Vivendo no Limite

Por B166ER

Capítulo 4

Filmes e amigos

Muito distante para poder entender
Longe demais
A raiva de ver e não ter o que fazer
Pra melhorar
Enquanto o tempo passa
Você ficou pra trás
Cedo ou tarde algo aqui tem que mudar
Melhor agora do que deixar pra depois

Por um momento, um argumento
Faça com que você prossiga mais
Não jogue ao vento, um sentimento
Vontade de ter no que acreditar

Acreditar

Tente um dia se orgulhar de olhar pra trás
Não volta mais
Quem disse que não adiantava mais sonhar?
Nunca é demais!
Sei que nem sempre é fácil
Não adianta se odiar
Tenho palavras que irão te confortar
Não há mais tempo pra esperar

(Argumento – CPM22)

Estava se abraçando, enquanto lágrimas ainda teimavam em escorrer pela sua face. Não conseguia ainda acreditar em tudo o que acontecera, desde quando conheceu Setsuna até aquele momento em que o viu com outra. Ele apenas a usara, como se ela fosse um brinquedinho, uma bonequinha de quem ele se cansara e jogava fora. Como se ela não tivesse sentimentos.

A sua razão sabia que ele poderia fazer algo assim, mas o seu coração tinha a esperança de que não, novamente a razão estava certa. Era muito tola de ainda acreditar em amor verdadeiro.

Olhou para o lado e viu Syaoran, estava concentrado no trânsito, mas dava para se notar em sua face uma certa preocupação. Enxugou as lágrimas, e respirou fundo, uma, duas, três vezes, até que os soluços pararam, se debruçou na janela e percebeu que estavam se afastando do centro da cidade. Virou-se para Syaoran e perguntou:

- Para onde estamos indo, Syaoran?

- Logo você vai saber, fique tranqüila. – disse sem desviar os olhos da direção.

Voltou a se debruçar na janela e viu que estavam em uma estrada, que diabos Syaoran estava aprontando? Sorriu, sentindo o vento batendo em suas faces e em seus cabelos, como se fizesse um suave carinho. Fechou os olhos, sentindo aquela gostosa sensação, tentando se lembrar do carinho de sua mãe.

Syaoran estacionou o carro no acostamento. Sakura se afastou da janela e se virou para ele, que a olhou com carinho. Um olhar profundo, como normalmente eram os olhares dele, mas que lhe transmitia conforto. Ele desceu e deu a volta no carro, abrindo a porta para Sakura, que tirou o cinto e também desceu.

Ele encostou-se à frente do carro e ficou apreciando a vista. Sakura caminhou um pouco mais à frente e ficou encantada com o que via. Do lugar onde estava conseguia ver a cidade de Tomoeda inteira. As casas com as luzes apagadas, os postes acesos, poucos carros circulando pelas ruas vazias.

- Syaoran, isto é incrível! A vista é maravilhosa!

- Eu também acho.

Sakura se afastou da borda do barranco e encostou-se à frente do carro, ao lado de Syaoran. Era uma noite calma e tranqüila. Sentia-se melhor, estava novamente calma, mas não esquecera o que Setsuna fizera. Mas isso não importava agora, um dia ele ia pagar por tudo que fizera, nem que não fosse ela que desse o troco, a vida ia se encarregar disso.

Encostou-se em Syaoran, que a olhou. Ela sorriu e ele também, passando um dos braços pelos seus ombros.

- Obrigada por tudo, Syaoran.

- De nada. Você está melhor?

- Sim, estou bem melhor.

- Que bom.

Os dois ficaram ali, juntos, por um longo tempo. Sakura se sentia confortada nos braços de Syaoran, enquanto ele agradecia aos céus por lhe ter dado uma chance de estar assim com ela.

- Já são quase duas e meia, não acha que já está tarde? – perguntou Syaoran.

- Bem, acho que sim.

Ela se afastou dele, sentindo um pouco de frio e também um pouco da falta do calor dos braços dele, e entrou no carro. Ele também entrou e dirigiu de volta à Tomoeda. Sakura observava a estrada e, cansada, acabou adormecendo.

Após se lembrar de tudo ainda não conseguira chegar a uma resposta para o lugar onde estava. Percebeu que ainda estava vestida com a roupa de ontem. Ouviu batidas na porta e se ajeitou na cama. Seja lá quem fosse, era melhor que deixasse entrar.

- Pode entrar.

A porta se abriu e por ela entrou um senhor idoso.

