Segundo capítulo da fic.

Me desculpem pela demora de colocar o segundo capítulo. Vocês gostaram do primeiro fãs?? eco

ok. No coments.

By: Ryoko Hakubi


(...) Bendita ironia que Deus me deu. Ele me fitou por alguns instantes antes de bater a porta do quarto e ir embora. Eu saí logo atrás totalmente enfurecida. "Vai chegar um dia que eu não vou agüentar"?! Ora bolas quem não ia agüentar toda aquela galinhagem era eu. Passei o resto do dia treinando tiro ao alvo, talvez fosse necessário mais tarde. Quando já tinha escurecido, e não tinha mais condição nenhuma de ficar atirando em uma cabeça pintada num papel a cem metros de distância, eu voltei pro alojamento. Dois guardas estavam de plantão, uma soldado machudona da tropa da Dra. Cata-todos e o Zeiro.

Um vulto correndo na direção do alojamento de noite, era o que a machudona queria pra sair pela base mostrando que eu tinha sido sua professora de tiro. Mas nem tendo mil aulas comigo ela ia aprender a pensar antes de agir, gente burra é assim mesmo. O vulto não era nenhum inimigo, era a minha Sub-Tenente Tabosa e um dos tiros pegou em cheio no peito dela. Eu não sabia o que fazer, um desespero imenso me invadiu, pois além de tudo ela era minha amiga. Foi o Zeiro quem me tirou da inércia e me levou até onde a pombinha estava. Eu abaixei e percebi que por um milagre ela ainda estava viva afinal o tiro tinha sido certeiro. Essa foi a primeira vez que a Dra. Little chegou na hora certa e levou-a pra enfermaria. - Se a minha Sub-Tenente morrer, eu mesma mato essa mulher.- Tantas coisas passavam pela minha cabeça naquela hora. Eu tinha realmente tinha vontade de matá-la, mas só a suspendi, enquanto decidia o que fazer com ela.
- Coronel, o general a chama para uma reunião urgente.- Era a minha tenente predileta, que sempre chega na hora certa. Sp, com certeza ela já sabia o que tinha acontecido. - Sim, mas antes eu preciso trocar a minha roupa que está suja de sangue. Você vem comigo, tenente.
Diante de todos eu não fazia distinção entre ela e os meus outros subordinados, mas ela sabia que por trás da minha ordem tinha um pedido desesperado de uma amiga. Estranhamente, aquela mulher me conhecia melhor do que eu mesma. Mandei que Zeiro continuasse de guarda, e fui pro meu quarto com Sp. Eu ainda estava muito abalada, a imagem de pombinha desmaiada no chão ainda estava muito forte em minha mente. Tudo o que eu queria é que ela não morresse. Sapphire ouvia atenta a história, parava apenas para dizer "aquela vaquinha...", só quando eu acabei de contar tudo sobre o general e a pombinha ela se pronunciou.
- A pombinha vai ficar bem, ela é forte. Você quer ver? Nós ainda vamos rir disso tudo. Quanto ao nosso timo-timo, você não deve se importar com essa medicazinha, ela só quer te provocar. Aposto que foi a sala dele só pra te fazer raiva porque não é novidade nenhuma pra ninguém que você morre de ciúme daquele homem.
- É eu só espero que ele não tenha.
- Quer saber rk, eu até acho que sim. Ele é louco por médicas arretadas, né!
Ela adorava tirar onda com a minha cara. Falava fazendo uma expressão de "Deixa de ser lesa, sua coisa!!".
Eu daria tudo pra ficar a madrugada inteira conversando com ela, só que a tal "reunião urgente" me chamava. A Sapphire me falou que a Dra. Cata-todos estaria lá, me desejou boa-sorte e disse que preferia ir ver a pombinha. Meu sangue ferveu só de pensar que eu dividiria a mesma sala com a vadia. Mas como aquela era uma reunião estritamente profissional, eu não deveria deixar meus problemas pessoais influenciarem nela. Na sala, a Dra. mantinha o sorriso cínico de quando os flagrei, o general estava muito sério e eu...Ah...eu continuava com o jeito frio de antes. - Mandou me chamar, senhor?
