N/A: Oi! Até que não demorou tanto para eu atualizar desta vez, né? Capítulo tá grandinho, quinze páginas do Word. Não sei quando sairá o próximo, porque ainda não comecei a escrever. Mas acho que daqui pra frente vai ser bem mais rápido, já está quase acabando a fic. Aqui no fanfiction.net as coisas são diferentes, tô me acostumando ainda. Deixem comentários (reviews), pra eu saber o que acharam deste capítulo. Ah, mudei de e-mail! Se quiserem falar comigo mandem para camilaweasleyyahoo.com.br Ok? Boa leitura!
Capítulo vinte e sete - Avada Kedrava
- O que está acontecendo, Harry? - perguntou Gina com um pouco de histeria.
"Hogsmeade vai ser atacada", Harry disse a si mesmo.
O vento cada vez mais forte, uma estranha neblina tomando conta de tudo e muitas trovoadas rasgando o céu de chumbo. Como ele poderia ter esquecido de algo tão importante? Como os outros poderiam ter esquecido?
- Nós temos que ir, vamos - disse Harry. Ele agarrou a mão de Gina e seguiu com a multidão, Rony e Hermione seguiam mais a frente. Harry sabia que os outros estudantes sequer podiam dar conta do que estava para acontecer; só andavam rápido devido suposta tempestade que estaria por vir. Apertava forte a mão de Gina, não queria que nada acontecesse com ela desta vez.
Os passos começaram acelerar, parecia que as ruas tinham aumentado de comprimento e as pernas de Harry cada vez mais curtas e cansadas. E de repente, um estampido forte. Uma rajada de frio, tristeza e gritos de sua mãe invadiram Harry, sentiu-se fraco e pequeno.
Gritos, correria e Harry no meio de tudo isso, caído de joelhos no chão de pedra de Hogsmeade. A mão de Gina se perdeu da sua. Olhou para cima, uma multidão de pernas correndo para todos os lados. E, como em câmara lenta, uma mão lhe ergueu para cima; o rosto de Gina estava vermelho.
- O que está acontecendo? - ela perguntou desesperada. - Harry, por favor! O que há desta vez?
Harry despertou aos poucos, aquele barulho todo o fez acordar. De longe viu Hermione andar contra a multidão de alunos.
- Hermione! - chamou virando-se contra a maré de estudantes, olhou para trás e puxou Gina consigo - Seja lá o que acontecer, pense em coisas boas. Coisas boas!
- Okay! - ela disse, sem entender muito bem o que ele queria dizer com isso.
Foram contra os estudantes, tropeçando em muito deles, atrás de Hermione. A neblina se intensificava e aos poucos, os dois perderam a amiga de vista assim como já haviam passado por todos os estudantes.
- Hermione! Rony! - ele berrou.
- Eu me sinto péssima - disse Gina, soltando-se de Harry.
Estavam parados, no meio do nada. Era incrível, não podia se enxergar quase nada. Estava frio, o céu estava negro e aquela neblina assustadora e a voz de Lílian ecoava baixinho na cabeça de Harry.
- Rony! - ele continuou a chamar - Hermione, Rony!
- Nós não vamos achar eles, Harry - choramingou Gina.
- Rony! - chamou mais uma vez - RONY! RONY!
- Nós não vamos achar eles...
- HERMIONE! RONY! - e Harry começou a se desesperar.
- Harry, você me salvaria de novo de Tom?
"Tom?", ele repetiu em seus pensamentos. Em frações de segundos ele perguntou-se quem seria Tom.
- Harry, eu escuto ele me chamando... - continuou Gina.
Ele virou-se espantado, assim como ele costumava ouvir a voz de sua mãe, Gina ouvia a voz de Voldemort. Ela estava pálida, ele tocou o rosto da namorada, estava estranhamente gelada, sem nenhum traço de felicidade.
- Por que está me perguntando isso? É lógico e faria isso quantas vezes fosse preciso. Gina, me escute - falou Harry, segurando os braços dela - Pense em coisas boas.
- Como quer que eu pense em coisas boas? Ele está me chamando, eu posso ouvir perfeitamente - disse, colocando as mãos na cabeça - Harry, não deixe que ele me pegue, não deixe.
- Tem dementadores por aqui, Gina. Por isso você tem que pensar em coisas boas! - ele olhou por trás de Gina e pensou em ver um vulto, seja ele qual fosse - RONY! ROOOONY!
