Well, well, well...

Bom povo, aqui o terceiro capítulo da nossa maravilhosa fic. Sabiam que uma editora entrou em contato comigo para publica-la? Não, né? Pois é nem eu e nem a editora sabíamos. Bom, gente. Espero que vocês estejam gostando, não vou perguntar para poupá-los de responder. cof cof

O capítulo pode parecer mais longo que os outros, mas não é eu só arrumei ele pra não ficar aquela coisa amontoada.xD

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By Rk-chan


(...)
- Sim senhora, e eu morreria feliz pela minha pátria.

- Muito bem. Pegue suas coisas.

O Coronel dessa base o liberou. E enquanto o meu novo sub-tenente se arrumava pra partir eu e Sapphire conversávamos no carro.

- Você esqueceu a pombinha bem rápido, hein!

- Ahh, Sp, me poupe dos seus comentários... mas se bem que é verdade. Hahahaha.

Duas palavras e risadinhas, sempre era assim quando estávamos sozinhas. Ríamos mais do que falávamos, mas era isso que fazia a nossa amizade especial, única. Pelo menos era o que nós achávamos.

- Lá vem ele, Sp.- Meu Deus, eu acho que nunca tinha olhado um homem com tanto desejo. Dúdido que ele não tenha percebido. Até a Sp tinha deixado a formalidade de sempre, pra elogiar aquele deus grego.

- Aiii! Que gostoso!

- Sp, você é casada!! Tenha vergonha!

- E você não, né?!

Depois de nos recompormos e do pequeno corte, ela ajeitou os óculos, que sempre a acompanharam (era impossível imaginar a Sp sem eles). Ele entrou no carro. No caminho de volta apenas descrevemos a missão, porque como dizia mamãe "primeiro a obrigação, depois a devoção".

Na base tudo parecia normal, nós queríamos que eles pensassem que não sabíamos do ataque, assim poderíamos fazer uma surpresinha pra eles. Eu fui direto pro meu quarto eram três da manhã e eu estava morta, acabada. Eu sabia o que me esperava e foi difícil encontrar ar antes de entrar naquele quarto. Ele já estava dormindo, totalmente coberto, parecia estar mergulhado no melhor dos sonhos. Tudo o que eu precisava era um banho bem gelado. Cada gota de água batia em meu corpo, como se fosse me furar, a sensação era muito boa. Não que eu fosse sado ou algo assim, eu só estava precisando relaxar, deixar aquela sensação percorrer meu corpo. Eu estava ali, no meio da madrugada, tomando banho, desejando alguém que dormia profundamente. Todos os meus poros mostravam o que eu queria.

Saí do banho, com meu roupão lilás. Ele não realçava nem minha cor, nem meus olhos, nem nada, mas eu gostava dele. Sentei na cadeira em frente a penteadeira, e comecei a escovar o meu cabelo, ele estava enorme, quase na cintura e no tom natural. Eu sempre tive horror a tinturas, tanto que desisti de pagar a promessa de pintar o cabelo de rosa quando passei no vestibular.

Tirei o roupão. Eu não me incomodava nem um pouco em ficar nua naquele momento, ele estava dormindo mesmo. Até que eu queria que ele tivesse acordado naquela hora. Procurei uma camisola em meu guarda-roupa e a vesti, se você ainda ficou com alguma dúvida, sim, vesti somente a camisola. Enfim, eu deitei, de costas pra ele. Realmente pensei que iria dormir, mas senti dois braços enlaçando minha cintura e me puxando pra perto de seu dono.

- Timo?

Minha voz estava trêmula, agradecendo por ele estar acordado e ao mesmo tempo desejando que tudo aquilo fosse apenas fruto da minha imaginação. Ele não respondeu, talvez estivesse ocupado demais beijando meu pescoço, fazendo com que eu me arrepiasse da cabeça aos pés. Mas, eu não ia jogar eu meu orgulho assim pelo ralo. Não mesmo! Não ia ser fácil desse jeito.

- Pare...

