Harry Potter e a Maratona Incantatem
Capítulo Dezesseis – Os Rolos do Tão Esperado Baile de NatalDepois de dois meses trabalhando arduamente nessa fic chegou a hora de falar do Baile de Natal!Quero oferecer esse momento pra minha mãe, pro meu pai, pra Sasha e pra Xuxa... Oops, desculpe, eu estava lembrando dos velhos tempos de Xuxa Park, lembra?
Toda essa emoção porque o Baile de Natal é a única vez no ano onde eu me livro finalmente das coisas que eu tenho que tentar esconder a fic inteira pra só revelar no fim, é só fazer os casais se encontrarem ou desencontrarem. Ou os dois ao mesmo tempo. Estou muito animada porque nesse capítulo um casal vai ter o seu primeiro beijo, como eu já falei há algumas notas atrás. Por isso, o momento tão esperado chegou. Preparem-se para um capítulo muito melado.
O Baile não prometia muito na opinião de Harry, seu namoro estava meio balançado. Sim, ele ainda gostava de Catherina, mas ele estaria sendo muito hipócrita se dissesse que o apelo de Cho não o cutucara nem um pouquinho. Mas ele estava tentando não pensar nisso, estava olhando a neve lá fora nos jardins de Hogwarts pela janela e tentando também mudar seus pensamentos de assunto quando Rony entrou no dormitório, seguido por Dino Thomas e Simas Finningan.
-Puxa, Harry, você ainda não começou a e vestir?-disse Ron.- As meninas estão entrincheiradas no dormitório feminino há uma hora.
-O Neville conseguiu um par agora há pouco, aos quarenta e cinco do segundo tempo.-comentou Simas.- a Heloísa Midgen.
-Noooossa, não acredito que ela estava livre até agora!-ironizou Rony, pegando suas vestes azul-marinho no malão.-Se eu soubesse... Com quem você vai mesmo, Simas?
-O Dino me convenceu a ir com a Parvati. Quando fui chegar nela, ela estava reclamando de como a moral dela caiu: no quarto ano, o "famoso Harry Potter", e depois "aquele normal do Simas no quinto ano, aposto como ele vai me chamar de novo". Quase dei meia volta e decidi vir sozinho.
-Bom, eu apoiaria você sem nenhum problema.-disse Harry.
Faltavam poucos minutos para o Baile de Natal começar. Nádia tinha ido se arrumar com Pansy Parkinson e Sally Wonder, na Sonserina, Malfoy sempre dizia a senha para que ela pudesse entrar. Elas não eram as melhores amigas do mundo, mas (que saudade de conversar com a Hermione ou com a Catherina!) era tudo que ela tinha agora. Ela pôs um vestido preto muito bonito, cheio de detalhes em pérolas negras, raríssimas, e com a ajuda de Sally ela prendeu o cabelo num rabo de cavalo e nele fez seis tranças. Pansy encarregou-se de sua maquiagem, realçando muito os olhos negros de Nádia.
Quando ela desceu para a sala comunal para se encontrar com Draco, ela estava se sentindo a rainha suprema do mundo, e nunca Draco ficou tão orgulhoso de sua namorada, deslumbrante do jeito que ela estava. Sena, coitado, também sofreu o mesmo impacto, mas foi obrigado a guardar todos os seus elogios no bolso.
-Nádia, você está demais!-exclamou Draco.
-Que é isso, Draco, você também está o máximo...
-Não estou exagerando. Minha namorada é a garota mais linda de Hogwarts.
E elogio atrás de elogio...
-Foi toda essa beleza que me levou a fazer tudo aquilo por você.
Subitamente, ela parou e olhou-o.
-Como assim?
Quase falei demais, pensou Malfoy.
-Ora, tudo... Te beijar ano passado, te cercar na Travessa do Tranco, te pedir em namoro... Isso tudo.
Nádia sorriu, acreditando nele. A hipótese que tinha acabado de passar pela sua cabeça só cabia no antigo Draco, no apenas Malfoy.
Harry e Rony estavam esperando impacientemente por Catherina e Hermione na sala comunal, quando elas finalmente apareceram. Elas estavam respectivamente, com vestidos tomara-que-caia violeta e dourado. Os cabelos de Hermione estavam lisos e soltos, enquanto Catherina tinha enrolado o seu em delicados cachinhos, que fez com que ela tivesse uma aparência totalmente diferente da vidente sensata de sempre.
Harry ficou meio sem ar, e tomou a namorada pelo braço, assim como Rony fez com Hermione. Desceram as escadas.
O Baile de Natal finalmente começara! E depois de dois bailes infelizes lá estava ele, finalmente dançando com Catherina...
