Harry Potter e a Maratona Incantatem

Capítulo Vinte e Oito - Clímax Inesperado

Era meia noite do dia primeiro de maio, quando Hermione e Catherina acordaram de um susto, ao mesmo tempo, como se tivessem sonhado a mesma coisa, ao mesmo tempo. As duas se sentaram em suas camas, olharam-se e sussurraram apenas uma palavra.

-Voldemort.

-Será mesmo?-Hermione mal podia acreditar no que tinha sonhado.

-Eu só tive um sonho tão real -Catherina falou, apertando o Supraforce.- outras quatro vezes, e em todas elas...

-Tá bom, nem precisa terminar.-Hermione falou, preocupada.-Vamos fazer alguma coisa. Acordamos a Nádia?

-O Sean vai detestar a idéia.-murmurou Catherina.

-Sean não manda na minha vida.-Nádia disse, mostrando que também estava acordada.-Vocês são mesmo péssimas em sussurrar, além do mais comigo tentando dormir depois de um pesadelo tão ruim. Não sei como a Lilá e a Parvati...

Catherina jogou-lhe suas roupas e capa de Hogwarts.

-Anda, Nádia!-Hermione apressou-a.

Desceram as escadas, Nádia com o cabelo solto e praguejando por causa disso ("Eu nem tive tempo de pentear!"), e encontraram na sala comunal Harry, Sirius, Melissa e Rony. Enquanto Ron estava positivamente caindo de sono, Harry discutia com Sirius:

-Eu preciso ir lá!

-Não, não precisa.-Sirius disse, parecendo furioso.-Temos membros suficiente da Ordem da Fênix...

-Nós somos membros da Ordem.-Rony lembrou, com outro bocejo.

-Não importa...

-Afinal, o que estão discutindo a essa hora?-Nádia os interrompeu.

-Dê uma olhada nisso.-Harry tinha o Mapa do Maroto nas mãos, e jogou-o pra elas. Hermione pegou o Mapa e os queixos das três meninas caíram.

Marchando pelo jardim de Hogwarts, em direção ao castelo, havia pelo menos cinqüenta pontos. E todos os nomes eram de Comensais da Morte.

-Mas... É um ataque a Hogwarts!-Hermione exclamou, a voz aguda.

-Olhe de novo.-Rony disse. Catherina apontou para o banheiro da Murta Que Geme.

-Rabicho!-Nádia falou, mirando o ponto com a legenda Pedro Pettigrew.

-E Tom Riddle. -Harry disse. - Na Câmara Secreta.

-Mas ela foi destruída!-Nádia exclamou.

-Eu sei.-falou Harry.-Mas Voldemort está lá.

-E... o tio Emílio.-Catherina tinha os olhos no Salão Principal.

-Já que estão todos aqui -Melissa falou - Vamos para a sala de Dumbledore. Não podemos fazer nada sem falar com ele.

O retrato da mulher gorda girou, e quando eles saíram, todos os outros alunos da Grifinória saíram detrás das portas e sombras do corredor. Dessa vez era público que Voldemort estava atacando Hogwarts. E pela primeira vez em tão assustadoras proporções.

Viraram o último corredor para chegar à sala do diretor, e o encontraram na frente da gárgula, falando com Snape. Atrás dele, Sean e... Draco Malfoy.

-O que aquele...-Rony começou, mas Harry fez sinal para que eles se calassem.

Logo, a profª Dark-Angel juntou-se ao grupo deles.

-Simplesmente não é possível que todos nós tenhamos sonhado com a mesma coisa.-dizia Snape a Dumbledore quando os alcançaram.

-Na verdade, é possível sim -Melissa Figg respondeu.-Em alguns casos, sonhos podem funcionar como alertas ou convocações.

-Neste caso creio que sejam convocações.-Dumbledore falou, e todos entenderam naquele momento o porquê de terem corrido até ele. Aquela aura de poder que ele irradiava, agora que estava frente a frente a uma batalha que ninguém tinha certeza de sair vivo, parecia passar a eles alguma confiança. -Harry, por favor, me dê esse mapa.

Dumbledore observou o Mapa do Maroto por breves instantes.

