dor e nem falou com a gente..."- conta Sango, preocupada com a amiga.
"Seu tonto malvado!!!!!Você machucou a Kagome!!!"- diz o pequeno youkai raposa.
"É melhor você ir falar com ela Inu-Yasha..."-. Miroku opina.
"Eu....eu......."- o hanyou fica mais triste ainda ao ouvir a reação da moça após ouvir sua resposta e sem saber o que fazer, foge para uma árvore próxima e tenta pensar em algo para reverter a situação.
fim do flashback
A chuva chega para acalmar o coração partido de Kagome e ajudá-la a esconder suas lágrimas que não paravam de cair junto com aquele fim de tarde.
