A Protetora

A tempestade se fortalece ainda mais.

Roxton agora enfrenta os guardas sem armas, trava-se uma batalha. Roxton luta contra 12 homens, é quando Perrez grita:

- Parem eu o quero vivo.

Os guardas seguram Roxton e o levam até Perrez:

- Agora você vai me levar até o seu navio.

- Já disse que não tenho nenhum navio.

- Pois é o que veremos. - diz Perrez levando-o para as margens de um rio mais a frente.

- Pois bem. Como é que aquela mulherzinha te chamou mesmo? A sim Major Lorde John Roxton.- Perrez continua.

- Veja como fala com a Marguerite ou ...

- Ou o que? Está preso agora. Vamos diga, para que lado está seu navio?

Roxton permanece calado.

- Pois bem. Descobriremos.

Challenger, na maca, vê o bisturi se aproximar.

- Por que estão fazendo isso? Como posso ser útil a vocês morto?

- Caro Challenger, você já morreu. Estamos em 4666.

- Então como explica minha presença? – Ele discute com a voz.

- Você deveria saber. Não é um cientista? Assim como você transportou Finn para o século XX, agora você foi transportado para o quarto milênio.

- Como sabe de Finn?

- Quem não conheceu a expedição Challenger e a descoberta do magnífico mundo perdido.

- Quer dizer q conseguimos voltar para Londres?

- Não só conseguiram, como você também ficou sendo o homem da física e química mais importante de todos os tempos. Como vê Challenger seu futuro lhe reserva muita fama.

Faz-se um silêncio.

- Icarus continue, temos muito o que aprender com esta mente.- continua a voz

- Não. Eu lhe suplico, ainda não me contou o que aconteceu nesses dois milênios. – pede Challenger. - Se sou tão importante, exijo ao menos explicações sobre minha vida.

A voz se cala por um instante.

- Icarus, saia.- ordena a voz e o homem sai sem contestar.

As amarras se soltam, Challenger se levanta observando o local e tentando descobrir de onde vem a voz.

Marguerite está lutando contra os druidas.

- Eu já disse que não sou daqui, vocês estão cometendo um grande erro.- Marguerite diz .

O sacerdote druida começa a cerimônia de sacrifício.

- Deuses, livre-nos da tempestade, perdoe-nos por ter seguido as palavras desta mulher. Traga- nos a luz, nós suplicamos. - Os druidas se ajoelham.

Marguerite tenta escapar mas não consegue. Os druidas começam a rezar e Marguerite se desespera.

O sacerdote diz:

- Você nos trouxe essa tempestade, só você pode acabar com ela.

Do lado de fora os trovões começam a soar. Ele continua:

- A tempestade está chegando, é a hora do sacrifício.

Enquanto isso Verônica na casa da árvore, com seu pingente nas mãos, é envolvida pelo cone de luz. Ela chama por sua mãe incessantemente:

- Mãe, onde você está? Me ajude. Eu preciso de você, não sei o que fazer.

O pingente queima em suas mãos, agora ele brilha com o calor.

O vento é forte, o céu escurece rapidamente as ondulações estão em torno de Verônica. A única coisa que parece conte-las é o cone de luz. Verônica não enxerga nada, o vento forte e a escuridão da tempestade toma conta do platô. Ela suplica mais uma vez por ajuda e nesse momento surge um vulto em meio a escuridão.

O vulto se aproxima de Verônica que não consegue ver quem é. Uma voz suave de mulher soa:

- Verônica.

Verônica confusa tenta enxergar de quem é a voz. A mulher se aproxima e finalmente Verônica pode ver seu rosto. A mulher usa um vestido longo, é loira e tem uma trança longa nos cabelos, é muito bonita. Usa um colar, assim como o de Verônica, os símbolos são muito parecidos. Verônica fita o colar.

Ela olha para a mulher que sorri .Uma alegria imensa toma conta de Verônica. Sua mãe está na sua frente e é tão linda e idêntica assim como em seus sonhos.

- Mamãe!- diz Verônica sorrindo emocionada.

Finn está sendo seguida na Nova Amazônia pelos traficantes de escravos . Ela corre desesperadamente em meio a floresta.

- Verônica, onde você esta?- Ela diz correndo.

Finn encontra uma caverna, se esconde dentro dela e passa desapercebida pelos homens que a seguem.

