Notas Iniciais: Oba, hoje a emoção vai correr solta aqui! Finalmente saberemos como Sakura vai se declarar para o Hyoga, alguns segredos, contratempos, encontros e desencontros. Não precisam ouvir em tudo, mas gostaria que, na parte da declaração de Sakura, ouvissem a música "Cynthia Aisuru Hito", a qual se encontra aqui:

Aviso: essa música é uma MP3, e está em WinZip!
Estamos chegando no final da fanfic... Creio que, até Fevereiro, eu acabo ela (10, 11 capítulos no máximo...). Ah, e não se esqueçam de ouvir a MP3 de "Cynthia"!
Caso o endereço não apareça aqui, eu coloquei uma review com a url dela.
Por isso, escutem-na, e boa leitura!

AI SHITTEIRU, DAISUKI...
Petit Ange

Capítulo 8 - A Promessa Eterna

- Será que foi boa idéia deixarmos ele por aqui...? – Koji pergunta para os amigos, preocupado com o estado do rapaz.
- Não sei, acho que não deveríamos... – Takato responde, em voz preocupada.
Koji olhou para o rosto dos companheiros. Yuki e Miro haviam descido com ele a procura de Ikki, e tinha encontrado o rapaz já em sua casa, deitado na cama. Ele não estava feliz, mas também não estava triste. Estava ali, e dizia que ia esperar por Esmeralda em sua casa, pois ela só levara a roupa do corpo, certamente voltaria para pegar suas malas.
Não sabia onde ela tinha ido, não sabia quando ia voltar, se ia voltar. Mas se voltasse, iria até aquele lugar... Adormeceu ali, e no outro dia, não apareceu na escola, no emprego ou nas farras noturnas. Shun, que também soube de tudo através de Koji, levou-lhe um prato de comida, mas Ikki não deu muita importância. Continuava ali... Esperando...
Passaram-se quase dois dias, e ele nem ao menos, saiu da cama. Os amigos foram visitá-lo freqüentemente, preocupados, mas ele não quis sair dali, nem ao menos se levantou. Estava entrando em um estado preocupante.

O recreio daquele dia estava feliz. Não era apenas pelo sol que brilhava e os alunos que papeavam e brincavam, era também por coisas a mais.
- E então Sakura, quer isso ou isso? – Seiya pergunta, apontando para algumas comidas da cantina. – Acho que não... Talvez seu estômago esteja sensível...
- Ai, pessoal! Chega! Vocês estão muito frescurentos hoje! Nossa, eu estou bem! Posso me servir e fazer as coisas sozinha... – Sakura diz, indignada com o comportamento dos amigos naquele dia.
- É que nós estamos contentes! – Eiri sorri. – Você sobreviveu, sabia que isso é um verdadeiro milagre?
- Pois é, então anime-se, nós estamos sendo gentis com você... Deveria estar feliz! – Hyoga diz. – ...Eu gostaria de ser tratado assim!
- Acontece que essa mordomia toda já tá me irritando... – Sakura fala, servindo-se.
- Tem certeza de que isso não é muito pesado pra você? – Seiya pega a bandeja. – Deixa que eu ajudo você, querida dama.
- SEIYA, SEU CHATO, PÁRA!! – Sakura grita.
- A velha Sakura... Que bom! – Eiri diz, apoiando sua cabeça no ombro de Hyoga.
- Pois é... É bom tê-la de volta... – Hyoga diz, olhando Sakura estrangular Seiya, ternamente.
- PÁRA SAKURA-CHAN! TÁ ME ENFORCANDO MESMO!!! – Seiya grita.
- Ok, eu paro, se você parar também! – a menina diz.
- Feito... Cof, cof... – Seiya tosse, recuperando o ar que perdera.
- Ei, por que o Shun tá daquele jeito? – Sakura pergunta, ao ver Shun sentado na cadeira, com June ao seu lado, tomando suco, com um rosto preocupado. – O que houve? Perdi alguma coisa na minha soneca?
- O Ikki tá mal por causa de uma garota... Tá faltando em tudo quanto é coisa, e o Shun está preocupado com o irmãozinho... – Seiya diz.
- Saímos de um problema, entramos num outro! – a menina ri. – Isso até parece uma novela... Tem cada problemão!
- É verdade... Mas é uma novela legal, eu gosto dela. – Hyoga ri.
- Ei, por que Shiryu e Shunrei não estão na mesa, como sempre? – a menina sente falta dos dois amigos. – Eu vi eles na sala, mas não estão aqui agora...
- Eles... Bem, Sakura-chan, enquanto você dormia, eles... – Eiri começou. – Eles acabaram se declarando um pro outro, e... Bem, deu no que deu!
- Que amigos-da-onça... Preferem namorar ao que saudar sua amiga aqui! – Sakura resmunga, emburrada.
- O poder tá subindo à sua cabeça... – Seiya comenta.
- SEIYA, SEU...! – Sakura o estrangula de novo.
- Com licença. – Saori cutuca o ombro de Sakura. – ...Me concede a honra, também...?
- Com todo o prazer. – Sakura dá lugar a Saori.
- NÃO, SAORI!! CHEGAAA!!! – Seiya começa a correr.
Sakura se senta na mesa, e suspira:
- Ele continua o mesmo palhação... – ela diz.
- Certas coisas não mudam nunca! – June comenta, e Hyoga e Eiri riem.
- Eu fico feliz dele não ter mudado... – Sakura comenta, sorrindo. – Ô Shun-kun, levanta o astral, garoto!
- Eu tentei, mas não dá... – Shun resmunga.
- ...
- Desista, Sakura-chan, não dá mesmo... – Eiri diz, balançando os ombros.
- Certo...

