DISCLAIMER: Todos os personagens da série "Sir Arthur Conan Doyle's The Lost World" são propriedade de John Landis, Telescene, Coote/Hayes, DirecTV, New Line Television, Space, Action Adventure Network, Goodman/Rosen Productions, e Richmel Productions (perdoem qualquer omissão).

Notas: não, eu não sou dona dos personagens… Mas isso não me impede de amá-los!

Jess: essa Gladys definitivamente era um pouco mala... Fala a verdade, desafiar o suposto amor da vida dela a ir se arriscar? Fala sério! Esse capítulo tem um pouquinho mais de R&M, acho que vai dar pra discutir mais um pouquinho sobre o que no outro incomoda cada um deles...

Aline: o encontro no hotel finalmente chegou! Espero que aprecie esse capítulo!

Lady F: "minina", até você por aqui? Obrigadão pelo review!

Marie: espero que você não tenha morrido do coração e que tenha agüentado até esse capítulo. E o encontro no hotel também está aqui. Espero que goste!

Di: pois é, essas "armadilhas temporais" me fascinam também! De qualquer forma, não os faria repetir tudo (ou nem tudo rs...) mais de uma vez!

Nirce: Se você gostou da cena da casa, espero que também aprecie essa no hotel!

Kakau: o próximo capítulo finalmente chegou! Hotel, aqui vamos nós!

Becka: Liiiiiiiiiiinnnnnnnnnnnndddddddddddddddddaaaaaaaaaaaa, saudade de você! Que bom te ver lendo a fic, volta logo, viu?

Crys: he he he, esse é o capítulo do hotel! Pode ler pra ver se ele chegou a tempo ou não – afinal, ele é um lord inglês, e como os ingleses ele é pontual! He he he

Clau: podes crer, o mundo gira, gira, e o que tem que ser acontece, de todo jeito. E Malone com certeza tem um papel fundamental na continuação da estória!

Capítulo 18 – Mais um dia começa...

Eram menos de sete e quinze da manhã e a neblina londrina nem havia começado a se dissipar e Lord Roxton já estava parado em frente ao Hotel Regency, e seu táxi já ia partir quando a viu. 'Bem em tempo.' ele pensou, vendo-a sair pela porta. As malas dela já estavam em um carro. Ela olhou discreta mas atenciosamente para os lados e abaixou-se para entrar no carro. Ele voltou ao seu táxi, e pediu para que ele seguisse discretamente o táxi dela.

Meia hora depois, ela estava registrada num outro hotel do outro lado da cidade, mais simples e menos vistoso, mas numa área de grande movimento por causa da proximidade com a parte industrial que ficava fora de Londres, mas naquela direção.

Ele pagou seu próprio táxi e deu a ela uma hora para se instalar. Enquanto isso, ele comprou o jornal e sentou-se em um café quase em frente ao hotel para aguardar fumando um cigarro. Surpreendeu-se lendo no jornal que um homem com passaporte alemão tinha sido assassinado naquela noite, com um tiro de uma pistola pequena, provavelmente calibre vinte e dois. Não havia nenhum suspeito pela morte, e ninguém aparecera para reclamar o corpo. Não havia nenhuma menção a um alemão que tivesse sofrido apenas agressão física, ele notou, sabendo que o homem que ele tinha deixado desacordado na noite anterior provavelmente teria escapado ileso.

Ele parou na notícia, pensativo. Poderia ter sido ela. Aliás, quase tinha certeza que tinha sido ela. Mas como? Por quê? Estava confuso... Será que ela era uma assassina fria? Não, ele tinha visto os homens a cercando, e um deles a tinha inclusive atacado. O que ela tinha potencialmente matado poderia estar na mesma categoria? Ou será que ela atacara deliberadamente e os outros estavam apenas buscando vingança? Será que ele tinha escolhido erroneamente defender uma criminosa? Definitivamente, sua sensação era a de ter encontrado no dia anterior uma mulher feita de aço e fogo, e era difícil julgá-la. Além disso, os olhos dela já tinham invadido seu sonho antes mesmo dele conhecê-la. E isso tinha alguma razão de ser, o caçador tinha certeza, seu faro não falhava nunca.

