Notas Iniciais: Antes de mais nada, EU SOU
MUITO NOVA PRA ESCREVER COISAS OBSCENAS!!! Por isso, não irá
ter hentai ou derivado nenhum por aqui, apenas um pequeno trecho que
entrega tudo (ou quase tudo...), mas nada de sexo ou coisas do tipo.
E finalmente, uma rápida resposta de reviews:
Yuki-cp2:
Yuki-chan... Pois é, eu pelo menos, nunca me aconteceu de
fazer isso (não acho que saberia fingir tão bem pra
ajudar alguém a ficar com outro que eu amo...), mas acho que
pra quem enfrenta esse tipo de situação, é muito
difícil, porque como você disse, pra isso, tem que
sacrificar seus sentimentos pelos sentimentos dos outros, mas olhando
por esse lado, essa é uma prova de amor muito grande: só
porque você gosta dessa pessoa, quer ver ela feliz, mesmo que
ela seja feliz com outra pessoa que não é você...
Não sei, pra Sakura isso saiu sem querer, mas eu achei bom, no
final das contas! Ah, e a "Destino", quando sai? E outra
coisa... Você acha que eu ia deixar o Hee-kun sem aquela frieza
toda?! Não sou doida! Mas, acho que eu vou parar de escrever,
preciso terminar essa e aquela outra que eu nem atualizei ainda!
Obrigada pelas reviews, você é uma amigona... Ah,
é... Se der (quero dizer, se eu me lembrar...) eu mando uma
review pra sua fic. NÃO FIQUE BRAVA, PLEASE!!!
Juliane.chan: Juli-chan, preciso pedir desculpas por não ter lido a sua fic ainda! A fic "A Forasteira" eu já tinha ouvido falar porque a Themi-chan comentou comigo sobre ela, mas naqueles tempos, ela não tinha nem título, só me disse que teria alguém chamada Brenda e que era inspirada em Kill Bill... Mas, deixando isso de lado, a "Golpe" tá linda, amei mesmo! Perdão por ter parado de ler, eu mal podia entrar no Gommen! Ah, a "Encontro" também está divina (talvez porque eu seja fã e puxa-saco de carteirinha do casal que a fic aborda...). Muito obrigada a você também por continuar a acompanhar a fic... Pode deixar... EU LEIO A SUA FIC SIM, e se der, ainda hoje, eu espero...
AI SHITTEIRU, DAISUKI...
Petit Ange
Capítulo 6 - Quando as Asas se Abrem
Não imaginara que tudo iria dar tão
certo daquele jeito! Quando ela vira os dois daquele jeito, era como
se um punhal tivesse acertado seu coração. Seu plano
dera certo, e agora, os dois estavam... Estavam... Na realidade, não
deveria estar daquele jeito, afinal, os dois estavam felizes, e ela
podia sentir aquilo. Mas ELA não estava feliz, muito pelo
contrário, estava muito infeliz... Já era quase noite,
então, iria voltar para sua casa e esperar o rapaz, que
chegaria feliz, contaria para a amiga as novidades e certamente
perguntaria sobre sua ausência. E ela daria um sorriso quando
visse a cara feliz de Hyoga Yukida ao contar as novidades, que
finalmente estava junto de Eiri Shinohara. E ela, Sakura, iria estar
despedaçada, mas fingiria estar feliz, afinal, seu amado
estava.
E certamente, no dia seguinte, Eiri também iria
contar para ela das novidades, e novamente, Sakura iria fingir uma
alegria, iria parabenizar a amiga e rir da incrível
"coincidência" de Eiri e Hyoga terem se encontrado as
seis horas, no parque, e terem finalmente se declarado, e nenhum dos
dois saberiam que a culpada era ela, Sakura Yamamoto.
Naquela
noite, Hyoga não demorara a chegar.
- Oi Sakura-chan! –
Hyoga estava muito feliz, e cumprimentou a amiga, que devolveu o
sorriso do rapaz com outro.
- Está animado hoje,
Hyoga-kun, o que houve...? – fingiu não saber de nada.
-
Nem te conto... –Hyoga se aproxima do ouvido de Sakura, e sussurra
algumas palavras, as quais a menina já sabia. – Eu estou "in
love" com a Eiri.
- MENTIRA?! – Sakura fingiu, como uma
boa atriz que sempre foi, que a notícia foi uma verdadeira
surpresa.
- É sério! – Hyoga riu. – A partir de
amanhã, eu vou estar mais vivo que nunca... Ela me disse que
eu teria uma surpresa amanhã...
- O que será, hein?
– Sakura sorriu.
- Só a presença dela me deixa
mais que feliz! – ele sorriu, e deu alguns passos para frente,
abrindo a porta de sua casa. – Nossa, eu tô com fome hoje...