Numa loja de roupas perto da escola, assim que as aulas destas terminaram, Aya fazia algumas compras.
- Vamos ver... Levo esta ou essa? – Aya perguntava-se, experimentando duas blusas de manga curta, uma de cor branca e outra de cor rosa. – ...Vou ficar com a branca!
Contou suas roupas, para ver se estavam no lugar, e quando viu que nada faltava, foi até o caixa pagar tudo, mas quando chegou, viu alguém ali...
- Obrigada, volte sempre! – a vendedora dizia para uma jovem de cabelos loiros, vestida de uma blusa verde-água comprida e saia negra.
- Eu que agradeço... – ela diz, pegando a sacola de roupas e saindo da loja.
Aya rapidamente reconheceu Esmeralda e saiu da loja, sem suas roupas, sem dizer nada a ninguém, vendo-a ir para o lado esquerdo, quase que desaparecendo na multidão. Seguiu-a, sem ninguém notá-la.

Ikki lutava para não dormir, tinha que esperar acordado. Se ela chegasse enquanto dormia, nunca ia se perdoar. Se ela chegasse e fosse embora, aí sim é que se sentiria realmente triste. Tinha que esperar por ela... Esperar até quando fosse necessário... Até ela voltar...
A luz do lindo pôr-do-sol iluminava o quarto do rapaz, quando ele foi vencido, e caiu no sono. Fazia dois dias que não dormia, esperando sua amada voltar.

