Desculpem-me
pela demora... Pura preguiça... Ando sem vontade pra nada
ultimamente, mas tudo bem, o que importa é que estou postando
esse capítulo. E, antes que eu me esqueça, agradeço
a todas as reviews!
Boa leitura!
AI
SHITTEIRU, DAISUKI...
Petit
Ange
Capítulo 5 - A Batalha da Dor
O dia estava lindo, as
nuvens eram brancas, os pássaros cantavam, a brisa era
cálida... Tudo estava perfeito! E, como sempre, a escola
sempre estava cheia de alunos, e de problemas.
- Bom-dia! –
Sakura chega, sorrindo.
- Bom-dia... – Shun percebe a mão
enfaixada da jovem. – Sakura-chan, o que houve com a sua mão?!
- Ah, isso...? Não foi nada não... – ela tenta
desvencilhar-se do assunto.
- Nem vem! Conta aí, minha
filha, o que houve? – Seiya se intromete no assunto.
- Em
primeiro lugar, não sou sua filha! Em segundo, isso não
foi nada, vou repetir! Eu apenas... Me cortei com um copo de vidro...
– ela diz. Já vira que os problemas iriam começar
cedo naquele dia.
- E fez tudo isso?! – Seiya volta a implicar.
– Faça-me o favor!
- JÁ DISSE QUE ESTOU BEM!!!
Que saco... – a jovem grita.
- Calma, Sakura-chan, eles estão
apenas preocupados com você... – Eiri vê a briga, e diz
a amiga, que suspira.
- Desculpe Eiri-chan, Seiya-kun e
Shun-kun... É que eu... Estou meio estranha ultimamente...
Ando meio... Não sei direito... – ela se desculpa.
- Já
percebi... – Seiya comenta.
- Tudo bem! O importante é
que não houve nada grave! – Shun sorri.
- E o Hyoga-kun?
Veio na aula hoje? – ela pergunta, ao não ver o rapaz na
sala.
- Não disse aonde foi... – Saori responde.
-
Ué! Por que vocês dois não vêm mais juntos?
– Seiya aproveitou, e pergunta.
- É que, ultimamente,
ele tem saído mais cedo... – Sakura suspira. – Eu ando
dormindo demais nesses últimos tempos...
- Ele passou lá
em casa hoje! – Eiri comenta.
- É... O Hyoga e a Eiri
vieram juntos hoje... – June diz.
- Mesmo...? – a jovem
pergunta novamente, escondendo uma certa dor.
- Pois é...
Sakura-chan, o Hyoga-kun tem passado muito por aquele lado... É
algum atalho, por acaso? – Eiri pergunta.
- Hã... É
que... Sim! – Sakura diz a primeira coisa que lhe passou na cabeça.
– A gente costumava passar por lá de vez em quando!
-
Ah, por isso... – Eiri sorriu.
- Hã? – Shun, que
olhava pela janela, vai em direção da porta. –
Pessoal, já volto!
- Tá bom! – Seiya diz, e o
rapaz sai da sala.
- O que houve? – Saori olha na janela. –
Não vejo nada de errado lá fora.
- Nem eu! –
Sakura também diz.
- Ah, eu sei lá... – Saori sai
da janela, voltando a sentar-se em sua classe.
- Cheguei... –
Hyoga chega na sala. – Ah, bom-dia Sakura-chan! Desde quando tá
por aqui? Pensei que fosse demorar mais...
- Não, cheguei
cedo hoje... Sr. Tarado! – ela responde.
- HÃ?! –
todos se assustam.
- Ah... Sakura-chan... Foi sem querer! –
Hyoga grita.
- Eu não te perdoei ainda! – ela diz,
furiosa.
- COMO ASSIM, "SENHOR TARADO"?! – Seiya
pede.
- Fala baixo, imbecil! – Hyoga diz.
- Conta pro papai
aqui, que tipo de prática pervertida você fez... –
Seiya bate no ombro do amigo, que cora com o comentário.
-
NÃO HOUVE NADA!!! – ele grita.
- É mesmo, é...?
– Shun se mete na brincadeira. – Não parece!
- Até
você, Shun?! – Hyoga pergunta, totalmente embaraçado.
- Anh, como assim? – Eiri pergunta.