Até mais, Sakura-chan!
- Tchau, Hyoga-kun, até
amanhã! – Sakura sorri como se estivesse feliz, mas quando
viu que ele entrou, enterrou a cabeça nos joelhos e soluçou
alto. Estava chorando.
- "Parabéns... Você
acaba de perdê-lo novamente..." – ela pensou, e esse
pensamento despertou outras lembranças desagradáveis,
fazendo-a ficar ainda mais triste. Pensamentos como o dia em que
encheu-se de coragem e ia declarar-se para Hyoga, mas quando o viu,
ele estava abraçado com Freiya Watanabe... Aquilo fora o
cúmulo para ela, que perdera totalmente a coragem e motivação
em relação ao rapaz.
Pensamentos como estes faziam
seu desespero, e suas lágrimas, crescerem mais.
A residência Amamiya enfrentava uma situação
rotineira: a mãe reclamando de tudo, do filho mais velho que
saíra de casa, do atraso do marido. Ele, no entanto, ria das
reclamações da esposa, e comia como um condenado. Shun
Amamiya pensava.
- "Bem... A Agasuiyama mora do lado
oposto à casa do Ikki... Ela mora no oeste, e ele no leste,
então, porque eu vi os dois vindo juntos, hoje de manhã...?
E ainda mais... O Ikki tava conversando normalmente com ela como se
os dois fossem velhos conhecidos, se ele não agüenta
ficar nem quinze segundos perto dela... Eu contei! Então... O
que acontece por aqui...?" – o garoto pensava, sem nem
prestar atenção a mais nada.
- Filho, o que está
acontecendo? – Tojirou Amamiya pergunta. – Você está
pensativo de uns minutos para cá...
- Não está
pensando em sair de casa, está?! – Aya Amamiya pergunta,
desesperada.
- Ah, mãe, essa sua paranóia... Claro
que não! Só tava pensando em umas coisas sem
importância... Vê só, eu estou ótimo! –
Shun sorri, voltando a comer.
- Acho bom... – Aya diz. – Se
já não bastasse aquele mal-agradecido do Ikki ter ido
morar sozinho, meu Shunzinho não vai ir!
- Calma querida,
o Ikki ainda vem aqui, esqueceu? – Tojirou replica.
- Mas é
que Ikki anda muito estranho ultimamente... Mal sai de casa, apesar
de todo dia estar trabalhando e estudando normalmente, como sempre,
eu já percebi que ele não sai para aquelas farras
noturnas dele... Os amigos também estão sentindo a
falta dele! O que aconteceu com meu filho?! – Aya se desespera
mais.
- Você é doida, querida... – Tojirou
comenta.
- Mãe... Eu já terminei de comer...
Obrigado. – Shun sai da mesa.
- Vá dormir, Shun, está
ficando tarde! – Aya diz.
- Pode deixar... – Shun sorri,
subindo as escadas, mas logo volta a pensar. – "Será
que a Agasuiyama tem sua parcela de culpa nisso...? Acho que amanhã
eu vou dar uma passada na casa do Ikki..."
Entrando em
seu quarto, Shun fecha a porta, ficando sozinho com seus pensamentos.
Já era bem tarde quando Ikki finalmente
deixou seus afazeres de lado e foi dormir. Estava muito cansado,
então, retirou a roupa vagarosamente para logo depois vestir
um pijama que lhe havia sido dado de presente por sua mãe. Já
fazia quase uma semana que ele havia abrigado Esmeralda em sua casa,
e sentia-se muito feliz com isso. Ele sentia-se um pouco perturbado
com sua presença, mas já se acostumara um pouco com a
hóspede. Esmeralda o ensinara muitas coisas, assim como
cozinhar variedades, as quais saiam boas.... Ele não imaginara
que tinha vocação para a culinária. O ensinara
melhor a Matemática, e agora ele era bom nessa matéria.
Sentia-se feliz, pois todos estavam estranhando essa mudança
repentina no comportamento e personalidade dele. Era engraçado
ver o espanto de Koji, Takato e outras tantas pessoas quando a
professora elogiava-o na Culinária, ou quando tirava a nota
máxima em Matemática. Era muito proveitoso a companhia
dela, pois também ele se sentia completo perto dela. Ele não
podia ignorar que a amava, mas sua timidez sempre dificultou as
coisas, e ainda mais, não sabia o que ela sentia por ele.
Provavelmente, nada mais do que amizade... Era muito frustrante
aquilo. E ainda tinha a maldita aposta, ele não queria trair
Esmeralda e tampouco seus sentimentos, por isso, iria dizer a Minu
que a aposta estava morta. Não queria mais aquilo.