- Bom-dia, senhorita Kinomoto. – disse com um gentil sorriso.

- B...bom-dia. – respondeu encabulada.

- Eu sou Wei, mordomo do senhor Syaoran Li.

- Prazer em conhecê-lo, senhor Wei.

- Você é realmente muito gentil, senhorita.

- Obrigada. Mas, eu dormi aqui?

- Sim.

- Mas, essa é a casa do Syaoran. – Sakura começou a pensar e corou furiosamente – Eu dormi AQUI?

- Sim. – Wei soltou uma discreta risada, imaginando o que a garota deveria estar pensando – Mas não se preocupe. Você adormeceu no carro do senhor Syaoran, ele não quis te acordar e te trouxe aqui.

- Foi só isso?

- Sim.

Sakura ficou muito envergonhada e soltou um riso sem-graça. "Como pude ser tão idiota a pensar que Syaoran seria capaz de fazer algo assim?".

- Não fique tão envergonhada, senhorita Kinomoto. Eu entendo o que possa ter passado pela sua cabeça, já que, se me permite dizer, a senhorita é muito bela e o senhor Syaoran é um homem, mas mesmo sendo homem eu tenho certeza de que ele não se aproveitaria dessa situação.

- Eu sinto muito. Eu confio no Syaoran, sei que ele não faria algo assim.

- Tudo bem, eu não vou contar nada a ele, está bem?

- Muito obrigada.

- O senhor Syaoran pediu que a senhorita ficasse aqui até ele chegar. Ele saiu cedo, pois teve que levar alguns papéis na empresa, mas logo deve voltar.

- Não seria incômodo?

- Não, de forma alguma.

Ia virando para sair quando voltou-se para ela.

- Já estava esquecendo, vou pegar alguma roupa para a senhorita se trocar. Mas, eu só tenho trajes chineses, se a senhorita não se importar.

- Não, eu não me importo.

Wei se retirou e Sakura levantou da cama se espreguiçando. Logo Wei já estava de volta com um conjunto chinês.

- Espero que lhe sirva. – disse entregando as roupas para Sakura – Há algumas roupas para imprevistos como esse.

- Muito obrigada, senhor Wei.

- No banheiro tem toalhas e qualquer coisa que você precisar. Você vai querer tomar café ou vai almoçar?

- Hã? Que horas são?

- Onze e quarenta.

- Nossa, acho que eu dormi muito. Acho que só vou almoçar.

- Certo. Então eu vou deixá-la sozinha.

Wei saiu e Sakura trancou a porta, indo para o banheiro. Tudo ali era tão grande, o quarto, o banheiro, como devia ser a casa, então? Tomou um banho demorado e trocou de roupa.

O conjunto serviu perfeitamente, era uma blusa e uma saia longa com duas fendas nas laterais, na cor verde e com desenhos nas bordas. Colocou um sapato. Dividiu o cabelo em dois e fez duas tranças, que ao chegarem na altura do queixo ficavam soltas.

Saiu do quarto, entrando em um corredor. Olhou para os lados e à direita, mais a frente, viu uma escada. Caminhou até lá e desceu os degraus, chegou ao pé da escada. Estava em um salão e logo ao lado havia uma sala, que deveria ser uma sala de estar e do outro lado uma sala de jantar e um porta que dava em um corredor que, pelo cheiro delicioso, deveria levar à cozinha.

A porta se abriu e por ela entrou Syaoran, vestido com terno, camisa e calça preta, uma gravata cinza e óculos marrom. Sakura sorriu para ele. "Nossa! Realmente o Syaoran é lindo!".

Syaoran entrou e ficou deslumbrado com o que viu. Sakura estava linda naquele traje chinês. E a cor verde realçava seus olhos. Por alguns momentos contemplou a deusa a sua frente.

- Olá, Syaoran. – disse ela.

- Olá, Sakura. Que bom que me esperou.

- Imagina.

- Senhor Syaoran o almoço está pronto – disse Wei aparecendo na porta do corredor e foi arrumar a mesa na sala de jantar.

- Senhor Wei, precisa de ajuda? – perguntou Sakura.

- Não, muito obrigado.

- Vamos nos sentar? – perguntou Syaoran indo até Sakura.

- Vamos.

Os dois se sentaram e Wei os serviu. Eles almoçaram e depois de um tempo conversando na sala de estar, Sakura olhou para o relógio e viu que eram meio dia e vinte.