O ambiente estava ótimo. Até Sean e Jully, que não eram realmente um casal, estavam se divertindo muito, pois ele fazia tantas palhaçadas que os casais em volta estavam se contagiando também. Felizmente, dessa vez Gina não tinha sido obrigada a ir com Neville, e sim com Henry Portland, que estava visivelmente interessado nela.
Rony e Mione aproveitaram muito. Mas depois de umas cinco músicas tocadas pelo King (viu, não era zoeira!) ela o convenceu a irem pegar uma cerveja amanteigada.
-Sabe, Mione, esses dias eu estava pensando naquilo que a Nádia falou de mim aquele dia, me comparando com o Malfoy...
-Ah, Ron, não vai me dizer que você levou aquilo a sério...
-Não! Não é exatamente nisso que eu andei pensando. Lembra do teste de dons da profª Dark-Angel?
-Como eu poderia me esquecer? Descobri que sou uma...
-Reveladora de passado, eu tô sabendo. Pois é, você tem um dom, a Catherina também, a Julliane, que é sensitiva, o Harry... Até a Nádia é felidioglota. Só eu não sou nada, só eu nunca fui nada.
-Ah, não acredito que você acha isso, Ron!-exclamou Mione.
-É claro que eu acho! Você quer que eu pense o quê? A Nádia não estava muito errada quando me chamou de desclassificado.
-Rony, por acaso você quer que eu enumere tudo o que você é?
-Enumerar o quê? Os meus sonhos?
-No primeiro ano, você ganhou o jogo de xadrez. No segundo, quando fui petrificada, você foi até a Câmara Secreta, cuidou do Lockhart! No terceiro, você meio que descobriu a entrada para a Casa dos Gritos...
-É claro, foi bem fácil... O Sirius estava me arrastando pela perna.
-No quarto, nós preparamos o Harry para as tarefas do Tribruxo...
-Mas é disso mesmo que eu estou reclamando, Hermione. Sempre o Harry, sempre o panaca do Ron Weasley como escudeiro do famoso Harry Potter... Não agüento mais isso. As pessoas me conhecem e dizem: "ah, sim, o melhor amigo do Harry Potter" ou então "como eu poderia não saber quem você é? Você é Ron Weasley, filho do Ministro da Magia"... Quero ser eu mesmo sem referências dos outros, entende?
-Puxa, Rony, deve ser chato mesmo, mas comigo também as pessoas perguntam se sou amiga do Harry? E quando a Rita Skeeter espalhou que eu era namorada dele, então? Mas isso também acontece com a Cathy, acontecia com a Nádia...
-Eu sei, Mione, mas eu quero fazer algo que não seja ajudando o Harry nem que seja ajudado por ele. Estou dizendo pra você porque não sei se ele ia entender.
-Não tem problema, Rony, fale o que quiser...
-Agora o meu pai ficou rico e não caçoam tanto de mim, mas você se lembra de quando eu era pobre? "Você vai ver que algumas famílias de bruxos são melhores que as outras", o ensebado do Malfoy falou pro Harry no primeiro ano.
-E você se lembra do que ele respondeu?
-Ahã. "Eu posso ver sozinho qual é a família melhor", mas talvez tenha dito isso porque eu estava ali do lado.
-Caramba, Rony, como você é inseguro!-sorriu Mione.- Por que acha que estou com você, então? Por que você é amigo do famoso Potter? Isso eu também sou.
-Não, Mione, claro que você é diferente...
-Sou nada, seu bobo.-disse ela, beijando-o.- Eu só fui a primeira que te convenceu disso.
Sean e Julliane estavam dançando feito dois alucinados quando finalmente pararam.
-Eu vou pegar a cerveja amanteigada pra gente.-falou Jully, ofegante.- Me espera na porta para os jardins?
-OK.-disse Sean, começando a se dirigir para o lugar. Da porta já se podia ver uma infinidade de casais dando seus amassos, mas ele achou muita graça em um que não estava muito longe, no qual a menina parecia muito insegura e tinha cabelos muito vermelhos. Ei, espera aí... Aquela não era a irmã do Rony?
Sim, era. Henry tinha convencido Gina a irem dar a tradicional "voltinha pelos jardins", e estava se declarando pra ela.
-... eu sei, Ginny, te conheço não faz nem um mês... Mas você deve ter reparado em como eu fiquei sem fôlego quando eu te vi na sala comunal, no dia que eu cheguei em Hogwarts. Todo mundo fala que eu pareço o... Bom, não preciso dizer o nome dele, né? Mas eu não quero que você goste de mim por causa dele, Gina... Mas eu já falei muito. Só quero saber se tenho chances com você.