Quando
finalmente conseguiu se acalmar um pouco e sentar-se para começar
a dormir, ouviu leves batidas na porta.
- Ikki...! Está
acordado? – a doce voz de Esmeralda se fez ouvir com alguma
intensidade devido ao silêncio da noite.
- Estou sim,
Esmeralda... Aconteceu alguma coisa...? – Ikki perguntou, antes
mesmo de abrir a porta.
- Você pode abrir a porta para mim?
– ela pede. Ikki deu uma ajeitada no pijama e abriu a porta logo em
seguida. Porém, a imagem que teve não foi das melhores.
Esmeralda estava tomada por muitas lágrimas, e parecia muito
perturbada.
- Esmeralda...? O que aconteceu?! Está
chorando porque? – Ikki preocupou-se ainda mais com ela naquele
momento. Esmeralda olhou para o chão, e fez alguns segundos de
silêncio antes de responder:
- Eu... Eu... Tive um
pesadelo... – ela diz, finalmente.
- Pesadelo? Que pesadelo? –
Ikki tentou perguntar, e ela soluçou, ainda perturbada com as
lembranças do pesadelo recente mas, mesmo assim, respondeu com
voz rouca:
- Eu sonhei que... Que... – dessa vez ela não
agüentou, o pesadelo fora muito real, e ela se entregou
completamente às lágrimas, desconsolada.
-
Esmeralda... – Ikki não sabia o que dizer nem como agir.
-
Desculpa... Eu sou um estorvo, né? Pode deixar! – ela sorriu
um pouco. – Vou dormir...
Ikki apenas puxou Esmeralda para um
abraço carinhoso, tentando fazer com que ela entendesse que
aquilo não era real.
- Posso... Posso ficar... Aqui...? –
ela perguntou, se acalmando um pouco.
Ikki não acreditava
no que ouvira, iriam dormir na mesma cama. Tinha tido essa visão
apenas em seus sonhos mais íntimos. É claro, iam apenas
dividir a cama por uma noite, mas parecia estar tudo ocorrendo de uma
forma tão mágica.
- Claro, se for para você
se sentir mais calma, não tem problema... – ele sorri.
-
Obrigada... – ela sorri também, libertando-se, sem a menor
vontade, do abraço quente do amigo (ou algo mais?).
-
Muito bem, o lado da esquerda é seu e o lado da direita é
meu... – Ikki começou, fazendo uma pequena brincadeira, que
sabia que era um tanto sem fundamento. – Se passar pro meu lado,
morre!
- Pode deixar! – Esmeralda riu. Ambos deitaram-se na
cama, puxando as cobertas quentes. Aquele apartamento era bastante
aberto, apesar de parecer pequeno, principalmente porque o rapaz
deixava a janela de seu quarto aberta, mas com uma tela para
proteger, por isso, o vento gelado podia esfriar o ambiente
rapidamente.
- Boa noite! – ela desejou.
- Pra você
também... – Ikki diz, sorrindo um pouco. Voltaram-se cada um
para o seu lado, porém, Esmeralda não pregou o olho.
Aquele sonho ainda a perturbava, e ademais, estar na mesma cama com
um rapaz, especialmente sendo Ikki esse rapaz, era mais do que havia
sonhado. Esperou um momento e encostou suas costas nas costas de
Ikki, que provavelmente já pegara no sono.
- "Será
que ele está sentindo algo? Será que ele já
dormiu? Será que..." – um beijo? Não, seria
muito arriscado, talvez não, se ele estivesse bastante cansado
do dia duro que tivera... Um beijo rápido, não ia fazer
mal. Mas, antes, precisava ter certeza que Ikki estava dormindo,
senão, seria morte na certa.
- Ikki..? – a moça
chamou, hesitando.
- Sim...? – ele pergunta, estremecendo um
pouco.
- "Ele não dormiu! Preciso de uma desculpa
rápida..." – ela pensou, desesperada. – É...
Bem... Tem certeza de que você nunca namorou mesmo?
- Na
verdade, já me apaixonei por uma garota, mas nunca me declarei
pra ela... – Ikki murmurou, apenas.
- Quem era ela? –
Esmeralda pergunta, curiosa.
- Ela se chamava Pandora Osugi, era
uma menina muito demais... Mas, um dia, ela se mudou pra Inglaterra,
e eu tive que me despedir dela... Na verdade, ela ia ficar só
um ano fora, mas agora, eu não gosto mais dela. – Ikki
responde.
Esmeralda deu um suspiro, aliviada, e Ikki riu.
-
Bom, agora me deixe dormir, está bem? – Ikki pede. – Estou
muito cansado.
- Desculpa... – Esmeralda diz, abaixando a
cabeça.
- Não tem importância. – Ikki dá
um pequeno sorriso, voltando a dormir.
