Capítulo 7.
O Senhor da Porta Lustrada.
A Ginny quis contar aquele capítulo só porque tinha aquele suspense e etc...Mas agora eu voltei. E fiquei com o que realmente interessa!
Eu subi para meu quarto, a Weasley a meu lado e meu pai atrás de mim, ele entrou no quarto comigo.
- Draco...Finalmente chegou o dia. Hoje será a entrevista mais importante da sua vida. Ontem o Lord das Trevas já ficou feliz com o que você fez...Então acho que você já ganhou um ponto para você.
- O que ele vai perguntar?
- Você ver�, Draco. Agora...- ele abriu meu guarda-roupa e tirou vestes que normalmente eu usava para coisas muito importantes.- Uma boa impressão ajuda. Bom, eu espero que você consiga, e saiba que se você conseguir, será um sonho realizado para mim. Boa sorte, filho.- ele disse sorrindo e saiu do quarto.
Filho? Agora eu sou o filho dele. Agora que eu vou falar com o Lord das Trevas. É, ele só se importa com isso. Mas também...Dane-se ele. Sinceramente não ligo pro que ele espera de mim. Mas eu estou levemente interessado em ser Comensal. Deve ter alguma coisa interessante.
Vesti-me e saí do quarto. Olhei mais à frente e vi que Ginny estava fora do quarto, usando um vestido simples e negro, mas que a deixava ainda mais bonita.
- Vai querer seduzir o Lord das Trevas, Weasley- disse debochando.
Ela estreitou os olhos e disse com um sorriso cínico parecido com o que eu normalmente uso.
- Não. Se eu o quisesse seduzir usaria algo muito melhor. Agora, Polly- disse se dirigindo a elfo que estava ali perto.- nos leve até onde ele est�, por favor?
- Sim, senhorita!
Ora, quem essa garota esta pensando que é? Dando ordens aos meus criados j�! hunpf
Então Polly nos guiou até o segundo andar e virou na direção contrária do escritório de Lucius e seguiu até o final, onde eu entendi o porquê do apelido que os elfos haviam dado ao Lord das Trevas. Ali estava uma porta negra e que brilhava muito com o sol que entrava pela janela do corredor. Ou seja, uma perfeita Porta Lustrada.
A porta se abriu logo que nós nos aproximamos e uma voz baixa e sinistra disse num assobio:
- Entrem, Draco e Weasley. Elfo, dessa.
Então eu adentrei o aposento e arregalei os olhos. Ali era um quarto muito luxuoso que eu não conhecia. Até cheguei a pensar que meu pai o havia feito especialmente para o Lord das Trevas. O chão era de uma madeira tão escura que parecia negra. Contrastando com as paredes tão pálidas que faziam com que eu sentisse um leve frio na nuca. Havia uma lareira na extremidade direita, e na frente da lareira, uma poltrona de veludo preta e prateada. No centro havia uma cama simplesmente majestosa: enorme, com muitos travesseiros e almofadas. Do outro lado havia uma porta que imaginei levasse a algum banheiro. Não havia nada de decorativo, mas no chão haviam muitos pergaminhos amarelados espalhados por todo o lado. Havia uma grande janela do outro lado da cama, mas as cortinas negras estavam semifechadas, deixando apenas uma fresta de luz entrar. Mais uma coisa que chamava a atenção era uma cobra que estava deitada próxima à lareira.
Mas o que realmente chamava a atenção era a cadeira à frente da lareira.
Nela se acomodava um homem pálido, combinando com as paredes. Ele tinha um cabelo já um pouco longo (imaginei que fosse do tempo de não poder aparecer ao mundo) chegando no final das orelhas, parecia até um pouco com o meu, só que o dele era de um castanho escuro e o meu era loiro platinado. Ele estava muito magro, talvez não comesse havia muito tempo antes de chegar à Mansão Malfoy. Mas o que chamava mais atenção á ele eram seus olhos vermelhos vibrantes, com um toque de malícia. Ele exibia um sorriso aterrorizante e que me intimidava. Então disse naquela voz de arrepiar:
- Que bom que vieram...Tenho algumas coisas para conversar com os dois. Por favor, acomodem-se.- disse apontando para a cama. Foi aí que eu tive a oportunidade de olhar para a Weasley. Ela estava pálida, imagino que de medo e sua respiração falhava algumas vezes. Ela se sentou na borda da cama, olhando para a figura á nossa frente com uma cara de medo visível. Eu me sentei ao seu lado e olhei para a figura também. Ele continuou.