Ele sabia quando ficar surdo, continuava concentrado fazendo com que eu ficasse com cada vez mais vontade de esquecer aquela história toda. A minha maldita boca também. Eu falava um "pare" que parecia mais um "continua".

- Timo... Para, por favor.

E mais uma tentativa, sem sucesso, de esconder que eu tava muito afim.

- Eu não quero.

E eu conseguia mentir numa hora dessas?

- Tem certeza que não quer? Eu te vi no banho, te vi colocando só a camisola, você estava me convidando a isso. E você sabe muito bem que eu não resisto...

Os beijos dele e as carícias, enquanto falava, me deixavam cada vez mais mole. Eu quase não podia resistir aquilo.

- Eu não quero e você sabe porque.

- Ahhh, peloamordeDeus. Essa história de novo não. Eu já falei e repeti: Não tem nada!- Ele se afastou e eu virei de costas tentando fingir repulsa, apenas tentando.

- Você não me provou nada. Tudo que eu sei foi que eu vi vocês juntos...- eu continuava de costas, totalmente vulnerável, sem poder ver o que ele fazia... só não sei se propositalmente ou não.

- Nós estávamos conversando...- Ele se calou e eu só pude senti-lo me abraçando... - Depois que nós ficamos juntos eu não fiz com nenhuma outra mulher o que gosto de fazer com você...só com você...

Ele sabia dizer a coisa certa na hora certa, sussurrar ao meu ouvido aquilo que eu gostava de ouvir...mas eu ainda era mto orgulhosa...

- Hahaha é é?! - Eu estava completamente sem argumentos, ele tinha voltado a me beijar, suas mãos continuavam me desvendando, me apertando contra ele.

- É, Ryoko, eu te amo, não posso te trair, eu estaria traindo a mim mesmo... Acredita. - As palavras eram quase inaudíveis, a respiração dele demonstrava o quanto ele me queria, aquele quarto emanava desejo. Eu quase não podia me conter.

Mas dizem que a pior resposta é o desprezo. Foi isso que eu fiz, saí do quarto deixando-o sozinho com os beijos dele. Sentei na frente do alojamento e fiquei lá, olhando o céu, lindo. Ouvi uma voz.

- Coronel... - Eu virei e vi o sub-tenente Marçal em posição de sentido, olhei pra ele por dois segundos.

- Fala sério... - eu continuei fitando as estrelas, totalmente alheia, pensando no homem que eu tinha desprezado.

- A Sra. também não consegue dormir? - Eu não olhava pra ele, mas sabia que ele analisava cada centimetro do meu corpo, lembrei, então, que estava só de camisola, literalmente.

- Não - respondi secamente ainda sem olhar pra ele...

- Ryoko, não precisa ser assim, nos conhecemos a quantos anos? Te conheci antes do seu marido pensar em existir na sua vida. - Ele parecia tão doce como sempre foi, nossa só de pensar quem aquele homem tinha sido em minha vida...

- Eu sei Dersão, mas é que sabe aqueles dias em que tudo parece dar errado? Hoje foi um desses. - Eu falei com um sorriso amarelo, meio que pedindo desculpas pela frieza.

- Você sabe que sou seu amigo, acima de qualquer coisa, sempre fui e sempre vou ser.

- Eu sei sim... foi muito bom você estar naquela base, eu estava mesmo precisando de amigos na minha tropa.

- Providencia divina Ryoko, providencia divina... - Disse ele sorrindo, e que sorriso! Eu nunca consegui me decidir entre o galante-sedutor e o amigo-indispensável-de-todas-as-horas. Que agora estava podendo ter a "saborosa" visão de mim semi-nua e ainda à luz da lua.

- Eu vou entrar agora, amanhã será um longo dia. Boa Noite Dersão.

- Boa noite Ipanema... – Um beijo de boa noite entre amigos que quase ultrapassava os limites da amizade. Ele ainda mexia comigo, claro que mexia, nós tivemos uma história juntos, e que bela história. Ele ainda se lembrava de como nos conhecemos há 16 anos. O tempo tinha feito muito bem a ele, infelizmente eu tinha que entrar. O general se não estivesse dormindo de verdade, estava possesso da vida.