Quando finalmente Lílian tomou coragem para encará-lo, ele estava sorrindo.
- Como assim... Você não está chateado? - ela perguntou, insegura.
- Porque eu estaria? Durante meses você esteve aturando o Malfoy enquanto eu estava nas melhores companhias de Hogwarts. E no final, estamos juntos, não estamos? - ele riu, debochado - Com certeza você não ganhou nada estando com ele e eu me diverti muito estando solteiro.
Lílian olhou para ele, fingindo estar ofendida e ele a puxou para um beijo, num pedido de desculpas "à lá Potter". Quando o beijo cessou, Lílian viu sua oportunidade voltar. Abraçou-o pela cintura e deu-lhe um beijo no pescoço.
- Tiago, acho que naquela noite eu fui um pouco dura com a gente - ela sussurrou no ouvido dele. Ele automaticamente se afastou e olhou para ela, interessado - o que eu mais quero é casar com você, se você ainda quiser, claro!
- Poxa, se você me dissesse antes... - ele desculpou-se, olhando para o chão. Quando ela iria perguntar qual o problema, ele continuou - eu não tenho mais o anel.
- Ah, não tem? - ela perguntou, fingindo naturalidade. O desapontamento parecia querer escapar por sua garganta a qualquer custo - então...
- Não... Mas ainda tenho aquele chicle de baba e bola, aceita? - ele perguntou, rindo e tirando o "chicle" do bolso.
- Aceito - ela respondeu, beijando-o por toda face, sorridente.
Mais uma vez quando ela tocou o doce, ele virou um anel de ouro com um discreto e reluzente brilhante solitário. Mas dessa vez, ela colocou-o no dedo, achando que ele ficara ainda mais bonito em sua mão.
- Eu nunca achei que ficaria feliz assumindo um compromisso. Você definitivamente me distorceu, Lily - ele comentou, ajudando-a a levantar.
- E eu nunca achei que um dia fosse dizer que amo Tiago Potter. Estamos os dois distorcidos nesse caso - ela retrucou, aceitando a ajuda.
- E quando foi que você disse?
- Ah, eu ainda não te contei? - ela perguntou e ele negou - desculpe, achei que estava subentendido.
- Sou um pouco devagar nessas coisas. Poderia dizer com todas as palavras para que eu nunca mais esqueça?
- Te amo, Tiago Potter. E não se preocupe, porque você vai ouvir essas palavras saírem de minha boca com tanta freqüência que vai enjoar...
- Duvido!
- Do que? Que eu vá dizer isso muitas e muitas vezes?
- Não... Duvido que eu vá enjoar...
Os N.I.E.M.s passaram trazendo um leve conforto para os alunos e muita nostalgia. Após o último exame, transfiguração, era dar dois passos e ver algum setimanista de despedindo de todos com lágrimas nos olhos. Durante a noite, enquanto os setimanistas mais desorganizados arrumavam as malas, Lílian saia num passeio de vassoura com o noivo ainda fardados. Ele prometera fazer a última noite deles em Hogwarts especial e estava cumprindo. Não havia lua no céu claro, mas as estrelas estavam brilhantes e chamativas.
Desceram na orla da floresta e caminharam abraçados, Tiago ia guiando.
Estavam próximos do Salgueiro Lutador. Ops, mais próximos. Ok, estavam o mais perto que Lílian podia suportar.
- Tiago, aonde estamos indo? - ela perguntou enquanto ele observava radiante, a árvore.
- Eu vou sentir falta dessa árvore. Quantas aventuras... - ele murmurou, abraçando Lílian com mais força. Essa floresta, esse castelo...
- É, eu também vou sentir muita falta daqui, sim...
- Bom, vamos entrar, teremos que acordar cedo amanhã, para a solenidade - ele falou com um tom energético.
Entraram no castelo e como não puderam evitar, entraram numa das salas para aproveitar a última noite deles em Hogwarts. Segundos depois de se acomodarem próximos a uma janela, as bocas já estavam grudadas, num beijo que Lílian não conseguia resistir. Numa dança sensual, os corpos se moveram para a mesa do professor. A intensidade e a intimidade das carícias aumentavam por segundo e o coração dela batia cada vez mais rápido e mais forte. As mãos dele passeavam por todo o corpo da ruiva e ela gemia baixo a cada toque mais íntimo, encorajando-o a continuar.