Naquele fim de aula, Sakura acompanhou os amantes em seu ritual diário. Hyoga e Eiri conversavam normalmente, e Sakura ficava atrás, olhando tudo. Quando chegaram na casa dos Shinohara, como sempre, Hyoga beijou sua amada, fazendo com que Sakura ficasse com uma dor lhe corroendo o coração. Eiri abanou aos dois, que sorriram e retribuíram. Depois, ambos caminhavam em silêncio.
- ...É assim o seu ritual pós-aula...? – Sakura pergunta, quebrando o silêncio.
- Sim, mas antes eu voltava sozinho pra casa... – Hyoga diz, em um tom um tanto irônico.
- Gostava de voltar sozinho...? – a jovem pergunta.
- Não... Era vazio e triste, mas... Por que me pergunta isso...? – Hyoga estranhava Sakura, sempre nos fins de aula que saia com Eiri era assim.
- Nada em especial... Nada mesmo! – Sakura vira o rosto.
- Porque você age assim...? – Hyoga pergunta, sério. – Não confia em mim?
- Se soubesse o quanto eu sofro, duvido que me tratasse do jeito que me trata... – Sakura dizia, decidiu que se arrependeria por algo que fez e não pelo que não fez.
- Como você sofre? – o rapaz volta a perguntar.
- Muito... Você não poderá imaginar o quanto... – Sakura responde, calmamente.
- Saberia se me contasse... – Hyoga pára, e Sakura também.
- Esqueça! – a jovem vira seu rosto mais uma vez, olhando o asfalto.
- Porque você é assim tão dura? Aposto que não pode ser tão ruim... – Hyoga sorri, tentando dar um certo conforto para a amiga.
- Não imagina o quanto é... – sentia seu peito apertar, mas não se deixaria levar pelos sentimentos tão fácil. – Pelo menos, para mim, é uma coisa mais dura que uma pedra...
- Você não confia em mim...? – Hyoga pergunta, secamente.
- O quê?! – a menina não acreditou no que ouvia.
- Perguntei se confia em mim? – ele volta a perguntar, em tom seco, de novo.
- Porque pergunta isso...? – a apreensão estava estampada na face da jovem.
- Se confia em mim, por favor, me conte o que te abala tanto... Eu posso não ser muito útil, mas farei o possível pra te fazer rir, e o impossível pra ajudar... – Hyoga diz, tentando ser alguém para a jovem abalada.
- Eu não posso... – Sakura negava com a cabeça e mente. – Eu não teria coragem de...
- Por que? – Hyoga pergunta, sentindo falta da coragem de Sakura.
- Porque eu não sou corajosa, e você deveria saber...! – a jovem diz, sentindo sua respiração e coração ficarem pesados.
- Eu sei... – Hyoga murmura, apenas.
- O quê?! – novamente a garota não entende.
- Sei que não é corajosa, porque se fosse metade da Sakura que sempre foi, abriria o jogo sem hesitar. Nós somos amigos desde o maternal! Crescemos juntos, sempre compartilhamos tudo juntos... A dor, a alegria, nossos brinquedos, a tristeza e até nossa felicidade... Tudo! E, não sei desde quando, você resolve esconder tudo, e não me conta nada, e além do mais fica nessas indiretas todas, sofre sozinha, e sinto que você me culpa por isso! – Hyoga desabafa um de seus receios.
- Você tem sua parcela de culpa... – Sakura, cabisbaixa, murmura.
- Qual é ela? – o rapaz queria saber.
- Quer mesmo saber...? – a jovem respira fundo. – Não irá gostar do que ouvirá...
- Eu arriscarei! Vou te ajudar, e você sabe... Pode me contar, não irei dizer a ninguém o que te fere! – Hyoga dá um sorriso que abala ainda mais a Sakura.
- Hyoga-kun... Ou melhor, vou te chamar como eu quero chamar... Hyoga, muita coisa mudará depois que eu te contar isso... – ela ouvia sua respiração e a dele.
- Pode contar!
- Eu sempre pude apenas observar à distância... Na realidade, quando éramos pequenos, eu nunca senti nada mais que amizade... – a menina dizia, sem hesitar. – ...Éramos amigos, fazíamos tudo juntos, e eu me sentia feliz do seu lado, porque éramos amigos... Mas, depois, eu comecei a olhar pra você de uma forma diferente, e no começo eu me assustei... Mas, depois, eu descobri que o que eu sentia era gostar, e eu vi que era uma sensação boa, mas que iria me fazer sofrer, com certeza, porque eu tinha medo de dizer o que sentia...
- Como assim... Medo de dizer o que sentia...? – o rapaz estava paralisado, sem reação.