Gina sorriu; falou alguma coisa tão baixinho que Sean não entendeu: mas deve ter sido uma coisa ótima, porque depois Henry fez a cara mais feliz desse mundo, e não pensou duas vezes para beijá-la. Sean deu um sorriso meio cúmplice, mas logo em seguida tomou uma expressão triste, pois lembrou-se de Nádia, e ficou pensando que ela devia estar aos beijos e abraços com Malfoy naquele momento. O tempo todo ele tinha sido legal com ela, nem chegou a esconder muito o seu interesse... Mas ela tinha escolhido namorar Malfoy ao invés dele. Ela preferiu o cara que quase a mato, menos de um ano atrás. Estranhas, as meninas de hoje. Você as trata bem, e elas querem o cara mais mau-caráter das redondezas. E ainda dizem que as mulheres é que tem sensibilidade.
-Harry, olha lá, a Melissa e o Sirius finalmente apareceram.-disse Catherina, olhando sua professora e o cão negro a seu lado- Será que vai ser muito chato se eu for lá tirar uma dúvida da aula de vidência?
-Quer ir tentar? Eu posso te esperar aqui.
-OK, então. Não quer vir comigo e tentar falar com o seu padrinho?
-Não, o Rony e a Mione estão logo ali, acho que vou lá segurar vela.
-Tá bom -disse ela rindo, enquanto se afastava.
Harry estava quase acenando para Rony e Hermione quando sentiu uma mão no seu ombro -virando-se, descobriu que era Cho.
-Ah, olá.
-Harry, eu queria mesmo te agradecer por ontem. Você acha que alguém percebeu...?
-Não, claro que não, mas eu contei pros meus amigos.
-Contou? Quero dizer, eles vão guardar segredo?
-Vão, mas não gostaram muito.
-Em todo caso, Harry, você foi muito legal comigo. Tão legal que...
-Que o quê?
-Que andei pensando se você não quer terminar com a sua namorada e não sabe como dizer isso a ela.
-Cho, você que me desculpe, mas isso nem me passou pela cabeça...
-Por quê? Eu sou tão repugnante assim que você nem pensou em largar dela pra ficar comigo?
-Você não é repugnante, Cho, mas eu gosto da Cathy.
-Claro, claro que você gosta. Mas ela gosta de você? Eu já te falei sobre isso.
-Falou, mas, sinceramente, eu não fiquei interessado em escutar.
-Nossa, essa foi gelada... Não posso te mostrar o quanto eu poderia ser legal com você?
-Olha aqui, Cho, isso tem limite...
Harry estava cheio daquela conversa, queria dar o fora final, mas de repente ela se precipitou sobre ele para beijá-lo de surpresa, e sua única reação foi impedi-la com as mãos, sem conseguir reunir as palavras para expressar a perplexidade que ele estava sentindo.
Catherina não teve problemas em tirar sua dúvida, e estava procurando Harry quando foi abordada por... Adivinha. Não é esse. Esse também não. Sabe quem? Ernie McMillan:
-Oi, por acaso você viu a... Ei! Você é...
-Estou tão diferente assim?
-A McFisher! Nossa, que diferença! Você ficou muito... bem assim.
-Se você diz que fiquei... Quem você estava procurando?
-Qualquer pessoa, menos o seu namorado.
Cathy ficou sem ação. Quem não ficaria? Até eu... Uma vez, no Hopi Hari, apareceu um menino do nada e quase me beijou no susto... Ah, que besta eu sou, você não está interessada (o) em saber como foi minha última aventura no Hopi Hari. Vamos voltar às surpresas do tão esperado Baile de Natal. Catherina ficou sem saber o que dizer, deu um sorrisinho amarelo e foi atrás de Harry, que tinha acabado de dar outro fora na Cho. Se ela se cansa? Você já ouviu aquela música nova do Renato Russo? Aquela que fala: "Quem acredita sempre alcança"? Pois é.
Até que enfim cheguei nesse pedaço!!
Acho que você se lembra que a Julliane tinha ido buscar cerveja amanteigada pra ela e pro Sean. Ela já estava quase chegando às bebidas, quando o prof. Flitwick a alcançou.
-Srta. Fletcher, poderia fazer um favor pra mim? Preparei uns fogos de artifício para esta noite, estão em uma caixa na sala dos professores. Poderia ir buscá-la pra mim?
Jully fez um aceno afirmativo com a cabeça e tomou o caminho da sala dos professores. Estava procurando a caixa no armário do professor de Feitiços quando a porta se abriu depressa.
-O que está fazendo aqui, srta. Fletcher?
