N/A: Duelos decentes, Sirius dando conselhos amorosos, um pouco mais sobre Rouge. Lembram dela? Se quiser saber mais, só lendo! :-P

Antes que me esqueça, obrigada aos e-mails (tá chegando um monte!) e meu pai está bem, Graças à Deus.

Ah! Tentem não ligar se o nome da Parvati, se estiver escrito errado, meu Word não gosta nem um pouco, ele troca por Pavarti e assim como Merlin/Merlim e eu cansei de lutar contra este programa. Até pensei em azara-lo, mas depois, como eu iria ficar para escrever a fic? Um à zero pra ele. ¬¬'''

E R/Hr de plantão, Amo-te tanto já acabou e você ainda não sabe ainda o que aconteceu?! Não dê uma de Harry Potter pra ficar esperando o Rony contar tudo, vai lá e "veja" com os próprios olhos, eu empresto a minha capa de invisibilidade. Só não suje de gordura! =)

Este capítulo estava enorme. Ele tinha dezenove páginas, mas andei fazendo uns cortes e deixando algo para o próximo capítulo. Senão iria ficar cansativo demais para ler. Aproveite cada linha, tô fazendo uma loucura, mandando este capítulo sem ter terminado o seguinte. Escrever, eu escrevo rápido, fiz este em seis dias! O problema é a falta de tempo, meu computador não está muito legal e quando arranjo umas horas pra escrever, caio na cama. Acordar todos os dias cinco da manhã, ficar o dia todo fora, ter aula aos sábados está se tornando cansativo demais. Por favor, sejam pacientes comigo! =)

Capítulo vinte e seis - Vinte de Março

Harry subia revoltadíssimo para o salão comunal, batendo o pé forte, como se estivesse marchando. Tudo o que menos queria era brigar com mais uma pessoa. "Talvez seja o meu destino, brigar com os membros da família Weasley", pensou bastante armagurado. Subiu a escada correndo e abriu a porta do dormitório nervoso. Foi então que viu Persephone.

- O que você está fazendo aqui?

Persephone tinha os olhos quase arregalados e sua respiração estava bastante intensa e deixou cair um livro no chão.

- Porque está mexendo nas minhas coisas?

- Não estou mexendo em nada - ela respondeu, meio alterada - Só estou deixando este livro aqui - e pegou o livro do chão - Presente meu para o Rony...

- E desde quando você é tão legal que dá presentes para os outros?

- Potter, qual é o seu problema, hein? - falou arremessando o livro na cama de Rony - Por Merlin, larga a mão de ser ranzinza. E além do mais, eu já estou indo... Ela passou por Harry, então ele puxou-a pelo braço.

- Você não me engana, Gramond.

- Me deixa em paz, Potter James! - ela pediu, livrando-se da mão de Harry e deixou o ambiente.

No dia seguinte todos falavam sobre o baile e logicamente sobre a banda. Harry não estava muito a vontade de falar sobre os acontecimentos da noite passada. Não viu Gina durante as refeições, no primeiro instante pensou em procurá-la, mas se ela não estava no salão principal esta razão chamava-se: Harry Potter. No dia seguinte, nenhum vestígio de Gina, tentou insinuar algo para Rony, mas...

Rony estava no País das Maravilhas durante todos aqueles dias, sendo aclamado por saber tocar baixo e o fator Hermione. Algo acontecera na noite do baile, estava certo disso, porque o ambiente estava diferente entre os dois amigos. Rony tentou-lhe contar alguma coisa, mas desta vez foi Harry quem não lhe deu muita atenção. Sua cabeça estava cheia de caraminholas plantadas por Gina.

Uma brisa gelada bateu no rosto de Harry, já era tarde, mais que oito horas da noite e ele ainda estava sentado em uma das árvores que ficavam próximas ao lado de Hogwarts.

- Caraminholas na cabeça, Harry?

Ele virou-se para ver quem era e reconheceu a silhueta de Melane, que estava junto com Snuffles.

- O que está fazendo aqui? - ela prosseguiu.

- Estou estudando a inclinação da lua, Melane...

- Professora Walker para você, Potter. Vamos, vamos para dentro. Já está tarde, não me faça tirar pontos da Grifinória.

- Prof. Walker - enfatizou Harry - Eu poderia falar um pouco de latim com o Snuffles.

- Agora? - disse ela olhando para os lados - Isso vai contra as ordens de Dumbledore, Harry. Ele não pode se transformar aqui - falou baixo. Snuffles chorou baixinho e Harry fez carinho em sua cabeça.

- Não, nada disso... - disse Melane olhando para o cachorro - Você disse cinco minutos, estamos passeando desde o final do jantar, eu estou cansada e tenho que dar aulas amanhã, lições para corrigir e tem o Clube de Duelos e você sabe mais que eu que não pode se transformar aqui fora, então não chore. E Harry, desfaça esta sua cara de dó, porque eu sou uma mulher má agora.

- Melane, são apenas cinco minutos...

- Por que não deixam esta conversa para amanhã? - ela recomendou e Snuffles chorou baixinho de novo. - Ou para depois, já que não posso mais receber alunos no meu quarto...

- Porquê?

- Snape - respondeu ela chateada - Disse que era anti-ético! E mais um monte de asneiras, ele fica me perseguindo, aquele narigudo de uma figa! - falou com a cara fechada - E agora vamos... - disse Melane, puxando a guia de Snuffles que não se moveu.

- Vai, Professora!

Melane olhou para a cara dos dois e pensou no quão perigoso aquilo seria.