- Syaoran, eu já vou, marquei com a Tomoyo e com o Eriol que ia assistir um filme.

- Que pena, então a gente se vê outro dia.

- Você não gostaria de ir com a gente?

- Eu não ia atrapalhar?

- De forma alguma, além do mais, ia me ajudar a segurar vela. – disse rindo.

- Certo, então eu pego você na sua casa.

- "timo! Então anota meu endereço novo. Eu marquei com eles uma e meia, mas até eu terminar de me aprontar... sabe como é.

- Eu passo lá uma e vinte, pode ser?

- Claro!

Syaoran anotou o endereço e os dois foram até a garagem, onde o carro de Sakura estava estacionado. Observou o carro se afastar e voltou para dentro de casa. Se não fosse uma pessoa tão contida, já estaria dando pulos de alegria. Havia avançado na sua amizade com Sakura.

Sakura olhou a casa de Syaoran pelo retrovisor, era realmente enorme, ele devia ser bem rico. Estava muito feliz, Syaoran era incrível e quando estava perto dele tudo parecia tão diferente. Até se esquecera do ocorrido do dia anterior, mas agora aquilo já não importava, Setsuna já era passado. Ainda se sentia um pouco triste com a traição dele, mas a dor maior já havia sido superada e essa tristeza, como qualquer um sabe, só pode ser curada por outro amor.

Pensando bem, não tivera exatamente um relacionamento com Setsuna. Saíram apenas uma vez e na noite em que se conheceram dormira com ele. Ainda se perguntava como fora tão vulnerável àquele homem. Tudo que teve que enfrentar por ele, nada disso valeu para ele. "Isso serviu para você deixar de ser boba! Você sabia muito bem o que o Setsuna era: um galinha, um mulherengo."

Chegando em casa foi direto para o quarto, abriu o armário começando a tirar as peças, assim como fazia toda vez que ia escolher uma roupa para sair. Depois de muita bagunça, acabou escolhendo uma bata amarela de alças, uma calça jeans branca e uma sandália branca. Desmanchou as tranças e deixou o cabelo solto, escovou-o para deixá-lo mais liso.

Ligou para o celular de Tomoyo enquanto passava uma maquiagem básica.

- Alô, Tomoyo?

- Oi, Sakura!

- Oi, Tomoyo, sabe o filme que nós programamos assistir?

- Sim.

- Então, eu convidei um amigo para me acompanhar, tem problema?

- Um amigo? Sakura, você está doida? Era só para ser uma diversão entre eu, você e o Eriol!

- Desculpe-me, eu não deveria...

Sakura ouviu risos de Tomoyo, que respirava profundamente, tentando parar de rir.

- Era brincadeira! – disse Tomoyo ainda rindo.

- Não teve graça. – retrucou, secamente.

- Calma, Sakura. Não tem problema nenhum!

- Então daqui a pouco a gente se vê.

- Até daqui a pouco, então.

- Até.

Desligou o telefone e ouviu a campainha tocando. Saiu do quarto, fechando as portas que via pela frente. Desceu as escadas correndo, parou em frente à porta, arrumou o vestido rapidamente e abriu a porta.

- Oi, Syaoran.

- SYAORAN? Nem reconhece mais o seu irmão?

- Opa! Oi, Toya! – respondeu sem-graça –Desculpe-me, é que eu estava esperando uma pessoa. Mas, entre.

- Quem é esse tal de Syaoran? – perguntou enquanto entrava na casa.

- É um amigo meu.

- Amigo... sei. – disse de cara feia.

- Oras, você realmente não confia em mim.

- Não é só em você. – Sakura o olhou com cara fechada – Quer dizer, em você eu até eu confio, mas eu não confio nos outros.

- O Syaoran não é desse tipo.

- Assim como o Setsuna também não era.

- Talvez fosse, mas agora para mim ele é um qualquer.

- Então, você brigou com o Setsuna.

- Não, bem, ele demonstrou que não se interessava mais em mim e então eu resolvi que não quero mais ele.

- Finalmente a mostrenga acordou!

- Eu não sou monstrenga! E me diz logo o que você veio fazer aqui.

- Nossa, quanta delicadeza com seu irmão. – Sakura mostrou a língua para ele, ainda de cara fechada – Então, eu passei na casa do pai, ele pediu para lhe avisar que hoje vai ter um jantar e que ele gostaria que você fosse.

- Dado o recado, pode sair.

- A forma que você me trata chega a ser comovente. – disse ironicamente.