- Primeiro eu gostaria de lhe dizer, Draco, que fez muito bem em segurar a Weasley viva antes que eu pudesse decidir. Pelo menos você tem inteligência, pois acho que os outros Comensais a teriam matado logo e a enterrado em seu jardim. Agora...Acho que você deve saber o que eu quero, não é mesmo?
- Imagino...Que seja me tornar um Comensal da Morte também.
- Isso. Você aceita isso? Não diga sem pensar, pois é uma grande responsabilidade. Pode pensar um tempo. Enquanto isso...eu conversarei com nossa convidada.- disse dirigindo seus olhos ameaçadores para a weasley.
Ela prendeu a respiração já falha, e o olhou, com medo.
- Muito bem weasley...Eu poderia tortur�-la para me contar tudo o que sabe de uma vez e depois te matar...No entanto, eu gostaria de saber se você se interessa na mesma proposta que eu dei ao Draco, porque você seria muito mais útil assim do que em uma sepultura.
Weasley...Comensal da Morte? Nossa, por essa eu realmente não esperava.
Ela também não. Arregalou os olhos e entreabriu a boca.
- Sabe...Você poderia começar a me contar tudo e enquanto isso você considera a proposta. Afinal, aceitando-a ou não, você vai ter que contar tudo mesmo.
E agora...Acho que a Ginny tem que entrar na história para contar o que se passava dentro de sua mente.
É...Bom, eu não sabia o que fazer! Imagina, se eu começasse a contar tudo, logo minha família estaria morta, assim como Harry e Hermione. Mas então...Comecei a pensar...
Família? Harry Potter? Hermione Granger? Não são aquelas pessoas que nunca ligam para alguém tão amável como a pequena Ginny Weasley? Não são aqueles que nunca se importaram comigo?
Eu não disse que mudaria? Pois bem, estava na hora de fazer os primeiros atos como uma pessoa mudada.
Então ela começou a contar tudo ao Lord das Trevas e eu nunca me senti tão surpreso com aquilo. Mas...eu também tinha que pensar e resolvi me concentrar em meus problemas.
Decidi que então me tornaria um Comensal da Morte.
E parecia que ela também decidira isso. Mas então o Lord das trevas disse:
- Bom...Agora que e sei o suficiente e até um pouco mais, vou deix�-los sair...E amanhã...Quero as respostas dos dois, quanto à minha proposta. Podem sair.
Quando saímos, eu olhei para a Weasley. Então notei algo diferente. Diferente de todas as vezes que eu a via. Ela parecia ter crescido a meus olhos, e também parecia alguém menos inocente. Foi algo esquisito.
Então nós descemos e fomos parar no corredor de nossos quartos. Então tomei logo a decisão de falar:
- Weasley, quer conversar?
Isso era um pedido estranho vindo de mim, reconheço. Então ela me olhou e sorriu cinicamente:
- Malfoy? É você? Você está bem? Não quer que eu chame o papai?
Eu me irritei, mas ainda assim estava com aquele interesse estranho.
- Não. Você vai querer ou não vai, Weasley?
- Pode ser.- disse ela ainda sorrindo.
- Bom, vamos descer.- eu disse já descendo as largas escadas.
Ao descer encontrei meu pai lá embaixo, que sorriu para mim e então disse, mudando a expressão:
- Eu e os outros vamos sair daqui de casa, pois logo os aurores virão. E se você sair daqui de casa, tome cuidado com todos, com o que diz, e com a Weasley, ela é sua responsabilidade.
- Certo.- eu disse.
Então cheguei perto das enormes portas de carvalho que fechavam a Mansão Malfoy, e abri uma fresta, deixando a Weasley passar antes.
-Oh, que cavalheiro! – ela disse sarcasticamente.
Ela está pegando meu temperamento.
N/A: hm...leiam a N/A do cap 8, já que to mandando os dois juntos :P