- Isso vai me custar a vida se Dumbledore ficar sabendo! Vamos entrar um pouco na Floresta, assim não corremos nenhum risco.

Então, os três adentraram um pouco a floresta. Harry viu o seu padrinho e uma sensação de alívio apareceu. Melane se distanciou um pouco, depois de ser expulsa por Harry da conversa.

- O que foi que aconteceu? - perguntou Sirius.

- Problemas com a namorada - falou Harry rapidamente.

- Ai não! Eu não entendo nada disso, Remo é o cara certo...

- Humf, se ele fosse o cara certo Melane já saberia que ele é um lobisomem.

- Ah, mas isso é uma outra coisa, muito mais complicada do que você possa imaginar.

- É eu sei, tanto que quero me manter fora disso.

- Eu ouvi o meu nome!!! - ressoou de Melane ao fundo.

- Mas o que aconteceu entre você e a ruivinha?

- Ela me disse que sou egoísta e... E...

- Injusto - completou Sirius.

- Como você sabe?

- Porque eu sou o Rei do Egoísmo e da Injustiça, fora outras coisas que você vai aprender com o tempo.

- Ah, também disse que eu só penso nos meus amigos, que não dedico o meu tempo à ela e coisas do tipo. Mas Sirius... O que ela quer que eu faça, seja um Clark Kent da vida? Saia por aí voando e coisas do tipo?

- Quem é Clark Kent?

- É um garanhão famoso entre os trouxas...

- Ah... Então, provavelmente ela não quer que você seja o Clark Kent da vida dela, Harry.

- Porquê?

- Oras, porque é coisa de trouxas e provavelmente ela não conhece - e abriu seu sorriso faceiro, Harry riu também.

- Sirius eu estou falando sério.

- Eu sei. Olha, eu tive muitos problemas com garotas. Lógico, um cara como eu, lindo, inteligente, ninguém resistia a mim.

- Sirius eu estou falando sério - falou Harry rindo de novo.

- Mas é sério! Melane vem cá!

- Ah, não! - reclamou Harry.

Melane já estava perto dos dois, com a coleira azul na mão.

- Eita conversa da mais demorada, hein - reclamou Melane. - Já trocaram todas as receitas?

- Mel, eu não era o garanhão de Hogwarts? - perguntou Sirius.

- Você me chamou para me perguntar isso? - ela rebateu - Sirius, você era insuportável, junto com Tiago e todos os garotos da sua idade. Com a joça do seu cabelo cumprido jogando pra lá e pra cá. Eu realmente não sei o que as meninas viam em você... Lembra da Caterine?

- Sim, eu me lembro... - falou Sirius com pesar. Melane começou a rir sem parar - Porque está rindo... Caterine nunca me deu bola. Tá, tá Melane, pare de rir!

- Você é quem pensa que ela nunca te deu bola! - disse Melane, ainda rindo.

- Como assim? - perguntou ele, arregalando os olhos.

- Eu disse pra ela que era a sua namorada, que namorávamos escondidos e se ela fizesse algo, usaria uma Poção Corrosiva no cabelo dela, uma poção irreversível.

- Eu não acredito que você fez isso, Melane! - falou Sirius raivoso - Eu sempre tentava algo com ela, mas nunca dava certo!

- Mas foi por causa de Rouge - disse Melane.

- Rouge que pediu? - perguntou amolecido.

- Não, não... - disse Melane quase em um suspiro - Eu, como boa amiga, fui lá dar um jeito na situação...

- Quem é Rouge? - perguntou Harry - Quer dizer, eu sei quem ela é... Mas, o que ela é sua, Sirius?

- Uma ex-namorada - respondeu com um estranho tom de voz - Como você conhece ela, Harry?

- Depois eu te explico, Sirius - disse Melane. - Agora vamos.

- Eu ainda não terminei com Harry... - reivindicou Sirius.

- Ai, do que vocês estão falando?

- Harry brigou com a namorada - informou.

- O que você fez? - perguntou Melane.

- Eu não fiz nada, ela que me disse um monte. Sou egoísta, que penso mais em meus amigos do que em nós dois, que estou sendo injusto. E no final, foi embora e agora está fugindo de mim - defendeu-se o garoto.

- E você está indo atrás dela?

- Não! Se ponham no meu lugar, pelo menos um instante. Todos os professores estão dando toneladas de lições, tem os N.O.M's, os duelos. E quando sobra tempo, lógico que eu quero ficar com ela, mas acontece que não sobra nem tempo para mim e ela me cobra uma coisa que não tenho.

- Entendo a gravidade do problema, mas vou deixar Sirius cuidar deste rojão sozinho... - disse Melane se distanciando.

- O que eu faço, Sirius? - perguntou Harry.

- Bom... - e coçou a cabeça.

- Eu gosto da Gina, mas eu não sei se me entende... Me disse que eu me preocupo demais com os meus amigos e com ela mesmo, nada. Não me preocupo tanto com ela, porque está tudo bem. Estive brigado com Rony este tempo todo, por causa do meu namoro com ela, mas isso ela não viu isso. Hermione também estava com problemas, eu estava conversando sobre isso com ela, quando aconteceu a briga toda.

- Lição número um, nunca fale de garotas para a sua namorada.

- Hermione é minha amiga - ressaltou Harry.

- Eu sei. Mas você anda com Hermione para cima e para baixo e quando está com Gina, acaba falando da amiga de novo. Entenda, qualquer um ficaria com ciúmes. E se ela está sentindo isso é porque você não está dando a atenção devida à ela.

- Mas Sirius...

