Harry Potter e a Maratona Incantatem

Capítulo Dezoito – Piore Mago ataca novamente

Harry passou o dia seguinte muito nervoso, até que às seis da tarde, ele viu da entrada do Salão Principal as carruagens voltando com os alunos de Hogwarts. Ele voltou para dentro e ficou esperando.

Logo, uma profusão de alunos entrava no Salão Principal. Alguns foram consultar a tabela da quinta rodada da Maratona Incantatem, outros foram direto para as mesas das Casas jantar e logo Harry viu Catherina no meio da multidão, com um lenço na mão, e Rony e Mione ao seu lado. Ele sentiu o estômago afundar, vendo que ela apertava o bom e velho Supraforce na mão direita. Harry, por sua vez, usou a esquerda para ajeitar seu prendedor de capa.

Ele ia abraçá-la, mas ela passou reto por ele, na direção das escadas que levavam à Torre da Grifinória. Rony e Hermione, por sua vez, sentaram-se com ele para jantar.

-O que aconteceu?­-perguntou ele, esperando ouvir "e ainda pergunta?".

-Aconteceu uma coisa terrível.-disse Hermione, mexendo na comida com o garfo.-Eu te mostro depois, na sala comunal.

-Me mostra...?

-Ela é reveladora de passado, Harry.-lembrou Rony, que também parecia triste.

Os dois namorados comeram pouco e Harry menos ainda, tamanha sua ansiedade. Em quinze minutos o trio inseparável estava no cantinho mais escondido da milhões de vezes citada sala comunal da Grifinória. Hermione se concentrou por um momento e logo em seguida tocou na testa de Harry.

Foi como se de repente ele tivesse pegado no sono e já estivesse sonhando. Estavam Rony e Mione numa cabine no Expresso de Hogwarts e Catherina entrou, com os olhos vermelhos.

-Cathy!-exclamou Mione.-O que houve com você?

-Puxa, Mione -falou a garota, se sentando.- foi tanta coisa que eu nem sei por onde começar. Você podia pegar a minha lembrança... Não quero contar.

Mione então, como de praxe, tocou na têmpora de Catherina e ela logo contorceu o rosto de dor. Em seguida, Harry passou a sonhar com a lembrança da própria Catherina.

O cenário era a sala do apartamento no Brasil, e Cathy estava sentada no sofá com os avós Black, à noite, quando a porta da sala se abriu, e os tre sentiram uma sensação gelada, como se um dementador tivesse entrado ali. Realmente, o sujeito era alto e usava uma capa muito sinistra, mas qualquer um perceberia que era um ser humano, por causa da varinha que ele ostentava na mão pálida.

Imediatamente, Catherina se levantou.

-Quem é você?

O sujeito tinha uma voz monstruosa, rouca e grossa:

-Piore Mago.-falou, num tom arrastado.

Ela sacou sua varinha, enquanto os Black também se levantavam.

-O que você quer?-perguntou o sr. Black.

Piore Mago disse apenas uma palavra:

-Morte...

-Estupefaça!-tentou Catherina.

-Défesum!-defendeu-se Piore Mago.-Você é pra mais tarde... A última.

Com um mero gesto de varinha, Cathy foi jogada contra o sofá. Ela bateu a cabeça e, assustada, cotou o ferimento, começando a sangrar. Felizmente, não perdeu os sentidos.

-A quem você quer matar?-inquiriu a sra. Black.-Nós?

Piore Mago ergueu a varinha em resposta.

-Avada Kedavra!

Catherina deu um grito agudo quando sua avó caiu no chão, morta. O sr. Black se descontrolou:

-Seu infeliz! Imobillus Totalus!

-Avada Kedavra!

Cathy olhou, perplexa, o corpo agora morto de seu avô no chão do apartamento. Mas ao mesmo tempo em que a maldição tinha sido bloqueada, o mesmo fora com o Feitiço Estuporante. Conclusão: Piore Mago ficou totalmente imóvel, bem na frente de Catherina. Ela se levantou e começou a ir bem devagar até a porta, pensando em pedir ajuda, quando o mago se libertou sozinho do feitiço.