- Eu acho que perdi meu irmão, vamos ficar perdidos aqui a vida inteira, Harry. Não há nada que possamos fazer... Eles estão vindo.
Talvez em cada pessoa a ação dos dementadores fosse diferente. Ele ouvia baixinho os gritos de sua mãe em sua cabeça, mas sabia se controlar, depois de tantas experiências. Se deixasse levar pelo desespero, talvez tinha dado por vencido. Mas Gina nunca tinha lhe dado com algo como aquilo. Harry tinha certeza que pela redondeza, havia pelo menos uns cinqüenta dementadores.
E Gina continuava branca, apagada, como um desenho sem cor, justo ela... A garota mais colorida que Harry conhecia. Colorida em todas as formas que Deus pode colorir uma mulher: naturalmente. Os cabelos vermelhos, o rosto iluminado, o sorriso contagiante, a forma que preenchia os espaços vazios no coração de Harry.
Agora ela estava ali: apagada, branca e cinza. Uma estrela apagada.
Harry aproximou-se de Gina, segurou seu rosto e a beijou. Algo inesperado, algo que ele simplesmente desejou. Apenas beijá-la e perder-se em seus lábios.
No começo foi frio, quase que sem graça, sem vida. Mas depois, Gina o puxou forte e passou as mão por sua cintura. Aos poucos ela ia se esquentando, através do calor dos lábios dele. De frio o beijo foi esquentando, até que ambos ficassem sem fôlego e se separassem.
Encarou Gina e ela voltara ao normal, com todas suas cores e mais algumas que só apareciam quando ele a pegava de surpresa.
- Nós devemos fazer isso mais vezes - disse ela, ainda vermelha. Ele sorriu aliviado.
- Gina, escute, você tem que pensar em algo bom e se concentrar.
E ao longe, ele escutou alguém lhe chamar o nome.
- RONY! - chamou de volta, andando no meio da neblina.
- Rony? Hermione? - Gina chamou timidamente.
- ESTAMOS AQUI! TÁ TUDO BEM AÍ? - gritou Rony de algum lugar.
- 'TÁ! - respondeu Gina - CADÊ VOCÊS?
Harry e Gina ficaram quietos por algum tempo, olhando ao redor até que viram, bem ao longe três pessoas andando lentamente na direção deles. Gina pegou na mão de Harry e ambos foram na direção dos três.
Ao chegar mais perto, ele percebeu a expressão de alívio no rosto de Hermione e que Rony, que carregava Colin nos braços.
- O que aconteceu com ele? - perguntou Gina aflita. - Estão bem?
- Ele foi arrastado pelos alunos, tropeçou e eu vi - contou Rony - Fui ajudar ele a se levantar, mais teve gente que passou por cima, sabe? Todo mundo começou a correr de repente... Colin torceu o pé, estava acordado até agora, mas desmaiou...
- Eu e Rony já tentamos tudo, mas nada quer acordar ele - completou Hermione.
- Temos que ficar juntos e sair deste nevoeiro o mais rápido possível - falou Harry.
- Eu sei, tem dementadores por aqui, não? - perguntou o ruivo. - Eu estou me sentindo fraco...
A cabeça de Harry foi invadida pelos gritos de sua mãe e por uma tristeza horrível. Ele viu vultos pretos por trás da neblina, fechando um círculo entre eles.
- Pense em coisas boas! - berrou Harry - Expecto patronum!
Um fiapo prateado saiu de sua varinha. Tentou mais uma vez e mais outra e outra. Já estava de joelhos, Gina deitada ao seu lado. Rony, Hermione e Colin deveriam estar atrás dele, caídos como Gina.
"Gina, Gina, Gina...", pensava Harry.
- Expecto patronum! - proferiu Harry e desta vez o feitiço pareceu dar mais certo, o fiapo tinha se tornado em uma grossa corda, nada mais do que isso.
"Eu gosto quando beijo Gina e sinto borboletas em meu estômago. Adoro quando ela sorri encabulada para mim e o toque de sua mão. Gosto quando beijo Gina e sinto borboletas no estômago".