- Ãh, é
que... Veja bem... É só um apelido de nada... –
Sakura diz, também embaraçada.
- Hehehehe. O que
aconteceu de verdade?! – June pergunta.
- CONTA! – as meninas
gritam, em coro.
- NÃO!!! – Sakura grita, no ponto
máximo da vergonha. Realmente, aquele seu dom de falar sem
pensar deveria ser repensado.
- Todos vocês, sentem-se já!
– o professor chega na sala, e todos sentam. – Hoje, como o
professor Osugi, que deveria lecionar aula não pôde vir,
a professora Aohima tomará a aula dele, portanto, vocês
terão culinária...
- OBAAAAA!!! – algumas meninas
gritam.
- Aaahh, que chato... – Seiya, assim como outros
rapazes, reclamam. E enquanto isso, na aula de Educação
Física do 3° ano, as coisas não iam muito bem. Era
a primeira vez que Ikki deixava de lado um jogo de basquete, e pela
cara, não estava com muita vontade de fazer algo.
Flashback
- Ei cara! – Koji, seu colega, dizia, com uma cara um pouco
preocupada. – Levanta daí, porque não bebe um
refrizinho?
- Não, eu não quero! – Ikki dizia,
sentado em seu lugar afastado dos demais.
- Então venha se
enturmar, vai ficar sentado aí até o fim da festa? –
Koji ainda tentava, mas sabia que Ikki era decidido (e tímido).
- Vou ficar aqui mesmo... – o rapaz diz.
- Você quem
sabe! – Koji diz, suspirando. O rapaz se afastou, voltando para os
braços do Yuki, uma menina qualquer, com quem estava se
beijando até pouco tempo atrás. Ikki olhou à sua
volta e todos estavam se divertindo, passando seu tempo com as
garotas, algumas bêbadas, da festa. Suspirou e passou as mãos
pelos cabelos. Pensou:
- "Maldita festa, tinha que ser justo no
fim de semana!"
Lembrou-se que todos os finais de semana eram
daquela maneira. Os rapazes se reuniam na casa de Koji, Takato ou
Miro, os quais, adoravam noitadas, e realizavam grandes festas que se
estendiam pela madrugada. Nessas festas acontecia de tudo: desde de
danças e conversas animadas a bebedeiras e sexo, todos os
tipos de sexo, e bem por isso, os rapazes reservavam quartos para
esses tipos de acontecimentos. Ikki odiava ir a essas festas, ia
apenas de tanto lhe insistirem. Na maioria das vezes, inventava
desculpas para não comparecer, outras vezes, era surpreendido
pelos amigos na porta de sua casa, animados que acabavam por leva-lo
às festas.
- Que coisa chata... – Ikki suspira. Então,
vê a menina que sempre invadiu seus pensamentos, Esmeralda,
conversando com uma amiga. Estava um pouco receoso, naquela festa
tudo poderia acontecer... Se Esmeralda não estivesse ocupada,
Ikki poderia ir embora mais cedo, pois a jovem sempre lhe ajudava a
deixar o lugar escondido, distraindo os outros, porém, nesse
momento, conversava com as amigas, sorridente.
- "Maldita
festa... Malditas meninas!" – pensou novamente – "Porque
tinha que ser ela? Logo ela! Por que não vão transar
como as outras?!" – baixou os olhos, um tanto tristonho, e
decidiu esperar até 11h e então iria embora.
Pensou,
por um momento, o que será que a menina iria fazer naquela
noite... Será que também se entregaria à alma da
festa? E pegou-se novamente perdido em seus pensamentos, pensamentos
que estavam incomodando Ikki já faziam algumas semanas, ou
seriam dois meses desde que tivera o primeiro? Não
importava... Mas os pensamentos eram sempre os mesmos, na verdade,
pareciam variar, mas sempre havia dois personagens centrais: ele e
Esmeralda.
Não gostava de lembrar deles, mas sempre lhe
vinham a sua cabeça. Ele e a jovem, trocando beijos e
carícias, deixando-o excitado. Sentia vergonha e ao mesmo
tempo, um calor no coração. Um calor que não
sentia devido ao desejo, era um calor gostoso, puro, sincero... Será
que... Não, não devia ser nada demais. E quanto a
Esmeralda, o que ela sentia? Provavelmente nada mais do que amizade,
pois ela estava sempre bastante animada em todas as festas, com
certeza, já tinha transado com quase todos os rapazes, mas
quem não tinha? Ele, o próprio Ikki.