- Brincadeira. Quer dar uma olhada na casa?

- Não, outro dia, tenho que ir. Vou levar o Hideto e a Kaho para passear.

- Ê, pai de família.

- Você vai ver o que é isso quando você se casar.

- Isso não vai ser tão cedo.

Toya se virou e foi em direção à porta, Sakura logo atrás. Ele abriu o portão e saiu, enquanto ela ficou encostada no portão.

- Se cuida, maninha. – ele deu um beijo na testa da irmã.

- Obrigada, Toya.

- Tchau. – se despediu, enquanto entrava no carro.

- Tchau. – ela acenou.

Syaoran entrou no carro e foi para casa de Sakura. Enquanto se aproximava da casa viu Sakura e um homem no portão. O desconhecido se aproximou dela e a beijou na testa, entrou no carro e saiu, enquanto ela acenava.

"Será que aquele é outro namorado de Sakura?" pensava Syaoran, com uma pontada de ciúmes. Parou o seu carro, um Honda NSX Coupé 3.2, na frente da casa de Sakura, que se virou para ele e sorriu.

- Syaoran, espere só um pouco que vou fechar a casa.

- OK.

Sakura entrou correndo, trancou a porta, fechou o portão e entrou no carro de Syaoran olhando no relógio.

- Você é pontual, são uma e vinte. Bem, não deu para mim me aprontar direito, meu irmão chegou em casa.

- Mas você está linda. – respondeu mostrando toda sua admiração.

"Ufa, que bom. Pensei que a Sakura tinha outro namorado." pensou Syaoran.

- Obrigada. – respondeu meio sem jeito – Mas você também está muito bonito, não, acho que a definição exata seria: você está um gato!

Syaoran sorriu com esse comentário, sorriu da forma que Sakura mais adorava, pois os olhos dele brilhavam quando ele sorria livremente. Realmente ele estava lindo, mesmo estando com uma roupa bem casual: blusa marrom com detalhes em preto, calça jeans, sapato marrom, a corrente de prata com a cobra em "S" e os vários anéis pratas nos dedos.

- Onde nós iremos assistir o filme? – perguntou Syaoran após alguns minutos de silêncio.

- Na casa da Tomoyo. Eu explico onde é!

Os dois foram conversando e Sakura ia explicando onde ficava a casa de Tomoyo. Chegaram à frente de uma enorme mansão, Syaoran parou o carro em frente ao portão e o porteiro veio falar com ele.

- O que deseja?

- Olá senhor Yukihiro, nós viemos para assistir um filme com a Tomoyo. – disse Sakura.

- Olá senhorita Kinomoto, eu vou avisar da sua chegada, podem entrar.

O homem abriu o portão e sorriu para Sakura, que também sorriu. Logo Tomoyo e Eriol apareceram na porta. Tomoyo correu em direção à Sakura, que descia do carro, e a abraçou. Enquanto Eriol caminhou até Syaoran e o cumprimentou:

- Quanto tempo, Xiao.

- Realmente, Eriol.

- Vocês se conhecem? – perguntou Sakura, se aproximando dos dois.

- Olá, Sakura. – disse Eriol com seu sorriso gentil - Sim, nós nos conhecemos na faculdade, quando Syaoran foi estudar na Inglaterra.

- Ah. – disse ela sem saber o que falar.

- Agora vamos assistir esse filme logo. – disse Tomoyo chamando todos para entrar.

Enquanto Tomoyo e Eriol iam de mãos dadas, Syaoran e Sakura iam conversando sobre a época em que ele foi para a Inglaterra. Os quatro entraram em uma sala grande e escura, com um enorme telão. Tomoyo e Sakura preparavam o vídeo, enquanto Eriol e Syaoran estavam conversando. O filme era Moon Child, com Gackt e Hyde, dois cantores muito famosos de rock japonês.

- Legal. Queria tanto assistir esse filme! – disse Sakura empolgada.

- Eu sei. – respondeu Tomoyo.

- Aiaiai! Deve ser demais, imagina o Gackt e o Hyde, atuando juntos!

- Vou ter que ir buscar um babador para você?

- Acho que sim, Tomoyo. Você sabe como eu adoro esses caras!

- Sim, eu sei. Pronto, vamos assistir.

Eriol e Tomoyo sentaram em um sofá abraçados, enquanto Syaoran e Sakura ficaram no outro, sentados lado a lado.