Ela fugiu, batendo a porta com força, e começou a correr até o elevador. Como não valia a pena chamá-lo, ela foi até as escadas e desceu-as na maior velocidade que conseguia. Para seu pavor, os barulhos dos passos de Piore Mago pareciam cada vez mais próximos. Por que ela tinha que morar tão no alto? Como ela desejou saber aparatar naquele momento! Mas o jeito foi correr, mesmo com a sensação de que poderia ser enfeitiçada pelas costas a qualquer momento.

Até que enfim o saguão do prédio! Alguém veria que ela estava sendo perseguida. Cathy correu com todas as forças que lhe restavam na direção da casa de seus tios Emílio e Lisa, até que avistou a salvação! Lá estava seu tio, com o carro! Catherina acenou, se enfiou na frente do carro...

E o sonho voltou à situação triste na cabine do trem da escola. Hermione tocou na testa de Rony para que ele visse a cena, e enquanto isso elas conversaram:

-Você passou o resto das férias com os seus tios?

-Apenas com o tio Emílio.

-Por quê?

-Porque nós chegamos na casa dele e... a tia Lisa estava lá, morta no sofá, como se estivesse só dormindo. Mas os olhos dela estavam abertos, ela não respirava...-contou Catherina, e Mione flagrou duas de suas lágrimas.- O tio Emílio teve um ataque, gritou, sacudiu a tia Lisa... Eu nunca tinha chorado tanto. Só sobramos o tio Emílio, tio Sirius e eu da nossa família!

Rony acabou de ver o que tinha acontecido e viu Mione e Catherina abraçadas, Cathy soluçava de chorar.

-Por que comigo, Mione?-dizia.-Há dois anos, Voldemort matou meus pais; depois, o coitado do Morgan, o sr. Diggory, Fudge... E dessa vez, meus avós e minha tia! O que a nossa família tem? E se o meu tio não tivesse ido ao mercadinho naquela hora? Eu estaria morta! Eu sinto como se eu nunca mais fosse sorrir na vida...

Harry de repente acordou, viu-se de novo na sala comunal com seus dois amigos.

-Os Black e a Lisa...?-foi tudo o que conseguiu dizer.

-As pessoas que nos hospedaram no verão...-sentenciou Mione, olhando para o chão.- estão mortas.

-Meu Deus, preciso ir falar com ela!-disse Harry, muito abalado.

-Não, Harry.-disse Mione.- A Catherina está há horas na cama, já deve ter pegado no sono. Converse com ela amanhã, será melhor.

-O Sirius vai dar cria quando souber.-murmurou Ron.- Amanhã vamos falar com ele.

Na manhã seguinte, Harry esperou na sala comunal Catherina descer para o café. Ela estava com a cara amassada e com algumas olheiras, e deu um fraco sorriso quando o viu.

-Olá, Harry... Me desculpe por nem ter falado oi ontem, acho que o Rony e a Mione já te contaram o que aconteceu, não é?

Harry foi dar um beijo nela, mas ela se esquivou.

-Sinto muito por eles.-disse ele, disfarçando.- Você vai morar com o seu tio Emílio agora?

-É.-disse ela.-Se o Sirius conseguisse provar a inocência dele, eu poderia até morar com ele.

-Eu também!-exclamou Harry.-Não teria mais que morar com os Dursley.

-Só que pra isso precisamos do Rabicho vivo, Harry, e ele não sai da barra da saia de Voldemort... Se ele saísse do ninho poderíamos pegá-lo.

-Pois é.-falou ele.-Mas não tinham prendido o Piore Mago, Cathy? Onde ele estava preso?

