N.A: É isso aí, povo! Acabou... Esse capítulo vai ser curto devido à minha mudança, mas tudo o que precisa para acabar em um Happy End (mesmo que nem para todos...) está por aqui! Obrigada a todos que acompanharam a fanfic, e até a próxima...
AI
SHITTEIRU, DAISUKI...
Petit
Ange
Último
Capítulo:
Capítulo 10 - Aquela Que Eu Amo
É...
Naquela noite, Hyoga
teve um estranho sonho. Naturalmente e estranhamente, era igual aos
outros que tivera. Sempre com uma cerejeira atrás de tudo.
-
Não posso mais ficar com você, Hyoga... – a voz doce
de Eiri provocava um eco no ar, fazendo os ares encherem-se de "Ficar
com você, você, você". – ...Adeus...
-
Espera, Eiri! – Hyoga grita, agarrando seu braço.
-
Solte-me... Solte-me agora...! – ela pedia, seu rosto era triste e
frio. A cerejeira desprendia pétalas magníficas
cor-de-rosa, como lágrimas. Era como se a cerejeira estivesse
chorando.
- Você não vai! – Hyoga grita.
-
...Desculpe... – ela diz, e as lágrimas cor-de-rosa fazem as
mãos dos dois soltarem-se, e Eiri sumia rápido, no
horizonte. – ...Adeus...
- EIRI, ESPERAAAAAA! – Hyoga
grita. Despertou de seus sonhos, suado, arfando, com o despertador
tocando, indicando o horário com o qual já estava
acostumado a levantar. Estava cansado, mas não com sono. A
noite passada havia sido extenuante. Ele e Eiri haviam discutido por
causa da mudança, e no final, a moça havia dito adeus a
ele com clareza, e pedindo para que não a procurasse.
Quem
disse que ele obedeceria?
Desceu as escadas para o desjejum, e
encontrou seus pais. Estavam esperando o filho, que desceu, e sua
cara não estava das melhores.
- O que houve, filho? –
pergunta Tojirou, preocupado.
- Nada pai... Não houve
nada, só estou... Cansado... – Hyoga diz, esquecendo-se de
agradecer pela comida, comendo simplesmente.
- Tem certeza de que
quer ir para a escola? – pergunta Natasha, também
preocupada.
- Mãe, pai, eu tô bem de saúde!
Só estou um pouco cansado, mas eu posso ir pra escola, sem
problemas! – Hyoga diz, irritado.
- ...Só não
esqueça de se despedir de sua namorada hoje... – Tojirou
diz.
Natasha, vendo a besteira que seu marido cometera, dá
um chute em sua canela, por baixo da mesa.
- Ugh! O que eu fiz!
– pergunta, irritado.
- Querido! – Natasha repreende-o, mas
esta simples palavra o fez compreender a besteira que cometera ao
mencionar a palavra 'namorada'.
- ...Tudo bem... – Hyoga
diz, levantando-se da mesa e lavando sua louça. – Eu vou me
despedir dela sim, hoje, no aeroporto...
- Eu também vou
indo! Estou atolado de coisas no escritório. – Tojirou diz,
dando um beijo em sua esposa e filho. – Vê se melhora,
garotão!
- Tá bom... – diz Hyoga, vendo o pai
sair de casa.
- Hyoga, querido, posso conversar com você...?
– Natasha pediu, séria.
- O que é, mãe? –
Hyoga pergunta, vendo que seria uma conversa longa, só pelo
tom de voz que ela possuía.
É sobre Eiri... –
ela diz. – ...E sobre Sakura-chan...
A menção
destes dois nomes fez Hyoga se sentir muito estranho. Não
estava com vontade de escutar nada sobre as duas.
- Depois, mãe,
agora eu tenho aula... – ele inventa, pegando sua mochila e abrindo
a porta da rua. – Quando eu voltar, você pode conversar
comigo, ok?
Ele sai, deixando sua mãe sozinha.
- Que
garoto teimoso... – ela suspira. – ...Só espero que não
seja tarde demais...
