Título: O Dom da premonição
Autora: Lakinha
Sinopse: Gina Weasley descobre que tem um dom incomum. Ela é capaz de fazer premonições. Tudo vai bem até que tem uma premonição sobre um assassinato. O único problema é que é o assassinato do seu pior inimigo e ela tem que escolher entre o que é certo e o que importa para ela. D/G.
Disclaimer: Os personagens não me pertencem, pertencem a Rowling, Warner e etc, etc, etc... a fic não tem fins lucrativos e eu não ganho nada a não ser dor nas costas pela má posição no PC, tonturas a mais por causa da labirintite, o prazer de escrever e ler reviews que acabam compensando tudo. ;)
Capítulo Dois – Acidentes e falsas visões
O Sol tinha acabado de nascer naquele calmo sábado de outubro quando Gina acordou. Estava nervosa porque esse era o dia do primeiro jogo de Quadribol do ano, Grifinória versus Sonserina e também era seu primeiro jogo como artilheira. O time, que agora era comandado por Harry, tinha treinado arduamente para ganhar da Sonserina e eles estavam bem confiantes. A garota se levantou, tomou um demorado banho e saiu silenciosamente do quarto para não acordar suas amigas.
Atravessou, distraída, a Sala comunal que para ela estava vazia. Levava sua vassoura em uma das mãos e brincava com a varinha na outra, pensando nas visões que estava tendo ultimamente. Depois daquela de Snape, ela teve mais três: uma da aula de Herbologia, onde Colin derramava um saco pesado de terra em cima dela, outra com as corujas entrando ruidosamente no Salão Principal e deixando as cartas que traziam para ela caírem sobre uma jarra de suco, derramando suco sobre todos na mesa, e uma última que tivera na noite anterior sobre um tombo que ela teria a caminho das masmorras, mas essa ainda não tinha se realizado. Tinha procurado em vários livros sobre essas visões, mas não achou nada que explicasse direito e não queria pedir ajuda a ninguém, queria achar todas respostas sozinha. Estava quase chegando à passagem do retrato quando alguém falou com ela.
- Você também? – disse uma voz masculina atrás dela. Ela se virou e viu Harry sentado em uma das poltronas parecendo muito cansado. Ela sorriu e foi se sentar do lado dele, colocando a vassoura no chão.
- É, não consegui dormir muito. Você está péssimo, não dormiu nada?
- Bom, dormi direto até as duas da manhã. Depois disso eu acordei umas cinco vezes com medo de perder a hora. Na penúltima eu já estava colocando minhas vestes de quadribol quando olhei no relógio e vi que eram 5 e meia. – ele disse rindo. – depois disso desisti.
Ela riu também. Conversaram um pouco mais sobre as táticas que usariam no jogo e resolveram tomar café. Gina se abaixou para pegar sua vassoura e quando a tocou, sentiu um calafrio percorrer seu corpo e uma dor aguda invadiu sua cabeça. Fechou os olhos com um grito abafado, e sabendo o que estava por vir, tentou controlar a respiração. Dessa vez ela estava voando e tinha a Goles nas mãos. Viu Harry mergulhar ao seu lado, seguido de perto por Malfoy. Marcou um gol e viu Harry voando para o chão com o pomo nas mãos.
Gina abriu os olhos e se levantou, meio tonta.
- Tudo bem com você? – Harry perguntou, parecendo preocupado.
- Tudo... Foi só uma tontura, nada demais. – ela deu um sorriso confiante para Harry – e não se preocupe, nós vamos ganhar.
Ele sorriu e os dois saíram pelo buraco do retrato.
O jogo tinha começado há uns 20 minutos e o placar era 30 a 20 para a Sonserina. Gina estava com a Goles em mãos e voava rápido para tentar marcar. Viu Harry mergulhar ao seu lado e logo depois Malfoy fez o mesmo. Ela sorriu e parou para observar a cena: Harry se aproximou de um pontinho dourado alguns metros abaixo dela e esticou o braço direito. Mas ela não conseguiu ver o que aconteceu em seguida porque um balaço a atingiu fortemente na boca do estômago. Tentou respirar, mas não conseguia, o ar não parecia querer entrar. Deixou a Goles cair e sentiu o corpo inclinar para frente, caindo da vassoura. Fechou os olhos e esperou o baque com o chão, mas alguém a havia segurado. Tentou abrir os olhos, mas foi inútil. Apagou.
Acordou mais tarde sentindo uma dor na cabeça e um zumbido agudo no ouvido. Abriu os olhos, estava na enfermaria e tudo parecia girar. Ela podia sentir cada pedacinho do seu corpo latejar de dor. Tentou em vão se levantar, mas seus braços não pareciam responder. Olhou para os lados e viu Madame Pomfrey cuidando de um garoto na cama ao lado. Voltou a olhar para o teto e pensar.
Como a visão podia ter mudado? Isso nunca tinha acontecido antes, todas as visões que ela teve aconteceram exatamente como ela tinha visto. Mas o que tinha mudado dessa vez? Ela se concentrou, tentando se lembrar. "O gol... Eu não fiz o gol. Mas será que todas as visões que eu tenho podem ser mudadas?"