- Nada de mas. Harry, invente, sabe. Compre uns chocolates e mande Edwiges entregar para ela, escreva bilhetes, se faça presente mesmo não estando. Não adianta gostar se você não demonstrar isso a ela. Entendeu? Eu sei muito bem como é isso... Quando eu namorava com Rouge, eu deixava isso acontecer de vez em quando, daí o teu pai me disse isso.

- Foi ele mesmo?

- E deu certo?

- Lógico! Tiago também chamava atenção as meninas, por ser bom em quase tudo que fazia. Mas fazia a linha tímido se tratando de mulheres e ainda tinha a Lílian, também. Rouge me parecia grudenta na época, queria fazer isso e aquilo, tudo junto... Eu não gostava. Eu queria a minha liberdade e não ficar me amarrando, apesar de gostar dela. A maioria das meninas gostam de coisas assim, meio piegas.

- É...

- Conversa com ela, faz um agrado e as coisas voltam ao normal.

- Eu espero, realmente espero.

Harry olhou seu próximo rival no Clube dos Duelos, com corvinal novamente. Quando verificou o quadro que ficava exposto no Salão Comunal (e agora no Saguão Principal) achou até estranho, mas falando com Hermione, ela disse que estava correndo tudo bem nos duelos dos alunos no quinto ano. Uma coincidência. "Talvez", falou uma voizinha no fundo da mente de Harry, "Talvez...".

Desta vez duelaria contra Edward Globus. Prof. McGonagall (que juntamente com Snape, ajudavam Melane a supervisar os duelos) deu sinal para que os dois tomassem as suas posições.

Edward sorriu de leve para Harry, que ao longe, ouvia a contagem regressiva da Prof. de transfigurações.

3, 2, 1!

- Engorgiomembro! - proferiu Harry, apontando para um dos braços do corvinal.

- Expelliarmus! - disse Edward, uma fração de segundo depois.

Uma fração de segundo preciosa, pois Harry conseguiu desviar do expelliarmus e conseguiu atingi-lo o adversário, que tinha o braço direito (cujo segurava a varinha) enorme. O corvinal ficou olhando alguns instantes para o braço triplicado e neste instante, Harry lançou o inevitável (e velho conhecido) feitiço de furúnculos, deixando seu adversário irritadíssimo. Este era o plano, fazer com que o adversário de irritasse e lançasse algo contra Harry por instinto e daí ele atacaria, espelhando o feitiço.

- Incendio! - proferiu o corvinal.

- Reversus! - saiu uma luz branca da varinha do grifinório, formando uma espécie de parede de luz; o jato de fogo que ia de encontro a Harry foi bloqueado, o chicoteando e indo de encontro à Edward. A barra do uniforme do corvinal começara a pegar fogo, McGonagall apagara em instantes. E mais uma vez, Harry ganhou o duelo e se gabou "Estou ficando bom nisso".

Desceu da passarela de duelos e Rony foi falar com ele. Harry estava pronto para falar de seu duelo, estava até animado, coisa que não costumava acontecer, quando o ruivo lhe puxou pelas vestes dizendo:

- Vamos, Mione vai duelar com a Parvati!

Os dois foram desviando dos alunos que estavam espalhados, pelo enorme salão. Hermione e Parvati já estavam em suas posições, Snape estava com a costumeira cara de raros amigos.

- Sem gracinhas, senhoritas - recomendou Snape - Nada de cobras ou qualquer animal.

Hermione parecia um pouco tensa. Tensa demais, porque já era quase um costume duelar no Clube de Duelos, talvez fosse Parvati que estava a desconcertando. Harry viu Hermione trocar significativos olhares com Rony, que disse baixinho "Boa sorte" e Harry deixou escapar um sorriso.

- Aos seus lugares - anunciou Snape alto - Três, dois, um!

- Locomotor pétria - proferiu Parvati.

- Expelliarmus! - falou Hermione.

O feitiço de Parvati foi mais rápido, atingindo Hermione em cheio que voou longe. Um enorme e sonoro "Ohhhhhhh!", se espalhou pelo salão. Então, Parvati executou o feitiço espelho, Harry sentiu Rony prender o fôlego por alguns instantes, soltando um enorme suspiro quando o feitiço não deu certo. O quase fracassado expelliarmus de Hermione, atingiu Parvati e sua varinha voou um pouco.

- Anda Hermione, anda, anda! - disse Rony, olhando para Hermione no chão. Ela se movimentava demasiado lento.

- Ela não vai se ir tão rápido, Rony - contou Neville - Locomotor pétria é se locomover como uma pedra, ou seja, ela está pesada, isso vai consumir a energia dela.

Hermione fazia visivelmente um esforço enorme para se mexer, enquanto isso Parvati apanhava sua varinha, que estava no meio da passarela. Hermione conseguiu sentar-se e gotas de suor formavam-se em sua testa. Sua respiração estava ofegante.

Parvati não se cansava de lançar inúmeros feitiços contra Hermione, que era atingida facilmente, sem tentar alguma defesa. Quando Hermione conseguiu se levantar, foi atingida pelo encantamento perna-de-pau, ou seja, Hermione caíra sentada com as pernas travadas. Estava sendo humilhante e Hermione, aos olhos de Harry, nada fazia para se defender. Não era questão de treinamento da parte dela, mas sim de força de vontade, parecia que entrara na passarela derrotada.

- Mas o que acontece com ela? - exasperou-se Rony.

- Você quer que ela faça o quê? - respondeu Dino Thomas. - Está perdida!

