Depois de enfrentar perda de arquivo, falta de inspiração e de tempo, finalmente está aqui minha linda fanfic!!! Boa leitura!!

Mudanças

- Pois então Manx? Do que se trata?

- A missão acabou de chegar. – respondeu a ruiva ao ouvir um barulho vindo da floricultura.

Após alguns minutos, uma sombra apareceu no topo da escada. Uma voz suave foi ouvida:

- Manx?

- Aqui embaixo Miki.

Então os quatro puderam ver uma jovem descendo. Ela usava uma minissaia preta, uma blusa azul toda recortada, meia arrastão e coturno.

Seus cabelos, negros e lisos, iam até a cintura e seu rosto carregava uma maquiagem pesada. Ela tinha um piercing no nariz e na sombracelha.

- Prazer. Vocês são o grupo Weiss certo?

Os quatro voltaram seus olhares para Manx.

- Eu vou explicar tudo. Sentem-se.

A ruiva colocou uma fita de vídeo. A televisão mostrava vários cadáveres.

- Nas últimas semanas eles foram encontrados em becos da cidade. A autópsia revelou que eles morreram por overdose. Tudo isso se deve a uma nova droga chamada DL.

- DL? – perguntou Ken.

- Deadly Lust. – quem respondeu foi a jovem – Ou "Desejo Mortal". É a nova moda em raves e shows de rock aqui em Tóquio.

- Você...já chegou a usa-la? – perguntou Omi tímido.

Miki sorriu.

- Apesar de não parecer, eu não gosto de usar drogas. E ainda mais depois que duas amigas minhas usaram a DL e apareceram...mortas... – ao dizer isso, ela adquiriu um semblante triste.

- Após muitas investigações, descobrimos que o principal fornecedor aqui do Japão é Hirosuki Kaminari. E não é só isso, ele usa muitas pessoas dessas festas como cobaias para testes de novas drogas.

- Maldito... – sibilou Yoji.

Manx desligou a tevê e acendeu a luz.

- Sua missão é encontrar ele e seus comparsas e mata-los.

- E onde o achamos? – se manifestou Aya pela primeira vez.

- Sua "base" é a boate Bloody onde há uma rave todo final de semana. É lá onde ele costuma pegar suas vítimas. – quem respondeu foi a jovem novamente.

- Como você sabe disso tudo? – disse Ken.

- Ele...é meu ex-namorado.

- Nani???????? – exclamaram os três. O espadachim continuou calado.

- Ela descobriu tudo há poucos dias atrás e foi ameaçada por Hirosuki. Por isso ela foi até a polícia pedir proteção e acabou encontrando a Kritiker. Vocês aceitam a missão?

- Hai. – responderam os quatro.

- Ótimo. Miki vamos?

- Claro. Eu passo aqui para arrumarmos tudo.

- assim? – disse Omi.

- Não é por nada, mas vocês não poderão ir até lá com o jeito que vocês se vestem, serão linchados. Nós vamos às compras.

- Mas...mas... – gaguejou o loirinho.

- Você vai me ajudar...Omi não é? – disse a morena se aproximando do jovem arqueiro.

- Porque ele? – perguntou o jogador nervoso

- Porque enquanto compramos tudo eu vou ajuda-lo com a planta do local. Manx já me deu todas as instruções.

- Não fique assim Ken-kun. Amanhã então?

- Hai. Até logo. – respondeu Miki sorrindo por dentro. "Como eu imaginei", pensou.


- Pronto?

- Hai.

- Então vamos. Até logo rapazes! – acenou a jovem enquanto saía com o loirinho. Ken apenas olhou de relance.

Miki levou Omi até o shopping no centro da cidade. Enquanto eles andavam de loja em loja, a morena ia dando detalhes do local.

- Na verdade não é muito complexo. A Bloody tem dois andares, sendo que o andar de cima é a área vip. Mas o local onde ele realiza os teste é numa espécie de galpão embaixo do lugar. O problema é que a entrada é muito bem guardada. Eu só consegui entrar porque namorava com ele ainda.

- Daremos um jeito nisso. Quem vai usar isso? – perguntou o jovem apontando uma blusa verde-musgo pequena que ela segurava.