- E, assim, nestes momentos, eu senti a minha primeira facada no coração... O dia em que te vi com Freiya Watanabe. Aquilo me doeu muito mais do que você pode imaginar... Achei que meu coração iria parar, e foi bem no dia em que eu iria me declarar pra você... Então, sabendo que eu não podia competir com Freiya, porque seus olhos brilhavam quando olhava pra ela, eu desisti, e resolvi observar vocês dois à distância... Mas eu saquei, dois meses depois, que Freiya começara a olhar para Haguen, e também... Ela não te olhava com amor verdadeiro... E aquilo me deixou muito irritada, porque eu sabia que, mais cedo ou mais tarde, Freiya iria chutar sua bunda. – ela deu uma pequena risada, da própria frase. – Mas eu não queria te magoar, portanto, só observei-os de longe, torcendo que Freiya o apunhalasse logo, para eu, assim, tomar as rédeas.
- Aquele dia, na escola, então... – Hyoga lembrou-se do dia em que Sakura dera um soco no rosto de Freiya.
- Sim... Naquele dia, realmente foi uma surpresa quando Seiya-kun me contou que Freiya te traíra com Haguen... Eu achei aí a chance perfeita de me vingar daquela idiota que me fez sofrer e me deixar com tanta raiva... Na verdade, eu também tinha um pouco de raiva de você, mas ela desapareceu assim que vi a cara feliz que Freiya fazia ao contar que te abandonou... Eu me senti tão furiosa, que queria que o mundo sumisse, e ficasse só eu e ela, e eu pudesse bater nela até ela morrer. Mas só pude dar dois socos... Com toda minha raiva e frustração, mas só dois socos... – estava chorando. – Sim, depois daquilo, conhecemos Eiri-chan, e eu senti, de alguma forma, que ela teria uma grande história... E aquilo também me apertou o coração de novo, então... Resolvi me calar...
- Que dizer que... – podia-se ver o pânico nos olhos azuis.
- Quando vi que você também começou a olhar ela de forma diferente do habitual, eu pensei que não haveria mais esperanças... Você, e talvez eu, simplesmente iríamos nos ferir de novo... Eu até tentei falar com Eiri-chan sobre isso, mas não consegui, pois sou uma covarde... Então, entreguei os pontos novamente e esperei o pior acontecer... Mas não foi o pior que pensei, foi um pior muito mais dolorido... Eiri-chan também amava você de todo o coração. Então, porque ela iria te trair...? Eu pensei que, daquele momento em diante, tudo estaria perdido, então, tudo o que eu poderia fazer era torcer por vocês dois... – ela riu, e dois pingos brilhantes desciam de seus olhos fechados.
- Quer dizer que... Que você gosta... De mim...? – Hyoga não sabia o que fazer ou dizer.
- Viu só como eu tinha razão? Você se assustou! – Sakura diz, emburrada, tentando esconder as lágrimas.
- Não é isso... Eu só não tenho o que dizer... – Hyoga coloca sua mão no peito, e sente seu coração bater apressado. – Foi tudo tão repentino...
- Sabe... Então, vocês dois começavam a se gostar à medida que o tempo passava, e eu tive uma idéia que deu certo... Aquela que eu fiz com Eiri-chan de cuidar de você, para ver se gostava dela... Você deve até ter estranhado que eu levava meu trabalho muito a sério, mas é que eu tinha uma outra brincadeira escondida... Eu iria fingir que eu era a Eiri-chan, e queria ver o quanto você gostava dela, se não iria olhar pra mais ninguém, para eu ter certeza de que eu, que na verdade era a Eiri-chan, não estava sendo enganada... E assim, o tempo passou... E aquela tragédia aconteceu... Eu não parei de pensar no que iriam dizer, fazer, quando soubessem que eu estava daquele jeito. Eu iria morrer... No começo, eu não queria, mas depois eu parei e pensei que se morresse, eu não teria mais que sofrer, então estaria bem... Mas me lembrei de você, da Eiri-chan, dos meus pais, dos seus pais, dos nossos amigos, de todos... E resisti, até conseguir acordar. E quando acordei, decidi que iria dizer pra você tudo que eu sentia... Para assim, eu não me arrepender por algo que não fiz... E você já sabe o resto... – ela diz, parando de encará-lo.
- Eu não sabia... Na verdade, eu já suspeitava, porque você me olhava sempre de forma terna, mesmo estando na mais profunda tristeza... Estava estampado na sua cara que você estava triste por mim, e eu pensei e... – o rapaz dizia, sem saber exatamente o que falar para sua amiga. – ...Cheguei a uma conclusão... De que você realmente sentia algo mais por mim. Aquilo me deixou muito feliz, porque eu sabia que você gostava de mim, mas também me deixou muito triste, porque eu não podia corresponder da mesma forma...