Quando chegou,
estavam todos na escola, como sempre, com exceção de
Sakura e Eiri. Parecia que os papéis haviam se invertido nas
últimas semanas. As duas que mais costumam aparecer faltavam
no mesmo dia.
- Bom-dia... – Hyoga os cumprimenta.
- Vamos
poupar os bons-dias, e aí, já soube das novidades, né?
– Seiya pergunta, sem rodeios, muito curioso.
- Qual? – Hyoga
pergunta. Tinha um palpite, mas achou melhor não arriscar.
-
Ora, cê sabe, a mudança da Eiri! – Seiya refresca a
memória do amigo. – E então, pra onde ela vai, a que
horas!
- Por que quer saber? – Hyoga desconfiava.
- Ora
Hyoga-kun, para irmos nos despedir dela! – Shun se intromete na
conversa.
- Ela não vai vir pra aula hoje, por causa dos
preparativos... – Saori diz.
- ...Eu não sei... Ela me
disse que iria mais ou menos às quatro, cinco da tarde... –
Hyoga diz, um tanto atordoado por não vê-la na sala. –
Foi o que ela me disse!
- Então, pessoal, hoje lá
no aeroportoàs quatro e meia. Não se esqueçam
os presentes, certo? – June informa, ao ver as informações
completadas.
- Quatro e meia está bom! – Saori aprova.
- Melhor impossível! – Seiya também aprova.
-
Eu também vou... – Hyoga declara.
- Mas é claro
que você vai, seu bobo! Você é namorado dela, como
não vai ir se despedir da sua namorada, não é!
– Shun diz. – Quer acompanhar eu e o Seiya?
- Pode ser... –
Hyoga sorri.
- Avisa a Sakura-chan! Pelo visto, ela não
vai vir pra aula hoje... – Seiya diz. E novamente uma reação
estranha acontece. Sempre, nas últimas horas, quando alguém
mencionava o nome dela, era como se um vulcão dentro dele
entrasse em erupção.
- Pode... Pode deixar... –
ele conseguiu responder. – Eu vou avisar...
Ao chegar em casa,
Hyoga encontra Natasha sentada na poltrona da sala, com um rosto
sério, prontamente esperando uma conversa.
- Oi mãe,
o que queria conversar comigo...? – pergunta Hyoga, largando a
mochila no sofá e sentando nele.
É sobre
Sakura-chan, e Eiri, meu filho... – Natasha começa. –
...Você anda muito estranho em relação às
duas. Entendo que, com Eiri, seja natural, já que ela é
sua namorada... Mas... E Sakura-chan? O que houve? Takako me ligou
ontem de noite, e me disse que Sakura-chan está
inconsolável... Chora pelos cantos, está muito triste,
e ela ouviu-a murmurar seu nome... Quero saber o que acontece!
-
Mãeé... Uma situação... Uma situação
complicada, eu... – ele tentava arranjar uma desculpa rápida.
Sabia que este assunto geraria uma grande encrenca.
- Não
minta para mim, mocinho! – Natasha grita. – E me conte tudo,
sinceramente!
- ...Certo... Você venceu... – Hyoga
abaixa a cabeça. Respirou fundo, tentando encontrar ar e
palavra certas, talvez neste ar inspirado, e não as achando,
começou a falar o que vinha de sua própria cabeça.
– É que... Eu gosto muito da Eiri... Muito mesmo... E, eu
sempre tive a Sakura como uma irmã... Mas, eu descobri
recentemente que... Sakura não sustentava o mesmo tipo de
sentimento... Ela me amava, mãe... E, ao ver que eu e Eiri nos
gostamos, isso destroça o coração dela... Eu
também demorei bastante a entender isto... E, mesmo assim,
nunca entendi direito... Ela me contou ontem tudo isso, desde quando
eu gostava de Freiya Watanabe, até os dias atuais...
Sakura-chan sempre foi como uma árvore... Sempre em no...
De
repente, era como se uma luz brotasse em sua mente.
- Sempre em
no, o quê? – Natasha perguntou, confusa.