O silêncio veio de
novo. Esmeralda tinha vontade de pular de alegria, seu coração
palpitava em um ritmo bastante acelerado. Ikki não amava
aquela menina, apesar de nem tê-la conhecido, não teria
que ter ciúmes, isso queria dizer... Na verdade, não
dizia nada, apenas dizia que ninguém não estava em seu
caminho. Esperou alguns minutos, onde só ouvia a respiração
sua e dele, e decidiu chamá-lo de novo.
- Ikki...? – ela
o chamou de novo.
Nenhuma resposta. A jovem então
sentou-se na cama, ficou admirando Ikki, deitado e dormindo, passou a
mão pelos seus cabelos azuis, aproximou o rosto do pescoço
de seu amado e sentiu seu perfume. Era bom. Observou a boca dele,
fechada, em total repouso, inclinou-se sobre ele, com todo cuidado.
- Ikki? – chamou mais uma vez por precaução, e
não obteve nenhuma resposta. Inclinou-se sob o rosto dele.
Sentiu sua respiração quente e com um medo quase
infantil, fez os lábio se tocaram. Não era na verdade
um beijo, apenas havia encostados os lábios, até que...
Esmeralda lhe chamara duas vezes, mas não deu atenção.
Estava muito cansado e não queria mais conversar, na verdade,
queria. Escutar a voz doce e insegura da jovem era delicioso. Não
sabia mais como devia tratar Esmeralda, eram muito amigos, mas para
ele, já eram mais do que isso. Sentia sentimentos muito fortes
pela menina.
O cansaço o fizera não responder as
perguntas da amiga (seria ainda só uma amiga?), porém,
pôde sentir que ela sentava, sentia a mão tímida
dela tocando seu cabelo, nesse momento, estremeceu... Sentiu o hálito
quente dela pelo seu rosto e a boca da menina encostando na sua em um
beijo desajeitado. Vendo que ela logo ia se afastar, Ikki a puxou de
volta, para um beijo longo e molhado.
Esmeralda assustou-se e
lutou para se libertar. O rapaz sentou-se na cama e observou a cara
de desespero da companheira.
- Ikki... Me perdoe... Eu... – ela
estava muito assustada, nem sabia o que dizer.
- Quer realmente
saber porque eu não me declarei para aquela garota, quando eu
tive chance...? Foi por sua causa. – ele diz, assustando ainda mais
a menina. Esmeralda ficou paralisada, olhando Ikki fixamente. Não
esperava essa reação, ele negara aquela moça por
causa dela. Nem nos seus sonhos passara algo tão parecido, era
algo muito bonito, muito... Romântico, muito...
- Eu te
amo... – Ikki tomou coragem, e disse, sorrindo.
- V... Você...
Me ama? – ela estava chocada, mas muito feliz de ouvir aquilo.
-
Sim, eu te amo muito, há muito tempo, mas nunca soube como
você reagiria, então eu não disse nada... – ele
começou. – Mas depois dessa noite... Depois do seu beijo...
Esmeralda agora chorava novamente, as lágrimas desciam
pelo seu rosto num misto de surpresa e alegria, ela o abraçou,
sem dizer uma palavra, suas lágrimas escorriam como uma
verdadeira cachoeira.
- Esse foi meu primeiro beijo... Não
podia ser mais especial do que eu esperava... Eu também te
amo! Te amo muito! – ela dizia.
Ikki então afastou-a do
abraço e a olhou fixamente, limpando suas lágrimas:
-
Na verdade, eu tinha um colchonete que está atrás do
armário, eu ia pegar e te dar pra você dormir, mas...
Daí eu pensei melhor, e não quis pegar. – Ikki
sorriu.
- Seu... – a frase foi interrompida por mais um longo e
apaixonado beijo, agora Esmeralda tentava corresponder com a mesma
vontade do amante, mas Ikkki ainda tinha o controle. A boca dele
tapava quase todas as brechas que ela tinha para respirar, suas mãos
envolviam o corpo de Esmeralda com segurança e força.
Ela sentia o ar lhe fugindo dos pulmões e um calor
consumindo seu corpo, suas unhas cravaram nas costas de Ikki,
pareciam que os dois ficariam unidos ali para sempre. Então,
Ikki deitou-se por cima dela, ao fim do delicioso beijo, admirou seu
belo rosto, dando leves beijos em sua face.
- Eu achei que você
não sentia nada por mim, além da amizade... – ele
diz.
- O que sinto por você, vai muito além da
amizade. Mas você era muito fechado com relação a
esses assuntos, pensei que eu ia acabar te assustando. – ela sorriu
lindamente.
- Bom, acho que eu me assustaria mesmo... – ele
respondeu, sincero. – Mas depois, eu ia ficar muito feliz...