- Ah, você já acordou, querida! – disse Madame Pomfrey chegando na cama de Gina e colocando a mão na testa dela. – Que bom, a febre já passou. Vamos, tome isso. É. Eu sei que é ruim, mas é para a sua tontura passar. E então, sente-se melhor? – Gina concordou com a cabeça, já que a poção teve efeito imediato. Fez menção de se levantar. – não, não, não, Srta. Weasley – Madame Pomfrey a empurrou de volta para a cama. – pode se deitar, você precisa descansar. Você também, Sr. Malfoy. – Gina arregalou os olhos ao ver que Malfoy era o garoto na cama ao seu lado. – E não adianta xingar Sr. Malfoy, os dois vão ter que passar a noite aqui, tem que ficar em observação.
- O que? – os dois disseram ao mesmo tempo. – Eu vou ter que passar a noite aqui com ela/ele?
Madame Pomfrey apenas lançou-lhes um olhar reprovador e saiu da sala. Gina olhou para Draco. Ele tinha um curativo do lado esquerdo da testa e pela primeira vez não tinha seus cabelos milimetricamente alinhados, e o queixo erguido. Os cabelos estavam caídos sobre os olhos, e ele parecia miserável. E ainda sim estava muito bonito, mas Gina tentou não reparar nisso e começou a rir.
- Tá rindo de que, Weasley? Agora além de tudo eu sou palhaço?
- Não, nada... É só que essa é a primeira vez que eu vejo você desarrumado.
O garoto não pareceu muito preocupado com isso, mas ela pôde ver que ele tentou arrumar discretamente os cabelos ao balançar o rosto. Ele a encarou com seu olhar frio de sempre.
- Você não estaria arrumada se tivesse levado uma bolada na cara de graça por ter salvo a sua vida.
- F-foi você que me segurou?
- Exatamente. Você caiu em cima de mim, o retardado do Creevey achou que eu estava te agarrando e mandou um balaço na minha cara.
Gina lutou contra a vontade de rir ao imaginar Draco levando um balaço na cara e concentrou-se no fato de ele ter salvo a vida dela.
- Hum... Obrigada por... me segurar.
Ele a encarou, ainda inexpressivo.
- Não me agradeça. Eu só tive o azar de estar no lugar errado na hora errada. Eu não saí correndo pra te salvar, como o Potter faria. Você que caiu em cima de mim – ele deu um sorriso malicioso – não que eu não esteja acostumado, eu costumo causar essa reação nas garotas.
Gina bufou e revirou os olhos.
- Porque você tem sempre que ser tão idiota? Eu estava aqui te agradecendo, tentando ser legal com você, mas é impossível, você estraga tudo. Não me admira que você não tenha amigos.
- Eu não preciso de amigos, Weasley.
- Nenhum homem é uma ilha, Malfoy, eu só espero que quando você descubra isso, não seja tarde demais e você tenha afastado as pessoas de você, mais do que você já afastou. Eu tenho pena de você, porque você vai morrer um velho arrogante, solitário e triste.
- Oh, que comovente. Você tem pena de mim! – ele disse, secamente. – Não seja patética, Weasley, o mundo não é cor-de-rosa como as pessoas pintaram pra você. E eu espero que quando voc perceba isso, não seja tarde demais e você entre em depressão profunda, surte ou algo assim. O mundo é negro, injusto e nem um pouco cor-de-rosa.
Havia tanto rancor na voz dele, tanta raiva, tanto ódio reprimido, que Gina realmente teve pena dele. O que faria alguém ter essa visão tão deprimente do mundo?
- O mundo é o que você faz dele, Malfoy. – ela disse, com uma serenidade que nem ela sabia que tinha.
E pela primeira vez em toda a sua vida, ele não achou uma resposta à altura, então simplesmente bufou e fechou os olhos. Ela o encarou por um tempo, mas então achou melhor voltar-se para as suas próprias questões, já que não pretendia se socializar com Malfoy. Os dois ficaram em silêncio pelo resto da tarde e noite, sendo tirados dos seus pensamentos apenas por Madame Pomfrey que vinha constantemente checar se eles estavam bem.
N/A: Descuuulpem pela demora. eu JURO que queria ter postado esse capítulo antes do feriado, mas não deu e eu fui arrastada pra fazenda. mas pelo menos já decidi o rumo da história, tenho mais um capítulo no caderno e quase todos os outros na cabeça. espero q a história ande mais agora. desculpem pelos capítulos chatos e sem action, mas é realmente necessário nesse começo. Esse capítulo vai especialmente pra Nairinha HP, pq ela amou imaginar o draquinho sendo atingido na cabeça com um balaço. tadinho =/ e tb pq ela me atura e me dá idéias pra fic e pq ela é uma fofa intelectualmente estimulante.
Desculpem tb pelos erros, eu sei q tem mtos, mas eu ainda não axei uma beta... se alguma alma caridosa aí quiser betar a fic eu agradeço IMENSAMENTE. ;)
BRIGADÃO pelas reviews, fico muito feliz q vcs estejam gostando da história. e pra quem perguntou, não, não é baseada no filme O Dom da Premonição, já que eu nem vi o filme, hehehe... eu só coloquei esse título porque eu achei bem "sonoro". eu tirei a idéia da fic de Charmed, porque é um dos melhores seriados que existe e porque a Phoebe é foda e premonições tb são fodas
beijokas pra Miaka, Lucka, Mary, Ana Luthor, Vivian Malfoy e Misai q deixaram reviews. o/ vou ver se amanhã respondo por e-mail as reviews q vcs mandaram! brigada MESMO!