Lílian arrancou com dificuldade a capa dele, ao passo que ele beijava seu pescoço e acariciava sem pressa suas coxas. Os olhos se encontravam entre uma carícia e outra, deixando-a cada vez mais segura do que fazia. Estavam quase despidos quando ele parou de beijá-la.
- Lily, nós estamos numa sala...
- E daí?
- Nada, esquece...
Continuaram a se beijar, Lílian ficando ainda mais excitada. Ela deitou no chão de pedra e ele deitou-se sobre ela. Naquela noite se entregou, feliz por sua primeira vez ser com um cara que ela amava tanto...
- Acho que assim como eu, muitos dos que cresceram como trouxa se assustaram ao receber a carta de Hogwarts. Eu assumo que pensei estar dando o nó da minha forca quando aceitei entrar aqui, mais por curiosidade do que por qualquer coisa. Na minha primeira semana, pensei estar internada no hospício, onde todos podiam fazer magia, quadros se mexiam, fantasmas ensinavam, pessoas se transformavam em bicho e escadas se mexiam. Hoje, eu reconheço esse "hospício" como lar, e considero louco todo aquele que tive a chance de vir para cá e recusou - Amanda Finnegan discursou e o salão prorrompeu em aplausos.
A solenidade estava no fim. Lílian tinha lágrimas nos olhos, como muitos outros alunos. Alguns foram escolhidos como "oradores" da turma, mas apenas os mesmos sabiam até então. Dumbledore levantou e anunciou o próximo "orador".
- Esse foi, sem dúvida, um dos alunos que mais deram trabalho a Hogwarts. Bateu o recorde em detenções junto com seu parceiro inseparável e nem com um monitor seguindo seus passos diminuiu suas trapalhadas. Tiago Potter! - ele chamou e Tiago levantou ao seu lado, surpreendendo a quase todos. Os marotos, naturalmente já sabiam.
- Nos últimos sete anos eu aprendi as mais diversas coisas, com professores nada convencionais. Fiz amigos e cultivei irmãos. Conheci pessoas não tão agradáveis - e nisso ele olhou disfarçadamente para Snape - e pessoas que vou amar pelo resto dos meus dias - dessa vez olhou pausadamente para Lílian os Marotos. - Sem dúvida, hoje estou virando uma página no livro da minha vida. Virar, sim. Esquecer, jamais.
Mais uma vez o lugar se encheu de aplausos e o coração de Lílian se encheu de alegria. Após mais dois discursos, todos cantaram o Hino, e pela primeira vez desde que Lílian entrara ali, no mesmo ritmo. Depois, os alunos abraçaram-se, muitos olhos marejados e saíram, já comentando o que vestiriam na festa. Poucos pensavam em descansar, e Lílian estava entre os que ficariam acordados e se arrumando. Apesar da noite... Uh... Cheia, ela não estava nem um pouco cansada. Bom, talvez um pouco, mas a expectiva de ver seu irmão não a deixava dormir. Arrumou-se, junto com as amigas. Embora parecesse milagre, o quarto não estava um caos, já que todas separaram o que seria usado no baile na véspera.
- Bom, eu pretendo trabalhar com os trouxas, quero conhecer eles de perto. Tenho todos os N.O.M.'s necessários e garanto que fui bem nos N.I.E.M.s - Polly comentou, pondo um dos sapatos.
- Nah, isso pra mim é pouco. Eu vou ser domadora de dragões - Anne disse, rindo das próprias loucuras. Sempre gostara das coisas mais difíceis.
- Até que um deles queime seu cabelo, ai você toma juízo e vai ser outra coisa, né? - Clarie solapou ao que a amiga fez uma careta.
- Nope, lá eles usam capacetes com o próprio couro de dragão.
- Lily, o que você pretende fazer? - Clarie perguntou e Lílian que só rira até agora, tomou ar para responder.
- Bom, eu quero ser Curandeira. Mas pode ser legal ser aurora também, depois da morte de meu pai eu tenmho pensado muito nisso - ela respondeu com o olhar vago.
- Taí, gostei da idéia. To contigo e não abro, mas... Você tem todos os N.O.M.'s? - Cherr perguntou, curiosa.
- Tenho, são quase os mesmos. Então, eu só preciso ver quais serão meus N.I.E.M's e decido o que vou fazer - Lílian respondeu, já ajeitando o cabelo.