Ikki
pegou as mãos dela e começou a beijar com carinho, e
Esmeralda deixou-se levar por seus carinhos, seus toques, seus
beijos, era tudo novo pra ela, todas aquelas sensações
eram novas, todo aquele carinho que recebia... Ele a abraçou
novamente e começou a beijar seu pescoço, sussurrando
palavras de amor em seu ouvido.
- Você fica muito bonita
assustada, com uma carinha de desprotegida, procurando alguém
pra cuidar de você. – ele sussurra, contra seu pescoço.
- E você vai cuidar de mim...? – ela pergunta.
- Vou
sim, e ai de quem fizer mal pra você! Você é só
minha, e ninguém tasca! – diz ele dando leves mordidas no
pescoço da amante. Esmeralda ria, achando graça das
frases infantis e amáveis que ele dizia.
- Você acha
idiota...? – ele pergunta.
- O que? – Esmeralda não
entendia o que seu amado dizia.
- Eu ainda ser virgem... – ele
diz, coberto de vergonha.
- É claro que não! Por
Deus! Nunca, nunca achei você idiota! – ela replica, mas logo
fica vermelha de vergonha, como se estivesse gripada. – Por
favor... Ikki, eu... Falando nisso... É que... Eu... Quero...
Eu quero...
- Hã? – dessa vez, ele não entendia o
que sua amada dizia.
- Por favor... Esse é um desejo
secreto meu, mas... Eu quero... Quero ser sua... Essa noite. Por
favor... – ela abraçou-o, gaguejando. – Posso...?
-
Claro... – ele a beijou ternamente, e ambos se entregaram ao fogo
da paixão.
No dia seguinte, Sakura acordara de péssimo
humor. Em parte, estava feliz por aqueles dois estarem juntos e tão
felizes, mas em outra parte, estava brava e triste por nunca ter o
que queria. Decidiu fazer uma cara boa, e esconder a angústia
que sentia.
- Bom-dia... – ela diz, tentando colocar animação
na voz.
- Bom-dia! – Seiya e Shun a cumprimentam. – Soube da
novidade?!
- Qual...? – talvez pudesse ser nova. Mas, tinha uma
estranha impressão de que era aquela mesma novidade que a
fizera dormir mal nessa noite.
- O Hyoga-kun e a Eiri-chan estão
namorando! – Shun sorri.
- Ah, essa novidade... O Hyoga-kun já
me contou... Gostei mesmo de ver que eles dois estão juntos.
Pelo que vi, estão felizes... – ela lembrou-se de coisas que
a fizeram sentir uma pontada no coração.
- É...
Que sorte a dele! A Eiri é muito fofa! – Seiya comenta.
-
Tem razão, ela é bonita... Muito parecida com a
Sakura-chan, mas cada uma tem a sua própria beleza... – Shun
diz.
- Pois é... Isso me incomoda de vez em quando... –
Sakura diz em tom doloroso.
- Aconteceu alguma coisa? – Shun
pergunta.
- NÃO!! NÃO ACONTECEU NADA... – Sakura
diz, esquecendo-se de que estava numa sala de aula. – EU NÃO
ESTOU TRISTE, SUA... SUA... VADIA!!!
- Hã?! – Seiya e
Shun estranharam o comportamento da menina.
- Sakura... Você
é um demônio! – a menina continuava.
- Oi,
Sakura-chan... Você tá bem...? – Seiya perguntava,
chacoalhando Sakura.
- Ah... Seiya-kun, Shun-kun...? O que
houve...? – ela pergunta, como se acabasse de acordar de um transe.
- Você tava falando umas coisas esquisitas, se chamando de
demônio e etc! – Seiya diz, preocupado. – Você tá
bem mesmo? Não quer ir pra enfermaria?
- Nãão!
Eu estou bem gente... – ela responde. – Mas, onde estão
aqueles dois?
- Saíram... Acho que vão voltar só
quando o sinal bater... Eles gostam de privacidade, e além do
mais, hoje só estamos nós três aqui, por
enquanto... – Shun responde.
- Ah... É verdade... –
ela murmura.
E assim, o tempo passa devagar, no começo,
para logo depois se tornar impiedoso, e avança tão
rápido que chega a tão esperada hora do recreio. Os
alunos estavam conversando sobre tudo e nada, como sempre.
-
Aahh... Como cansa... – como sempre, Seiya reclama.
- Você
reclama demais, Seiya... – Shunrei dá sua opinião.
-
Ora, quem é você pra me dizer o que sou?! – Seiya
pergunta, irritado.
- Alguém que tira nota 9 ou 10 em
todas as matérias! – ela diz, tomando mais um grande gole de
suco e dando um sorriso de vitória.