-Em Brasília. Não sei se você já deu uma olhada no mapa do Brasil, é longe mesmo de São Paulo, mas temo que ele possa ter resolvido isso com uma chave de Portal ou aparatando.

Chegaram no Salão Principal.

-Vamos mudar de assunto.-disse ele.

-Vamos.-disse ela.- Já saiu a nova tabela da Maratona Incantatem?

Foram checar no quadro de avisos. Rony ia duelar contra Colin Creevey, Gina contra Emília Bulstrode, Julliane contra uma certa Aline Walters, do 5º ano, e Catherina... ia duelar contra Cho Chang.

-Puxa, vejam só como são as coisas...-comentou ela vagamente.

As aulas daquele dia passaram sem maiores problemas, até que Sean veio falar com Julliane no almoço:

-Consegui fazer hipnose, Jully!

Eles já estavam praticando havia alguns dias.

-Até que enfim!-disse ela.- Mais tarde nós vamos ver se é isso que o Malfoy fez com a Nádia.

-Depois do jantar?

-Combinado.

Harry já tinha certeza de que o que tinha acontecido com Cho nas férias de Natal já havia sido esquecido, e ele nem pensou muito nesse assunto naquele dia, teria sido muito egoísta de sua parte! Depois da última aula, Rony, Mione, Cathy e ele deram de frente com Sirius num corredor perto da sala da profª Dark-Angel, que estava deserta naquele momento. Harry viu o olhar intrigado de Sirius quando Catherina disse a ele que precisava contar-lhe algo.

Entraram na sala de Defesa Contra as Artes das Trevas e Rony fechou a porta. Em seguida, Sirius virou humano, e Mione puxou Ron para que fossem vigiar a porta e deixarem os outros conversarem.

Desta vez Catherina não pôde simplesmente pedir que Mione mostrasse a lembrança a Sirius, pois ela estava lá fora. Então ela começou a contar, e logo ela estava chorando de novo. Quando Sirius recebeu a notícia da morte de seus pais, não agüentou e, para não mostrar que chorava, escondeu o rosto nas mãos. Harry surpreendeu-se chorando também, mas fez uma série de acrobacias para esconder isso. Como afilhado de Sirius ele devia estar ali, mas a verdade era que ele não o queria. Quando Catherina acabou de contar, também enterrou o rosto nos braços, e Harry tentou abraçá-la, mas ela se levantou de sopetão e andou devagar até a janela.

Sirius pareceu se controlar: talvez ele tenha pensado que ele era o adulto ali e era quem seria agora responsável pela sobrinha e pelo afilhado.

-Esse ano temos que pegar o Rabicho, Sirius.-falou Harry, tentando mudar os pensamentos de todos de direção.

-É... Não vou conseguir passar as férias no Brasil depois de tudo isso.-disse Catherina, sem se virar.

-Estão certos, mas isso exigiria o Rabicho, e ele nunca se atreve a dar as caras.-comentou Sirius.

-Devíamos achar um jeito de atacar Voldemort, e não nos defender dele, como sempre fizemos.-disse Harry.

-Talvez ele sempre tenha nos atacado porque sabe onde estamos, de quem gostamos, e o que é importante pra nós.-falou Catherina.-E nós não sabemos nada disso sobre ele.

-Sabemos que ele gosta da Victoria, e que ela é importante pra ele.-deixou escapar Harry.

-Victoria?-estranhou Sirius.- Do que você está falando?

-Nada, Sirius.-apressou-se a disfarçar Harry.- Eu só estava pensando alto.

Depois do jantar, Sean e Julliane se encontraram, por acaso, no corredor do segundo andar onde ficava a entrada para a Câmara Secreta. Mas isso não tem nada a ver com o que aconteceu naquele dia.

-Você tem certeza de que aprendeu hipnose?-questionou Julliane.

-Claro. Lembra que a Hermione disse que é fácil? Eu só acho chato ter que praticar Artes das Trevas.