- MAS É
CLARO, COMO NÃO PERCEBI ANTES! – ele gritava, feliz com a
descoberta. Era incrível, mas era verdade. – A CEREJEIRA DO
SONHO DA FREIYA, A SAKURA ESPIONANDO-NOS NAQUELE MESMO DIA! A
CEREJEIRA DO SONHO DA EIRI, SAKURA NOS AJUDANDO... Tudo se encaixa!
- Do que está falando, Hyoga...? – Natasha pensava que
seu filho estava louco.
- Mãe... Obrigado! Obrigado mesmo!
Graças a essas palavras, eu descobri... Eu nunca amei Eiri, eu
pensava que amava ela... Eu acho que foi o fato de Sakura e Eiri
serem idênticas! Acho que, sem querer, me apaixonei pela
'Sakura' errada... – ele refletia. – ...Pensei que amava
Eiri, quando na realidade, eu sempre gostei da Sakura! Como fui tão
tolo! Ah, como eu sou besta! Eu sou uma besta mesmo!
Hyoga
batia em sua própria cabeça com força,
culpando-se pelo sofrimento desnecessários que Sakura passara
por culpa dele. Como pudera ser tão tapado?
- Hyoga,
filho, do que está falando...? – Natasha pergunta, com um
pequeno sorriso, ao ver o sorriso do filho.
- Mãe... Eu
finalmente descobri! – ele diz, decidido. – ...Aquela que eu amo
é... Sakura!
Natasha deu um grande sorriso. – Então,
o que vai fazer agora?
- Primeiro, falar com Eiri e me despedir
dela! Depois... Vou me redimir com Sakura, e, se ela aceitar,
declararei meus sentimentos...! – ele sai correndo, mas não
antes de dar um longo e agradecido beijo em sua mãe. –
Obrigado mesmo, mamãe!
Natasha sorriu. Precisava comunicar
aquilo para Takako, Akira e seu marido.
Eiri olhava as
pessoas passando de um lado para o outro no aeroporto. Sua mãe
estava muito séria, como se também sentisse deixar o
Japão. Eiri iria sentir muita falta de seus amigos e de seu
amado, e nem pudera ir à escola para se despedir de todos...
Foi surpreendida pela agraciada visão de seus amigos, que
esperavam perto de uma lanchonete.
- Acho que está todo
mundo aqui... – disse Saori, ao ver o povo.
- A Sakura-chan
mandou entregar isto aqui... – June coloca a carta e um pequeno
presente nas mãos de Seiya. – Ela me disse, quando passei na
sua casa, que não podia sair porque se sentia mal, mesmo
estando com muita vontade de vir, então, ela me pediu pra
entregar este presente e a carta pra Eiri, por ela... E NÃO
ABRA, SEIYA!
- Tá bom, não precisa ficar nervosa.
– ele murmura.
- Você é uma ameaça aos
presentes! Precisamos ficar de olho mesmo... – Shun disse, e todos
riram, menos Seiya, que ficou emburrado. – Ahé, Ikki não
poderá vir porque está trabalhando, mas mandou os votos
de boa-viagem pra Eiri...
- Aquele Ikki... Aposto que está
aproveitando, e namorando, agora que conseguiu uma namorada
bonita...! – Shiryu ri.
- Não é verdade, Shiryu!
Ikki é responsável, apesar de não parecer! –
Shun defende o irmão, ofendido.
- Ok, ok, me desculpe,
Shun... – Shiryu sorri.
- PESSOAL! – Eiri gritava,
correndo, ao longe. – GENTE, VOCÊS VIERAM!
É a
Eiri-chan! – Saori aponta.
- Pessoal, não acredito
nisto... Vocês vieram se despedir de mim...! – Eiri arfava,
mas ainda sim, estava emocionada. Era ótimo, muito bom ver
seus amigos queridos ali, com ela, no último lugar que
freqüentaria de Tóquio.
- Claro que sim, não
iríamos deixar você sozinha num momento como este! –
Shunrei sorri.