- Só saberá na hora. – respondeu com um sorriso misterioso.

- Vai servir em alguém?

- Não se preocupe, vai servir aos propósitos da missão.

Com muitas sacolas, eles foram até a praça de alimentação tomar algo.

- Posso perguntar uma coisa?

- Fala. – disse a morena acendendo um cigarro.

- Como...você conheceu o Hirosuki?

Após uma tragada, ela respondeu suspirando:

- Eu tinha 14 anos e fui com minhas amigas à minha primeira rave. Pode-se dizer que foi amor à primeira vista. Idiota eu, não?

- Nem tanto. – respondeu o hacker desviando o olhar.

- Fala assim porque foi igual com o Ken né?

- Nani? – exclamou Omi encarando-a.

- Oh, por favor Omi! É tão óbvio que você o ama! E ele a você, esteja certo. – disse Miki tomando um gole do seu café.

- Não creio que ele goste de mim. E mesmo que isso fosse verdade, ele me enxerga como uma criança. – sibilou com um ar triste.

- Com essa atitude não me admira.

- Como assim?

- Esquece vai. O que importa é que decidi te ajudar. Por isso pedi que você viesse comigo, para conversarmos a sós.

- Sobre?

- Sobre fazer aquele moreno perceber que você não é mais criança.

- Como?

- Você vai ver. Mas você topa?

- Porquê não?

- Ótimo. Melhor irmos agora. – disse a jovem se levantando. Ambos saíram do shopping em direção a floricultura.


- Olá rapazes. – saudou a jovem assim que eles entraram na sala de missões.

- Pra que tudo isso? – perguntou Yoji apontando para as várias sacolas em volta dela.

- Suas roupas. – ela pegou duas delas na mão – Essa são suas Aya.

Ela distribuiu cada uma entre os quatro assassinos. Então disse:

- Vocês vão se trocar que daqui a pouco eu subo para ajudar vocês.

Meia hora depois, Miki bateu na porta do quarto do jovem arqueiro.

- Entra.

- Vim te ajudar...meu Deus! – ela exclamou.

- Que foi?

- Você...você está um tesão Omi! – disse a morena divertida.

- Miki!! – o loirinho corou.

- Não fique com vergonha, eu te proíbo! – repreendeu enquanto se aproximava – Vou contar meu plano pra você.

- Plano?

- Claro! Na verdade é bem básico: os três terão que fazer com que os seguranças do Hiro os peguem como cobaias.

- E eu...

- Você vai ficar comigo o tempo todo, fazendo com que ele fique com ciúmes!

- Ciúmes? Está louca?!

- Calma. – respondeu enquanto aplicava gel nos fios loiros – Vou te explicar direitinho...


O ruivo foi o primeiro a ficar pronto. Ele vestia uma calça cinza-chumbo de couro com uma blusa roxa sem mangas, combinando com seus olhos. Por cima um sobretudo da mesma cor da calça e luvas. Por dentro do sobretudo, uma espécie de alça prendia sua katana. Nos pés, coturno. Miki tentara passar maquiagem, mas ele se recusara terminantemente.

O segundo foi Ken. Ele usava uma calça cargo preta, com bolsos dos lados, mas que era mais apertada em cima, marcando suas coxas torneadas. A blusa era verde-musgo extremamente agarrada, sem mangas e com um zíper na frente. Uma luva preta que ia até o cotovelo em uma das mãos, sem os dedos, completava a roupa, além da sua bugnuck. Nos pés, um tênis de tecido mais resistente, preto com detalhes prateados. Seus cabelos estavam levemente bagunçados do banho e seus lábios brilhavam devido ao gloss que ele colocara a contragosto.

Yoji descia as escadas terminando de se arrumar. O loiro usava uma blusa preta sem mangas, que terminava um pouco acima do umbigo, onde um piercing havia sido colocado. Por cima um sobretudo preto também, sem as mangas e ia até um pouco abaixo do joelho. Os olhos estavam contornados levemente com lápis preto e a boca tinha um pouco de gloss. A calça era marrom-terra assim como o coturno que usava. Luvas sem dedos e seu relógio completavam o visual do playboy.