-Bom... Vejo que fomos todos convocados para decidir o destino que Hogwarts terá a partir desta noite. Hoje, temos mais inimigos do que a escola poderia resistir, em condições normais. Não é porque fomos escolhidos por alguém para defender Hogwarts que podemos pensar que os nossos destinos estão traçados, para a vida ou para a morte. Fomos escolhidos para decidir quem vive e quem morre.

-E quais são exatamente os inimigos?-Catherina perguntou.

-Nos jardins, um exército de Comensais da Morte. Na Torre de Astronomia, Samantha. No banheiro do segundo andar, Rabicho. No Salão Principal, Emílio Black. E na Câmara Restituída, Voldemort em pessoa.

-Câmera Restituída?-Harry perguntou.

-Emílio?-Sirius repetiu.

-A única explicação para que Voldemort possa estar abaixo do banheiro feminino é que ele tenha restituído a Câmara Secreta. E sim, Emílio Black é um dos nossos atacantes.

-Mas ele...-Cathy murmurou.

-Depois esclarecemos as coisas.-Dark-Angel a interrompeu.-Eu vou atrás de Voldemort.

-Eu também.-Harry falou imediatamente.

-Não, não vai mesmo...-Sirius começou, mas Dumbledore ergueu a mão pra dizer que ele devia se calar.

-É hora de cada um escolher o seu destino.-ele falou.

-Eu vou atrás de Samantha.-Hermione se adiantou.

-Eu vou com você.-Rony falou logo em seguida.

-Eu vou enfrentar os Comensais.-Snape disse, e Harry viu no rosto dele algo muito estranho: sentimentos humanos.

-Eu também.-Sean escolheu.

-Os Comensais?-Dark-Angel não pôde esquecer seu lado mãe.-Não há uma frente mais segura...?

-Em qualquer um desses lugares poderemos morrer dolorosamente.-Dumbledore, disse, animando mais ainda a mulher.-Eu irei comandar a resistência aos Comensais da Morte.

-Eu irei pegar o Rabicho.-Sirius fez sua escolha.

-Vou com você.-Nádia disse, decidida.

-Vou atrás de Emílio.-Catherina falou, deixando bem destacada a falta do "tio" em sua frase.

-Eu vou com você.-Melissa falou.

Todos os olhos recaíram sobre Draco Malfoy.

-O quê? Querem mesmo que eu escolha o meu modo de morrer assim, a sangue frio?

-Anda logo, Malfoy.-Nádia retorquiu.

-Na verdade, sr. Malfoy, senhor não e obrigado a lutar do nosso lado.-Dumbledore disse.-Claro que, se um dos escolhidos desertar, será praticamente impossível...

-Eu não defendo o Lord das Trevas.-Malfoy falou, quase ofendido.-Está bem eu vou para a frente dos Comensais.

-Você irá encontrar seu pai lá.-disse Snape, surpreendendo a todos com sua frieza.

-Não importa.-Malfoy respondeu, dando de ombros.

-Muito bem.-Dumbledore concluiu.-Sairemos em dois minutos. Talvez queiram trocar algumas palavras antes que a guerra comece.

A primeira pessoa que surgiu diante de Harry foi Catherina.

-Por favor, Harry, me prometa que você vai sobreviver.-ela disse, olhando fundo nos olhos do garoto.

-Eu vou.-ele prometeu, segurando as mãos dela.-Como das outras vezes.

Harry deixou Catherina abraçá-lo, enquanto via Nádia e Sean fazerem o mesmo.

-Por que você escolheu ir atrás do Rabicho?-Sean perguntou, mesmo sem saber exatamente quem era Rabicho.

-Pelo mesmo motivo que você está indo atrás dos Comensais.-Nádia respondeu, abraçando-o mais forte.

-Você achou que devia estar lá.

-É. -Nádia soltou-se de Sean e seu olhar recaiu sobre Malfoy, eu evitava a todo custo olhar para eles.-Ei, Malfoy...

O loiro voltou-se para ela, com sua expressão desdenhosa de costume.

-Eu não sei porque ou como você está aqui, mas... Apesar de tudo, não quero que você morra esta noite.

-Isso é muito delicado de sua parte, Fletcher. Mesmo. Mas eu não acho que a sua vontade mude alguma coisa.

-Você não devia falar assim com alguém que não sabe se irá ver de novo.