- Vê, nós lhe trouxemos presentes,
para não se esquecer da gente... – Shun entrega seu
presente, e o de Ikki. – Este aqui é do meu irmão,
mas, mesmo assim... Obrigado por tudo, Eiri-chan, por tudo o que
compartilhamos com você.
É isso aí! –
Seiya lhe entrega seu presente. – Ah, menina, sentiremos sua
falta...!
- Aqui está o meu, Eiri-chané algo
simples, mas é de coração... – June lhe
entrega o pequeno presente. – E, Seiya, não está se
esquecendo de algo?
- Ahé! Toma Eiri, este é o da
Sakura-chan! Ela não apareceu nem na aula hoje, disse que
estava se sentindo péssima, e mesmo querendo vir, não
pôde, então lhe mandou um presente e esta carta... –
ele diz, estendendo-lhe os presentes.
- Este é o meu! –
Shiryu sorri, entregando o seu presente.
- Obrigada gente,
obrigada mesmo! Mas... – parecia triste ao perguntar aquilo. –
...E o Hyoga? Ele não veio...?
- ...
- Eu estou
aqui...! – Hyoga, arfante, apareceu de repente. – Desculpe o
atraso. Tive que fazer algumas coisas antes de vir pra cá...
Eiri... Podemos conversar em particular...?
- Claro... – ela
diz, se virando para os amigos. – Já voltamos!
Sumiram,
deixando Seiya e os outros, juntamente com a mãe de Eiri, por
ali.
Sakura havia
dormido. Ainda cansada, abriu seus olhos, e seus olhos foram
invadidos pela luz do sol. Levantou-se da cama e decidiu estivar as
pernas.
O que mais poderia dar errado naquele dia?
Não
tinha nada a perder. Abriu a porta de seu quarto, e lentamente, saiu
de sua casa para tomar o bom ar fresco da tarde.
- ...O que houve...?
– pergunta Eiri, curiosa e assustada.
- Precisamos esclarecer
tudo agora, Eiri. Precisamos acabar com tudo isso aqui... Iremos
acabar com tudo, ok? – ele pergunta, sério.
- ...Antes
de... Antes de acabar comigo... Posso te dizer algo...? – Eiri
parecia muito triste.
- Claro... – Hyoga permite.
- Por
favor... Compreenda Sakura-chan! Eu sei muito bem que ela está
muito abalada com aquilo que disse para você... Está com
vergonha de olhar pra mim... Por isso não veio... Porque você
é comprometido, e ela declarou-se para você! Ela me
ajudou... Me ajudou a ter você... Me ajudou em muitas coisas...
– Eiri dizia, lágrimas escorriam de seus olhos. – E eu
preciso retribuir tudo isso de alguma maneira... E, então...
Eu pensei bastante ontem de noite... E decidi... Por favor, Hyoga,
tente compreender Sakura... Ela te ama muito! Isso é palpável
há quilômetros...! Entenda que... Que...
- Eu já
compreendi... – ele diz.
- O que! – Eiri não
acreditava.
- Eu precisei de um pequeno empurrãozinho da
minha mãe, das pessoas ao meu redor, da própria
Sakura... Para perceber que... Não é você quem eu
amo de verdade... Eu só estava fascinado por você, mas
meu coração... Ele sempre... Sempre foi da Sakura, sem
eu mesmo não me dar conta... – ele dizia, com um pequeno
sorriso. – ...Desculpe-me Eiri, mas... Eu amo a Sakura, e não
a você. Então, terminemos tudo aqui...!
Ela sorri. –
Sim, tudo aqui... Mas, por favor, não a magoe mais... Apenas
faça-a feliz, ok? E se você não o fizer, eu vou
ficar P da vida com você!
- Farei o meu melhor! – Hyoga
diz, animado.
No avião,
Eiri aproveitou para abrir a todos os presentes. Anéis, ursos
de pelúcia, livros, roupas... Seus amigos eram muito, muito
especiais mesmo. Quando terminou de abrir todos os presentes, parou
ao ver a carta de Sakura.