Pensou em ir embora – seria a coisa mais simples e sensata a fazer. Virar as costas, voltar para casa, e de lá para a mansão em Avebury. Mas ele sabia que não podia fazer isso. Algo muito forte dentro dele o mantinha ali. E não era apenas o desejo que sentia pela mulher. Era algo mais, embora ele ainda não soubesse precisar o quê, exatamente. Mas era forte o suficiente para impedi-lo de mover-se, e para convencê-lo que ele precisava falar com ela uma vez mais, ganhar a confiança dela, fazer com que ela lhe contasse o que tinha acontecido, e ajudá-la – se ela realmente estivesse precisando de ajuda ao contrário do que ela tinha feito questão de frisar para ele na noite anterior.

Como ela não voltasse a descer em uma hora, ele entrou e pediu ao recepcionista que a chamasse em seu quarto.

Ela deu um pulo quando o telefone tocou. Não tinha dormido nada naquela noite, pois no caminho para o hotel na madrugada anterior tinha visto vários homens louros que podiam ser perfeitamente alemães. Nenhum estava nas quatro quadras mais próximas ao hotel, mas mesmo assim ela sabia que não estava mais segura. Estivera espreitando a noite toda, e aproveitara para deixar toda a sua bagagem preparada, pois partiria na manhã seguinte na primeira hora da manhã, quando sua saída não pareceria suspeita. Não tinha dito a ninguém onde estava, nem a Winnie (que era o único que precisava ser informado de seus passos), e portanto temia ter sido seguida – pois só assim alguém teria tão prontamente localizado seu novo hotel. De qualquer forma, atendeu ao telefone, e o recepcionista anunciou Lord Roxton, que disse querer falar com ela sobre o baile anunciado na página sete do jornal. Ela franziu o sobrolho... O homem tinha enlouquecido? De repente, ela abriu o jornal. A página das fofocas e eventos era, estranhamente em Londres, a mesma do obituário. E então ela entendeu. Ele tinha visto a notícia da morte do alemão – ela reconheceu a foto imediatamente. E a tinha facilmente associado a ela – a pequena pistola, o cheiro de pólvora. 'Maldição' ela pensou.

'Peça para ele subir, por favor.' E desligou.

'Seria uma enorme dor de cabeça se ele resolvesse me entregar para a polícia como suspeita desse assassinato... Preciso despistá-lo...'

Capítulo 19 – Num quarto de hotel...

Ele galgou as escadas até chegar ao número da porta indicado pelo recepcionista. Seu coração batia apressado, e seu corpo atlético não reclamaria da subida. Era ela quem causava isso. Ele tinha que admitir que estava ansioso por vê-la novamente, apesar – ou por causa de – todos os mistérios que pareciam envolvê-la.

Bateu à porta duas vezes, e então ela a abriu. A visão dela cortou seu fôlego. Ela estava sem o chapéu e o véu, e ele pôde pela primeira vez contemplar aquele rosto de feições delicadas, muito pálido, de grandes olhos cinza azulados, emoldurado pelos cabelos muito negros e cacheados presos para trás. Ela estava com o vestido em que a vira saindo do hotel logo pela manhã, mas também não usava luvas. E o rosto dela... O rosto dela era exatamente o do sonho. Enquanto estivera no café, várias vezes pensou que poderia ter-se enganado, que em seu sonho a mulher era apenas muito parecida com ela. Mas agora tinha certeza. Teve que se dar uma ordem expressa para si mesmo para voltar a respirar normalmente.

'Bom dia, Lord Roxton, o senhor como um cavalheiro deveria saber que é um pouco cedo para visitar uma dama...'

'Bom dia, senhorita' ele disse, tomando-lhe a mão e beijando-a. 'Se todas as manhãs a encontram assim, senhorita, nunca seria uma indelicadeza...'

Mas ela o cortou. 'Diga a que veio, milord. Minha agenda para o dia é cheia.' Havia uma nota de tensão e frieza no tom dela, como um aviso para ele.

Ele respirou fundo, controlando-se. Sabia que não podia dizer a coisa errada.

'Já leu os jornais, milady?' ele disse, se dirigindo aos jornais sobre a mesa e abrindo na página do obituário.

Olhando de canto de olho para ela, viu um ligeiro flash de um sentimento desconhecido cruzar os olhos dela, mas rápido demais para que ele identificasse se era medo, surpresa, raiva, ou uma mistura de tudo. Ela apenas cerrou fortemente as mandíbulas e esperou pelo próximo movimento dele, respondendo: 'Não ainda. Não costumo gastar meu tempo com esses pasquins.'