Rony olhou feio para Dino e aproximou-se da passarela, no lugar que Hermione estava sentada e pareceu falar alguma coisa a ela. Harry olhou em volta, os outros duelos já tinham acabado e uma massa de alunos assistia as grifinórias e surpreendentemente, Gina estava ao seu lado.

- Gina?

- Olá Harry... - cumprimentou, olhando-o de leve.

- Você nem me deu tempo para me explicar - começou Harry, falando baixinho.

- Iria dizer a mesma coisa de sempre, não é mesmo? - disse, fitando Harry - Eu sei muito bem que Hermione está tendo problemas com as meninas do ano dela. A ala feminina da Grifinória toda sabe disso...

Uma vibração enorme explodiu no salão chamando a atenção dos dois: Hermione estava em pé, com a face em fogo.

- Ilusão! - ela proferiu. Parvati tentou espelhar o feitiço, mas não estava concentrada e foi atingida. Ela chacoalhou a cabeça e olhou incrédula para Hermione, que ofegava.

- Este feitiço é nível N.I.E.M's - falou Dino Thomas alarmado, Harry olhou para Gina e notou que ela estava com a boca levemente aberta.

Feitiço de Ilusão era como se a pessoa atingida visse um bicho papão em sua frente, o que ela mais temia se tornava real apenas para a pessoa atingida, a confundindo profundamente. Existem vários tipos de Feitiços de Ilusão e ninguém ali sabia qual Hermione executou, já que uma parte do feitiço tinha que ser mentalizado e depois proferido.

Parvati começou a executar vários encantamentos de sua varinha e todos iam na direção exata de Hermione, que os desmanchava e os transformava em rosas brancas. Muitas flores cobriram o chão da passarela e o perfume se alastrou por todo o salão; e mais uma vez Harry se surpreendeu com as habilidades de Hermione, porque transfigurar feitiços em flores era espetacularmente difícil. A frente de Harry, Lilá Brown dava um show de nervosismo, dando gritinhos histéricos de tempos em tempos.

- Petrificus Totalus! - berrou Pavarti.

- Reversus! - explodiu Hermione imediatamente. Uma luz branca saiu rapidamente da varinha de Hermione, formando a parede de luz. O feitiço de Parvati bateu na parede de luz e voltou-se contra a bruxa a toda velocidade, que caiu no chão.

Todos vibraram como se estivessem assistindo um jogo de quadribol, no lance em que o apanhador captura o pomo. Prof. McGonagall exibiu um sorriso orgulhoso, Prof. Walker tentava se conter, já que tinha que parecer imparcial aos duelos e Snape olhava com certo espanto para Hermione. Harry viu Rony subir de pressa na passarela e abraçar Hermione.

Sem dúvida todos tinham assistido um grande duelo.

Durante o café da manhã, como o de costume, os duelos da noite passada sempre eram assunto para o dia todo, às vezes por alguns dias da semana e desta vez, Hermione e Pavarti eram o foco do assunto.

A derrotava permaneceu muito quieta durante todo o café da manhã, assim como Lilá Brown, sua amiga. Hermione parecia um pouco incomodada, com os comentários e as fotos de Colin Creevey. Mas Rony era o mais orgulhoso, de longe. Harry ainda não tinha conversado com o amigo sobre os acontecimentos do baile e parecia que Rony estava ocupado demais para conversar com Harry; com certeza estava acontecendo alguma coisa entre os dois, que o deixava feliz.

Os dias estavam um pouco mais agradáveis com a chegada da primavera, Harry estava um pouco perdido em seus pensamentos caminhando para a aula de Hagrid.

- Agora acabou a segunda fase dos duelos - comentou Rony parecendo satisfeito - Nem sei como fui classificado, porque perdi duas vezes... Não tem algo de errado, tem?

- A questão não é só ganhar... É claro que isso é importante - Hermione acrescentou rapidamente - Mas os feitiços que nós usamos e o nível de dificuldade, estratégia e principalmente o encantamento que a professora pede.

- Eu gostaria de duelar com o Malfoy, aquele aguado - comentou o ruivo, rindo um pouco.

- Malfoy não perdeu nenhum duelo até agora, sua pontuação é boa.

- Que quer dizer com isso?

- Nada!

- Quer dizer que não acha que sou capaz, hein?

- Rony eu disse...

- Hermione, nem vem! - interrompeu Rony - Você acha que sou um perdedor, não acha?

- Quer calar a boca, Rony! - disse Hermione séria e ele fez mais cara de ofendido. Harry revirou os olhos e se juntou ao grupo de alunos na área que Hagrid costumava dar suas aulas.

Hagrid estava bastante animado, os olhos escuros chegavam a brilhar um pouco. Ele esperou um grupinho de alunos sonserinos se aproximarem e começou sua aula. Havia um enorme cercado e dentro um cavalo de com um tanto incomum, como terra arroxeada, crina vermelhíssimo. Os alunos se aproximaram mais do cercado, vendo isso Hagrid alertou:

- Está bem, não tão perto.

Imediatamente os alunos deram significativos passos para trás.

- Aparentemente um animal normal, não é mesmo? - continuou Hagrid.

- Aposto que cospe fogo... - falou Draco Malfoy, em tom debochado.

- Cinco pontos para a Sonserina - anunciou o professor - Cospe fogo pela boca, um dos seus mecanismos de defesa. Sua calda e crina podem ficar em fogo, conforme as emoções deste animal. E aí, alguém já sabe a raça deste cavalo?

A costumeira mão de Hermione se estendeu no ar, junto com outras timidamente estendidas.

- Pode dizer, Filipe...

- É um Cavalo-de-fogo, não é mesmo?