Tomada por uma curiosidade natural,
abriu, e leu-a:
"Querida Eiri,
Peço mil desculpas por não poder
ir me despedir pessoalmente de você. Sinto-me muito mal com
isso, mas mesmo assim, talvez isto seja um pouco bom, não é?
Poupemos lágrimas. Já derramamos muitas, ou melhor...
Eu já derramei mais lágrimas do que pensei ser capaz de
produzir, e não gostaria de dizer adeus a você. Apesar
de parecer, ou não parecer, eu te considero uma ótima,
ume excelente amiga, e pode ter certeza de que você irá
fazer muita falta para mim.
Quero te confessar uma
coisa... Fui eu a pessoa por trás de tudo isso. Eu era a
pessoa apaixonada por Hyoga desde os 11 anos, eu era a pessoa que
tinha inveja de você e da Freiya, que como deve saberé
a ex dele... E eu fui a pessoa que uni vocês, contra a minha
vontade. Quem você acha que fez toda aquela 'coincidência'
no parque acontecer! Aquilo não foi coincidência... Fui
eu. Eu chorei, praguejei contra mim mesma, mas mesmo assim... Senti
que, se vocês fossem felizes, eu seria. Por que eu gosto muito
de você, gosto muito do Hyoga, e vocês mereciam ser
felizes. E se encontravam felicidade um no outro, o que eu poderia
fazer? Fiquei em silêncio, ajudando quando necessário...
Sei que fui muito indiscreta, e por isso, peço seu perdão,
o qual sei que será difícil de obter.
Não
irei alongar muito esta carta, era só pra você saber de
tudo o que eu tentei esconder. E para saber que você sempre
terá um lugar no meu coração... Não
percebeu as marcas? Desculpe, chorei em cima da letra... Espero que
não tenha ficado borrado com o tempo! Ah, o que estou dizendo?
Viu só o que você fez, sua boba! Me fez chorar... Eu
vou me despedir aqui, antes que eu acabe encharcado a carta... Mas
quero que saiba, Eiri, antes que vá embora e deixe todo mundo
com saudades por aqui, que...
Eu te amo.
Atenciosamente,
Sakura-chan."
Eiri agradeceu aos
céus por sua mãe estar dormindo, devido ao cansaço
de arrumar a casa, malas, negócios. Três pequenos e
brilhantes pingos d'água mancharam a letra de Sakura, e os
olhos de Eiri estava marejados, prontos para derramar mais alguns.
-
Obrigada Sakura-chan, e a propósito... – ela sorri. –
...Você acha que eu nasci ontem? Sempre esteve na cara o seu
amor pelo Hyoga... Mas... Parece que eu perdi ele para você,
sua sortuda!
Sakura
olhava o sol e o céu. Ambos eram tão belos... Apenas
olhando para esses dois componente maravilhosos do universo, ela
podia esquecer todos seus problemas. Percebeu que sua mãe
saíra de casa, indo em direção da casa dos
Yukida.
- Oi mãe, vai fazer o que na senhora Yukida? –
perguntou Sakura, desconfiada.
- Conversar um pouco, fofocar,
isto é proibido? – pergunta Takako, rindo.
- De maneira
nenhuma... Queira fazer o favor de fofocar bastante, menos sobre
mim... – ela sorri também.
- Vou pensar no seu caso! –
sua mãe brinca, tocando a campainha. Natasha atende, com um
sorriso de orelha a orelha, e as duas, animadas, entram.
Sakura
ouve, então, passos. Era alguém correndo... Alguém
com pressa. Para que? Voltou a olhar para o sol, talvez olhando para
ele, para o céu azul, esquecesse de tudo o que pensava. Os
passos ficavam cada vez mais perto, até que o dono deles
chega.
- Oi... Sakura... Sakura-chan...! – Hyoga diz, arfante.
- E aí, qual maratona você correu? – ela
perguntou, rindo da própria piada, e ele também riu,
aproximando-se mais dela. – Ei, qualé a sua!
- O que?