- CDF! – Seiya
mostra a língua para ela, que devolve.
- Ei, vamos parar
vocês dois! – June aparta a briga.
- É, ela tem
razão... Vamos parar vocês dois, e façam as
pazes! – Shiryu aprova a idéia de June, que suspirava.
-
Ora, cale-se, Shiryu! – Shunrei grita.
- É isso aí!
Cale-se, Shiryu! – Seiya repete o que a moça diz.
- Ai,
ai... – June e Shiryu suspiram de novo.
- As coisas ficam sem
graça sem o Hyoga e a Eiri... – Sakura diz, olhando as
cadeiras vazias que antes, sentavam os dois amigos.
- O Ikki
também não está... – Shun suspira. E, de
repente, uma jovem que quase todos odiavam, chega e pergunta sem
rodeios:
- OIEEEE, POVO!! ONDE ESTÁ O IKKIZINHO?! – Minu
pergunta.
- Ele não está aqui, Minu... – June
diz.
- Onde ele está? Koji e Takako também estão
procurando por ele... – Minu se desespera.
- Vai ver ele sumiu
pra não ver você... – Shiryu ri.
- É...
Talvez tenha razão... De qualquer forma, obrigada! – Minu
sai correndo.
- Que garota estranha... – Shunrei comenta.
-
Eu assino embaixo! – Sakura toma um gole de refri.
- Porque o
Ikki iria sumir de todos, desse jeito...? Ele nunca foi disso... –
Shun pensava. Novamente, a hipótese de que Esmeralda estivesse
envolvida nisso aumentou as preocupações do garoto.
-
Ei, não fique assim, Shun... Ele não ia fugir da
escola, certo? – Sakura o conforta.
- Nossa, tudo está
vazio hoje... – Shiryu comenta. – O Hyoga e a Eiri foram namorar,
Ikki some e Saori e Seiya estão brigando por aí... Hoje
todo mundo tirou o dia pra eles...
- Pois é, e essa mesa
perdeu a graça sem todo mundo! – Shunrei também diz.
- Que pena... – suspiram todos.
Assim, no fim da aula, Sakura novamente ia sozinha
para casa, pois Hyoga iria preferir sair com Eiri, e aproveitar os
momentos que tanto esperou para ter com ela. Mas, o que a menina
pensou estava errado. Naquele instante, Eiri aparece e toca no ombro
de Sakura, fazendo a jovem virar rapidamente.
- Ah, é
você, Eiri-chan... – Sakura suspira, aliviada. – Que
susto...
- Pensou que fosse o quê? – Eiri sorri.
-
Sei lá... Alguma coisa, nem sei, sei que tomei um susto! –
Sakura diz.
- Quer me acompanhar? – Eiri a convida. – Preciso
ir até o banco, fazer umas coisas pra mamãe... Gostaria
de me acompanhar?
- Porque o Hyoga não te acompanha? –
Sakura pergunta.
- Ele vai sair com o pai dele, fazer uns
negócios, e por isso não poderá me acompanhar...
Por favor, não gosto de ir sozinha, me acompanhe...! – Eiri
implora.
- Certo, certo, Eiri-chan... Eu te acompanho! – Sakura
dá um sorriso, e Eiri devolve-o.
- OBRIGADA!!! – Eiri
agradece, e as duas chegam até o banco em poucos momentos. A
fila estava demorada, e Sakura era muito impaciente, mas conversando
com Eiri sobre tudo e nada, colocando as fofocas em dia, até
que não estava sendo tão ruim.
- E aí eu
disse pra ela... – Sakura conversava, quando foi interrompida por
cinco homens encapuzados e armados.
- TODO MUNDO PRO CHÃO!!!
ISSO É UM ASSALTO!!! – ele grita, e todos se abaixam. O
cheiro de medo impregnava o local. Os bandidos cercaram o local,
fazendo todos de reféns temporários. O chefe dirigiu-se
até os caixas. – COLOQUEM TODO O DINHEIRO AQUI, E SEM
DEMORAR!!!
Os atendentes puseram, tremendo, tudo o que podiam
colocar. Sakura olhava aquilo com aflição. Precisava
fazer alguma coisa, não tinha medo, nada a assustaria.
-
EI, VOCÊS!! – ela grita, e os bandidos se voltam para ela.
-
VOLTE A SE DEITAR MENINA, OU LEVA CHUMBO!!! – um dos bandidos
grita.
- NÃO TENHO MEDO DESSAS ARMAS DE MERDA! PODEM ME
MATAR, SE QUISEREM, MAS NÃO IRÃO ROUBAR NADA DAQUI!!! –
ela grita novamente.
- Menina impertinente... – o chefe atira a
sacola para um dos homens. – Eu deveria te matar, mas acho que
quero me divertir com você um pouco.