- Sim! Cinco pontos para a Grifinória. É uma maravilha, vocês não acham? - perguntou, olhando para o cavalo.

- Mas professor... - continuou Filipe pensativo - Este tipo de cavalo não está em extinção?

- Por causa de suas propriedades mágicas o Cavalo-de-fogo, ou zion, se tornou mais raro do que já era. Alguém sabe as suas propriedades mágicas?

Muitas mãos se estenderam e Hilton, um sonserino, foi escolhido.

- Os pêlos do Zion podem ser usados para fabricar poções de invisilibildade e varinhas, também tem propriedade de velocidade. Seu coro pode ser usado em capas de invisibilidade. Além de cavalgar muito rápido...

- Muito bem, cinco pontos para a Sonserina... É por isso, que é proibida a sua caça e geralmente, vivem na reserva de dragões na Romênia. Vamos dedicar três aulas só estudando este belíssimo animal - comentou Hagrid entusiasmado - Primeiro, para se um caso mutíssimo remoto encontrarmos ele em alguma floresta da Inglaterra, de onde ele é natural. Segundo, por causa de suas propriedades mágicas e também, pode cair alguma coisa sobre ele no exame dos N.O.M's.

Esta foi uma das aulas mais interessantes que Harry teve sobre Trato de Criaturas Mágicas. O cavalo era visivelmente arisco e Hagrid não chegou muito perto do cercado. Todas as vezes que a crina do zion tornou-se fogo, arrancava exclamações da turma. Hagrid disse que ele estava entediado, porque estava muitas horas no cercado e não gostava de muitas pessoas desconhecidas olhando-o daquele jeito. Já era a última aula e Harry pode imaginar o quanto o animal deveria estar entediado.

- Professor Hagrid, se este animal é tão arisco com pessoas que não convivem, o que ele está fazendo aqui em Hogwarts? - perguntou Rony - Digo, ele poderia nos atacar, não poderia?

- Não, não, Rony! - falou Hagrid sorrindo por trás da barba - Ele pertence à uma velha amiga minha, que não se incomodou de trazer ele aqui, já que está passando uns tempos aqui no vilarejo de Hogsmeade. E aliás, lá está ela...

Os alunos viraram para trás e imediatamente Harry conheceu a dona do zion, era Rouge, com sua boina verde; só que desta vez estava melhor vestida, do modo com que as pessoas a conhecessem como mulher.

Harry nunca tinha visto cabelos tão vermelhos como de Rouge. Os cabelos de Gina e de sua mãe (que tinha visto por fotos) não eram tão "ensangüentados" como de Rouge. Ela sorriu para Harry, disse algo à Hagrid que respondeu "Pode levá-lo, eu já terminei com os meus alunos", em seguida o professor dispensou os alunos, mas todos permaneceram lá.

Rouge pulou para dentro do cercado, imediatamente a crina se tornou fogo, ela acariciou o animal e em um movimento, já estava montada no zion, sem o uso de cela. E de repente, ela havia saltado do cercado e disparado em direção aos portões de Hogwarts.

Harry nunca tinha visto um animal disparar tão rápido em frações de segundos.

- Uauuuuuu! - falou Rony, colocando a mão no ombro de Harry. - Você viu aquilo? Foi mais rápido que... Que... Que... Eu simplesmente não sei!

- Você a Mione começarem a discutir? - sugeriu Harry.

- Exatamente! - falou estalando os dedos - Ei! - e deu um leve empurrão no amigo. - Eu vi aquela ruivona sorrindo pra você, de onde conhece ela?

- Por fotos... No álbum de fotos que tenho dos meus pais - mentiu Harry - É um antigo namorico do Snuffles, sabe.

- Espeto ele, hein - comentou Rony - Se bem que não posso reclamar muito...

Harry olhou para Rony, que estava levemente rosado.

- O que 'tá acontecendo entre vocês dois?

- Nada, ainda...

- Nada? - repetiu Harry - Nada, nada, nada?

- O que você define como nada? - perguntou erguendo sua sobrancelha esquerda.

- O que você define como nada?! - Harry rebateu.

- Bem, depois daquele dia lá... Daquela confusão toda...

- Desta parte eu sei!

- No baile eu a beijei novamente - contou Rony quase sem graça.

- E...?

- E o quê?

- Nada?

- Como nada! Acabei de dizer que beijei ela aquele dia! Fiquei com ela e conversamos...

- E...?

- E O QUÊ? - berrou Rony.

Harry sentiu-se envergonhado, os alunos que estavam ao redor, subindo as escadas em direção ao castelo, olharam para os dois. Rony olhou feio de volta para os curiosos e todos voltaram ao seu caminho.

- Harry, o que você andou fazendo exatamente com a minha irmã?

- Nada!

- Esta conversa do nada de novo! - disse Rony, sentando em um degrau da escada.

- Quero dizer, se você não a pediu em namoro ainda - sugeriu Harry, sentando-se ao lado no amigo.

- Ahhhh!!! - exclamou Rony parecendo aliviado - Não. Você acha que é preciso?

- Lógico! Duh! 'Tá namorando ela e não avisou?

- Não! 'Num é isso... Nem falei nada de namoro, é muito cedo... Não é? Chegar, chegando deste jeito - e olhou incerto para o amigo - Depois de tanto tempo, não quero que ela se assuste e vá embora.

- Rony, as garotas gostam desta coisa de "Você quer namorar comigo?", flores, bilhetes, coisinhas que elas possam guardar em seus diários e lembrar: este foi o dia que aconteceu isso e aquilo.

- Elas gostam?

- Com toda a certeza.