- Pois eu vou viver como trouxa e ficarei famosa como curandeira. Poções para todo o tipo de coisa. Principalmente as Poções de Amor - Cherr comentou, fazendo Lílian rir - o que? O que há com minha profissão? - ela perguntou, inocentemente.
Entraram no Expresso de Hogwarts bastante animados. Como estavam indo um dia antes do normal, o trem ia totalmente vazio, apenas ocupado pelos estudantes recém-formados. Estavam na mesma cabine Lílian, Tiago, Sirius, Cherr e Richard (o novo namorado de Cherr). Depois de quase uma hora de viagem, na qual Lílian ficava indo da cabine onde as outras amigas estavam para a cabine onde ela se instalara, eles ampliaram magicamente a primeira e alojaram Clarie, Lupin, Pedro, Anne, Polly, Thomas e Jimmy. Enfim, todos conversando animadamente, Duvessa andando de colo em colo e recebendo afagos de todas as pessoas. Enquanto todos queriam que aquele momento durasse bastante, Lílian queria chegar logo na estação para dar um abraço apertado no irmão.
Meia hora depois do carrinho de doces passar pela super cabine, Malfoy apareceu com seus comparsas Crabbe e Goyle atrás como sempre.
- Lily, posso falar com você? - ele pediu, educado.
- Não. Você não pode - Tiago se adiantou, pondo-se na frente da noiva.
- Potter, você não entendeu. Eu perguntei a bLílian/b se ela pode falar comigo. Não a você... - Malfoy cortou-o e virando para a ruiva, insistiu - E então, Lily? Podemos, falar?
- Não, Malfoy, acho que não. Tudo que nós tínhamos para falar um para o outro já foi dito. Portanto, se você me der licença eu pretendo continuar a me divertir com meus amigos sem sua péssima companhia - ela concluiu, batendo a porta da cabine com força.
- Uau!! - Sirius exclamou.
- Isso é que eu chamo de um pé no traseiro! - Anne disse em meio às risadas.
A viagem prosseguiu sem mais interrupções daí. Quando sentiram o trem parando, se adiantaram para o lado de fora da cabine. Duvessa pulou para o colo de Lílian, que a levou para fora. Enfim o trem parou e todos começaram a descer. A ruiva passou rapidamente com o malão e Duvessa em mãos para a estação a fim de encontrar o irmão. Saiu, passou os olhos e finalmente o encontrou. Duvessa miou alto e pulou para o chão, correndo para ele em seguida. Lílian correu também o abraçou, empolgada. Depois se afastou e o olhou de cima a baixo.
Apesar de elegante em suas roupas de gala, tinha uma aparência cansada e triste. Os cabelos loiros como o de Petúnia estavam longos e presos em um rabo-de-cavalo. Os olhos verdes que antes sorriam, agora estavam escuros e profundos.
- Oi, irmãzinha... - ele sussurrou, esboçando um sorriso.
- Oi. Vem cá, quero te apresentar meus amigos - ela disse e ele sequer se abalou.
- Não, na formatura você mostra. Vamos, ainda temos que passar em casa. Duvessa. - ele chamou e a gata pulou para seu colo prontamente.
Durante o trajeto Estação - Casa, ela fez muitas perguntas e ele se desviou de todas. Decidida a continuar tentando, ela insistiu em conversar, mas ele começou a ficar vago nas respostas, a voz fria e cansada.
- Como ta a Kate? - Lílian perguntou.
- Não sei, pediu o divórcio - ele mencionou rapidamente.
- Que? Quando foi isso?
- Há uns dois meses. Mas estamos separados desde antes do Natal.
- Por isso você pode passar com a mãe? - Lílian perguntou, ainda digerindo a notícia.
- Também...
- Bryan, o que aconteceu? - ela perguntou finalmente, já na garagem de casa.
- Nada, Lily... Anime-se, hoje é a sua formatura.
- Não dá, com uma notícia dessas. É de acabar com a alegria de qualquer um.
Desceu, pegou o malão e entrou em casa. A mãe correu para abraçá-la e a irmã sequer se levantou do sofá. Estava arrumada, para surpresa de Lílian.
- Petúnia, vai pra minha festa de formatura? - ela perguntou, espantada.
- Só nos seus sonhos, aberração completa - a loira desdenhou - vou jantar com meu noivo.