- Yoji!! Você realmente... – o moreno parou de falar assim que viu que era ignorado pelos outros dois. Ken revirou os olhos.

Aya olhava para o loiro atentamente. Ele estava é que ele podia ter esses pensamentos com Yoji, logo ele?

O ex-detetive também tinha os mesmo pensamentos, mas não se recriminava nem um pouco. Nunca havia percebido que o ruivo era tão...desejável.

- Que bom que vocês já estão prontos! – disse Miki descendo as escadas. Ela usava um saia preta, customizada com correntes. Nos pés, coturno e meia arrastão. Uma blusa frente única vinho e os lábios vermelho-sangue completava o visual.

- Onde está o Omi?

- Já está descendo. Preparem-se para ver minha obra-prima!!!

- Miki-chan, vamos? – disse uma voz das escadas. O loirinho estava pronto e todos engoliram em seco ao vê-lo.

Ele usava uma calça preta de couro que eles só imaginavam como tinha entrado nele. Uma blusa azul-turquesa sem mangas, que delineava seu corpo e nos pés coturno. Os cabelos estavam arrepiados com gel e sua boca levemente rosada de gloss. Mas o mais impressionante era uma tatuagem de dragão, nas cores vermelho e preto, que cobria seu braço direito.

- Omi... – disse o atleta passado. A jovem sorriu.

- Não vai falar dos detalhes com eles?

- No caminho. Vamos?

Ken não pode deixar de notar a bunda bem desenhada pela calça ao Omi virar-se.

- Terra pra Ken!!! – disse o playboy em tom de deboche.

O moreninho o encarou com raiva.

- Vamos antes que você molhe o chão com sua saliva. – continuou o loiro divertido.

O jogador passou rapidamente por ele, não sem antes dizer em alto e bom tom:

- Como se você não tivesse feito mesmo com o Aya.

O ex-detetive se engasgou.

- Vamos...Yoji. – disse o ruivo encarando-o.

O modo como ele dissera aquelas palavras lançou arrepios pela espinha do mais velho. Ah, mas a noite prometia!!


Como a boate era meio afastada da cidade, eles teriam que ficar num hotel dos arredores após a missão. O plano era o seguinte: Ken, Aya e Yoji iriam arranjar uma maneira de serem pegos como cobaias. Miki e Omi iriam atrás de Hirosuki. Obviamente, o atleta não gostara nada daquilo.

- Porque o Omi?

- Porque ele é o que está mais gostoso dos quatro.

- Miki!!!! – exclamou o jovem arqueiro corando.

- Ué, é verdade...

- Ta com ciúmes Kenken? – o playboy não se conteve.

- Ta querendo morrer Yotan?

A morena engolia as risadas.

- Chegamos. – anunciou o espadachim numa voz neutra.

O local era bem grande, parecia ter sido um grande galpão no passado. E na entrada havia uma fila considerável.

- Vai demorar até conseguirmos entrar. – observou Ken.

- Nada disso!! Vamos? – rebateu a jovem.

Eles saíram do porsche de Aya e seguiram-na até o começo da fila.

- Ryoshi!!!

- Bombonzinho!!! Há quanto tempo não te vejo!! – respondeu o enorme segurança.

- É verdade. Esses daqui são meus amigos. Podemos entrar?

O segurança olhou-os de cima abaixo. Então disse numa voz suave:

- Claro. Divirtam-se na Bloody!!!!

Eles passaram por todos na fila. Miki comentou divertida:

- Esse Ryoshi...se o Mark vê isso...

- Mark? – perguntou o loiro.

- O namorado dele. Não viram a secada que ele deu em vocês?

Eles foram até o balcão do bar onde uma mulher de cabelos curtos e alaranjados trabalhava rapidamente.

- Cor nova Oruha?

- Docinho!!!!!!!!! Você por aqui!! – exclamou a mulher, cumprimentando Miki com um selinho – Eu disse que ia pintar dessa cor.

- Eu nunca duvidei. O Hiro ta aí?

- Você conhece o Hirosuki. Nunca sai daquela sala lá embaixo antes da meia-noite.