- Como quiser! –
Sakura diz.
- SAKURA-CHAN, NÃO FAÇA ISSO!!! –
Eiri grita.
- CALADA, MENINA! – um dos bandidos ordena,
apontando uma arma para a testa da menina, que se cala.
- Doida!
– uma pessoa diz.
- Certo, quero me divertir também, mas
terá que ser no mano-a-mano, ok? – Sakura dita as regras que
o bandido aceita.
- Muito bem, se eu vencer, te mato! Se você
vencer, sairemos daqui... – ele diz, retirando a máscara, e
provando ser um homem muito bonito e jovem.
- Vamos lá! –
ambos iniciaram a luta. Os bandidos apontavam suas armas para Sakura,
que não se acanhava e, pelo contrário, estava em
vantagem contra o homem, que cai no chão. A jovem aproveita
esse segundo de distração e aponta uma arma para ele. –
Eu sou doida, posso fazer isso sem problemas!
- Eu não
diria isso... – um dos homens agarra Sakura, e começa a
enforcá-la.
- SAKURA-CHAN!!! – Eiri grita. E outras
pessoas também entram em pânico.
- Não... Vou
morrer! – Sakura chuta as partes intimas do bandido, que cai no
chão, gemendo e se contorcendo todo. Os outros aquietaram-se
um pouco, e o chefe dos bandidos e a estudante reiniciaram a batalha.
- Você não é nada ruim! – o homem diz.
-
Devo admitir, você também não é... – ela
replica.
- Ei, menina... – uma funcionária chama Eiri. –
Por favor, agora que estão ocupados com aquela lá,
ligue para a polícia, imediatamente.
- Certo! – Eiri,
silenciosamente, se levanta e liga para a polícia.
-
Polícia de Tóquio, qual a sua emergência? – uma
voz feminina pergunta.
- Um assalto na rua Takahashi Akizumi, no
banco Tenkai! Por favor, é urgente, precisamos de reforço
policial imediatamente... – ela diz, desesperada.
- Estamos a
caminho. – a voz diz, desligando o telefone.
- Pronto, agora é
só esperar... – Eiri diz para a funcionária, que
assim como todos os demais, voltam a prestar atenção na
luta.
- SINTO MUITO, MAS TUDO ISSO JÁ ME INCOMODOU O
SUFICIENTE!!! – o homem dá uma rasteira em Sakura, que cai
no chão. Ele aponta sua arma para a cabeça dela. –
Preparada para morrer?
- Ainda não! – ela rola,
desviando-se do tiro.
- PEGUEM ELA! – ele grita.
- NÃO
SE METAM!! ESSA BATALHA É SÓ ENTRE EU E ESSE INFELIZ
AÍ, NINGUÉM OUSE A SE INTROMETER!!! – ela grita.
-
Chefe... – um dos bandidos murmura.
- Deixem... Eu cuido disso!
– ele atira rapidamente no braço da jovem, que cai no chão,
nocauteada pela dor.
- SAKURA, CUIDADO!!! – Eiri grita.
-
Cale-se menina! – o outro novamente a avisa. – Da próxima
eu te mato!
- Adeus, Sakura... – o homem dispara o segundo
tiro, que acerta a testa de Sakura. O sangue começa a ensopar
seu uniforme e o chão, e o ambiente é tomado por gritos
de pânico. – Vamos embora!
Pegaram as sacolas de
dinheiro, subiram como raios no carro preto que possuíam e
sumiram de vista.
- SAKURA-CHAN!! – Eiri corre em direção
da amiga.
- MENINA!!! – muitos também socorrem-na.
-
Ela não vai sobreviver por muito tempo... Foi um tiro na
testa, perfurou sua cabeça. As chances de sobrevivência
são de uma em um milhão... – disse uma mulher.
-
ENTÃO TEMOS UMA CHANCE!!! – Eiri grita. A polícia
chega no minuto seguinte, e atrás dela, uma multidão de
curiosos apareciam.
- Vamos, socorram a menina! Levem-na para o
hospital no carro de polícia mesmo! Rápido! – ordena
um dos policiais.
- Eu os acompanharei...! – Eiri diz.
-
Quem é você? – o oficial pergunta.
- Sou Eiri
Yukida, uma testemunha desse assalto... – ela diz. – Irei
acompanhar minha amiga até o hospital, e quando souber que ela
está bem, irei dar queixa!
- Muito bem! – ele diz. –
Me acompanhe...
Na residência Yamamoto, Takako e Akira
sentiam a falta da filha.
- Ai, meu Deus, onde essa menina se
meteu...? – Takako suspirava, andando de um lado para o outro,
preocupada.