- Expecto patronum! - falou Harry, com todas as forças que possuía naquele momento. E um fabuloso cervo tomou conta do lugar, junto de um lobo prateado. Harry observou atônito, depois uma apareceu enorme rosa prateada, cheia de luz e conforme suas pétalas caíam, afastavam os dementadores ao redor. Fizera tudo aquilo sozinho? Harry estava tão zonzo, um sono incondicional lhe tomou conta, estava cansado e feliz. Os dementadores tinham ido embora. Colocou suas mãos no chão e de certa forma o gelado das pedras da rua lhe acordaram. Alguém lhe puxou pelas vestes.
- Harry, você está bem? - perguntou a voz de Sirius desesperada. - Está bem?
- Estou... Sirius? - indagou ele, passando a mão nos olhos - O que está fazendo aqui? - perguntou Harry baixinho, sua voz estava fraca, assim como ele. Olhou atrás de Sirius, estava Melane ajudando Hermione a se levantar.
- Aluado não estava puxando o meu saco quando disse que meu afilhado sabia executar um Patrono - falou Sirius orgulhoso, puxando Harry para um abraço. Estava seguro agora. Todos estavam. Ele sorriu e viu Gina, paralisada ainda, olhando atônita olhando Harry abraçar o seu padrinho.
- Legal, seu Patrono hein, Harry - comentou Melane. - Acho até que nem precisava dos nossos para se livrar daqueles dementadores, né, Sirius? - falou um pouco descontraída. Mas no estante seguinte ficou séria - Okay, o que aconteceu com este garoto aqui? Colin, não reage a nenhum de meus feitiços! - Melane constatou, ajoelhada no chão, tentando cuidar de Colin que permanecia desacordado. Rapidamente, Rony contara o que tinha acontecido com Creevey.
- Precisamos ser rápidos - falou Melane. - Olhem, todos nós estamos em perigo aqui... Existem dementadores em todo lugar da vila, então todos vocês irão para a Casa dos Gritos. Juntos, no maior silêncio que conseguirem. Sabem fazer o feitiço de orientação?
- Sabemos - respondeu Hermione.
- Vocês juntos são fortes, se surgir alguma coisa, ataquem juntos. Ponham em prática o que viemos treinando no Clube de Duelos. Se algo aparecer, paralisem o indivíduo, petrifiquem, faça-o dançar lambada. Qualquer coisa para vocês ganharem tempo e escaparem - recomendou Melane. - Na Casa dos Gritos estarão seguros. Nada de encarar um Comensal da Morte, fugir é a coisa mais sensata a fazer.
- Comensais? - Gina Hermione.
- É - confirmou Melane, que aplicou um feitiço na roupa dos garotos, tornando-as brancas. - Todos camuflados, lindos e maravilhosos. Tome aqui... - disse ela, tirando do bolso chocolates. - Comam agora e guardem um para Colin.
- 'Pera ae, vocês dois não viram conosco? - perguntou Rony.
- Não, seria burrice se ficassem conosco, porque simplesmente não contam com isso - falou Melane - Chegando na Casa dos Gritos, estarão seguros, sabem muito bem como voltar pra escola.
- Eu ainda acho que eu devo ir com eles - disse Sirius.
- Não vou discutir isso com você, Sirius. São meus alunos e Harry está sobre a minha segurança, então eu digo a ele o que devemos fazer o que é mais seguro, para todos nós - falou Melane brava.
- Harry é meu afilhado se você não esqueceu, Melane - disse Sirius indignado.
- É suicídio vocês ficarem aqui! - disse Harry, brabo - Melane, você vem conosco! Tem muitos Comensais por aqui, eu posso sentir a presença deles.
- Harry, eu sei muito bem como cuidar destes bundas sujas - falou rindo - E Sirius, também. Questão de estratégia...
- Estão indo rápido demais - falou Gina nervosa - Desde quando Sirius Black está do nosso lado? E a Casa dos Gritos não é amaldiçoada? E por que ninguém parece se incomodar com isso?
- Eu achei que ela sabia... - comentou Sirius e estendeu a mão para Gina - Prazer, Sirius Black, padrinho de Harry. Resumindo, tudo que ouviu de mim é mentira não sou perigoso e não matei os pais de Harry e...