- Claro. – respondeu a jovem olhando para os quatro assassinos.

- E os gatinhos têm nome?

- Ah, esses são Aya, Yoji, Ken e Omi. – disse a morena – enquanto esperamos que tal um Hell pra começar a noite?

- Hell será!! – respondeu Oruha animada. Após alguns minutos, ela anunciou – Seis Hells saindo!!!!!!

Os quatro assassinos pegaram o drinque de cor vermelha e encararam as duas.

- É muito forte? – perguntou o loirinho.

- Mais ou menos. Mas ótimo pra começar a noite!! – respondeu a barwoman.

Encolhendo os ombros, o jovem engoliu o líquido de uma vez só, a bebida queimando sua garganta.

- Onde você aprendeu a beber assim chibi? – perguntou Yoji supreso.

- Vou te contar um segredo Yoji-kun... – o hacker se aproximou dele – eu não sou mais criança.

Miki sorriu. Então falou, virando-se para Oruha.

- Conquiste quem você quiser!!

- E festeje até cair!!! – rebateu a mulher. Elas brindaram e tomaram o drinque.

- Quer dançar Omi?

- Claro Miki. – respondeu. Depois de encarar os três, ele acompanhou a jovem até a pista.

Ken bebia com a respiração pesada. Era só impressão ou sua calça havia ficado mais apertada? Ele nunca vira Omi tão...

- Vamos dançar Aya? – a pergunta do playboy cortou abruptamente o devaneio do jogador.

- Nos seus sonhos Kudou. – rebateu o ruivo enquanto scaneava a área friamente.

- Ah, o que foi? Você por acaso...não sabe dançar?

O espadachim apenas estreitou os olhos. Sem dizer nada ele começou a caminhar em direção à pista.

- Você não vem...Yoji?

- Opa, agora mesmo! – respondeu o loiro animado.

Ken revirou os olhos. Esses dois se mereciam mesmo. Então ele voltou sua atenção para o jovem arqueiro que dançava com a morena na pista. Desde quando ele começara a sentir esse desejo avassalador por Omi? Não...não era só desejo.


Ao chegarem no meio da pista, Aya voltou-se para o ex-detetive e sibilou:

- Já faz algum tempo que não danço...desde que...você sabe. – seu tom era amargo. Nem ele sabia porque estava dizendo isso ao outro.

- Aposto que ainda sabe como faze-lo Aya. – respondeu Yoji enlaçando-o pela cintura. Não sabia porque, mas detestava vê-lo dessa maneira. Seu coração se apertava cada vez que o ruivo deixava cair a máscara de frieza, demonstrando alguma tristeza em seu interior.

Sem se conter, o ruivo pasou os braços pelo pescoço do homem mais velho e começou a mexer-se timidamente no ritmo hipnótico da música. Suspirando ele fechou os olhos.

O playboy segurava a cintura do ruivo fortemente. Aquele corpo tão colado ao seu, movendo-se na mesma sincronia...era bom demais pra ser verdade!

A medida que dançavam, a respiração do espadachim ficava mais e mais acelerada. O que raios estava acontecendo com seu corpo?

O loiro sentiu percorrerem sua espinha ao sentir a respiração quente contra seu pescoço ficar acelerada. Mal sabia o jovem que o ex-detetive estava tendo os mesmos sintomas.

Foi quando o ruivo o encarou. Sua face estava neutra, mas seu olhar...

- Yoji... – sussurrou Aya umedecendo o lábio inferior.

Aquilo fora demais para o playboy. Sem se dar conta, ele encostou os lábios no do outro. O beijo fora lento, agonizante, embriagado de desejo.

Nem passara pela cabeça de Aya em afasta-lo. Ele entreabriu os lábios, querendo aprofundar o beijo. Suas mãos agarraram-se com força aos fios loiros.

Yoji aceitou o convite prontamente, enlaçando sua língua na do outro possessivamente. Ele beijava o espadachim como um homem sedento.

Após um longo tempo, eles se separaram ofegantes e se encararam intensamente. Palavras não precisavam ser trocadas mais.

- Belo show, hein? – disse uma voz ao lado deles.