- Eu também já sabia... – Sakura suspira.
- Mesmo...? – Hyoga pergunta, assustado.
- Mas eu fingi não me importar... Tudo bem, não me importo muito com isso mesmo...
- Mentirosa! – Hyoga fala, sem rodeios.
- ...
- Sei que na verdade você está muito triste e, talvez, arrependida de ter me contado tudo isso... Mas eu já desconfiava, e só precisava dessa prova concreta para que minhas suspeitas se confirmassem... Não se preocupe, não irei contar para ninguém... – Hyoga sorri, um tanto sem-graça. – Como eu te prometi, se lembra?
- Muito obrigada, Hyoga! Ah, e só mais uma coisa... – Sakura diz, com um sorriso.
- O que é...? – Hyoga retribui o sorriso.
- Não me importa quanto tempo passe, não me importa se você estiver casado, solteiro, vivo, morto... Não me importa o que você vai ser ou deixar de ser... Meu coração sempre será seu, você é minha prioridade... Lembre-se sempre de que, do meu amor, você sempre será o rei! Nenhuma outra pessoa tirará esse lugar de você! – ela diz, se afastando dele aos poucos, chorando. – Não, não, era só isso... Obrigada...
- Sakura-chan... Eu que te agradeço... – Hyoga suspira, com um sorriso terno nos lábios.
- Pra quê? – a jovem não entendia.
- Por você me amar, ainda que eu não possa retribuir... Por sempre ser uma pessoa com quem eu pudesse contar, mesmo que você não me quisesse desse jeito, e sim, de outro. Agradeço pelo simples fato de você ainda me amar acima de tudo, mesmo que eu já tivesse outro alguém, mesmo com todos os meus defeitos, com todas as minhas loucuras. – o rapaz diz, nem mais sabendo como agir. – Obrigado!
- Não há de quê... Sinceramente, não precisa agradecer, faço isso por prazer. Mas, eu ainda acredito... – ela o olha profundamente nos olhos azuis. – ...O meu maior erro foi meus olhos terem se encontrado com os seus...
- Por que você acha isso? – Hyoga assustou-se um pouco com as palavras.
- Se eu não tivesse te conhecido, você teria me poupado muitas lágrimas, muito sangue, tempo demais, muito desespero e muita dor, solidão até demais, um desmedido ciúmes, uma profunda inveja, muita amizade, e ainda assim, muita paixão... – ela diz, rindo e chorando de tudo que dizia. – Entre outras coisas que não consigo me lembrar. Mas... Por outro lado... Se eu não tivesse te conhecido, jamais teria sabido o que é amar verdadeiramente.
- Eu também te agradeço...
- Hã...? – Sakura, mais uma vez, não entendia seu amado.
- Se não fosse por você, eu jamais teria conhecido uma verdadeira amiga, além do mais... Foi você que me ajudou a declarar-me pra Eiri, mesmo escondendo toda sua dor... Entendo que você gostava de nós, e... Quis que nós nos uníssemos, mesmo que você saísse perdendo. Creio que, com esta maneira, você me amava, mas torturava seu próprio coração, condenando o que sentia. É dolorido, mas... – Hyoga se sente culpado pelo fato que ouvia naquele momento. – Eu te entendo...
- Não creio... – Sakura dá um pequeno sorriso.
- Mas, no final das contas, você sempre me amou, não é? Perdão pela minha falta de sensibilidade... Acho que ela sumiu com o tempo... – o rapaz não tinha mais palavras, mas tinha uma grande necessidade de falar.
- Está enganado! – Sakura grita.
- Sobre o quê? – Hyoga se assusta com o tom de voz da jovem. – De você me amar?
- Sim... Meu grande amor, eu nunca te amei... – Sakura sorri mais uma vez, entregando-se às lágrimas que saiam de seus olhos.
- Sakura-chan, ou melhor, Sakura... – Hyoga retribui o favor. – Valeu por tudo!
- Não tem de nada... – os dois riem. – Ah, mais uma última coisa.
- O que é? – Hyoga pergunta, temendo o pior.
- Posso... Posso te... Abraçar...? – Sakura pergunta, corada.
- Claro! – Hyoga sorri para ela, que sente o coração pulsar forte.
-Obrigada... – a jovem aninha-se nos braços quentes do rapaz, e sente-se envolvida por ele também. Não estava mais arrependida e nem triste, e sim, estava feliz por ter tirado aquele enorme peso dos ombros.