Ele pegou-a pelo braço. 'O jogo acabou, senhorita. Sabe tão bem como eu que a senhorita matou esse alemão que aparece no jornal. A questão é: a senhorita o matou e foi perseguida pelos amigos dele para se vingar? Ou ele também a estava perseguindo e a senhorita matou-o para se defender?'

'Qual a sua opinião, milord?' a voz dela era fria, e ela se desvencilhou da mão que a segurava com um safanão. Deus, preciso avaliar de que lado esse homem está. Quem será que o viu entrar? Como ele descobriu onde eu estava? Droga, porque ele não poderia ter ficado fora disso? Ontem já não fora o suficiente para convencê-lo que ela podia muito bem se cuidar sozinha?

'A julgar pelo que vi, senhorita, seria bem capaz de matar alguém, se fosse necessário.'

Dessa vez o flash em seus olhos brilhou novamente, e ele percebeu uma certa mágoa, mas tão rápida que o distraiu por um momento.

'Mas por algum motivo o meu lado cavalheiresco quer acreditar que não mataria um homem por maldade ou frieza, e que o que aconteceu, como quer que tenha sido, foi em legítima defesa.'

Ela lhe deu um pequeno sorriso. 'Confia demais em quem não conhece, senhor.' E para surpresa dele ela estava apontando sua pequena arma com cabo de madrepérola para ele.

Ele sentiu seu sangue gelar, pois podia ver, de repente, os olhos dela vazios como o gelo. Seu coração parou de bater por alguns segundos, mas ele não se moveu, nem baixou os olhos, enfrentando-a com calma.

'Tenho certeza que atiraria se tivesse um motivo, senhorita. Como disse, não duvido de sua coragem ou força. Mas duvido de sua frieza. Por isso tenho certeza que só atirou porque teve um motivo para fazê-lo.'

Ela baixou a arma. Seu cérebro gritava para que ela acabasse com ele agora mesmo, mas ela sabia tão bem quanto ele que não podia. Ele tinha dito o porque. Não havia um motivo. E havia mais. Mas isso ela não admitiria nem para ela mesma. Sentia-se irresistivelmente atraída por esse homem de quem deveria se afastar.

'Eu vim aqui para ajudá-la.' Sabia que estava se metendo em encrenca, mas não poderia voltar a ter paz depois de conhecê-la, se a deixasse simplesmente.

'Novamente o pretensioso lord... Já não lhe disse ontem que eu não preciso de sua ajuda? Não a pedi, pelo que eu me lembre...'

'O fato de não tê-la pedido não me impede de vir aqui oferecê-la, senhorita.'

Foi então que eles ouviram novas batidas na porta. E o recepcionista não tinha feito nenhum anúncio.

'Esconda-se.' Ela ordenou.

'Mas porq...' ele tentou perguntar.

'Apenas faça como eu ordenei', ela falou, em voz tão baixa que parecia um silvo. E a urgência e a firmeza da voz dela mostraram a ele que o melhor era obedecer, ela parecia saber o que estava fazendo. Mais, parecia pressentir o perigo.

Ele se ocultou atrás de um biombo onde estava pendurado o hobby dela.

Viu que ela apenas ocultou a mão com a arma nas dobras do vestido e se aproximou da porta, dizendo 'Quem está aí?' com voz desmaiada, como se tivesse acabado de acordar.

Ninguém respondeu, mas a porta veio abaixo com um pontapé e antes que ela pudesse atirar um homem apontava a arma em direção ao peito dela. Droga, Roxton pensou, estava novamente desarmado. Não imaginou que ia se meter em confusão...

'Ora, ora, Senhorita Krux... Ou devo chamá-la Senhorita Smith... Ah, melhor, Baronesa Von Helsing! Ou qualquer um de seus outros nomes?' o homem falava um alemão carregado.

'Eu o conheço, senhor?'

'Não, e eu só a vi em festas e eventos na Alemanha, senhorita, quando foi responsável pela morte de muitos soldados alemães em função dos seus serviços de espionagem – como agente dupla. Mas meu marechal de campo a conhece bem... E não ficou nada satisfeito com o fim que a senhorita deu a meu companheiro ontem à noite...'