- Boa sorte! - ela ironizou, puxando a mãe para saírem - Vamos, mãe. O Bryan ta esperando a gente no carro.
Chegaram no local onde seria a festa e tudo estava bastante arrumado. Parecia uma festa da alta sociedade em que Petúnia andava, com flores e arranjos por todos os lados. Entrando na festa, tinha uma mesa reservada para a família Evans, onde eles sentaram e acomodaram-se. Era a mesa mais silenciosa do local, sem dúvida. Margareth e Bryan pareciam, ambos, cansados e distantes.
- Gente, dá pra vocês se alegrarem pelo menos hoje? - Lílian perguntou, já não tão feliz.
- Desculpa, Lily. Estamos cansados, Petúnia tem nos dado muito trabalho com os preparativos do casamento - a mãe disse triste - veja, seus amigos estão vindo para cá, porque você não me apresenta a eles?
Era verdade. Tinha um grupo se dirigindo para a mesa deles, mas não era nem de longe, de amigos. Malfoy, Black, Crabbe, Goyle, Snape, Nott, Lestrange e McNair. Todos olhando para ela e a família.
- Não são meus amigos, mãe.
Todos passaram pela frente da mesa, olhando com nojo e desprezo, um sorriso maldoso nos lábios. Lílian não gostou da visão, mas não comentou absolutamente nada. Para a sua alegria, Tiago chegou junto com os marotos, e Lílian levantou sorridente.
- Meninos, esse é o Bryan, meu irmão e a minha mãe - ela apresentou sorridente. Depois virou para a mesa e continuou apontando - Mãe, Bryan, esses são: Remo, Pedro, Sirius e Tiago.
- Oi, Tiago! Bom te ver... - Margareth sorriu.
- Igualmente! Lily, você contou a novidade a eles? - Tiago perguntou num sussurro.
- Não. Mãe, Bryan... Eu e o Tiago vamos nos casar - ela disse, olhando para o noivo.
- Que notícia maravilhosa, filha! - exclamou a mãe.
- Porque não contou antes? - Bryan perguntou, enquanto apertava a mão de Tiago.
- Bom, porque o pedido só foi aceito ontem - Lílian respondeu, dando um leve beijo no rosto do irmão - vou à mesa dos meninos e já volto ok, mãe, Bryan? - ela pediu, ao que os dois confirmaram com a cabeça.
Foram até a mesa dos Potter para dar a notícia aos pais de Tiago, que parabenizaram o casal com grandes sorrisos. A festa continuou sem maiores surpresas e todos estavam se divertindo. Na hora da dança principal, Lílian entrou na pista com Bryan e Tiago com a mãe. Durante esses breves minutos, todos no salão ficaram silenciosos, apenas ouvindo a lenta valsa que tocava magicamente ao fundo. Logo depois, todos voltaram às suas mesas e a banda "Vassouras Mágica" entrou no palco, para a euforia dos formandos. Logo Tiago puxou Lílian para a pista e eles dançaram por quase a festa inteira, só parando para conversar um pouco com os amigos e com os pais. Às uma e meia, Lílian se despediu da mãe e do irmão, que voltariam para casa. Enfim, lá para as quatro da manhã a festa já estava quase vazia.
Um homem encapuzado entrou no salão e foi direto para a mesa dos professores, falando algo no ouvido de Dumbledore, que levantou com calma. Os marotos e cia. que estava sentado numa mesa conversando repararam e olharam curiosos Dumbledore se dirigir à mesa deles.
- Lílian, Tiago, venham comigo.
Os outros olharam para eles. Lílian encolheu os ombros e foi, sem discutir ou perguntar nada. O noitibûs estava estacionado na frente do local e o diretor simplesmente mandou-os entrar.
- Receio não ter notícias boas para vocês - Dumbledore começou e Lílian apertou a mão de Tiago instintivamente.
- O que aconteceu? - os dois perguntaram em uníssono.
- Os Comensais da Morte atacaram um povoado próximo daqui. Eles entraram em sua casa, Lílian.
Lílian engoliu em seco e apertou com mais força e respirou fundo, tentando se acalmar. Tiago apenas olhava para ela, sem saber o que fazer.
- Onde estão meus irmãos e minha mãe? Eles estão bem, não estão? Não aconteceu nada com eles, não foi?