- Acorda,
tigrinho! – Esmeralda o chamou, e Ikki tomou um susto ao ver-se
sendo observado por Koji, Esmeralda e Miro, um amigo do colega. –
Vai dormir sentado?
- Sem-graça! – Ikki resmunga.
-
Ah, me perdoe se peguei você sonhando acordado, mas... Será
que não quer se juntar a nós? – Esmeralda sorri.
-
Prove para nós que você tem realmente coragem. – disse
Koji, mostrando uma garrafa de wisky vazia. – Verdade ou desafio?
- Não acredito que vocês vão jogar esse
joguinho idiota! – Ikki diz.
- Ah, vem Ikki, vai ser legal! –
Esmeralda sorri.
- Quem sabe você não encontra uma
bela garota para a noite? – Miro comenta.
- Para quando voltar
a luz do dia, ela não se tornar nada? – Ikki diz, irritado.
– Não, muito obrigado, mas eu nego...
- Ei cara,
desculpa, eu não queria te encher, mas vamos jogar, você
vai gostar! – Koji insiste, queria dobrar a teimosia de Ikki.
-
Olha, eu não quero, não agora. – o rapaz continuava.
- Você quem sabe, nós vamos começar a
jogar... – Miro diz. Então, Koji e Miro se afastam, deixando
Ikki com Esmeralda.
- O que você quis dizer com "não
agora"? – Esmeralda começa.
- Hum...? – Ikki não
entende.
- Sabe... Mesmo não gostando de vir à
essas festas, você nunca fica tão abatido como está
hoje... – Esmeralda diz, mas ela própria também não
gostava muito daqueles lugares. – É porque está
faltando alguém?
- Olha, porque não vai jogar com
eles? – Ikki diz. Quem estava faltando estava ao seu lado,
conversando, e Ikki se sentia mal com ela. Não suportava muito
tempo perto dela, sem ficar vermelho ou gaguejar.
- Ah, calminha,
tigrinho. É porque eu não estou te ajudando hoje? Pra
te ajudar a ir embora, ou talvez, fazer algo mais? – a jovem fitava
Ikki com um olhar malicioso, como um caçador fita a caça
antes do abate.
- Você bebeu agora? – Ikki pergunta, sem
entender o que Esmeralda dizia.
- Amizade, oh não! –
Esmeralda sorri. Aquelas indiretas sempre a cansavam, queria ser
muito direta, mas tinha uma horrível vergonha. – Quem sabe
algo mais?
- Nós somos só amigos! – Ikki diz.
-
Então prove pra mim, venha jogar um pouco... Beije uma garota,
duas, quantas quiser, vá para a cama com uma delas, com várias
e prove então, tigrinho... – ela sorri novamente.
- Eu
não quero fazer isso! – Ikki diz, com uma ponta de
irritação, e outra de vergonha.
- Porque...? Não
gosta de garotas...? Gosta de outra coisa...? – a jovem pergunta.
- Olha aqui, se é tão importante participar dessa
brincadeirinha estúpida, eu vou, mas só pra vocês
pararem de encher meu saco! – Ikki se levanta.
- É assim
que eu gosto! – Esmeralda sorri, e também se levanta. –
Vamos lá!
Esmeralda passa o braço pelo pescoço
de Ikki, e esse não esboça nenhuma reação,
pois controlava-se ao máximo para não expressar a
felicidade que sentia naquele momento em que eles estavam tão
juntos. Ambos sentam em lugares opostos no círculo, e alguns
comentavam a decisão de Ikki se juntar ao jogo.
- Hoje a
cobra vai fumar. – comentou Takato, malicioso.
- Eu assino
embaixo! – Minu, que também estava lá, ajudou o rapaz
no comentário.
- E não enche o meu saco, Minu! –
Ikki avisa. Então, algumas rodadas aconteceram sem grandes
surpresas, alguns beijos foram trocados, apalpadas foram dadas,
alguns segredos embaraçosos revelados, até que...