'E mesmo assim ele se dispôs a perder mais um homem enviando você aqui hoje?' ela disse, sarcástica.

'Quem tem as cartas na mão hoje sou eu, senhorita. E a senhorita acaba de perder o jogo' ele disse, engatilhando a arma.

Mas antes que ele atirasse, Roxton saiu de trás do biombo, distraindo o homem. Marguerite apontou a arma para o alemão, mas não atirou ainda. Ela pretendia descobrir quem era o chefe dele e o que queriam dela. Mas então o homem apontou para Roxton, que começou uma luta corpo a corpo, com o alemão empunhando a arma perigosamente contra o lord. O lord desarmou-o e eles começaram a brigar. O alemão era mais alto que Roxton, e num golpe de sorte conseguiu acertar o rosto dele, desequilibrando-o.

Enquanto John tentava equilibrar-se novamente, o alemão tentou alcançar a arma, mas Marguerite se interpôs no caminho dele. Ela atirou, mas ele a desarmou e o tiro não acertou nele. Então, ele bateu no rosto dela, com tanta força que a desequilibrou, e quando ela voltou a olhar para ele com os olhos quase transparentes podia-se ver um fio de sangue correndo de sua narina e de seu lábio. Ele ia dar-lhe um outro soco para derrubá-la quando Roxton o pegou e o derrubou. Eles continuaram lutando no chão, quando ele pegou sua arma. Mas antes que ele pudesse atirar em Roxton, Marguerite, que tinha também recuperado sua pistola, atirou no alemão encostando a arma em suas costas, evitando ao máximo o estampido. E o homem caiu morto.

Ela encostou a porta com o trinco quebrado, colocando uma cadeira para servir de tranca provisória. E voltou-se para o lord, agora em pé.

'Como eles descobriram que eu estava aqui? Como você descobriu que eu estava aqui?'

'O taxista. Telefonei para ele ontem à noite. E hoje pela manhã segui seu táxi até aqui.' – ele decidiu que contar a verdade era o melhor, havia muito perigo no desconhecido, pelo que ele podia notar.

Ela ficou desconcertada com a resposta dele.

'Por que você está me seguindo?' será que ele também era parte de alguma perseguição? Bom, pelo menos ele não estava com aquele grupo de alemães. E tinha tentado defendê-la. Mas por quê? Que interesse teria em mantê-la viva? O que ele queria?

'Você está bem?' ele perguntou, com voz preocupada, e sacou um lenço aproximando-se dela. Ela não entendeu o gesto e tentou se afastar dele, até vê-lo tocar com o lenço o lado de seu rosto. Ela se encolheu involuntariamente ao toque dele, porque percebeu a dor que sentia. 'Parece que ele a feriu.'

'Nada demais.' Ela disse, afastando-se e se colocando de forma a ver a janela, mas sem ficar na linha de algum possível atirador. Não demorou muito e um tiro ecoou, estilhaçando as vidraças.

Ela pegou apenas uma pequena valise com suas coisas, enquanto ordenou: 'Precisamos sair daqui, agora.'

'Venha' ele disse.

Na recepção, o recepcionista estava desacordado, provavelmente posto fora de combate pelo alemão que tinha ido ao seu quarto. Ela rapidamente retirou o livro de registros e sumiu com a sua ficha. Eles saíram silenciosamente pelas portas do fundo, ouvindo outro homem entrar pela recepção e subir – provavelmente o mesmo que tinha atirado na vidraça.

'Espere, eles podem ter gente nos observando, mesmo nos fundos do prédio.'

'Eu vou lá fora para avaliar.'

'Eles o viram ontem, se você sair agora saberão que estava comigo.'

Ela olhou uma porta, e depois de verificar pela bandeira lateral da mesma, notou que dava para uma viela entre prédios, onde só era possível entrar nos outros prédios (não tinha saída para rua).

'Vamos, por aqui.'

Eles entraram em um dos outros prédios, e aguardaram até ouvirem as sirenes da polícia que tinha sido chamada por causa dos tiros.

Só então saíram pela entrada de um dos outros prédios, como se nada tivesse acontecido. Em silêncio, ele chamou um táxi e ordenou que seguisse para sua casa.

'Não irei com você, milord.' Ela disse secamente, quando ele estendeu a mão para ajudá-la a subir.