-É pelo bem da minha prima.-interpelou Jully.-Seguinte: a essa hora ela está sempre com o nojento do Malfoy no corredor do terceiro andar. Você se esconde perto deles que eu faço o resto.

-Faz o resto? Do que você está falando, menina? Quem vai desfazer hipnose aqui sou eu!

-Pois é. Assim que eu der um jeito de tirar o Malfoy de lá, você a desenfeitiça, OK?

-O que você vai fazer?

-Te conto depois que der certo. Agora vai.

Sean foi numa direção e Julliane correu veloz como um trovão até a Grifinória e pôs uma roupa comum, que não mostrava que ela era justamente da Grifinória. Então foi bem depressinha a um lugar perto das masmorras e fingiu naturalidade. Lá, ela achou sua presa: uma das garotas do fã clube de Malfoy.

-Eu estava te procurando!-exclamou Jully, correndo até a menina.

-Me procurando? Quem é você?

-Que importa quem sou eu? Eu descobri algo muito interessante sobre o Draco. Mas é claro que você não deve estar interessada...

-Vai se fazer de rogada? Ande, o que é?

-Ele me disse que está doidinho para acabar o namoro com aquelazinha da Grifinória, pra ficar com você!

-Comigo?

-É, menina! Agora ele está no terceiro andar, com ela, sem saber como dispensá-la... Deixe de ser idiota, vá lá e peça pra conversar a sós com ele, bem longe dali, e se declare... É o sonho dele!

Para uma sonserina, aquela menina era muito ingênua! Por isso foi que o plano deu tão certo, pelo menos até a metade. Minutos depois, a menina estava no terceiro andar, e sem a menor cerimônia, pediu uma conversa a sós com Malfoy. Achando muito esquisito, ele foi. Achando muito esquisito, ela ficou.

Quando Malfoy e a menina sumiram de vista, Sean saiu detrás da estátua onde estava escondido e foi até Nádia.

-Sean! O que você está fazendo aqui?

-Hipnosio!-exclamou ele, apontando para Nádia sua varinha.

Os olhos dela ficaram opacos, inexpressivos, e Sean ordenou:

-Um feitiço anula o outro, que o amor falso vindo do feitiço de Malfoy suma de seu coração!-ele respirou fundo.-Acorde!

Nádia voltou a si.

-O que você fez?-disse ela.

-E aí, ainda apaixonada pelo Malfoy?

Ela olhou pra ele, franzindo a testa:

-Claro que sim! O que você fez?

Sean congelou, escutando o barulho dos passos de Malfoy voltando. Pelo jeito, ele não tinha se deixado levar muito longe pela garota. Sean apontou a varinha pra Nádia outra vez:

-Obliviate!

E saiu correndo, antes que ela voltasse a si por completo ou Malfoy o encontrasse.

Harry e Catherina voltaram para a Torre da Grifinória com Rony e Hermione. Rony já estava indo pro dormitório masculino e Hermione para o feminino, quando Harry segurou o braço de Cathy, impedindo que ela também subisse para o seu quarto.

-Temos que conversar.

Era arriscado, com certeza; mas ele preferia perguntar o que estava acontecendo a ficar naquele chove e não molha. Ela concordou com a cabeça e eles se sentaram na sala comunal, em frente à lareira.

-O que tem pra me dizer?

-Quero perguntar por que você não me deu um único beijo desde que voltou do Brasil.

-Puxa, Harry, achei que não teríamos que falar sobre isso.-disse ela.- O beijo da Cho foi bom? Deve ter sido, eu vi que você correspondeu... Achei que não teria que terminar com você desse jeito, pensei que a gente tinha acabado quando você tocou nos lábios dela.

-Você sonhou...?

-Sonhei. E acordei quase chorando, se quer saber. Por isso -ela tirou o prendedor de capa com as iniciais dos dois dele.- esse presente foi o maior erro que eu já cometi na minha vida toda. Tanto dinheiro que eu gastei... Bom, mas talvez um dia eu namore um Heinrich ou um Henry, quem sabe um Henrique ou qualquer coisa do tipo?