Não posso chegar perto de você...? – ele pergunta,
inocente.
- Não é isso, mas é que... – o
olhar penetrante que ele lançava-lhe era perturbador demais.
Chegava a lhe tirar o fôlego. Lembrou-se de Eiri. – E aí!
Como foi com a Eiri! Ela foi embora! O que aconteceu...!
-
Calma, uma pergunta por vez! Sim... A Eiri foi embora, mas entregamos
nossos presentes, o seu e a sua carta sem problemas... E, eu... –
ele olhou para o chão ao dizer aquelas palavras que, pensando
bem, não o machucavam muito. – Eu terminei... Acabei de vez
com a Eiri... Eu e ela... Não iremos mais nos encontrar, nos
escrever... Esqueceremos um do outro...
- Por que! – Sakura,
por dentro, estava feliz, mas ainda sim, preocupada.
- Porque
eu... Aquela que eu amo não é a Eiri... Infelizmente,
eu percebi isto tarde demais, e fiz esta pessoa sofrer
desnecessariamente... – ele dizia. – ...Mas eu finalmente
compreendi... Eu sei quem eu amo agora...
- Quem é esta
pessoa? – Sakura forçou-se a perguntar. Mais uma vez, estava
totalmente destroçada e quebrada por dentro. Era sempre assim,
já estava acostumada...
Ele aproximou-se dela, devagar. –
Aquela que eu amo é...
É? – Sakura estava muito
curiosa. Queria saber quem era a sortuda, sua rival. Certamente
estava sentindo muita inveja desta pessoa, mas o que se podia fazer?
Nada.
- Ai shitteiru... – ele inclinou-se ternamente, abraçando
sua cintura. – ...Daisuki...
No instante seguinte, seus lábios
se encontraram num terno e carinhoso beijo, que traduzia todos
aqueles anos de mentira. Sakura tentou resistir, surpresa, mas seu
corpo não obedecia. Entregou-se à seus sonhos... Era
bom, mesmo sendo um sonho.
- "Isso é um sonho? Ou
é a realidade? Mas... Isso é um sonhoÉ claro
que é um... Porque Hyoga iria perder seu tempo me beijando?
Eu, a Sakura-chan, a amiga... Não mais do que amiga... Mas,
mesmo sendo um sonho... Eu não quero acordar, se for um
sonho... Está bom, está ótimo, do jeito que
sempre sonhei... E estou sonhando agora... Não parece sonho.
Parece a vida real... Vai ver que eu estou dormido. Eu vou acordar
daqui a pouco, e tudo vai continuar na mesma... Nada irá
mudar. Continuarei sendo a Sakura, e não aquela que ele ama.
Mesmo assim, enquanto este sonho durar, que seja sempre assim...
Porque eu... Porque ele é a pessoa que eu amo..."
Separaram-se por falta de ar. Sakura queria continuar, mas também
precisava respirar. Como fora bom... Com toda a certeza do planeta,
fora a melhor sensação que já sentiu.
-
Pronto... Já posso acordar... – ela murmura.
- Isso não
é sonho... Acrediteé a realidade... – ele diz,
abraçando-a.
- Não é sonhoÉ real?
Você me ama de verdade? – ela perguntava, sentindo inúmeras
emoções transbordarem dela. – ...Você me beijou
de verdade...?
- Sim... Perdão, Sakura, perdão por
eu ter sido um tapado... Por não ter percebido antes o quanto
você era importante para mim... – ele dizia.
- Esqueça,
eu perdôo os seus erros, porque você é um tapado,
mas é o meu tapado! Pode deixar, tudo isso é passado
agora... – ele diz somente, sorrindo de felicidade. – Sonho ou
não... Agora, pouco me importa isto... Você poderia me
abraçar? Você é tão quente... Adoro quando
você me abraça...
- Claro... – ele atende o desejo
dela, apertando-a ainda mais de encontro ao seu protetor corpo. Nunca
em sua vida Sakura sentiu-se mais feliz e completa. Ainda não
acreditava que aquilo tudo estava acontecendo.