- Não disse que você ia me ajudar a segurar vela desses dois? – falou Sakura baixinho para Syaoran.

Syaoran soltou uma risada e Eriol se virou para ele com uma expressão de surpresa e também com um sorriso misterioso. Não era comum Syaoran sorrir, muito menos de forma tão alegre, a não ser com a sua família, na maioria das vezes que ele sorria era ironicamente, zombando de algo ou se mostrando superior.

O filme era muito bom, as cenas de ação eram incríveis, se bem que em algumas vezes eram exageradas. No momento em que um personagem morreu e os personagens de Gackt e Hyde abraçavam o corpo, chorando, Sakura soltou uma exclamação de tristeza e fez um biquinho. O que fez Syaoran achar que ela era realmente encantadora.

Às vezes Syaoran ficava olhando Sakura, não se cansava de fitar aquela mulher, tão doce, tão linda, tão inocente. Por um momento os olhares se cruzaram, ficaram por algum tempo se fitando. Ele se sentia mergulhando em um belo mar verde, queria mergulhar naquele mar, queria estar tão perto daqueles olhos, daquele rosto, daquela boca. Enquanto ela sentia que daquele olhar vinha uma grande ternura e um outro sentimento que não soube identificar, se sentiu tentada a tocar aquele rosto perfeito, a se aproximar dele e tocar aqueles lábios com os seus. Virou-se e voltou a assistir o filme, envergonhada.

Ao término do filme Sakura estava muito feliz, Gackt e Hyde estavam lindos. Parecia novamente uma adolescente falando sem parar de quanto os seus dois ídolos atuavam bem, que eram lindos e mais um monte de coisas que fez todos rirem.

Foram tomar um café da tarde no jardim e conversavam sobre o filme e sobre outras coisas. Eriol falou baixo, para apenas Syaoran ouvir:

- Você a ama, não?

- Não entendo o que está falando.

- Xiao, não se faça de desentendido. Você sabe de quem eu estou falando.

- Se eu amo, o problema é meu.

- Mas então, você a ama?

- Se você sabe, por que pergunta?

- Você sabe a resposta. Por que pergunta? – rebateu Eriol vitorioso.

Ficaram várias horas conversando e andando pelo jardim, até que Syaoran e Sakura resolverem ir embora. Todos se despediram e Sakura entrou no carro de Syaoran.

Os dois conversaram pouco durante o percurso, estavam um pouco envergonhados após o olhar intenso que trocaram. Syaoran a deixou em casa e ela se despediu, entrando.

Tomou um banho demorado, colocou uma calça cargo cinza, uma regata alaranjada com desenhos em preto e um tênis cinza. Arrumou a bagunça que havia deixado antes de sair. Pegou seu Mitsubishi Endeavor e foi à casa de seu pai. Parou em frente à casa amarela e viu o carro de seu irmão e o de Yukito. Entrou e viu que todos, menos seu pai, estavam na sala.

- Oi!

- Tiaaaaa! – gritou Hideto indo abraçar Sakura, que se agachou e pegou o menino no colo.

- Como foi a semana, hein? – perguntou Sakura.

- Eu fui no cinema com o papai e com a mamãe. A televisão de lá é graaande! Desse tamanhão! – dizia o menino abrindo os braços.

Todos na sala riram, Sakura viu Nakuru, Yukito e a filha deles Luna, fazia tempo que não via os amigos.

- Nakuru, Yukito! Ai que saudades! Fazia tanto tempo que eu não os via.

- Realmente, mas eu cuidando da Luna e o Yuki trabalhando tanto...- disse Nakuru. – Você acredita que ela grita mais que eu? E ela é tão linda, não é, Sakura? Ela tem os olhos do pai! Mas eu acho que ela é a minha cara! Se bem que nem todo mundo acha isso.

Nakuru realmente não mudou nada, continuava faladeira e com aquele jeito de achar tudo fofo.

- Posso pegá-la no colo? – perguntou Sakura.

- Claro, Sakurinha! – Nakuru colocou Luna no colo de Sakura.

- Ela é linda! – disse olhando para Luna.

A menina tinha cinco meses, seus olhos eram claros como o de Yukito, mas os cabelos eram acaju como os de Nakuru. Sakura começou a conversar com a criança que soltou um sorrisinho.

- Aiaiai! Que linda!

- Lindo sou eu! – disse Hideto estufando o peito.

Todos riram novamente, Hideto estava com ciúmes de Luna.