- E você fez toda estas coisas pra Gina?

Harry coçou a cabeça.

- Que parte, você diz?

- Todas, ora bolas!

- Bom, só a parte do "Você quer namorar comigo?".

- Ahhhhhh!!! - exclamou o ruivo novamente e em seguida, deu um peteleco na cabeça de Harry.

- Isso doeu! - ele reclamou, passando a mão na cabeça.

- Você me dá todas estas dicas sendo que só fez uma delas! E ainda me faz este ar de bonzão. Quem te disse isso?

- Sirius... - contou Harry baixinho - Melane disse que as garotas piravam nele.

- Ele costumava fazer isso?

- Pelo que eu entendi, não... São dicas do meu pai.

- Hum, a Dinastia Potter. Deu certo com seu pai, porque não vai dar com nós dois?! - brincou Rony - E você e Gina, como estão?

Era estranho falar aquilo com o Rony, porque era irmão de Gina e ao mesmo tempo seu amigo. Estava envergonhado e aliviado ao mesmo tempo.

- Nós brigamos, na verdade ela que brigou comigo.

- Por que vocês brigaram?

- Por causa de Hermione...

- Hermione? - repetiu Rony - Que ela tem a ver com isso?

Então, Harry contou porque havia brigado com a namorada.

- Vou dar um jeito nesta confusão, Harry - disse Rony - Vou falar com Parvati, eu achei que estava tudo bem entre nós. Digo, entre nós está tudo bem, mas com as garotas... As mulheres são perversas! - e de repente o rosto de Rony se iluminou - É por isso que Hermione ainda desconversa um pouco, quando eu chego perto dela. Por causa da Parvati! E você, dê um jeito na Gina...

- Como? Ela não quer nem conversa comigo! Eu esperava que você me dissesse algo sobre a tua irmã.

- Sei lá, escreve algum cartão! Ou melhor, amanhã nós vamos pra Hogsmeade, lá você fala com ela.

- E você fala com a Mione - completou Harry enquanto se levantava. Ele estendeu a mão para Rony, que reparou no anel que Harry usava.

- Gina também tem um deste, né?

- Tem...

- Eu acho estranho usar um anel assim... - contou Rony - Parece um cinto no dedo! Não tem que ser tão grosso, tem? E além do mais, isto é coisa de maricas!

- 'Tá em chamando de maricas?

- Tem mais alguém aqui, Harry? - zombou Rony.

- Só quero ver, mais tarde você vai ser A Maricona, daí eu quem vai dar risada. E ainda vai dizer "Olhem só o meu anel!"

- Ele será meu precioso!

Era um dia típico de primavera, raios solares rasgavam o céu azul. Era sábado, todos animados, preparando-se para a visita ao povoado de Hogsmeade. Enquanto isso, Harry preocupava-se como iria entrar na Estufa 11, onde ficavam as flores da professora Sprout. Lá estava Harry, em frente à estufa, tudo por causa de Gina. Mulheres gostam de flores, pensou Harry, se aproximando dos vidros. Tentou a maçaneta e surpreendeu-se, pois a porta estava aberta.

- Professora Sprout? Tem alguém aqui?

Ele olhou em volta, era só ele e as flores, que deixavam o ambiente perfumado. Eram tantas que Harry ficou um pouco zonzo, devido ao colorido. Pensou até que umas conversavam com as outras. Caminhando encontrou algumas rosas espalhadas na mesa da professora. Porque estariam ali, largadas daquela maneira?, ocorreu a Harry. Mas logo este pensamento evaporou-se quando avistou um botão branco e apanhou. Olhou para a rosa branca, tão bonita e pequenina, como Gina. Olhou para as outras, havia várias vermelhas, lhe ocorreu apanhar uma vermelha. Mas a branca lhe chamava tanta atenção, pronto, seria aquela. Harry saiu da estufa e caminhando para o castelo avistou os alunos descendo a escada, em direção aos coches.

Andou contra o mar de alunos, levando alguns empurrões, tropeçando em outros e avistou descendo a escada do saguão. Ele colocou a rosa atrás de si e sorriu para a namorada.

Gina falou alguma coisa para as colegas que a acompanhavam e andou em direção à Harry.

- Oi, Gina...

- Olá.

- Trouxe uma coisa para você! - anunciou Harry, ele entregou a rosa para Gina que olhou bastante surpresa.

- Obrigada... - falou meio acanhada e cheirou a flor - Eu nunca ganhei uma rosa de ninguém, sabia?

- Sabia, eu tenho uma bola de cristal...

Ela sorriu, apertando um pouco os olhos e cheirou a flor.

- Não pense que com esta rosa vai conseguir aliviar a sua situação comigo.

- Eu sei. Pediria até mil desculpas, mas sei que não aceitaria. Sinto muito em ter feito você pensar que era menos importante para mim. Falo sério - Gina abriu um sorriso e Harry se tranqüilizou por dentro - Temos um dia inteiro só para nós dois, ninguém vai nos perturbar.

- Vamos, então - falou animada e em seguida, pegou na mão de Harry.

Ninguém poderia prever um dia de primavera tão bom quanto aquele e os dois não queriam mais que aquilo. Apenas ficar um perto do outro, conversar qualquer coisa, rir e ver de quanto estavam felizes naquele exato momento.

O sol estava na medida certa, o cheiro de flores se espalhava por todo vilarejo. Os moradores tomando o seus rumos, os estudantes circulando, rindo, aproveitando o dia de folga, saindo do castelo gelado de Hogwarts.