- Não se preocupe, querida, sei que logo ela
voltará, sorrindo e se desculpando pelo atraso, como sempre...
– Akira a conforta, mas ele também estava preocupado.
-
Eu estou com uma sensação estranha... – Takako
comenta.
- TAKAKO, VOCÊ ESTÁ AÍ?! – Natasha
grita.
- Estou! O que houve?! – Takao não gostava nada
do tom de voz da amiga.
- A SAKURA... ELA ESTAVA ENVOLVIDA NUM
ASSALTO E... E LEVOU UM TIRO!! DEU AGORA NA TV!! MEU MARIDO, HYOGA E
EU ESTAMOS INDO DIRETO PRA LÁ!!
- Mentira?! – Takako
sentiu as pernas amolecerem, um torpor mental tomou conta de seu
corpo, e ela quase que perdeu totalmente o controle.
- RÁPIDO!
A NOVA NAMORADA DE HYOGA LIGOU PRA ELE, EM PÂNICO, AVISANDO
ISSO!! VAMOS LÁ, TAKAKO, AKIRA E VOCÊ PRECISAM IR
IMEDIATAMENTE PRO HOSPITAL!! – Natasha chorava.
- Vamos logo,
mãe! – Hyoga, de dentro do carro, gritava.
- VOU
IMEDIATAMENTE! ESPEREM ALGUNS SEGUNDOS! – Takako entra em casa, e
em poucos segundos, a família Yukida e a família
Yamamoto estava indo em direção ao hospital. Chegando
lá, encontraram Eiri, sentada, chorando muito.
- EIRI! –
Hyoga correu até ela e a abraçou.
- HYOGA! – Eiri
correspondeu ao abraço. – FOI TUDO RÁPIDO DEMAIS! A
SAKURA LEVOU O TIRO, E...
- Shhh... Tudo bem agora! Vai ficar
tudo bem...! – Hyoga sorriu.
- ONDE ESTÁ MINHA FILHA??!!
– grita Takako para um médico que passava por ali.
- A
menina que chegou agora...? – ele pergunta.
- ESSA MESMA! ONDE
ELA ESTÁ??!! – Takako se desespera. Tudo parecia surreal.
-
Calma, querida... Vai ficar tudo bem... – Akira a abraçava.
- Eu quero minha filha... Akira... – Takako também o
abraçava, e o ambiente pesou completamente.
-
SAKURA-CHAAAAAN!!! – Shun e sua família chegaram.
-
Shun! – Eiri e Hyoga viram o amigo.
- O QUE HOUVE COM
SAKURA-CHAN?! O QUE DEU NO NOTICIÁRIO É VERDADE?! –
Shun perguntava, marejado em lágrimas, desesperado.
- Sim,
mas eu tenho certeza de que tudo irá dar certo... – Eiri
sorria.
- Eu espero... Ah, eu liguei pro Seiya e pra Saori, e
para o Ikki também... Eles também já devem estar
chegando...! – Shun diz.
- Sim, será bom... – Hyoga
comenta.
- SAKURAAAAAA!!! – Seiya grita, juntamente com Saori,
Ikki, Esmeralda e Shiryu.
- O que o Shiryu tá fazendo
aqui...? – Shun pergunta.
- Eu o chamei quando você me
ligou! – Seiya diz.
- Como ela está?! Ela vai ficar bem,
não vai?! – Saori chacoalhava Hyoga.
- Eu não
sei, espero que sim... – Hyyoga responde, simplesmente.
- Não
acredito que isso esteja acontecendo... – Esmeralda comenta.
-
Nem eu... – Ikki também diz.
- Ikki, querido, o que faz
aqui? – Aya Amamiya encontra o filho no meio da multidão.
-
Ah, mãe... Estou aqui porque sou amigo da menina que está
em perigo, e vi tudo isso na TV, e então, o Shun me ligou, e
eu vim correndo pra cá... – Ikki explica.
- Quem é
essa jovem? – Aya pergunta.
- Sou Esmeralda Agasuiyama, amiga
do Ikki! – ela se apresenta, mas dá uma piscada para Ikki,
que ri e devolve a piscada.
- Prazer... – Aya sorri, e
Esmeralda devolve o sorriso.
- DOUTOR!!! – Takako se atira no
médico ao ver ele chegando. – COMO ESTÁ MINHA
FILHA??!! ELA SE RECUPERARÁ??!!
- Eu sinto dizer que... –
ele começa.
- DIGA LOGO!! – Akira grita.
- Meu
pêsames... – o doutor abaixa sua cabeça. – Nós,
depois de uma cirurgia arriscada, conseguimos retirar a bala com
sucesso da cabeça dela, mas a menina não agüentou,
e... Sinto em informar que Sakura Yamamoto está em coma...
Continua...