-Mas Cathy...

-O meu nome é Catherina. Você acha que eu gosto dessa tal ligação silenciosa que eu tenho com você? Não, Harry, eu não fiquei feliz de ver os meus pais mortos, de ser trazida pra Hogwarts e ser perseguida por causa de uma herança de família e muito menos de ter estado na sua casa na noite em que os seus pais morreram. E quer saber mais? Eu devia esconder isso até o dia da minha morte, mas pouco isso me importa agora: a sra. Figg me pediu no ano passado que eu te protegesse o máximo que pudesse até o dia em que você tiver a última batalha com Voldemort. Você percebeu isso, está lembrado? Pois é. Eu te protegi tanto, Harry, que... me apaixonei, você sabe. Que droga, eu não queria nada disso! Será que não pode haver um jeito de romper o nosso vínculo?

-Catherina -falou Harry, perplexo.- Eu não quero romper a nossa ligação... Mas por que eu não sonho com o que te acontece?

-Naquela noite, eu usei o Supraforce em voc, que reverteu o feitiço de Voldemort, você não percebe? Antes dos meus avós morrerem, eu passei janeiro todo pensando em como fui idiota, quem era eu pra ser a sua namorada? O seu nome exige uma pessoa cheia de dons, quase perfeita, linda de morrer... Eu não sou nada disso, e parece que você descobriu que a Cho é.

-Você disse que você sonha comigo e eu com Voldemort... Ele pode muito bem sonhar com você.

-Um ser como aquele não sonha, Harry, ele não tem sentimentos, sua mente não tem descanso, só se ocupa em matar, destruir, conquistar, e se ele sonhasse comigo teria tido muito mais dicas de como nos pegar do que o Malfoy e o Morgan passavam pra ele ano passado.

Harry não sabia o que dizer, estava perguntando sobre sua ligação para não dizer o que realmente queria, que não queria terminar o namoro. Ele tinha ficado totalmente desarmado com aquelas palavras, ele não esperava por nada daquilo, não queria perdê-la de novo, escapando entre seus dedos...

-Eu também não queria ler pensamentos, de vez em quando.-disse ela, ruborizada por saber o que ele pensava.-Parece que só acontece com quem nunca se imaginou na situação, não é? OK, eu já falei tudo o que tinha pra te dizer.

Ela foi se levantar, mas Harry a segurou a tascou um beijo com tudo. Ela se debateu, mesmo que seus pulsos estivessem sendo segurados por ele, e separou os lábios. Os olhos verdes dela olharam os verdes dele:

-Por favor, Harry, não torne mais difícil.

-Só me responda isso: você ainda gosta de mim?

-Claro que sim, mas você não me corresponde mais, olhe pra dentro de si mesmo, Harry! Você vê aí dentro uma garota um ano mais velha de olhos puxados!

-A sua vidência enxerga os meus pensamentos, mas não os meus sentimentos.-disse ele.-Aquilo também foi um dos meus piores erros...

Ela conseguiu soltar seus pulsos.

-De hoje em diante, vou continuar ajudando nas investigações com a Victoria, vou continuar falando com você normalmente... Mas nunca mais, nunca mais, toque em mim.

Catherina se levantou e foi para o dormitório feminino.

Harry ficou ali, olhando a porta do dormitório. Como ele pôde chegar a questionar o sentimento de Catherina? Por que se deixou levar pela Cho? OK, ele resistiu muito, e bravamente, mas de que adianta nadar, atravessar o oceano, e morrer na praia? E junto com o fora, ele acabou ouvindo um tremendo desabafo. Pelo menos isso me serve de consolo, pensou ele, deitando-se em sua cama, ela desabafou tudo o que andou pensando comigo. De que adianta saber que ela ainda gosta de mim se tinha sido bem clara ao dizer que não queria que ele a tocasse mais?