- E é mesmo, Hideto! Deixa a Luna crescer mais um pouco que ela vai ficar babando por você!

- Sério? – perguntou o menino, empolgado.

- Sim.

- Legal! – o menino saiu pulando pela sala.

Sakura entregou Luna para Nakuru e foi para a cozinha, ver o pai.

- Olá, pai. Hummm, que cheiro bom.

- Olá, minha querida. Tudo bem?

- Tudo! E com você?

- Também.

- Como estão as coisas aqui em casa?

- Um tanto quanto vazias sem você, não devo mentir, mas eu me acostumo.

- Desculpa, pai.

- Por quê?

- Por te deixar.

- Você não me deixou! Só foi viver a sua vida, e é isso que todas as pessoas deveriam fazer: viver as suas vidas.

- Obrigada por ser meu pai.

- Eu que agradeço por você ser minha filha.

- Precisa de ajuda, pai?

- Só me ajude a levar as coisas para a mesa.

- Claro!

Após tudo pronto, todos agradeceram pela refeição e iam começar a comer quando Toya interrompeu, se levantando.

- Bem, eu quero aproveitar esse momento para anunciar uma coisa muito importante.

Continua...

Oioioi gente!! Desculpa pela demora de postar os capítulos, mas é que eu estou sem muita criatividade e agora as aulas começaram... então estou com menos tempo...

Hohoho... pensaram o que da Sakurinha e do Syaoran, hein?? Seus pervertidos!! Hihihi (olha quem fala... ¬¬'''''''''') Aiaiai... esses dois são tão fofos... e para falar a verdade... até eu gostaria de estar nos braços do Syaoran...

Pensou que era quem ia aparecer na casa da Sakura?? Hihi... mas era só o Toya... haha... adorei essas cortadas que ela deu nele... hihi...

Gentem me desculpe... masss eu ADORO as roupas da fase "Crescent" (último álbum dele) do Gackt... eu acabo me inspirando nelas para as roupas do Syaoran... se não gostam me falem que eu mudo...

Sim, Moon Child EXISTE é é REALMENTE um filme com o Gackt e o Hyde... estou louca para assistir esse filme, mas ele não chegou no Brasil e duvido que chegue T_T

Ohhh nada escapa de Eriol... hahahahaha...

Aiaiai... adoro esse garoto.. Hideto... hm... ele é tão fofo.... A Nakuru tem uma menininha... Luna... baseada no nome da filha do Sugi... perceberam que tudo na minha vida gira em torno do j-rock???

O que será que o Toya vai falar??? OHHHHH.... só no próximo capítulo... hihi

Xauuu!!

B-jokas da Rafa

Lara Gallas: Obrigada, fico feliz que esteja gostando de algo que faço com tanto carinho... Calma! Calma!! Vai quebrar o teclado... Hahahaha, coitada da Meiling sempre acaba sendo um "obstáculo"...

Anna Li: Aiaiai... que bomm... Obrigada... Hahaha... O Ken? Então pode levar o Shinya e o Mana de brinde!!

Sandor Yamato: Bem, é como dizem: "Amigos, amigos, negócios à parte..." A Tomoyo... ia ser muito massa... vamos pensar nisso.... hihihihi...

Violet-Tomoyo: O meu também!! Aiaiai... que emocionante.... sabe... a cada review seu eu fico tão feliz... muito obrigada pelo seu apoio... obrigada mesmo! Com um review desse não tem como eu parar... obrigada MEEEESMO... espero não decepcioná-la, vou dar o máximo, OK?

MeRRy-aNNe: Tudo bem... Obrigada... Sabe como é... se juntar os dois agora vai perder a graça... hahahaha...

Hime: Obrigada... hahaha, ta todo mundo querendo matar o Setsuna (inclusive eu... hahaha)... hahaha... goiabinhas... hahaha... aquelas cenas são ótimas... huahahaha... certo, certo, eu divido eles... realmente, foi por sua culpa que eu conheci aqueles deuses... OBRIGADAAAA. Tá, vamos dividir eles... se bem que não conseguimos isso até hoje...

Sayo Amakusa: Ele é lindo, mas ordinário, fala sério... não tem um homem perfeito nesse mundo e, se tem, ele ainda não é perfeito, porque ainda não está ao meu lado... huahahaha.... Isso aí! Sakura e Syaoran, aí eu dou um trato no Setsuna (uma boa coleira) e pego ele para mim... MEUS HOMENS SIM! Mas seus e da Liara também, né?