DISCLAIMER: Todos os personagens da série "Sir Arthur Conan Doyle's The Lost World" são propriedade de John Landis, Telescene, Coote/Hayes, DirecTV, New Line Television, Space, Action Adventure Network, Goodman/Rosen Productions, e Richmel Productions (perdoem qualquer omissão).

Notas: não, eu não sou dona dos personagens… Mas isso não me impede de amá-los!

Spoilers: cada episódio que me permitiu conhecer um pouco mais sobre esse personagem... (ou seja, TODOS!)

Obs: tributo premiado com o 1º lugar no concurso Tributo Ned do grupo TLW Casa da Árvore

Classificados...

Procura-se. Um homem jovem. Louro e de olhos muito azuis. Ar sonhador, corpo de lutador, e um sorriso de menino.

Um homem que chegou ao platô com o objetivo de obter a reportagem que mudaria sua carreira. E que acabou descobrindo no platô mais que isso: o furo de reportagem de sua própria vida.

Um rapaz que esteve na guerra como correspondente. Que viu a morte pela primeira vez nos olhos de um combatente. Num campo em que amigos e inimigos distinguem-se apenas pela língua que falam e pela cor ou feitio do uniforme. Que não pôde aceitar a matança de homens por outros homens iguais em sua essência.

Um rapaz que aventurou-se numa expedição para satisfazer um capricho. Um capricho de alguém que ele julgava amar, mas que não hesitou em lhe pedir que arriscasse a vida futilmente.

Que veio de lápis e papel em punho, pronto para relatar cada detalhe, cada nuance dos acontecimentos. Mas que encontrou muito mais que objetos para seu relato na viagem.

Que encontrou no mundo perdido a mulher com quem compartilhar sua vida. Uma mulher que o amava tanto que jamais pediria que ele arriscasse futilmente sua vida em uma aventura qualquer. Que finalmente entendeu a clara diferença entre o suposto amor antigo e o verdadeiro amor atual.

Procura-se um rapaz. Que em sua insegurança de moço exposto cedo demais à dureza da guerra, partiu em busca de si mesmo. Procura-se um homem que só quer se encontrar. Que só busca as respostas das perguntas com que convive desde sempre.

Procura-se esse rapaz. Um homem forte e nobre, corajoso e imaginativo, quixotesco e romântico. Um homem que nem sempre vê seu próprio valor, ofuscado pelos valores mais instintivos ressaltados pela selva inóspita em que encontrou seu verdadeiro lar.

Procura-se o homem que busca a si mesmo. Que partiu numa jornada em que o objetivo, a meta, é a própria jornada em si. Um homem que ainda não descobriu que a maior jornada é aquela interior, aquela que se faz para dentro de si mesmo, sem sair do lugar onde se está.

Procura-se esse homem. Carrega seus diários. Sua pena, seu lápis. Seu tesouro está nas palavras que escreve, nas palavras que o afogam, nas palavras que às vezes o atordoam tanto que o impedem de agir. Nas palavras que quer dizer mas que só consegue muitas vezes escrever.

Procura-se. Há pelo menos quatro pessoas no platô que o procuram. Que o vêm procurando. E que vão continuar a procurá-lo. Até encontrá-lo. Ou até que ele se encontre e decida voltar para o seio dos seus. E então a busca terá terminado. Todas as buscas terão terminado. Concluídas como todas as buscas bem-sucedidas deveriam ser: com um doce e definitivo encontro...