- Sua irmã está bem, não estava em casa quando tudo aconteceu, mas já chegou... Receio que não possa dizer o mesmo de sua mãe e Bryan. Venham, chegamos - o ancião disse, trazendo Lílian com cautela.
A vizinhança estava bem iluminada e a casa praticamente destruída. Acima dela, como um letreiro macabro de néon, um grande crânio que parecia se feito de estrelas esmeraldas e com uma cobra saindo da boca como uma língua. "A marca negra", Lílian pensou. Correu para casa e encontrou a irmã olhos vermelhos, encarando com nojo para uma mulher encolhida no chão, próximo ao canteiro. Sem reparar direito que era, correu para dentro dos destroços, passando direto para o quintal, com certa dificuldade. Tiago ia em seu encalço. Sentiu o chão sumir quando pôs os pés para fora da cozinha. O corpo de Bryan e da mãe, estirados no chão, inertes.
Caiu de joelhos, rente ao corpo dos dois, chorando. Ficou ali, parada, sabe-se lá por quanto tempo até que Tiago a puxou com dificuldade para o jardim. Olhou para a mulher que Petúnia encrava e a reconheceu.
- Kate? - ela perguntou penalizada e correu para abraçá-la - oh, Kate!
Mas nem chegou a tocar na mulher, pois Petúnia postou-se entre as duas.
- Você vai consolá-la? Lílian, foi ela que assassinou toda a nossa família.
- Que? - Lílian perguntou. Olhou par Dumbledore, sem saber o que pensar e ele assentiu com a cabeça. - Mas como?
- Bom, isso é o que descobriremos agora - um rapaz alto se aproximou de Kate e fez ela tomar uma substância prateada - Veritasserum - ele explicou.
Dumbledore se aproximou de Kate e conjurou um banquinho. O olhar sereno sumira do rosto dele, dando lugar a um olhar determinado, duro.
- Como é seu nome? - o diretor perguntou.
- Kate White Evans - ela respondeu, os olhos vidrados.
- Você é uma seguidora de Voldemort? - Lílian se arrepiou com o nome e abraçou Tiago.
- Sou.
- Você matou seu marido e sua sogra esta noite?
- Sim.
- Como você fez isso?
- Eu estava os esperando na minha forma animaga e quando eles entraram, eu os matei com uma maldição imperdoável, como o Lorde das Trevas ordenou - ela terminou, com um sorriso doentio no rosto.
- Em que animal você se transforma?
- Gato. Me transformo em uma gata preta e com olhos amarelos.
- Duvessa? - Lílian perguntou e seu chão sumiu mais uma vez - você estava em Hogwarts na sua forma animaga e era chamada de Duvessa?
- Exatamente. Estava passando informações sobre o que acontecia ao Lorde - o sorriso débil apareceu novamente.
- E porque você matou a família do seu marido? - Dumbledore perguntou.
- Era a última coisa que tinha de fazer. Não podia ter nenhum envolvimento com trouxas. Tive de matá-los. O pai, a mãe, as irmãs e meu marido.
- É, mas você não conseguiu, porque eu e Petúnia estamos vivas! Entendeu bem? VIVAS! E pode dizer ao seu Lorde, que os dias dele estão contados! - Lílian gritou descontrolada, as lágrimas rolando no rosto.
- Receio que ela não vá passar seu recado Lílian, porque ela vai receber o beijo dos Dementadores ainda hoje, quando a mandarmos para Azkaban.
Lílian viu o sol nascer naquele dia ainda chorando na porta de casa. Ao enterro foram os amigos mais próximos, que apenas ficaram sabendo que eles foram assassinados. Seis meses depois, Tiago e Lílian foram ao casamento de Petúnia e Valter Dursley. Quase um ano depois disso foi à vez deles. Lílian não sabia, mas de fato, os dias do Lorde das Trevas estava contados. E de certa forma, graças a ela.
FIM! Fim? É, Fim...
N/A.: Tipo, tava com preguiça de postar antes.... O Final focou assim... meio sem graça, num foi? Não me culpem pelo que aconteceu, foi mais forte que eu...
N/A².: Queria agradecer a todo mundo que acompanhou minha (chuif) fic e principalmente aos que comentaram, porque (chuif) sempre é um estímulo muito grande, e (chuif) sem vocês eu não teria conseguido...
Milhões de beijos para todos vocês...
Fui!