Os dois voltaram-se, prontos para acabar quem tinha quebrado o clima.

- Opa, desculpe! – disse um jovem todo de preto – Mas não pude deixar de noter como vocês são corajosos. Por mais que esse lugar seja liberal, não é qualquer coisa que se vê por aqui.

- E...? – rebateu o detetive.

- Bom...gostam de emoções fortes? – sussurrou colocando as mãos dentro do bolso da calça – Eu tenho uma coisa bem quente numa sala especial daqui. Topam?

Imediatamente um alerta vermelho piscou na cabeça dos dois.

- Claro...onde é? – disse Yoji sem tirar as mãos da cintura do ruivo.

- Me sigam. – disse o jovem sorrindo felinamente.


- Se divertindo?

O moreno desviou seu olhar do loirinho na pista e encarou o dono da voz.

- Você é...

- Ah, me desculpa! Ikeda. – respondeu o homem. Ele então se aproximou do jogador – E o seu, sexy?

- Ken. – respondeu o atleta disfarçando seu nervosismo.

- Ken...que tal irmos para um lugar mais...tranqüilo? Fica aqui embaixo da boate.

- Embaixo? – o moreno deu um sorriso – Porque não?

- Ótimo, coisa linda. Me siga. – sibilou o homem segurando-o pela mão.


- Parece que seus amigos já entraram. – sussurrou Miki.

- Só falta a gente. Como vamos fazer?

- Então quer ir lá pra baixo...Miki? – sibilou uma voz atrás deles.

Mal deu tempo de reagir. Um golpe rápido deixou os dois desacordados.


Omi abriu os olhos, sentindo sua cabeça doer terrivelmente. Ele tentou se mexer, mas descobriu que tinha os pulsos e as pernas amarradas. Um barulho de tapa chamou sua atenção.

- Vadia!!!!

Ele focalizou sua visão e viu Miki no chão, com uma das mãos no rosto enquanto um homem alto estava segurando-a pelo braço.

- Me solta Hiro!!!!!

- Pensa que pode me abandonar é? Você se enganou docinho. Desde que eu te vi naquela rave eu decidi que você seria minha. E nada vai mudar isso!

- Maldito! Você deu a DL pra Yui e pra Chidori...elas agora estão mortas por sua causa!!!

Hiro deu um sorriso sarcástico. Então jogou-a no chão, tirando uma arma do sobretudo que usava.

- Miki!!! – gritou o hacker tentando se mexer para ajuda-la.

- Já arranjou um namoradinho novo é? – ele então mirou na cabeça do loiro – Você é só minha Miki...

- Não!!! – gritou a morena desesperada.

Mas algo parou o homem. Um fio que havia se enrolado em seu pescoço, começando a enforca-lo.

- Você não vai machucar o Omitchi... – sibilou Yoji saindo das sombras.

- Ahn...meus...homens....vão estraçalha-lo... – sibilou Hiroshi com dificuldade.

- Você diz aqueles que estavam na porta? – disse outra voz. Aya e Ken saíram das sombras também, segurando os corpos dos seguranças.

Miki levantou-se e foi até Omi desamarra-lo. Então virou-se para Hiroshi, que aos poucos perdia todo ar que lhe restava.

- Miki...me...ajuda...

- Acerte as contas no inferno...Hiroshi. – falou a morena encarando-o com ódio.

O playboy deu um puxão mais forte no arame, matando o traficante. Ele largou o corpo sem vida no chão. Sem dizer uma palavra, os cinco saíram da boate e entraram no carro de Aya, partindo para o hotel.


- Miki...onde você vai? – perguntou Omi enquanto via a garota se afastar da porta do hotel em que eles ficariam.

- Me esconder é claro. Hiroshi tinha muitos sócios...e eu sei demais.

- Ahn...espero que você fique...bem... – sibilou o loirinho.

- Você também Omi! E não desista de atacar o Ken esta noite hein? – respondeu a morena piscando o olho.

- Ahn...hai.

A jovem continuou andando até desaparecer na esquina. Suspirando, Omi adentrou no hotel até o quarto que dividiria com o moreno, outra cortesia de Miki.