-Tem razão. Tenho que ser falso agora, muito bem: boa sorte, Fletcher. Você vai precisar.

-Nisso você está certo.-Sean falou.-Finalmente você está certo em alguma coisa.

Quando Dumbledore disse "Vamos indo", Sirius correr até Harry para dizer umas últimas coisas, e Catherina correu até Rony e Mione, até o diretor chamar novamente. Então Dumbledore, Snape, Sean e Malfoy foram para um lado, Catherina e Melissa para outro, e Hermione e Rony foram numa terceira direção, enquanto Harry, Dark-Angel, Sirius e Nádia foram todos juntos, no fatídico caminho para o banheiro da Murta Que Geme.

Pela terceira vez Harry ia enfrentar Voldemort na Câmara Secreta, e pela segunda vez fazia isso conhecendo muito em a situação e de própria vontade.

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Rony e Hermione subiam as escadas de mãos dadas, em silêncio. Na outra mão, cada um segurava sua própria varinha, atentos a qualquer ruído estranho. A subida até a Torre de Astronomia pareceu durar o quádruplo do que sempre durava, quando iam à aula, sem falar do fardo que era saber que, se morressem, Hogwarts poderia cair.

-É injusto.-a voz de Rony soou, fraca e roucamente.- que coloquem uma escola de mais de mil anos nas costas de adolescentes.

-Talvez.-Hermione disse, iluminando a varinha.-Mas ser injusto não muda o fato de que seja real... Queria saber por que vamos encontrar a Samantha por aqui...

-Já que se interessa tanto -a voz familiar foi ouvida atrás deles, e em seguida uma porta atrás deles também, foi fechada.- talvez eu possa responder as suas perguntas.

Quando se viraram, pálidos de susto, Rony e Mione viram a luz da varinha iluminar um rosto.

O rosto da profª Sinistra.

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Os quatro que tomaram a direção dos Comensais da Morte também caminhavam em silêncio, à princípio. Logo, Sean deu um jeito de ficar mais pra trás, justamente com Malfoy, e perguntou a ele, num sussurro:

-Por que você disse que não defende o Você-Sabe-Quem?

-O que disse?

-Malfoy, você me escutou, responda.

-Por acaso acha que sou seu cachorro pra ficar te obedecendo??

-Você pode morrer sem contar pra ninguém...

-E por isso eu deveria despejar todos os meus pecados como se você fosse um padre, Dark-Angel?

-Eu já disse e você sabe muito bem que meu sobrenome é Riddle.

-Você ainda insiste nisso?

-Eu não preciso insistir no meu próprio nome.

A expressão de Malfoy mudou ligeiramente.

-Mas então você é...?

-Não sei. Mas acho que sim.

O loiro ficou em silêncio.

-Só aconteceu que eu me arrependi do que fiz no ano passado.

-O quê?

-A sua pergunta. Não queria que eu respondesse?

-Sou todo ouvidos. Como você resolveu se arrepender?

-Eu conversei com uma pessoa, e ela me fez perceber todas as coisas que perdi quando o servi.

-Bom.-foi tudo o que Sean falou, até chegarem diante dos portões do Saguão de Entrada.

Dumbledore sacou a varinha.

-Respirem fundo. Poderá ser a última vez.

Com um feitiço, o diretor abriu as portas.

Sean quase caiu pra trás com o que viu à sua frente. Eram cerca de cinqüenta Comensais, mas pareciam ser milhares deles. Malfoy, a seu lado, engoliu em seco. Um feixe de luz verde que passou ao lado da orelha de Snape fez com que todos eles acordassem.

Sean ergueu a varinha a gritou "Ilusio", sabendo que desta vez não seria punido por usar Artes das Trevas, que, nestes casos, são muito mais úteis. Os quatro conjuraram o Expectro Escudum em seguida, e envolvidos pela frágil redoma, tentaram desviar das Maldições Imperdoáveis, e revidando a cada mínima oportunidade.

Malfoy estava satisfeito com que estava conseguindo fazer ali, nem acreditava que continuava vivo, quando uma voz indignada fez com que todos ali (todos mesmo) ficassem imóveis.

-Draco, o que diabos está fazendo aí?

O garoto imediatamente encontrou Lúcio Malfoy, que erguera seu capuz.