- Sim, temos um problema.
O jeito sucinto dele me incomodava, o fato de ele resumir coisas enormes em duas palavras, foi assim quando ele me pediu em casamento, virou pra mim um dia e disse "casa comigo?". É eu também não podia querer que ele escrevesse um livro pra me pedir em casamento.
- O senhor poderia ser um pouco mais claro, SENHOR?
Eu desejava ardentemente que cada palavra minha fosse uma faca, bem afiada e amolada, pra cortá-lo em mil pedaços.
- Posso sim, sente-se, Coronel.
Eu era sarcástica, ele também. A guerra foi declarada.
- Estou bem de pé, SENHOR.
Eu não ia perder a chance de contrariá-lo, né!
- Eu não perguntei se você estava bem, coronel. Apenas MANDEI você sentar.
Ele adorava mandar, era dominador em todos os sentidos, até na...er.. eu realmente não podia desobedecer ali, afinal a Dra. "Eu sou a vaca do quartel" estava ali e eu podia acabar sendo prejudicada. Sentei.
- Interceptamos uma mensagem da Flooderland. Eles pretendem nós atacar amanhã a meia-noite.
- Enfim! alguma ação.... Mas nossa tropa está comprometida, minha sub-tenente foi atingida hoje.
- Sub-tenente? Quem era a sua sub-tenente?
- Tabosa.
Ele me olhou, acho que percebeu um quê de tristeza no ar. Com uma voz, seca, fria, quase inaudível ele mandou que eu buscasse um novo sub-tenente na outra base. Em contraste com a voz, seus olhos eram os mais doces do mundo, pareciam querer correr pra mim e me confortar. Era incrível a Cata-todos ainda não tinha dito uma palavra sequer, aquilo parecia um sonho. Eu me dirigi a ela.
- Como está minha sub-tenente?
- Estamos fazendo tudo o que podemos. - É o que eu espero. Com licença.
Pouco me importava se ele ia ficar sozinho ou não com a Little, eu só queria ir buscar o novo sub-tenente e depois dormir um pouco. O dia tinha sido péssimo e onde estava metida a Sp, eu não podia escolher o novo sub-tenente sozinha. Bati na porta do quarto dela.
- Tenente Sapphire!! Tenente... Sapphire.. Ela saiu do quarto totalmente descomposta, com os cabelos assanhados e colocando a roupa.
- Isso é jeito de se apresentar, Tenente!
- Ryoko, fala sério, você bate no meu quarto tarde da noite e quer que eu saia como? Maquiada? Pronta pra gravar um comercial de TV?
- Chata! O que você tava fazendo?
- Tava calculando umas coisas com o Hajime. Que que você quer?
- Vamos buscar o novo sub-tenente.
- "O" sub-tenente, é?
- Uhum.
Enfim estávamos a caminho da outra base, um tanto empolgadas com nossa "difícil" missão. Nem depois de casadas nós tínhamos deixado de admirar os milagres da natureza. Sempre tinha sido assim e nunca mudaria.
A base onde íamos buscar o tal sub-tenente já tinha sido avisada de que eu estava a caminho, então separaram os melhores de lá pra que eu escolhesse. Quando cheguei todos eles estavam me esperando, propositalmente ou não, sem camisa e em posição de sentido. Era muito boa a sensação de ter todos aqueles homens subordinados a mim. - Sapphire, olha aquele ali.
Ele era branco, alto, tórax e abdomem bem definidos e olhos azuis. Não era feio.
- Não, não. Ele é muito branquelo. Que contradição a Sp falar isso, pois o homem com quem ela dormia não era a mais negra das criaturas, pelo contrário. Mas assim apontamos alguns rapazes, até que eu finalmente o achei. Moreno queimado de sol, um olhar de derrubar qualquer avião, acho que ele tinha 1,80 de altura, saradérrimo, era bonito de corpo e de rosto e tinha umas pernas. Olhei a targetinha dele. Marçal, esse era o nome de guerra daquele anjo. Um anjo que estava prestes a me mostrar o caminho do inferno.
- Sub-tenente Marçal, esta missão é muito perigosa, está ciente de que podes não voltar?
- Sim senhora, e eu morreria feliz pela minha pátria.
- Muito bem. Pegue suas coisas.