Ken deixava a água escorrer por seu corpo enquanto passava mais de uma vez as imagens de Omi por sua mente. O que ele faria agora que iria dividir o quarto com o jovem? Ele temia se descontrolar e acabar atacando o arqueiro.

Respirando fundo, ele desligou o chuveiro e saiu do Box, começando a se secar com uma toalha. E foi até o quarto pegar algo pra se vestir. Mas paralisou ao ver que Omi já estava lá.

- Quero falar com você Ken. – disse Omi sentado na cama.

- Omi, eu... – o moreninho parou no meio da frase ao ver como o outro estava. Ele apenas vestia aquela calça de couro preta.

- Eu...cansei. Cansei de esperar. E por isso tomei coragem de... – ele levantou-se e começou a se aproximar – me declarar pra você.

- Omi...o que quer dizer?

Sem aviso prévio, o loirinho encostou-se no jogador, colando seus lábios no dele. O mais velho deu um gemido surpreso ao sentir aquele corpo tentador tão perto.

- Eu te amo... – sussurrou baixo o hacker ainda bem perto do atleta. Ele começou a tirar a toalha que o outro tinha na cintura – não sou mais criança...quero que você me tenha...só pra você...

O jeito que o jovem falara fez com que qualquer sanidade desaparecesse da mente de Ken. Dando um grunhido selvagem, ele rodeou a cintura do outro, beijando-o mais profundamente dessa vez, enquanto pequenos gemidos escapavam da sua garganta devido a sua pele nua em contato com a calça que o loirinho ainda usava.

Eles foram andando em direção a cama, ainda se beijando sofregamente. Eles caíram no colchão macio, Ken em cima do jovem. Seu membro já começava a se enrijecer devido às provocações que sofrera a noite inteira por parte do jovem arqueiro. Com necessidade ele começou a beijar o pescoço do outro, deixando marcas avermelhadas, enquanto suas mãos tentavam abrir a calça que ele usava.

- Ken...ahn... – Omi gemeu ao sentir aquelas mãos no calor que despontava no meio das suas pernas.

Depois de uma certa dificuldade, o moreno conseguiu a abrir a calça e deu um gemido fraco ao ver que o jovem não usava nada por baixo.

- Omi...sem nada por baixo...é? – disse num tom lascivo o jogador enquanto começava a masturbá-lo com lentidão, sentindo o hacker arquear o corpo de encontro a sua mão.

- Gostou...aahn...da surpresa...Ken? – gemeu o jovem, passando as mãos pelas pernas torneadas do atleta, apertando-as com gosto.

- Muito...ah... – respondeu o moreno sentindo aquelas mãos curiosas subirem um pouco mais.

Sorrindo felinamente, Ken começou a beijar um dos mamilos do jovem, sua mão masturbando-o um pouco mais rápido. O s gemidos que o hacker fazia era como música para seus ouvidos.

- Ken...ahn...Ken...mais...rápido...ahn mais...

- O que...você...quer de mim...me responda...

O loirinho abriu os olhos, que estavam fechados devido ao prazer. O moreno gemeu ao ver a luxúria refletida neles.

- Eu...quero você...ahn...dentro de mim...

Um sorriso malicioso adornou o rosto do jogador. Ele então sussurrou no ouvido do outro:

- ê me quer...?

O loirinho sorriu com prazer. Ele então disse num tom cheio de desejo:

- Sente-se...encostado na cabeceira...

Apesar de achar estranho, o moreno fez como lhe era pedido. O loirinho então levantou-se e terminou de tirar a calça de couro, expondo todo seu corpo para os olhos verdes de Ken.

O jogador lambeu os lábios. Ele era perfeito! Ele deu um grunhido baixo quando viu o jovem arqueiro subir na cama e engatinhar de forma extremamente erótica em sua direção.

O hacker parou a poucos centímetros do amante e disse num tom baixo e sensual:

-Eu quero te preparar...para me possuir...- e dizendo isso ele abaixou a cabeça em direção ao membro do jogador, lambendo lentamente a ponta, antes de engoli-lo em sua boca.

- Ah! Omi...ahnn... – gemeu o moreno, apertando o lençol com as mãos, quase rasgando-os devido a força que usava.