- Tá, tá... Depois Harry conta isso para ela - interrompeu Melane nervosa - Andem logo. Gina vai ao lado de Harry, executando um feitiço de brisa e você - falou apontando para Harry - Vai indicando o caminho com a varinha. Rony e Hermione alerta... Rony, por favor, continue carregando Colin, eu fiz um encantamento, ele está mais leve e logo logo vai acordar. Por favor, todos juntos. Se aparecer algum dementador, Patrono neles. Comensal, algum feitiço para imobilizar, nada de bancarem os heróis. Agora vão!
Gina saiu na frente e disse:
- Brisa! - e da varinha, começou a sair uma brisa, apontou a varinha para chão e aos poucos, a neblina ia se dissipando, mostrando o caminho. Harry fez o feitiço bússola para indicar a direção certa da Casa dos Gritos e quando olhou para trás a fim de se despedir, mas Melane e Sirius já tinham sumido.
Depois do inesperado encontro com seu padrinho, a atmosfera entre Gina e Harry ficou densa. Estava visivelmente irritada, não só com ele, mas com todos. Já conhecia muito bem a sua namorada e quando ela contraía suas bochechas, respirava um pouco mais rápido e ficava com o rosto vermelho, algo e errado estava acontecendo.
Mas como Harry poderia contar algo de tão secreto para Gina? Simplesmente não podia. Não que ele não quisesse, mas era um segredo que teria que ser guardado, um segredo até que não lhe pertencia. Rony e Hermione só sabiam de Sirius, porque estavam junto com Harry quando as coisas foram descoberta, no seu terceiro ano de Hogwarts.
Havia tantas coisas que gostaria de contar à Gina, mas era impossível e ele teria que viver com aquilo, só que não era tão fácil aceitar segredos dos outros. Ele mesmo, sempre que havia uma brecha para o assunto, discutia o porquê de Rony ficar andando com Persephone Gramond. Um pouco de ciúmes do amigo, sentimento de exclusão, sabia muito bem o quão ruim era aquilo e se colocou no lugar de Gina e sentiu-se péssimo.
Voltou seus pensamentos para Hogsmeade, andavam embaixo de um céu tenebroso e um silêncio mórbido. A vila estava sem vida, aquilo era até mais assustador que o ataque em King's Cross. Pelo menos, Harry ouvia gritos, havia pessoas em todos os redores. Tudo estava quieto demais, o céu não se manifestava, a cicatriz de Harry não doía, não havia dementadores. Apenas o completo silêncio dava sinais de perigo.
- Não gosto quando fica tudo quieto... - comentou Hermione baixinho.
- Vamos andar mais rápido, então - disse Rony.
Mais alguns passos e os cinco estavam fora do nevoeiro. Harry olhou para trás, era como se alguém tivesse jogado uma névoa em cima do vilarejo, como um feitiço. Hermione pediu para que voltassem para neblina, para desfazem o feitiço das roupas. Feito isso Gina subia o morro bem a frente, nervosa e Rony a seguiu, com Colin nos braços.
- Ela está nervosa... - falou Hermione, referindo-se à Gina. - E nós deveríamos ficar juntos.
- Mas o que eu pod...
Harry nunca chegou a completar a frase, três Comensais da Morte se materializaram na frente de Gina e Rony, que estavam mais a frente. Ao seu lado Hermione gritou e um Comensal montado em uma vassoura apanhou-a pelo colarinho.
- Socooroooo! - berrou Hermione, deixando cair o livro que segurava.
- Accio vassoura! - disse Harry, apontando para a vassoura do encapusado. A vassoura do Comensal voou na direção de Harry, que apanhou-a. O Comensal e Hermione haviam caído mais ou menos de um metro e meio. Ao longe, ele escutou a voz de Rony que gritava por Hermione.
A garota, levantou-se rapidamente, mas o Comensal puxou-a pela perna.
- Estupore! - proferiu Harry, correndo em direção da amiga. A cabeça do Comensal caiu direto no chão enlameado da colina. Colin estava largado no chão, Rony corria na direção de Harry e Hermione; e Harry não viu Gina. Sentiu-se apavorado.
- Precisamos fugir! - disse Harry exasperado. Apanhou a vassoura e nela, os dois Hermione subiram, ganhando alta velocidade. O Comensais invocavam feitiços em direção dos dois, Rony consegui imobilizar um a muito custo. Do alto Harry conseguira localizar Gina que tinha um Comensal, deveras atrapalhado, em seu encalço. E outro ainda tentava derrubar Hermione e Harry da vassoura.