- Não posso ser pega de novo. Preciso arranjar uma jeito de voltar para a casa de árvore, mas como?

Perrez caminha pela margem do rio, quando de repente avista um navio na margem oposta.

- Aí está ele! - Perrez exclama.- Guardas, invadam o navio.

- Não sem antes me enfrentar.

Uma voz surge na mata.

Perrez observa o homem que está parado com seu cavalo mais a frente, do mesmo lado do rio. É um homem forte, cabelos escuros, com um ar nobre.

- É um de seus amigos? - Perrez pergunta encarando Roxton.

Agora Perrez se volta para o homem que continua imóvel o encarando.

- Já prendemos seu comandante. Se renda, o navio está cercado.

- Quem? Este homem?- diz o homem misterioso olhando para Roxton.- Acho que você se enganou, Perrez. Quem você procura está bem a sua frente.

Perrez olha para o cavaleiro.

- Então... Você é John Roxton?

- Em pessoa. - O homem o fita com um ar destemido.

Roxton diz não acreditando no que vê:

- É meu ancestral!

O cientista caminha pela sala, a voz continua.

- Está me procurando, Challenger?- as portas da saleta se abrem e do outro lado Challenger encontra um robô.- Pois bem, quer conhecer sua maior conquista? Venha comigo.

Challenger assustado diz:

- Inteligência artificial.- Olhando o robô, curioso e ao mesmo tempo com receio.

- Sim Challenger, você fez com que isso pudesse se tornar realidade. - diz o robô caminhando junto ao cientista.

Challenger o segue, enquanto eles passam por enormes salas com vários robôs sendo montados por máquinas e humanos totalmente submissos.

- Mas como, como isso aconteceu?

- Depois que voltou do platô, você foi conhecido mundialmente. Conseguiu provar a existência dos dinossauros para a comunidade cientifica .Tudo o que você sempre sonhou. E ainda fez uma descoberta única, uma espécie nova e importantíssima para os avanços científicos.

- Uma espécie nova?

- Ora, vai me dizer que acreditou que Arthur era apenas um besouro.

- Não, besouros não se transformam em casulos, mas...

- Foi assim que você revolucionou a ciência, a partir dessa nova espécie descobriram curas para inúmeras doenças, e substâncias jamais vistas. Assim como novas drogas, principalmente que atuam no sistema nervoso.

- Cura para doenças? Inacreditável! E devo tudo isso a Arthur. - exclamou Challenger satisfeito.- Mas o que tem a ver tudo isso com vocês?

- Caro Challenger, aí foi questão de anos para descobrirem outras utilidades para essas novas substâncias. A evolução da tecnologia foi enorme até que mil anos depois decobriram que drogas neurais funcionavam não só em humanos mas também em máquinas.

Challenger para repentinamente e observa tudo ao seu redor, o domínio das máquinas no mundo, a sua inteligência .Então, fita o robô com quem conversava.

- E os humanos? O que aconteceu com eles, por que estão agindo desta maneira?

- Os humanos dominaram a Terra por milhares de anos. Todos os reinados tem um fim, e o de vocês chegou em 3 892. Era a vez de nós dominarmos o mundo.

O rosto de Challenger é de terror.

A felicidade em ver sua mãe tão grande, que Verônica esquece por um instante do Trion que queima em sua mão.

- Estou tão feliz em te ver de novo, filha. Como você está bonita.

Mas Verônica não pode se mexer e muito menos abraçar sua mãe. Quando ela volta em si ela vê a luz dourada ao seu redor e sente o Trion em suas mãos.

- Mãe .O que está acontecendo? O que são essas luzes...

- Verônica vejo que chegou a hora. A hora de assumir sua função neste platô.

- Mas eu não sei se já estou pronta, eu não...

- Não se preocupe, filha, logo tudo isso irá passar.

E dizendo isso, a mãe de Verônica retira o seu colar com o pingente e se aproxima da filha, ela coloca-o sobre o Trion que Verônica segura e os pingentes se completam, encaixando um no outro.

Nesta hora a luz dourada que envolvia Verônica se torna azul e envolve mãe e filha.

A luz azul toma conta da casa da árvore. Mãe e filha estão juntas unidas com os pingentes nas mãos. Verônica geme de dor.

- Mãe, aaahhhh, o que está acontecendo?

- Aguente Verônica, só mais um pouco.

- Mãeee!

A luz azul cessa e Verônica cai desmaiada no chão.