O loiro chupava com gosto, fazendo questão que ele ficasse repleto da sua saliva, só aumentando o desejo de Ken. Esse, por sua vez não podia fazer nada a não ser gemer com abandono.

Após algum tempo, o jovem hacker levantou-se e encarou o atleta nos olhos antes de posicionar-se no colo dele, sua entrada virgem esfregando-se lentamente na ereção do outro.

- Ken....ahn...quero vê-lo…enquanto…sou possuído...por você... – sussurrou gemendo e começando a abaixar-se.

O moreninho observava as feições de Omi enquanto o possuía centímetro por centímetro. Ele o encarava com os olhos azuis escuros de prazer, mordendo o lábio inferior, como se não quisesse gritar.

Aquela era a visão mais erótica que já tivera em toda sua vida. Ele deu um tranco com o quadril, penetrando-o de uma só vez.

- AH! Ken... – o loirinho gemeu jogando a cabeça pra trás, todo seu corpo derretendo-se naquele mar de prazer.

- Uhn...mexa-se....quando...estiver pronto...ahn...Omi... – sussurrou o moreno, quando tudo que queria era possui-lo com força.

O hacker enlaçou o pescoço do mais velho e encarou-o enquanto levantava-se, experimentando os movimentos. Ele então abaixou com tudo, sentindo sua próstata ser tocada, enviando choques de prazer por todo seu corpo.

- Ken....faça...onegai...

- O que quer...Omi? – disse o atleta começando a dar leves chupadas no pescoço do outro.

- força... – gemeu o jovem arqueiro, agarrando-se aos fios da cor chocolate.

Aquilo foi o que bastou para o resto da razão do jogador se esvair. Ele segurou-o pela cintura, fazendo-o subir novamente e abaixar com tudo, começando um ritmo alucinante, enlouquecedor para ambos.

Omi gemia com abandono, seguindo o compasso que lhe era mostrado, enquanto encarava o amante, não querendo perder nenhuma feição de prazer do rosto de Ken. O mais velho também fazia o mesmo, ver os olhos azuis antes tão puros, refletirem a mais pura luxúria, aumentarem seu tesão.

- Ken.....uhn.....mais.....mais...ahn....

O moreno possuía o jovem com força, suas mãos livres para percorrerem aquele corpo delicioso. E foi o que ele fez: descia com os dedos pelos mamilos enrijecidos, sentia cada quadradinho que formava o abdome do hacker, o osso que marcava o quadril...e a ereção que já possuía um líquido perolado saindo da ponta.

Ken não pensou duas vezes: pegou o membro enrijecido de Omi com uma das mãos, manipulando-a, querendo ver quanto gemidos conseguiria arrancar do jovem antes que a noite acabasse.

O jovem gemeu mais alto, agora subindo e descendo, rebolando para sentir aquele membro mais fundo, suas mãos cravadas no ombro do jogador, como que se segurando ao último fio de sanidade...

Todo quarto parecia ter desaparecido. Os barulhos a sua volta...tudo se resumia aos corpos juntos, suados, na busca pelo prazer máximo. O ritmo aumentava cada vez mais, como num vulcão preste a entrar em erupção.

- Ken....Ken....ahn...eu… - Omi tentara expressar algo, mas não conseguira. Num gemido rouco, ele arqueou as costas enquanto seu corpo sofria espasmos incontroláveis, jatos de sêmen sujando ambos os corpos.

- Omi...deus.... – grunhiu o moreno enquanto afundava o máximo que podia no canal do jovem, seu membro pulsando e lançando jatos da sua semente naquele local.

Ele sentiu Omi cair em seu colo, um cansaço arrebatador tomando-o. Ele apenas abraçou-o pela cintura enquanto murmurava no ouvido do loirinho:

- Aishiteru...

- Aishiterumo...


- Nhá! Estão os quatro aqui hoje!!!

Ele nunca pensou que fosse reclamar de ter que ouvir os gritos das garotas que freqüentavam a Koneko. Mas tudo que ele queria no momento era estar na cama, de preferência com um certo moreno levando-o aos céus.

- Omitchi? Melhor cuidar do que é seu viu?