-
Yuki pergunta para o Ikki! – Miro grita.
- Verdade ou desafio?
– Yuki dá um sorriso maroto.
- Verdade! – Ikki diz.
Koji, então, cutucou a namorada e diz algo como "Vê
se pega leve".
- Eu sei, mas não sei o que pergunto
pra ele... – Yuki diz.
- Ei, não vale combinar pergunta!
– Esmeralda reclama. Yuki soltou um olhar raivoso para Esmeralda, e
depois, voltou-se para Ikki, sentindo-se sem ação.
-
Ah... Bom, Ikki... Quantas garotas você já beijou? –
ela diz, sentindo vergonha da própria pergunta. Não
queria dizer aquilo, mas acabou saindo. E os olhos da multidão
jovem voltaram-se para eles como um bando de animais carnívoros
preparam-se para atacar a presa solitária e indefesa.
- Eu
mandei pegar leve... – Koji diz para a menina.
- E eu peguei,
você queria que eu perguntasse o quê? O nome dele?! –
Yuki diz, um pouco ofendida, mas sem motivo aparente.
-
Nenhuma... – Ikki diz, sem esboçar reação. A
multidão comentou, cochichou, alguns fizeram piadas e outros
soltaram "como pode?", "não pode ser" e até um
"acho que o sol derreteu o cérebro dele". Ele continuou
sério, como se não tivesse sido afetado.
- Todo
virgem, quem diria...! – Takato comenta.
- Olha, não sei
o que vocês pensam sobre isso, mas creio que ninguém
mais aqui é como eu e saibam que, quando eu tiver alguém
só pra mim, é que vou ter esse momento especial. Vocês
já devem estar assim faz tanto tempo, que nem devem lembrar
quão especial é, ou então, se estão
felizes com ele... – Ikki engrossa o caldo com o pessoal, e um
pesado silêncio veio à tona.
- Bom, vamos rodar a
garrafa de novo! – Yuki diz. E assim, mais algumas rodadas
passaram, até que...
- Minu pergunta para Ikki! –
Esmeralda grita.
"Está na hora do banho de sangue!" –
pensou Minu, que deu um sorriso cínico, e voltou-se ao colega.
– Ikkizinho, você escolhe verdade ou desafio?
- É
a sua chance Ikki, prove pra ela! – Miro diz.
- Eu quero
desafio! – Ikki diz, confiante. Foi uma exclamação
geral, e novamente, todas as atenções voltaram para o
rapaz. Lá fora, a chuva forte começava a bater no
telhado.
- Pois este é o meu desafio: Encontre uma pessoa
"especial" e perca a virgindade em até... Duas semanas! –
Minu exclama.
- O QUÊ?! – Ikki grita.
- Essa foi boa!
– gritou Takato.
Eu pago pra ver! – gritou Yuki, e logo,
todos comentavam.
- Você entendeu ou eu devo explicar tudo
pausadamente...? – Minu sorri. – Você tem duas semanas para
arranjar alguém e transar, você sabe o que é
transar?
Todos os que estavam ali presentes soltaram muitas
gargalhadas, exceto por Esmeralda e Koji, que estavam bastante
preocupados com a posição de Ikki.
- Eu aceito seu
desafio... – Ikki diz. E um silêncio varreu as risadas para
longe.
- Não aceite, cara! – Koji diz, preocupado com o
amigo.
- Você não precisa fazer o joguinho dela...!
– Esmeralda também aconselha o rapaz.
- Ei, ele aceitou,
o que está feito está feito! – Minu sorri, vitoriosa.
- Eu não preciso de ninguém me defendendo agora...
– Ikki se levanta. – E, se me dão licença, eu vou
me retirar...
- Ah, calma aí Ikkizinho, que tal passarmos
a noite juntos? Eu e você? – Yuki brinca.
- Yuki, pare
gozar da cara dele! – Esmeralda o defende.
- O que foi
Esmeralda...? Vai defender o tigrinho também? – disse a
menina, abraçando Ikki. – Vamos passar a noite juntos?
-
Pare com isso! – Ikki grita.
- Porque não fazemos uma
grande orgia pra comemorar a primeira vez do Ikki? – Takato grita,
e todos, menos Esmeralda e Koji, que também estava receoso,
aprovam.
