Título: O Dom da premonição

Autora: Lakinha

Sinopse: Gina Weasley descobre que tem um dom incomum. Ela é capaz de fazer premonições. Tudo vai bem até que tem uma premonição sobre um assassinato. O único problema é que é o assassinato do seu pior inimigo e ela tem que escolher entre o que é certo e o que importa para ela. D/G.

Disclaimer: Os personagens não me pertencem, pertencem a Rowling, Warner e etc, etc, etc... A fic não tem fins lucrativos e eu não ganho nada a não ser dor nas costas pela má posição no PC, tonturas a mais por causa da labirintite, o prazer de escrever e ler reviews que acabam compensando tudo. ;)

Capítulo Quatro – O Dom da Premonição

Gina caminhou rapidamente até a biblioteca. Passou mais uma vez a manhã trancada lá, procurando sobre essas visões e mais uma vez não encontrou nada de muito útil. Estava começando a se desesperar. Há quase um mês ela estava tendo essas visões e não tinha idéia do que elas eram e porquê ela as tinha. Precisava de ajuda, mas não sabia a quem recorrer. Rebeca não saberia mais do que ela, já que nem tinha aulas de Adivinhação. Não queria procurar seus irmãos e pensou em procurar Harry e Mione também, mas eles certamente contariam para Rony. Gina não queria envolver sua família nisso, estava cansada de ser sempre protegida e de só trazer preocupações, ainda mais agora, enquanto a Guerra estourava lá fora, tudo que sua família não precisava era de mais preocupações. Não gostava de esconder as coisas deles, mas agora era necessário, mesmo sabendo que a última vez que escondeu alguma coisa, ela acabou em uma câmara tendo sua vida quase sugada por Tom Riddle.

Depois de muito pensar, decidiu procurar um professor. O único problema era qual professor procurar. O correto seria procurar Sibila Trelawney, mas a idéia de pedir ajuda àquela velha charlatã louca não era muito agradável. Também não era aconselhável perguntar à McGonagall sobre esses assuntos, já que ela era uma pessoa muito cética. Snape poderia saber alguma coisa, sendo ele mestre em Oclumência, mas ela não procuraria o narigudo seboso nem que sua vida dependesse disso. Não parecia haver alguém capaz de ajudá-la. A não ser... "Dumbledore! É claro! Porque eu não pensei nisso antes?"

O diretor sempre fora muito amável com ela e sempre ajudava os alunos que o procuravam. E ele com certeza deveria saber o que eram essas visões, afinal de contas, ele era Dumbledore! O único bruxo temido por Lord Voldemort, um dos maiores bruxos existentes! Sim, Dumbledore saberia. "Está decidido! Hoje à tarde eu vou procurar Dumbledore", ela pensou, enquanto guardava os livros e saía da biblioteca para almoçar.

Draco levantou-se logo em seguida, disposto a fazer qualquer coisa para tirar aquele par de olhos castanhos da sua cabeça. Foi até seu quarto, pegou um livro que tinha tirado da biblioteca no outro dia e saiu do castelo. Rumou para o lago, no ponto onde este se encontrava com a Floresta Proibida. Aquele era o seu lugar favorito, porque podia sentar ao pé de uma grossa árvore sem ser visto ou incomodado. Sentou-se na árvore de sempre, com um feitiço tirou o "alarme" do livro da Seção Reservada e abriu-o. Já tinha lido aquele livro umas três vezes, mas se ele quisesse que tudo desse certo, tinha que ver cada detalhe.

Depois de algumas horas, ele terminou a leitura e fechou o livro com um sorriso no rosto. Desde o terceiro ano estava estudando Transfiguração Avançada, e agora estava bem confiante para tentar o que queria. Levantou-se e entrou na Floresta. Aquela era a hora, ele tinha que conseguir.

Saiu da Floresta duas horas depois, cansado e suado, mas com um sorriso vitorioso no rosto. Finalmente havia conseguido. Agora que ele tinha um trunfo sobre seu pai, as coisas ficariam mais fáceis. Foi rápido até seu quarto guardar o livro e tomar um banho. Depois foi para o Salão Principal, que estava quase vazio já que a hora do almoço estava quase acabando. Sentou-se na mesa da Sonserina, num lugar isolado, longe dos primeiranistas barulhentos que ainda ocupavam a mesa. Precisava pensar, seu plano estava quase todo pronto. Só faltava falar com Dumbledore... E para ele, essa era a parte mais difícil. Unir-se ao que lhe sempre foi ensinado a odiar, a desprezar. Porém, se ele quisesse continuar vivo, aquilo era preciso, mesmo que tivesse que passar por cima de todos os seus princípios e valores, que ele sabia que eram deturpados.

Depois do almoço, Gina foi até a sala da Prof. McGonagall. Bateu na porta.

- Entre, - veio a voz da professora.

Ela entrou e caminhou até ficar de frente para a professora, que estava sentada à sua mesa, lendo uns papéis e escrevendo alguma coisa com uma pena azul muito bonita. A professora olhou para ela e indicou com a cabeça uma cadeira. A garota se sentou, parecendo muito nervosa.

- Boa tarde, Srta. Weasley, - disse a professora, muito séria, pousando a pena sobre a mesa e encarando a ruiva.

- Boa tarde, professora. – disse Gina, baixinho, encarando a professora. – Eu queria... – ela suspirou, tentando afastar o nervosismo. – Eu queria falar com o Professor Dumbledore, seria possível?

A professora contraiu a boca, olhando desconfiada para Gina. Depois de alguns segundos, ela sorriu.

- Claro. Ele tinha me dito que você me procuraria, pedindo para falar com ele. Siga-me, - disse a professora, levantando-se da cadeira e indo em direção à porta. Gina a seguiu, sem entender o que a professora tinha dito. Dumbledore sabia que ela iria procurá-lo? Como ele podia saber o que estava acontecendo com ela?