Gina havia levado Harry em um lugar do vilarejo que ainda não conhecia. Harry sequer poderia imaginar no pequeno parque que tinha no coração de Hogsmeade. Bastante árvores, algumas frutíferas. Era agradável, alguns balanços e bancos. No centro do pequeno parque havia uma estátua de Rowena Ravenclaw, ela segurava um livro e tinha uma águia em seu braço esquerdo.

Harry e Gina estavam sentados, à sombra de uma enorme macieira. Gina apoiava sua cabeça no ombro de Harry, que tinha envolvia a namorada com o braço esquerdo. Ele podia sentir o calorzinho bom que ela lhe transmitia, a sua respiração e o perfume de seus cabelos vermelhos.

- Harry?

- Hm...

- Me conta alguma coisa que eu não sei?

- Como o quê?

- Qualquer coisa... - ela disse suavemente - Como um segredo.

- Um segredo?

- É, aposto que você tem um monte. Como é ter um segredo?

- Como assim? Vai dizer que não tem segredos também?

- São coisa bobinhas minhas.

- Sei...

- Tenho um livro, mas não é qualquer livro - ela contou.

- Já sei, um diário - supôs Harry. - Você não tem medo de ter um diário depois do que aconteceu na Câmara Secreta? Foi horrível...

- Eu sei e tento esquecer de tudo aquilo que aconteceu. De vez em quando me sinto a pior e mais maligna garota de todos os tempos. Eu tinha onze anos e já estava metida com Arte das Trevas.

- Não fale bobagens, Gina - bronqueou Harry - Você não sabia o que estava acontecendo, não tem culpa de nada, foi uma vítima. Por alguns segundos achei que você estava morte e nunca mais te veria. Fiquei apavorado.

- Isso é sério ou 'tá falando só para me agradar?

- Eu não brincaria com uma coisa destas... - disse em um suspiro - Tá vendo, isso que você tem é um segredo e dos grandes.

- Mas este não conta, você estava lá para me salvar - disse sorrindo - Eu não sabia que você teve medo que eu morresse.

- Então acaba de saber um segredo meu - falou beijando o alto da testa de Gina e ela se aconchegou mais no peito de Harry. - Mas você estava falando do seu diário.

- Não é um diário, Harry. Um livro de bruxo, com as minhas anotações, feitiços, poções, encantamentos, contra-feitiços. Anoto tudo nele.

- Pra que faz isso?

- Já pensou se nenhum bruxo anotasse as suas descobertas? A sociedade bruxa seria um fiasco, ninguém teria conhecimento. Então, quem sabe um dia, eu acabo fazendo parte da história com meus encantamentos. Hermione tem um livro, Fred e Jorge, Alvo Dumbledore.

- Como sabe que ele tem um?

- Porque me mostrou, já tem um tempo... Lembro quando eu perdi o meu livro, fiquei desesperada, você se lembra? Lá n'A Toca, procurei ele por todos os cantos.

- E achou?

- Sim... Depois de toda aquela confusão que Você-Sabe-Quem fez, tivemos que ficar isolados e toda aquela chatice, quando voltei pra escola, minha mãe me mandou o livro e...

De repente Gina parou de falar e deu risada.

- Que foi?

- Olhem ali, Rony e Mione.

Os dois caminhavam por entre as árvores, Hermione segurando um livro e Rony parecendo meio frustrado, com as mãos nos bolsos.

- Se soubesse que o livro atrapalharia o Rony.

- Anh?

- Aquele lá é o meu diário-que-não-é-diário - falou Gina - Mione disse que queria dar uma olhada, acho que ela vai me devolver hoje. Sabe... - e virou-se para Harry - Fui falar com a chata da Parvati. Quase brigamos, ela disse que eu tinha que dar razão a ela. Humf, vê se pode... Parece que as coisas estão menos piores no dormitório delas.

- Ótimo, Rony me contou ontem que Hermione ainda estava um pouco insegura.

- Olhe lá, Harry! - disse animada, olhando novamente para o irmão e a amiga.

Eles ficaram assistindo os amigos, como se fosse um filme. Rony parecia enfezado com alguma coisa, ele parou de andar e ficou uns instantes falando e gesticulando bastante e depois tomou o livro que Hermione segurava e jogo-o no chão. Desta vez foi Hermione que ficou brava e enquanto falava apontava o dedo no rosto de Rony.

- Nós vamos ficar aqui espiando os dois? - perguntou Harry.

- Lógico.

- Gina, isso é uma coisa pessoal dos dois... Eu não gostaria que espiassem a gente e além do mais, logo logo vão notar a nossa presença aqui, por mais longe que nós estamos.

- Ai, Harry! Só quero ver no que vai dar... Rony é muito mole, olha isso!

Harry supôs que Rony deveria ter dito algo importante para Hermione, porque ela baixou seu dedo e pareceu parar de falar. Harry desgrudou-se de Gina e cruzou os braços; ele olhou-a e tinha os olhos brilhando.

- Por Merlin, beija ela logo! - torcia a ruiva - Como ele é mole...

- Você acha que ele é mole?

- Lógico!

- Acha que é fácil beijar uma garota sendo que ela está brava com você? Quer dizer que eu sou mole também? - perguntou indignado.

- Depois discutimos sobre isso... - Gina respondeu rapidamente, olhando para os dois ao longe.

Hermione segurou a mão de Rony, como um gesto de carinho e o ruivo beijou-a. Gina suspirou e Harry deixou um sorriso escapar pelo seus lábios.

- É estranho ver seu irmão beijar uma garota - constatou Gina, se levantando. - Finalmente os dois se entenderam - Gina estendeu a mão à Harry, que a puxou e ela caiu sentada em seu colo.