- Vamos! – Yuki tomou-o pelo braço e o jogou no
meio da multidão.
Yuki e Minu avançaram sobre ele,
maliciosamente, segurando o rapaz, e ao tentar forçar sua
saída, acaba chutando duas garotas, que caem sentadas, mas
ainda rindo. Koji, Takato e Miro tentaram apartar o tumulto, porém
os outros cavaleiros também entraram no meio, causando ainda
mais briga. Por fim, com a distração das garotas, Ikki
conseguiu escapar, descendo com pressa pelas escadarias sendo
castigadas pelos grossos pingos de chuva.
- Duas semanas! –
berrou Minu, observando a fuga do rapaz.
Ikki correu pelas
escadarias, passando pelas ruas molhadas com muita pressa, quase que
chorando, na verdade, controlava-se ao máximo para não
fazê-lo, mas não entendia o porquê, e também,
com uma grande dor no coração e uma angústia
intragável presa na garganta. Maldita aposta! E, quando descia
a rua que o aproximava ainda mais de sua confortável e
solitária casa, tropeçou e caiu, despencando por vários
metros. Após a queda, sentiu uma grande dor surgindo das mãos,
pois estava com os braços esfolados, uma parte do seu rosto
também havia raspado no chão e sangrava um pouco. Tinha
que sair dali, ir para sua casa, cuidar dos ferimentos, mas não
tinha vontade, queria ficar ali e morrer, com orgulho ferido e
banhado pela chuva.
- Você tá bem...? – uma voz
suave pergunta.
- Você... Você é... – ele
tentou falar, mas foi impedido pela pessoa, que pousou os dedos em
sua boca.
- Sou eu, a Agasuiyama... Quando vi você
correndo, eu resolvi te seguir, porque eu sabia que, sozinho e
perturbado como estava, você era capaz de uma besteira... –
Esmeralda diz, levantando o rapaz.
- O que você vai
fazer...? – Ikki pede.
- Voou cuidar de você, já
se olhou...? Você tá horrível! Eu vou ficar com
você até que se sinta um pouco melhor... Parece que
arranjei um paciente de última hora! – ela sorri.
- E o
seu pai? Ele não vai ficar bravo que você volte
tarde...? – ele ainda tenta deixar como está, mas ela sempre
o dobrava.
- Não, meu pai não vai ser problema... –
ela sorri tristemente. – Ah, vamos?
- Obrigado... – ele pega
a mão estendida da jovem, e ela o ajuda a caminhar, e entram
na casa dele, ensopados.
Fim do flashback
Quando percebeu que estava
sonhando acordado, olhou para o campo de jogo, cheio de pessoas
aparentemente felizes, e Ikki sentiu inveja delas, e ao lembrar de
Minu, nojo.
- Ah.. A coisa tá preta... Ainda mais agora
que... – ele olha para Esmeralda, a qual jogava basquete com
perfeição. Se arrependera no momento em que fizera a
aposta. Mas, naquele dia, ele estava realmente triste.
-
OOOIII!!! – Minu aparece atrás dele.
- AAAHHH!!! Minu...
– Ikki a vê. Desde aquela aposta, sentia ainda mais
repugnância por ela. – O que está fazendo aqui?!
-
O professor te chamou! É pra você ir jogar também,
ou se preparar pro relatório de desempenho escolar... – ela
sorri.
Ikki pensou por um instante, e assentiu. – Ok, eu vou
jogar... – talvez, daquele jeito, esquecesse seus problemas por um
instante. E, voltando para a aula de Culinária...
- SEIYA,
EXPERIMENTA ISSO!!! – Saori grita.
- Eu não! Não
quero morrer tão jovem e bonito! – Seiya replica.
- FAÇA
O FAVOR!!! – ela volta a gritar.
- Ei, senhorita Kido, senhor
Ogawara... Parem, os dois! – a professora, já irritada,
ordena, e ambos param. – Agora, continuem a realizar suas
tarefas... Quem já acabou, por favor, experimente para ver se
ficou bom!
- Vê, Eiri-chan, se o nosso bolo ficou bom, por
favor... – Sakura estava meio receosa, pois nunca fora boa em
culinária.