O loirinho acordou da sua fantasia ao ouvir o playboy.

- Yoji-kun, como assim?

O ex-detetive apenas apontou para um grupo de três garotas que cercavam Ken com sétimas intenções. Uma delas ele conhecia como a Sakura, as outras...

- Quem são?

- Aquelas são Akemi e... – o playboy estremeceu, visivelmente desgostoso – Kaline.

- Qual o problema Yoji-kun?

- Ai, aquela Kaline não larga do meu pé. Menina mais insuportável!!

- Achei que você não ligasse que as mulheres caíssem aos seus pés. – sibilou o ruivo do lado deles enquanto fazia um arranjo.

- Eu realmente não ligo, mas no momento meu interesse é outro... entende? – disse o loiro com um sorriso maroto enquanto enlaçava o espadachim pela cintura.

- Uhn... – foi tudo que Aya disse, mas não o impediu.

- Ranzinho, assim você me deixa magoado sabia?

O líder da Weiss estreitou os olhos enquanto sussurrava.

- Me chame assim de novo e você vai dormir no sofá Kudou.

- Não, isso não!! Não te chamo mais assim, prometo.

Omi apenas ria divertido dos dois. Realmente eles tinham sido feitos um para o outro.

- Mas numa coisa esse baka tem razão Omi. Aquela tal de Kaline não tem noção da hora de parar.

- Eu me garanto. – respondeu o arqueiro com um sorrisinho.

- Mesmo? – retrucou o playboy.

- Observe.

Ele deixou a planta que trazia no chão e se dirigiu ao grupinho.

Ken queria fugir. Já não bastava dar em cima, essa tal de Kaline ainda fazia na cara dura!

- Ken...o que você vai fazer hoje à noite? – disse a garota sorrindo de forma sedutora.

- Não sei ainda... – respondeu seco, querendo que a terra o engolisse.

- Bom dia meninas. – disse Omi entrando na rodinha com um sorriso angelical.

- Bom dia Omi-kun!!! - respondeu o coro animado.

- Bom dia Omitchi... – sibilou o moreno encarando o amante.

- Bom dia... – num gesto inesperado por todos, ele segurou o jogador pela nuca, dando-lhe um belo beijo de bom dia.

O atleta esqueceu onde estava e apenas retribuiu com gosto, segurando-o pela cintura.

- Eu não acredito que o Ken é gay!!!!!!!! – exclamou Kaline a ponto de explodir.

- Calma... – intercedeu Akemi com uma gota na cabeça.

- Pelo menos o Aya-san não é... – Sakura parou a frase no meio.

- O que foi? – disseram as outras duas ao mesmo tempo.

Ela apenas apontou o dedo e elas seguiram, vendo Yoji pegar o ruivo de jeito, dando-lhe um beijo quente.

- Não acredito!!! O Aya-san é...é...

- Gente qual o problema? – perguntou Akemi.

- Todos!!!!!! – gritaram as duas ao mesmo tempo. Elas saíram indignadas da floricultura.

Omi separou-se do moreno aos poucos, louco pra continuar o beijo em outro lugar. Ele então reparou que apenas Akemi estava lá.

- O que...houve?

- Er...nada não, minhas amigas é que são...meio loucas. – respondeu a jovem sorrindo – Mas parabéns a vocês quatro!

- Arigatou... – sibilou Ken.

- Bom, eu já vou indo. Obrigado pelas flores Ken-kun!

Após a menina sair, eles olharam para o fundo da loja e viram os dois ainda se beijando, parecendo que não iam se desgrudar tão cedo.

- Nós...precisamos deixar a Koneko aberta hoje? – murmurou Omi no ouvido do outro enquanto um dedo seu fazia círculos preguiçosos no quadril do atleta.

- Uhn... – se o loirinho soubesse o quanto aquilo o deixava louco – Eu estou fortemente tentado a te carregar para o quarto...

- Vamos...deixar...que eles que fechem a loja...provavelmente eles tiveram a mesma idéia que a gente.

Ken sorriu e puxou o hacker pela mão. Realmente tudo havia mudado naquela casa.

OWARI

Mystik