Hermione tentava azarar o Comensal que corria atrás de Gina, mas estavam longe demais.
- Temos que aterrizar e ficar junto com os outros - berrou Harry. - Protetium!
A bolha roxa envolveu os dois. No instante que aterrizaram, Harry olhou para o céu, duas pessoas sobrevoavam o local, eram Aurores. Eles olharam para trás, uma estranha fumaça vermelha pairava sobre a cidade, mesclando-se com a densa neblina. Uma chuva forte começou a cair.
- Vamos! - disse Harry para a amiga. Com a chuva forte, era difícil subir correndo aquela colina cheia de lama. Rony agora carregava novamente Colin e Gina corria ao seu lado. Harry e Hermione aceleraram a corrida e alcançou os irmãos Weasley; todos juntos outra vez. Muitos feitiços iam em direção deles e o escudo que protegia Harry e Hermione, se rompeu. Não havia nada na frente deles, mas a Casa dos Gritos ainda estava longe. Os pés de Harry se atolavam na lama, dificultando mais ainda a corrida.
- Gina e Harry, quando um Comensal vier, vamos atingi-lo com o feitiço de imobilização - falou Hermione.
- Certo! - concordaram os dois.
Comensais e Aurores duelando, o céu preto, nuvens vermelhas e uma neblina bem ao fundo, este era o cenário. Melane alcançou-os, com vários cortes no rosto, gritando para que eles subissem mais rápido. "Vamos, vamos!". A lama dificultava muito, Hermione estava bastante ofegante. Harry puxava a amiga pelo braço e Melane vinha logo atrás, gritando qualquer coisa. Foi quando dois Comensais, surgiram mais a frente. Da varinha de um deles surgiu uma luz amarelo-ouro e dirigiu o feitiço em Hermione, Melane empurrou os dois para o lado, ela foi atingida pelo feitiço e caiu no chão.
O outro mascarado, chutou Harry para longe e apanhou Hermione novamente. Rony novamente largou Colin no chão e empunhou a sua varinha.
Juntos, Rony e Gina imobilizaram o Comensal que atingira Melane. O encapusado caiu no chão, duro feito pedra. Harry levantou-se com ajuda de Gina, já Rony lutava com o outro Comensal, que segurava Hermione pelos cabelos. Harry e Gina executaram o feitiço de imobilização para ajudar Rony libertar Hermione.
O Comensal largara Hermione no chão e transformou os feitiços de Gina e Harry em tijolos voadores. Gina e Harry abaixaram-se no chão rapidamente. Rony vôou em cima do pescoço do Comensal.
- Corra, Hermione! Saí daqui! - disse ele.
Mas não houve tempo para isso, porque mesmo Rony sendo forte, o Comensal conseguiu livrar-se de Rony, dando-lhe um chute em seu baixo frente. Rony berrou alto e imediatamente caiu no chão, rolando de dor. Uma dor que Harry pode até sentir de longe, só de ver a expressão de Rony. Teria que fazer algo para proteger Hermione.
- RONY! - berrou Hermione.
- Uediuósi! - proferiu Harry, em direção aos tijolos que estavam no chão. O feitiço foi de encontro ao Comensal que persistia em levar Hermione. Os tijolos fizeram um bom trabalho e Hermione libertou-se do Comensal, correndo em direção a Rony.
- Onde está o Colin? - perguntou Gina, andando em direção do irmão.
- Eu não sei! - falou Rony, levantando-se com ajuda de Hermione.
- Colin está ali, perto do corpo de Melane - falou Hermione apontando para os dois. Harry olhou para a colina abaixo, estava uma verdadeira guerra e tinham algum tempo para chegar ao abrigo, que estava próximo. Com o feitiço mobilicorpus, Harry trouxe Colin para perto do grupo e Hermione trouxe Melane. Eles já podiam ver a porta da Casa dos Gritos, quando novamente, outro Comensal de vassoura apanhou Hermione.
- MALDITOS! O QUE VOCÊS QUEREM COM ELA?! - berrou Rony. - Incendio! Incendio! - disse Rony. Mas Rony não fora feliz em nenhuma das tentativas, a chuva atrapalhava demais para atingir alguém voando, no meio daquela tempestade. Gina entrou na casa, arrastando Colin. Harry não sabia porque o corpo desacordado de Melane não entrava na casa, parecia que estava sendo bloqueada. Harry arrastou um Rony relutante para dentro e fechou a porta.