Chegaram até a gárgula que dava entrada para o escritório de Dumbledore.

- Ratinhos de sorvete, - disse McGonagall, e a gárgula obedeceu, saltando para frente, deixando visível a escada circular de pedra. A professora fez um sinal para que Gina subisse e ela, hesitando um pouco, o fez.

Subir degraus nunca foi uma tarefa tão difícil. A cada degrau o peso em suas pernas parecia aumentar consideravelmente. Respirou fundo quando finalmente chegou no último degrau e olhou para trás, constatando que McGonagall não tinha subido com ela. "Melhor assim", ela pensou, criando coragem e dando duas fracas batidas na porta.

- Pode entrar.

Gina abriu a porta e entrou. Atravessou calmamente a sala do diretor, concentrando seu olhar nos quadros de antigos diretores, que olhavam curiosos para ela. Chegando perto da mesa de Dumbledore, ela finalmente encarou os seus brilhantes olhos azuis. Ele sorriu e com um movimento, a convidou a sentar e assim ela o fez.

- Então, Srta. Weasley, estava começando a achar que a senhorita não me procuraria nunca, - ele disse, muito calmo.

- O Sr. sabe porque eu vim?

- Tenho uma vaga idéia... Mas acho que você pode deixar tudo mais claro para mim, - ele lançou um olhar sério para Gina, mas não era um olhar de repreensão, era um olhar atencioso e ela se sentiu mais confiante para continuar.

- Bom, professor, é que--- eu ando tendo umas visões estranhas. São como flashes, vêm de uma hora para outra e duram alguns segundos. Elas me mostram coisas que não aconteceram, mas que acontecem algum tempo depois que eu as tenho.

- Entendo, Srta. Weasley. Suponho que você não saiba o que são essas... visões, sabe? – ela balançou a cabeça negativamente e ele se ajeitou na cadeira, inclinando-se e apoiando-se na mesa. – A senhorita tem o chamado "Dom da Premonição". Premonições são visões que a pessoa dotada tem ao encostar-se em algum objeto, pessoa ou animal. Elas são, na verdade, previsões de algum acidente ou fato importante que irá acontecer com tal pessoa.

- Certo... Mas essas premonições podem mudar, não podem? Digo, elas não precisam acontecer exatamente do jeito que eu as vi...

- Sim. Mas elas só mudarão se a senhorita quiser que elas mudem. – Gina franziu as sobrancelhas sem entender, e ele continuou. – Essas premonições podem ser consideradas avisos, advertências. Você as tem por algum motivo e quando elas acontecem, você tem que decidir se irá fazer com que elas sigam da maneira que foi previsto. Ou não.

Gina ficou em silêncio por uns instantes.

- Professor, porque eu tenho essas premonições?

- Ah, Srta. Weasley, creio que eu não tenha a resposta para essa pergunta. Você pode chamar isso de destino, de coincidência, do que você achar melhor, mas não se conhecem explicações para esse dom. Embora eu acredite que nada é coincidência, você tem esse dom por uma razão.

- Humm--- acho que já vou indo, professor, - ela disse, levantando e sorrindo para o professor. Estava meio atordoada com todas as respostas, ou melhor, a falta delas. – Obrigada.

Ele sorriu para ela, que se virou e caminhou em direção à porta, mas antes que pudesse girar a maçaneta, Dumbledore falou:

- Ah, Srta. Weasley, - ela virou-se e olhou para o professor, - só mais uma coisinha... Não se esqueça que mesmo não sendo sempre agradáveis, as premonições acontecem por um motivo, e pode ser que você tenha que passar por cima de alguns-- digamos, conceitos seus para impedir que alguma delas aconteça.

Gina olhou para o diretor, sem entender o que ele queria dizer com aquilo. Depois de uns minutos encarando-o, ela apenas deu um fraco sorriso e saiu. Começou a descer as escadas, repassando mentalmente tudo o que o diretor tinha lhe dito. Ainda tinha muitas dúvidas, mas pelo menos agora ela sabia o que eram essas visões, e como deveria agir em relação à elas.

Estava tão distraída que não ouviu passos se aproximando, ao descer o último degrau e virar para a esquerda, indo para a sua sala comunal. Ou pelo menos era isso que ela tinha em mente, quando bateu fortemente contra alguém. Fechou os olhos quando seu ombro colidiu contra o ombro da outra pessoa e sentiu uma dor invadir sua cabeça, abafando um grito. "Lá vamos nós de novo", ela pensou.

N/A.: Nossa, nesse eu REALMENTE me superei. completamente ridículo! eu odiei esse capítulo, o mais chato de todos até agora. me desculpem, mas ele era preciso pra explicar toda a história do dom e talz. e eu só acabei nesse ponto porque se eu colocasse a premonição nesse cap. horrível eu ia acabar estragando ela. e também porque eu queria deixar um cap. com um suspensezinho barato, e como esse tá todo avacalhado mesmo...

Mas animem-se e não parem de ler a fic aqui, por favooor. o próximo capítulo já está pronto e eu gostei bastante dele. Acho que eu mando ele hoje, ou amanhã pra Ana Luthor betar pra mim, então daqui há uns dias ele vai estar no ar.

Brigadão Ana Luthor, Bebely Black, Kika Felton, Miaka, Vivian Malfoy, Mary Mad Malfoy Aramis, Mione G. Potter, Luna-br e Lucka. Suas reviews me animam muito. :D

Beijo pra Ana Luthor que tá betando a fic pra mim e sempre deixando reviews fofíssimas.

Juro que não vou demorar com o próximo cap. x)

Ah, e leiam uma fic que postei ontem, Lembranças de um amor!

beijos