My Perfect Angel
By like a falling star
Eu não costumo a falar desta maneira.
Não "através de arte mais amável e mais tempestuosa" para mim. Claro, nós Malfoys fomos criados desde nosso nascimento imersos na melhor literatura e apreciar as mais belas arte, e ninguém pode acusar um Malfoy de ser grosseiro ou sem cultura, mas isso simplesmente vai contra a nossa natureza começarmos a proferir Shakespeare ou outra poesia.
É por isso que eu falar de tal maneira parece curioso.
Ginny Weasley certamente é algo.
Ela é um anjo. E que anjo perfeito ela é.
Não anjo do Potter, não anjo dos Weasley, mas meu. Todo meu, penso, apesar de, tecnicamente, ela pertencer a Potter.
Eu me lembro o que aconteceu no meu quarto ano, bem claramente. Há algum tempo eu tinha começado a olhar pra ela, olhando a menor e aparentemente a Weasley menos destacada crescer, olhando e desejando o que eu não podia ter. Até que um dia ela veio até mim, os seus olhos brilhantes e cheio de emoções sinceras, e me disse que me amava. Me leve, ela disse. Me leve, Draco.
E ela me chamou de Draco. Draco, não Malfoy, não doninha, mas Draco.
Eu dei uma olhada nela, seu cabelo castanho-avermelhado reluzente apesar da fraca iluminação das lâmpadas a óleo das masmorras, liso e sem ter sido despenteado por mãos sem destino; seus olhos grandes e apaixonados, cheio de verdade e nada mais que a verdade; e suas mãos tremendo, um tremejar que era pouco perceptível, mas ainda assim estava ali, tremendo porque ela sabia que era um passo perigoso mas que estranhamente está determinada a continuar.
E eu tive de dizer que não.
Eu tive de resistir à vontade de alisar uma madeixa daquele maravilhoso cabelo ruivo, de percorrer com um dedo aquela maçã do rosto branca e saliente, dizer sim.
Mas eu não podia. A beleza é uma inocência tão pura e frágil para tocar. Eu não podia tê-la, porque um movimento errado era necessário para sua inocência ser destruída e sua beleza ficaria oca. Um passo falso, e sua perfeição seria manchada com os meus pecados, estragada com minha culpa. Eu não queria ser a causa disso.
Então ede curvar meus lábios numa expressão de desdém, insultá-la com toda a frieza e indiferença que um Malfoy deve ter, e ver seus ombros despencar, sua boca curvar-se para baixo, seus olhos desanimarem-se enquanto ela andava para longe, sua cabeça erguida apesar dos soluços que ameaçavam escapar.
Previsivelmente, ela está agora com o Potter. Mas ela continua a me amar. Eu sei disso. Eu vejo ela olhando fixamente para mim às vezes, seu olhos me seguindo pela sala, triste e questionador e esperançoso, tudo ao mesmo tempo. E às vezes por um instante, apenas por um breve instante, meus olhos olham fixam-se nos dela, e o mundo está certo de novo. E então eu tenho de mover o olhar, porque é isso que esperam de mim.
Ela é meu anjo,
Meu anjo perfeito.
N/T: Essa fic é a continuação de Frozen. Linda, certo? Yeah, yeah, bad Draco, bad Draco! Mas vai dizer que a fic não é linda ;)