- Senti sua presença... – Esmeralda diz, fazendo com que Aya aparecesse diante dela.
- Você tem que voltar! – Aya implora.
- Eu quero... – Esmeralda diz, largando a sacola. – ...Mas também não quero...
- Hã? – Aya não entendeu.
- Você sabe o que é se sentir traída pela pessoa que sempre amou? – a moça dizia, sentindo-se vazia. – Você sabe o que é alguém apostar seu amor por alguém? Fingir que ama alguém?
- Não, não sei, pois nunca vi uma coisa dessas acontecer... – Aya responde.
- E quanto a mim e ao Ikki?! – Esmeralda pergunta, gritando.
- Você acredita mais na Minu do que no Ikki? – Aya pergunta, sem rodeios.
- Ele admitiu que havia apostado...! – a jovem começava a se descontrolar novamente.
- Mas ele também não transou com você por causa da aposta... Ele nem lembrava disso! Foi a Minu que fez isso para estragar tudo! – Aya dizia, pensando que talvez seu plano que nascera neste momento, desse certo.
- Se ele não havia feito isso pela aposta, porque não me contou desde o começo? – essa era uma dúvida que Esmeralda não conseguia esquecer.
- Poxa, é o Ikki! Um dos seres humanos mais tímidos da Terra! – Aya gritava também. – Ele não deve nem ter se lembrado da aposta quando você o encontrou aquele dia! Você cuidou dele e ele não pôde se lembrar daquilo. Takato conversou com ele, e me contou... Ele disse que se sentia totalmente protegido e muito feliz enquanto você fazia os curativos nele com tanto carinho. Estava feliz, só por você estar do lado dele, se preocupar com ele!!
- Chega, Aya...! – Esmeralda pede, sentindo um peso na consciência. – Não quero falar disso, e também não quero brigar com você!
- Chega você, Esmeralda!! O Ikki tá péssimo, deitado naquela cama, na casa dele, te esperando! – Aya gritava, também com lágrimas de raiva nos olhos. – Ele não come, não dorme, não sai de lá! Ele está lá te esperando! Ainda acha que ele apostou aquilo?
- Eu estou confusa... – a jovem coloca a mão na testa.
- Como pode estar confusa?! – Aya grita, lembrando-se instantaneamente de Minu. – Ele quebrou o nariz da Minu de bater nela!
- Ele fez isso?! – Esmeralda sentiu-se, subitamente, feliz.
- Eu não vi, mas me contaram... – Aya sorri. – ...E depois, quando vi a cara da Minu, na aula... Nunca pensei que o Ikki fizesse aquilo em alguém apenas com socos...
- Bom, a Minu mereceu... – Esmeralda sorri, parando de chorar.
- Você vai me dizer só isso?! – Aya fica indignada.
- Eu não sei o que fazer, Aya... – a jovem diz. – É uma situação muito difícil pela qual estamos passando. Eu ainda amo o Ikki, amo muito.
- Ele também te ama! Sendo assim... Volta pra ele, por favor...! – Aya implorava.
- As coisas não são assim... – Esmeralda murmura.
- Não são assim porque você não quer! – a jovem Aya, irritada, grita. – ...Bom, a vida é sua, faça o que bem entender!
Deixou o local, bufando e chorando de raiva e frustração.

Continua...

OOOoooOOOoooOOO

No próximo capítulo:
O desfecho da paixão, com surpresas surpreendentes.
O rapaz lê e rele as palavras da outra, mas ainda sim, não pode correspondê-la.
As palavras da outra jovem ecoam na mente da outra, fazendo-a tomar uma decisão.
Novamente, Eiri se vê num dilema... Um dilema sem escolhas.
A cerejeira dos sonhos. O que significaria?

O penúltimo capítulo de "Ai Shitteiru, Daisuki..." é: "Sayonara Bye Bye".
( é uma imitação, mas tudo bem... É que eu gosto deste título ' )