Quem era? Você adivinha? Errou!
-Professor Dumbledore, eu só estou pegando os fogos de artifício que o prof. Flitwick me pediu.
-Está tudo bem. Só escutei um barulho aqui e achei estranho.
Ele saiu. Julliane já havia posto os olhos na caixa quando a porta se abriu de novo:
-Profª McGonagall?
-Olá, srta. Fletcher. Alvo me disse que tinha gente aqui, só vim pegar uma coisa.
Jully não viu o que era porque estava de costas. Nisso ela já estava meio assustada. Estava erguendo a caixa (que era mais pesada do que ela tinha imaginado) quando pela terceira vez a porta se abriu.
AGORA SIM!!!
-Fletcher?
-Prof. Snape?
-O que você está fazendo aqui?
-Não estou roubando nem matando ninguém. Pode perguntar ao prof. Dumbledore, ao Flitwick e à McGonagall.
-Isso não me interessa. Se isso são os fogos de Flitwick, leve logo.
Jully fez um muxoxo cômico.
-Só vou porque não foi o senhor quem mandou!
Pegou a caixa e já estava abrindo a porta pela quarta vez em cinco minutos quando ele a chamou, de costas.
-Espere um minuto, Fletcher. Quero fazer uma pergunta a você.
Jully olhou para trás, surpresa.
-O que quer?
Snape se virou a muito custo, tentando sem sucesso manter sua pose indiferente de sempre.
-Mostre-me o seu braço.
-Por quê?
-É uma ordem.
-O senhor não pode me obrigar!
-Quer que eu leve minhas suspeitas ao prof. Dumbledore?
Jully ficou pálida. O jeito era puxar a manga do vestido. A mão de Snape deu uma tremida bem leve quando tocou o braço dela, mas ela mesma não percebeu.
-Eu sabia...
-Do quê?-inquiriu Jully.
-Você é uma Fletcher de verdade.
-Eu... Ora, o que está dizendo? É claro que sou...
-Não, não é. E você já sabia disso antes de entrar em Hogwarts.
-Do que está falando?-perguntou ela, assustada, que já tinha colocado a caixa no chão há pelo menos três ou quatro falas.
-Não se faça de desentendida, Fletcher. Ou deveria dizer...
-Não deveria dizer nada, faria melhor se ficasse quieto.
Snape apertou o braço dela, e Jully sentiu o sangue ir parando de circular.
-Olhe aqui, menina, não me enfrente, senão...
-Senão o quê?
-Senão eu posso te calar de um modo muito eficiente.-ameaçou ele, só que parecia mais dizer isso para convencer ele mesmo do que para amedrontar Julliane.
-E que método seria esse?-inquiriu ela, desafiadora.
-Esse.
Snape segurou o outro braço de Julliane e antes que decidisse mudar de idéia, beijou-a com força, como se nunca tivesse beijado uma mulher antes (e eu tenho lá minhas dúvidas quanto a isso). Jully esperou de tudo, tudo mesmo, até uma Maldição Imperdoável, tudo, menos um beijo tão sedento e apaixonado como aquele, que a pegou sem a menor capacidade de reagir... Ela estava se sentindo muito estranha, era o seu primeiro beijo, uma sensação inebriante... Era por isso que trocavam olhares esquisitos desde o primeiro momento, por isso tinham se encarado no dia das bruxas. Foi indescritível, o beijo foi muito longo e logo os braços dela não estavam mais sendo segurados, até porque não havia mais essa necessidade, o susto havia passado e Jully interpretou as borboletas voando em seu estômago como um sinal de que deveria corresponder ao beijo, ela se sentia como se voasse e na hora não quis nem pensar nas conseqüências que um beijão no professor de Poções poderia acarretar. Na verdade, ele também teve que ser muito corajoso para cometer aquela loucura, mas talvez ele não teria agüentado nem mais um dia, cada vez mais ele reparou nela e sabia que seu desejo era absurdo, mas afinal de contas, ela não estava se debatendo... Abraçou Julliane, enquanto continuava a beijá-la.
Eu poderia ficar aqui durante capítulos e capítulos falando sobre o beijo da Julliane com o Snape, poderia escrever uma fic inteira só sobre isso. Mas até o mais longo dos beijos termina um dia.
Ela se afastou, finalmente, e olhou nos olhos de Snape, que não reconheceria a si mesmo dali a cinco minutos. Ficou tão sem graça, mas tão sem graça, que saiu correndo da sala dos professores, deixando a caixa de fogos de artifício pra trás.
-Eu levo pra você!-avisou Snape, com a voz falha pela primeira vez na vida.