Ele realmente perdeu a calma nessa hora. Pegando-a pelo braço, ele a obrigou a entrar no carro. Os olhos dela também fuzilavam de raiva, mas ela não disse nada. Não precisava de um escândalo em plena luz do dia, não quando a polícia tinha estado tão próxima.

Seguiram em silencio. Chegando à casa dos Roxton, ele pediu imediatamente para James chamar um carro para levá-lo a Avebury. Seria seguro sair dali, e a mulher estaria mais segura em sua companhia – isso era o que ele pensava. Quando James saiu, ele viu que ela estava se dirigindo para a porta, sorrateiramente.

'Onde você pensa que vai?'

'Vou embora, milord. Não sou sua prisioneira, e entendo que um lord de posses não esteja interessado em um seqüestro ou resgate, portanto, deixe-me ir.'

'Espere. Pelo menos cuide desse ferimento.' Enquanto esperavam o carro, ele ordenou que James fechasse toda a casa, e que trouxesse gelo para que ela pusesse no machucado em seu rosto.

'O senhor pode partir e deixar esse problema para que eu resolva, milord.' Ela disse, enquanto ele colocava o gelo envolvido num lenço no rosto dela, onde um traço violáceo começava a se formar em função do soco.

'Tenho certeza que a senhorita resolveria tudo sem minha ajuda, mas insisto que siga comigo.' Ele tinha notado que o melhor era não dizer que ela precisava dele, e ele tinha a certeza de que ela realmente resolveria tudo, mas talvez fosse difícil e perigoso do jeito dela, e sozinha.

Ela ficou séria: 'Senhor, creio que não compreenda o problema em que está se envolvendo. Essas pessoas querem a minha cabeça e não vão parar enquanto não conseguirem. O senhor não tem nada a ver com isso, e tenho certeza que não gostaria de sujar-se em toda a lama envolvida nessa estória.' O tom de voz dela agora era cortante como o fio de uma navalha. Ela sabia ser dura. E estava impassível.

'Mais uma razão para a senhorita considerar a possibilidade de aceitar minha ajuda. Não tenho nada a perder, senhorita, e muito a ganhar, se a senhorita resolver continuar viva.' Ele queria descobrir as possibilidades que existiam naquela mulher que o enfeitiçava, e não tinha realmente nada a perder.

'Eles não hesitarão em matá-lo também.' Ela hesitou. O que ele teria a ganhar se ela continuasse viva? Seu cérebro trabalhava febrilmente.

'Eu fui condenado à prisão durante a guerra para proteger um espião, sob a falsa acusação de espionagem. Sei o que é a prisão, sei o que foi a guerra, e como disse não tenho nada a perder. Sei também o que essas pessoas são capazes de fazer, senhorita, e se estiver sozinha as coisas podem ser um pouco mais difíceis. Eu lhe garanto que tenho absoluta consciência do perigo envolvido nisso.' Ele disse. Notou que um flash de reconhecimento perpassou pelo rosto dela. Mas rapidamente foi substituído por apreensão quando ela ouviu ruídos.

'O carro chegou, milord.'

'Venha, vamos agora, sim?'

Ela hesitou. Não queria envolver um desconhecido naquela caçada que terminaria em morte, mais provavelmente com a morte dela – e com a dele e a de quem mais tentasse ajudá-la. Mas com as chances contra ela, não seria sábio rejeitar ajuda. E quanto ele já estava envolvido? Será que os homens o tinham visto e o tinham "marcado"? Será que o tinham seguido hoje de manhã? E seria uma coincidência ele mencionar a prisão para defender um espião durante a guerra? Ou será que ele sabia de alguma forma que ela era Parsifal? Afinal, o alemão, antes de morrer no quarto de hotel, havia chamado-a de Baronesa Von Helsing!

'Eu não tenho como pagar os serviços de um guarda-costas.' Ela foi irônica.

Ele se ofendeu 'Não se paga a oferta de um amigo, senhorita. E é assim que eu quero ajudá-la. Não sou um mercenário. Pelo menos venha até Avebury. Lá poderá decidir o que quer fazer. Não creio que eles irão nos seguir até lá.'

CONTINUA...

Bom, pessoal, essa é uma fic terminada, então, publicar as próximas partes depende apenas do fluxo de Reviews...

Estão vendo esse botãozinho GO aí embaixo? Isso, bem no canto inferior esquerdo... Taí! ;-)