-Ele fez uma escolha, Lúcio.-Snape cortou-o, para surpresa geral.-Nem tudo é sai como esperamos.

Lúcio Malfoy demorou pra responder.

-Assim como você fez, traidor Severo?

-Assim como eu fiz.-Snape respondeu.

-Ora, Draco, pare já com essa brincadeira e venha pra cá! Daqui eu te levo pra casa, assim que Hogwarts for tomada.

-Ele não vai, Lúcio.-Dumbledore disse, devagar.

-Dá pra parar de falar por mim??-Draco ergueu a voz.

-Então fale de que lado você fica.-seu pai deixou a frase suspensa no ar.

-Eu não sou um idiota que segue um maníaco por destruição qualquer. O Lord das Trevas faz vocês todos de tolos! O que irão ganhar ao lado dele, seus lesos? Nada, nada além de prisão perpétua em Azkaban assim que tudo isso acabar.-concluiu, com um de seus melhores risinhos desdenhosos.

-É essa mesma a sua escolha?-Lúcio falou, olhando-o de cima.

Draco apenas sustentou o olhar do pai em resposta.

-Então você morre!

Lúcio Malfoy apontou sua varinha para o filho. Tudo foi muito rápido, embora pareça ter sido bem devagar. A Maldição da Morte estava sendo lançada, quando, atrás de todos os Comensais, ouviu-se um relincho alto.

O feitiço foi lançado mesmo assim, mas Draco teve tempo de se desviar. Ao mesmo tempo, cavalo e cavaleiro cavalgaram em meio ao exército, pisoteando alguns Comensais. Quando chegou perto, Draco reconheceu-os.

Era Faye Fairy, montada em seu corcel, com uma espada enorme em punho e um escudo. Ele nem teve tempo de ficar aliviado pela ajuda, pois seu pais se recuperou mais depressa e lançou-lhe a Maldição Cruciatus.

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Melissa e Catherina tomaram um caminho diferente, saíram em um lugar diferente do Salão Principal. Sentado sobre a mesa dos professores, num gesto de deboche, Cathy reconheceu Emílio Black.

-Catherina, que bom que veio para a festa.-ele falou, num sorriso um tanto lunático.-Quem é sua amiga?

-Não é da sua conta.-a garota disse, apontando a varinha pra ele.-O que está fazendo aqui?

Emílio riu de novo.

-Não está mais me chamando de tio? Não tem problema. De fato, sei que fui um ótimo ator nos últimos tempos. Seu pais acreditaram tanto em meu poder de atuação que até me contaram, com todos os detalhes, onde era a casa para a qual iam se mudar... Será que foi por isso que o Lord encontrou a sua casinha com tanta facilidade?

Catherina de repente ficou muito pálida.

-Você...

-Faz já muito tempo que sou um servo do Lord... Na verdade, não sou apenas um servo, sou muito mais do que isso... Eu sou Piore Mago.

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-Professora?-a voz aguda de Hermione cortou o silêncio.

Rony e ela estavam em tal estado de choque, que Sinistra não teve a menor dificuldade em tomar suas varinhas.

-Não vão precisar disso.-ela disse.

Rony se precipitou sobre ela, mas Sinistra virou as varinhas depressa e, usando a de Hermione, jogou Rony de costas no chão, com um feitiço. Mione quis ajudá-lo, mas Sinistra fez sinal para que ela não se mexesse.

-Então você é...-Rony balbuciou.

-Meu nome é Samantha Sinistra.-a professora falou.-Fui da Sonserina nos meus tempos de Hogwarts, Fui até a diretora desta Casa, até Dumbledore colocar o traidor Snape em meu lugar.

-Só existe um tipo de pessoa que chama o prof. Snape de traidor.-sibilou Hermione.

-Eu não sou uma Comensal da Morte qualquer... Gosto do título que logo conquistarei, com a morte de Victoria, o de Lady das Trevas.

-Claro.-Hermione murmurou.-Samantha vivia querendo separar Victoria de Tom Riddle...

-Estou vendo que apreciou as lembranças que Vic tem de mim.-Samantha riu.-Pena que algumas foram forjadas...

-Forjadas?-Rony, que já estava de pé, repetiu.

-Já que tenho que mate-los vivos por um tempo, vou contar... Era importante que vocês conhecessem Victoria, mas não podiam saber que ela, na verdade, nunca fez a vontade de Tom. Ela nunca foi uma Comensal.