- Eu te amo,
Hyoga... Na verdade, eu sempre quis dizer isto, mas... Eu tive que
trancar este sentimento lá no fundo, mas... Eu amo você...
Mais do que tudo... – Sakura declara, sincera. Essas palavras, que
há tanto tempo estavam trancadas em sua garganta, ao saírem,
causaram um ótimo bem-estar à jovem.
- Também
te amo, Sakura... Muito... De todo o coração... –
Hyoga diz, ternamente.
- Vamos ficar juntos de agora em diante,
não é...? – ela pergunta, com a cabeça
encostada no peito de Hyoga, sentindo seu coração bater
fortemente. – Você não vai me abandonar de novo, não
é...?
- Sua bobaÉ claro que não... Nunca
mais irei me separar de você de novo... – ele diz, sorrindo.
Ela fechou os olhos, e Hyoga a beijou novamente. Aproveitou, e a
abraçou de maneira gentil e apertando-a ternamente contra seu
corpo mais uma vez, para ter certeza de que ela não iria
fugir, nem ele iria soltá-la. Sakura não oferecia mais
medo, apreensão ou resistência alguma, pelo contrário,
entregava-se totalmente, pois era aquele pelo qual havia esperado uma
vida inteira. O futuro estava ali, e nada mais iria destruí-lo.
Não muito
longe dali, três pessoas observavam a cena.
- Ah, eu não
acredito! Que droga... – Akira puxava a carteira do bolso, dando um
pequeno maço de dinheiros para Takako e Natasha. – Vocês
ganharam a aposta mesmo! Aqueles dois estão juntos...
-
Isso não vale, foi trapaça! Vocês usaram a
intuição feminina de novo! – Tojirou diz, também
puxando um pequeno maço de dinheiro do bolso.
- Viu só?
Eu disse que eles iriam superar tudo! – Natasha sorri, triunfante.
- Eu estava com você, Natasha! – Takako diz, beijando o
dinheiro. – Mas... Aqueles dois não são uma gracinha
juntos?
- Por que será que apostamos neles, Takako? –
Natasha pergunta. – Por que será...?
Fim...
Notas
Finais: Obrigada, muito, muito obrigada por lerem toda a
fanfic. Agradeço de coração a todos que
acompanharam cada emoção, cada lágrima, cada
capítulo, enfim... Os fãs que sempre torceram por um
final feliz, o qual lhes apresento acima, e espero que tenha agradado
a todos os paladares ansiosos pelo Gran Finnale (que não saiu
grande coisa, mas foi feito de coração e emoção)!
(In)felizmente, este capítulo não vai ser
dedicado a ninguém, especificamente, mas a todos que lêem
a fanfic. Leitores invisíveis ou não. Talvez
algum dia eu faça uma continuação disto, uma
oneshot, não sei... Mas por enquanto, isso é tudo. Ouvi
falar muito da Sakura, alguns comentários como "Ela é
legal...""Gosto de ver ela ajudando os dois e esquecendo
de seus próprios sentimentos""Esse jeitão
dela foi o que me conquistou", e até "Ela é
bem parecida com você, Petit-chan". Isso me deixa muito
feliz. A concepção original da Sakura, como alguns já
sabem, fui eu mesma! Mas que fique claro que eu não conheço
o Hyoga pessoalmente (uma pena!), nem nunca ajudei uma amiga a ficar
com alguém que eu gostasse, porque eu nunca me apaixonei
mesmo... Mas, enfimé ótimo ver que muitos gostam
desse fic e da Sakura.
Hã... Deu branco!
Como
eu estou com pressa e, no frenesi da emoção, branco
total, não vou ficar enrolando muito nessas notas... Uma pena,
tinha alguns assuntos pra falar sobre essa fanfic, mas vamos deixar
pra lá então. Mais uma vez, obrigada, MUITÍSSIMO
OBRIGADA a todos que acompanharam Ai Shitteiru, Daisuki... Nos
vemos por aí, algum dia, em algum lugar.
Petit
Ange
A autora.