- Harry! Você está louco? Temos que salvá-la! - disse nervoso, empurrando o amigo para longe. Rony abriu a porta e não havia sinal de nenhuma vassoura no céu de chumbo. Ele tentou puxar Melane para dentro e não conseguiu.
- Impervius! - disse Gina apontando para Melane, então a chuva parou de cair em Melane e a ruiva fechou a porta.
Rony encostou-se na parede, com os olhos arregalados e foi deslizando até sentar-se no chão empoeirado da casa. Gina também estava em estado de choque e começou a chorar baixinho. Harry aproximou-se dela e abraçou, Gina o segurou forte e disse:
- Eles queriam a mim Harry, eles queriam a mim...
- Temos que voltar para Hogwarts - disse Harry.
- Potter James, se você descobrir como sair daqui, lhe dou um galeão - falou Persephone.
- O que está fazendo aqui? - perguntou Harry, atônito. Estava ela e Draco Malfoy, com um sorriso odioso nos lábios.
- Estamos presos - respondeu ela.
- Mas porque estão aqui? - ele continuou.
- Estávamos brincando de casinha - ironizou Malfoy - O que você acha que estamos fazendo, Potter?!
- Talvez estivessem ajudando com a bagunça que está lá fora!
- Por favor, chega de discussões! - gritou Gina - Já não basta uma guerra lá fora, será que precisamos lutar aqui também?!
Nisso, Rony tentava abrir a porta, sem algum sucesso. Rony socou a porta, desesperado, chuto-a e nada da porta ceder. Foi em direção da janela, quando Persephone interveio.
- Não adianta, Ronald... Esta casa está sob algum feitiço, magia de proteção. Eu e Draco já tentamos de tudo, não há como sair daqui.
- E não há nada para você lá fora, Weasley. Eles a pegaram, conforme-se - falou Draco.
Rony virou-se para Draco, com os punhos fechados, tremia de nervoso.
- Draco! - chamou Persephone - Você quer calar a boca?!
- Eu estou sendo franco, pegaram a Granger, Sangue Ruim, seja lá qual o nome dela...
- Vocês olharam tudo e não fizeram nada? - perguntou Gina, bastante vermelha.
- Eu gostei quando que chutaram o Potter, bastante hilário... - comentou Draco.
E como Harry esperava, Rony avançou em Draco. Parecia até que Harry estava revendo a luta que vira meses atrás, o amigo se atracando com o sonserino. Desta vez, por mais tentado que Harry estivesse para ver a cara do sonserino amassada, separou a briga com ajuda de Gina.
- Me solta, Weasley! - falou Draco, soltando-se de Gina.
- Malfoy, como alguém pode ser tão podre quanto você? - respondeu Gina. - Será que não corre sangue nas suas veias? Como pode rir de uma desgraça igual a esta?
- Você merece morrer, seu podre! - disse Rony rangendo os dentes - Não acredito nisso! Vocês viram toda aquela confusão e não fizeram nada! Persephone, por que fez isso?! - perguntou desesperado.
A morena abriu a boca pra responder, mas Rony continuou:
- Eu abri esta porta agora, então ela tem que abrir de novo! - falou desesperado.
- Parece que foi enfeitiçada. Ela só se abre mais uma vez depois que estamos aqui dentro. Não adianta, só pode ser aberta pelo lado de fora - contou Persephone.
E como um baque a porta se abriu e um Comensal da Morte apareceu. O silêncio pairou na casa. O servo das trevas riu alto ao admirar os adolescentes, que até a pouco estavam brigando.
- Sorte grande - disse o Comensal com uma voz abafada, por de trás da máscara que usava.
Harry, que ainda segurava o amigo, soltou-o Rony em um movimento brusco, que chamou atenção do Comensal fazendo-o com que apontasse a varinha para Harry.
- Harry Potter - falou o encapusado, com bastante prazer. - Harry Potter! Sua cabeça vale ouro.
O Comensal levantou sua varinha e uma luz verde tomou conta do lugar.
- AVADA KEDRAVA!
Ouviu-se um baque surdo e agora jazia um cadáver no chão.
N/A 2: Quem matou Lineu? Ou melhor, que foi que morreu? Ou ainda, quem foi que matou?!