'Não é nada fácil forjar uma lembrança. Já é muito complicado tirá-las da Penseira de Victoria e instalá-los em um quarto... É necessário uma série de poções e feitiços antigos, nada muito da minha área.

-Você disse Penseira?-Hermione repetiu, fazendo-a falar pra ganhar tempo.

-Eu recebi a Penseira de quem a roubou da casa dela, pelo correio. Era um pacote enorme, fiquei até apreensiva de ver que Potter havia reparado... Com certeza deve ter apenas achado que era um novo planetário.

'Se não me engano, não comecei a usar as lembranças em cômodos e sim em forma de sonhos. Talvez vocês não saibam, mas...

Rony e Hermione, estranhando, viram a mulher amarrar com um cordão as varinhas deles em seu braço.

-Eu sou um animago clandestino.

Em seguida, ela se transformou numa coruja, logo ali diante deles, as varinhas penduradas em sua asa. Rony quis aproveitar a oportunidade mas a ave voltou a ser Sinistra de novo.

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Harry não estava gostando nem um pouco de ter que combater Voldemort com Dark-Angel, imaginando que ela fosse perigosa e o mataria assim que ficassem sozinhos. Sirius e Nádia, encarregados de Rabicho, foram com eles. Quando Sirius abriu a porta do banheiro, encontraram Rabicho ali, em frente à pia cuja torneira tinha a figura da serpente que representava a entrada da Câmara. Harry ainda mal podia crer que ela estava em pé de novo.

Rabicho não pareceu muito assustado de vê-los, mas sua varinha os mirava.

-O milorde está esperando por ele...-e apontou para Harry com um dedo de sua mão prateada. Sirius o olhava com tanta raiva que Rabicho não ousava encará-lo.

-Não vai nos impedir?-Nádia inquiriu.

-Vocês sim, mas milorde mandou o garoto descer...

Harry deu um passo à frente, o coração batendo depressa.

-Eu vou.

-Eu também escolhi a frente de Voldemort.-Dark-Angel lembrou. Rabicho estremeceu levemente ao reconhecê-la.

-V - você não pode ir.-sentenciou.

Harry caminhou até a torneira. Rabicho abriu caminho, e Sirius já apontava sua varinha para ele. Harry olhou a serpente e quando disse "Abra", viu que falara língua de cobra assim que o túnel apareceu. Tinha algumas rachaduras desde a última vez que o viu, mas ainda estava lá, impressionantemente.

Victoria Dark-Angel deu um passo à frente, mas Rabicho apontou a varinha pra ela.

-Você fica.

-Ela vai.-Sirius e Nádia disseram ao mesmo tempo, apontando as varinhas para ele.

O Comensal, acovardado, foi obrigado a recuar.Dark-Angel foi até o túnel e pulou nele. Harry sacou sua varinha, segurou-a bem forte e foi atrás dela, com um último olhar na direção de Sirius e Nádia.

Quando ficaram só os três ali, Nádia imediatamente lançou o Feitiço Estuporante em Rabicho, mas ele havia se transformado em rato, e ia tentar fugir por baixo deles, por baixo também da porta. Sirius, cujos reflexos eram muito bons ainda, lançou o Imobillus no rato. Respirando aliviada, Nádia pegou o rato imóvel do chão.

-Parece que você tem seu passaporte para a liberdade.-disse ela.

Sirius pegou o rato da mão dela.

-Se todos nós sobrevivermos a isso, talvez reste alguma liberdade para se desfrutar.

-O que faremos agora?-Nádia perguntou.

-Eu vou atrás de Emílio.-Sirius disse, guardando Rabicho num bolso da capa.-Mas não acho seguro que você vá comigo.

-E o que eu faria então?

-Fique por aqui e garanta que Harry sobreviva. Acho que não vai querer entrar na Câmara.

-Eu já fui lá ano passado. Aquele lugar não é mais uma surpresa.

-Está bem. Vou pro Salão Principal agora.

Quando Sirius saiu, Nádia olhou seu relógio que mostrava o "status" de seus amigos e constatou, preocupada, que os ponteiros de Harry, Rony, Catherina, Hermione e o dela mesma estavam em "Perigo Mortal".