- Claro! – ela come e dá um sorriso. –
Que bom!
- MESMO?! – Sakura grita, feliz.
- Mesmo! Tá
muito gostoso, vamos dividir...? Eu quero levar pra minha mãe
um pedaço, ela vai amar! – Eiri diz.
- Deixa eu ver... –
Sakura, tomada de coragem, experimenta. – Humm, e não é
que tá bom mesmo... Nossa! Graças a você,
Eiri-chan!
- Que é isso... Você também fez um
bom trabalho! – Eiri a elogia.
- Ah, deixando esse papo de lado
um pouco... Eu quero saber, Eiri... Porque você olha pro
Hyoga-kun de forma diferente que você olha pro Seiya-kun, por
exemplo? – Sakura pergunta, mesmo que sabendo a resposta.
- É
que eu... Eu... Vou ser sincera, Sakura-chan... – Eiri começa.
– Eu gosto do Hyoga, acho que foi à primeira vista, mas... O
que importa é que eu gosto dele...
- É que eu
queria te ajudar... Posso falar com ele! – Sakura sorriu, sabendo
controlar a dor.
- Mesmo...? Hoje? – Eiri se assusta.
- Só
se quiser, é claro... Ninguém é forçado a
nada... – a moça sorri um pouco. Também se arrependeu
de ter dito mais aquela besteira.
- Sim... – Eiri murmurou.
-
O quê...? – a jovem, que não a ouvira direito,
pergunta.
- Sim, é claro que aceito! Me faria um grandioso
favor se o fizesse! – Eiri sorri.
- Ok, então, poderia
me encontrar hoje, na praça, às cinco horas pra gente
combinar tudo?
- Pode ser... – Eiri diz.
- Ok, então,
até as seis! – Sakura diz.
- Até... – Eiri
sorri.
E assim, as horas passam devagar, até alcançarem
a sagrada hora do recreio.
- AAAIII!! PRECISO COMER MUITO!!! –
Seiya comia violentamente. – Apesar de ser tudo igual quando chega
no estômago, eu tô com uma indigestão horrorosa, e
por culpa da Saori!
- O QUÊ VOCÊ DISSE, SEU INFELIZ?!
– Saori corre atrás dele.
- Esses dois... – Shiryu
suspira.
- Entre tapas e beijos... – June complementa.
-
Hyoga-kun, posso falar com você, em particular...? – Sakura
pede, e pisca par Eiri.
- Hã, claro... – eles se afastam
da multidão.
- Me diga, o que se sente pela Eiri, sem
enrolação... – Sakura diz, séria.
- Eu...
Bem, como vou dizer... Eu... Sou muito a fim dela... Acho que foi um
amor à primeira vista... Estranho, né? – Hyoga
sorriu.
- É... Hyyoga-kun, poderia me encontrar hoje, as
seis horas, no parque e no banco onde sentávamos quando
pequenos pra lanchar, pra podermos conversar com mais calma... É
que eu não estou me sentindo muito bem... – Sakura finge uma
cara de dor.
- Pode ser... Quer ajuda...? – Hyoga a segura.
-
Não... Eu vou sozinha! – Sakura diz, correndo para dentro.
Suas lágrimas não agüentaram mais ficar entaladas,
e rolaram sem demora. Só precisaria fingir que foram lágrimas
de dor por alguma enfermidade, e não por amor. Mas, estava
feliz por ambos caírem como patinhos na simples armadilha que
arquitetara.
E assim, o tempo passou mais um pouco, até
que...
- Pronto, Eiri-chan, antes de começarmos... –
Sakura tentou uma desculpa, estavam no parque e estava quase na hora
de Hyoga chegar. Então, ela vê um carrinho de sorvete
passando. – Eu vou pegar um sorvete, é que está
calor...
- Ok, eu aguardo... – Eiri sorri, e Sakura se afasta
dali, escondendo-se numa moita perto do cenário que escolhera.
- Pronto... E bem a tempo, lá vem o Hyoga-kun... –
Sakura sorriu, e esperou que, daquele momento em diante, o pior
viesse.
- Eiri?! – Hyoga se assusta.
- Hyoga... – Eiri
também se assusta.
Continua...