- E nós? Nos entendemos?

- Bastante - respondeu Gina, com os lábios próximos dos de Harry. Ele olhou-a por mais uns instantes, antes que seus lábios se encostassem, formando um beijo apaixonado.

- Fico meio mole quando você me beija - contou Gina, com as bochechas levemente rosadas.

- Isso é bom ou é ruim?

- É ótimo... - disse dando um selinho no namorado.

Os dois se levantaram e viram Hermione, que estava encostada no tronco de uma árvore, beijando Rony. Gina suspirou mais uma vez e Harry a puxou de lá, a fim de beber alguma coisa no Três Vassouras.

O bar estava lotado como sempre, os dois sentaram em um lugar reservado, longe de olhares curiosos. Gina tomava uma taça enorme de sorvete de morango e Harry bebia cerveja amanteigada.

- Quando vai tirar este gesso, hein?

- Esta semana, graças à Merlim. Será que tenho chance de jogar na final contra a Sonserina?

- Se você conseguir arranjar um espaço na sua agenda - caçoou Gina - Malfoy nem parece o mesmo apanhador, deve ter treinado, está mais rápido... Se quiser, eu posso te ajudar.

- Ah, é? Além de namorada, historiadora vai ser a minha treinadora?

- 'Cê vê, Gina Weasley três em uma - disse rindo - Olhe lá os dois pombinhos. Hey Rony! - chamou Gina, levantando-se da cadeira - Venham cá!

Gina mexeu seu sorvete e disse para Harry:

- Os dois viram a corujinha verde.

Hermione e Rony se juntaram aos dois com as caras mais felizes do mundo.

- Tome Gina, obrigada pelo livro - agradeceu Hermione, estendendo o livro grosso de capa vermelha para Gina.

- Só você mesmo, Mione. Trazer um livro em dia de passeio - reclamou Rony.

- Nós já discutimos sobre isso... Eu sonhei com ele vários dias e quis entregar a Gina mais rápido possível.

- Sonhos? - perguntou Gina - Não tinha me falado nada sobre isso.

- Não queria te assustar. Parece que tinha algo nele, coisa ruim, eu não sei... Mas não tem nada nele.

- Artes das Trevas? - perguntou Harry, analisando o livro. - Não tem nada escrito.

- Está encantado - respondeu Gina - Hermione, não tem nenhum relato meu aí, falando de Artes das Trevas ou qualquer coisa do tipo.

- Não que você tenha colocado algo aí - falou Rony - Algum cabeçudo fez por você.

- Não achei nada - falou Hermione - Acho que devemos mostrar o livro pra Melane.

- Mione, 'tá me assustando deste jeito.

- Tá, tá, tá. Vamos mudar de assunto... - falou Rony.

- É vamos - concordou Melane, colocando a mão no ombro de Harry. Ela estava estranha, parecendo um pouco transtornada - Todo mundo indo embora para escola, o tempo mudou, tá uma ventania e não quero nenhum aluno meu no meio de uma tempestade.

- Professora, estava fazendo calor até agora - disse Rony - E eu nem passei na Dedosdemel ainda.

- Nada de chororô no meu ouvido, Weasley. Todo mundo indo tomar seu coche! - ela avisou - Não quero falar isso mais uma vez.

- Okay, eu vou chamar os outros alunos - falou Hermione.

- Não, senhorita Granger. Todos os alunos para o coche, inclusive os monitores.

Os quatro levantaram meio relutantes e assim que Harry pôs o pé fora do bar, percebeu algo estranho no ar.

Um vento bastante forte para um dia de primavera. Aliás, o sol havia se escondido atrás de nuvens cinzas, agora estava imperceptível. Os moradores andavam rápido, assim como as centenas de estudantes com uniforme de Hogwarts. Harry viu Hagrid, McGonagall e Flitwick no meio dos estudantes.

Sentiu sendo puxado por Gina e Rony percebeu também a mudança de atmosfera no vilarejo.

- Sua cicatriz está doendo? - perguntou baixinho para o amigo.

- Não - respondeu Harry, parando de andar. Os três pararam também e Gina olhou aflita para o namorado.

- Está acontecendo alguma coisa, Harry? - perguntou Hermione.

- Que dia é hoje? - Harry perguntou.

- Vinte de março... - respondeu Gina - Porquê?

A data martelou na cabeça de Harry e lembrou-se de ter ouvido esta data em algum lugar: na reunião da Ordem da Fênix.

- Porquê? - repetiu Gina, com uma voizinha histérica de apavoramento. Os pensamentos de Harry eram como raios, rápidos, velozes e aterrorizantes.

Dia vinte de março era dia de uma reunião de Comensais de Morte, no interior da Inglaterra, Lupin que havia descoberto a informação mas fora apanhado por alguém. Haveria uma operação de risco, mas Alvo Dumbledore a manteve. E agora, toda aquela atmosfera densa no vilarejo. Desta vez, o Lord das Trevas tinha sido mais rápido. Hogsmeade iria ser atacada. "Atacada!", ele pensou com terror. Olhou no rosto assustado e branco de Gina, Hermione segurava o livro de Gina e a mão de Rony com força e este parecia que estava lendo os pensamentos de Harry, por que pareceu entender tudo com apenas um olhar de Harry.

- Não importa o que aconteça, fiquem juntos!

N/A 2: Há! Música de mistério Próximo capítulo se chama Avada Kedrava, quem é que vai morrer, hein? E porque a Melane estava tão preocupada? Hmmmm!!!