N/A: Há algo que preciso de esclarecer: já me alertaram para o facto da a história de Lupin e Mary parecer um plágio de um filme chamado "Underworld", onde, ao que parece, há um amor proibido entre uma vampira e um lobisomem.
Quero deixar bem claro que nunca ouvi falar em tal filme.
Mary Hollow foi uma personagem que criei já faz muito tempo, muito antes de me aventurar a fazer fanfictions. Quando resolvi escrever esta e incluir a minha vampira, achei que a história dela estava tão parecida com a de Lupin que parecia plágio. Então, percebi que, com histórias tão parecidas, eles só poderiam apaixonar-se... e assim nasceu o romance Remus/Mary.
CAPÍTULO XIII
O Regresso do Mal
O dia estava quase a amanhecer quando Harry e Ginny levaram Mary para a cabana de Hagrid, pedindo-lhe que tomasse conta dela, sem, contudo, explicar o que se passara.
Depois de dormirem um pouco, Harry e Ginny levantaram-se antes dos outros e correram para a cabana, logo depois de Ginny escrever uma carta, que enviou para alguém, por uma coruja do colégio.
Mary continuava inanimada, no sof�, mas já não estava petrificada; simplesmente adormecida. Os seus lábios tinham voltado ao cor-de-rosa habitual e não se via qualquer sinal dos caninos afiados. Tinha uma expressão serena.
Pouco depois, Mary acordou e sentou-se, mostrando os olhos novamente castanhos, mas muito, muito tristes. Harry percebeu que ela se lembrava do que sucedera.
Nesse momento, alguém bateu à porta.
Quem é- Perguntou Hagrid, com voz de trovão.
Somos nós- Ouviu-se a voz de Hermione.
Hagrid abriu a porta e ela entrou na cabana, seguida de Ron, que olhou para Harry, Ginny, Mary e Hagrid com ar interrogativo, exclamando:
Harry! Procurámos-te por todo o lado! A Luna disse-nos que tinhas vindo para aqui, com a Ginny, logo que amanheceu...
O que foi que aconteceu- Inquiriu Hermione.
Foi Mary quem respondeu, com um tom de voz triste e pesado:
Aconteceu exactamente aquilo que tu desconfiavas em relação a mim, Granger.
Mary- Exclamou Ginny, escandalizada.
Não faz mal. - Continuou a professora. - Não vejo motivo para esconder de vocês. O Hagrid é membro da Ordem e vocês são futuros membros, por isso... é até bom que vocês saibam... - Respirando fundo, continuou. - Eu sou uma vampira.
Eu sabia- Exclamou Hermione, num tom incrivelmente parecido com o do sonho de Harry.
Como é que eu não sabia- Inquiriu Ron, parecendo ofendido. - Ginny, tu já sabias?
A irmã baixou os olhos:
Sim, Ron. Sabia...
E os pais, também?
Sim, Ron. Os pais, também...
O Percy? O Bill? O Charlie?
Bom... o Percy não sabe de nada... acho eu... e creio que o Bill também não... mas não tenho a certeza... mas... O Charlie sabe...
Excelente- Exclamou Ron, chocado. - Eu tenho uma vampira na família e todos sabem, menos eu! Porque é que eu sou sempre excluído?
Calma, Ron. - Pediu Mary. - Tenho a certeza de que ninguém te excluiu de propósito.
E porque é que a professora resolveu atacar os animais da floresta- Inquiriu Hagrid, com ar desconfiado.
Mary baixou os olhos e respondeu:
Eu não queria atacar seres-humanos...
Nesse momento, ouviu-se bater à porta.
Quem é- Perguntou Hagrid, mais uma vez.
Sou eu, o Lupin. - Ouviu-se a voz preocupada, do outro lado da porta. Mary estremeceu, quando Hagrid a abriu, deixando passar Lupin. Ele estava pálido, parecia ter outra vez muitos mais fios brancos no cabelo e tinha um ar cansado, quase doente... o mesmo aspecto a que Harry estava habituado, mas que já não via há muito tempo.
Remo- Gemeu a Professora Hollow.
Mary- Lupin correu para ela e segurou-lhe nas mãos. - A Ginny mandou-me uma coruja a contar o que se passou. Como é que estás?
Mary lançou-se nos braços de Lupin, soluçando:
Oh, Remo, eu quase mordi a Ginny!
O quê- Gritou Ron, empalidecendo, enquanto Hermione recuava, com ar assombrado.
Calma, Mary. - Dizia Lupin, acariciando-lhe os cabelos. - Já passou, pronto, já passou... Eu estou aqui, ao teu lado... e vou estar sempre...
Sempre- Suspirou a professora. - Mesmo com os meus pais a dizer que tu vais estragar a minha vida? Mesmo com a rivalidade entre vampiros e lobisomens?
Mary... - Começou Lupin, em voz firme. Desfez o abraço, segurou-lhe nos ombros e disse, com uma ruga surgindo na testa, entre os olhos fixos nos dela. - Nós já conversámos sobre isso e eu já te prometi que não te vou abandonar nunca, fiz-me entender- A voz dele suavizou-se. - Eu vou estar sempre do teu lado, vou proteger-te sempre... mesmo que eu tenha que lutar contra tudo e contra todos!
Os dois abraçaram-se, enquanto Harry se sentia constrangido por presenciar tal cena. Além disso, tinha que falar com Lupin, mas... caramba sentia-se mal em interrompê-lo. No entanto, a vontade de falar foi mais forte. Pigarreou e disse:
Lupin... Remus... ah... desculpem interromper, mas... eu preciso de falar contigo.
Lupin largou a noiva e olhou-o de alto a baixo, esboçando um leve sorriso:
Leste o "Profeta Diário", não foi?
S... sim... - Gaguejou Harry. - Bem... eu... eu queria saber...
Querias saber o que tens que fazer neste momento, não é, Harry?
É isso mesmo. - Assentiu Harry.
Bom... - Suspirou Lupin. - Nesse caso, só tenho a dizer-te uma coisa: infelizmente, não há nada que possas fazer... a não ser esperar.
Harry olhou, desconcertado, para os amigos e viu Hermione com um ar ligeiramente triunfante, como quem diz: "Eu não disse?"
Namorados- Berrou Ron, atarantado, parando a meio da rua, no meio de mais uma visita a Hogsmeade.
Isso mesmo. - Respondeu Ginny, dando o braço a Harry. - Eu e o Harry, agora, somos namorados.
D... desde quando- Inquiriu o irmão.
Foi Hermione quem respondeu:
Pelo menos, desde ontem, antes de eu vos mostrar o "Profeta Diário"...
Ron olhou, desorientado, para a amiga:
Tu... tu sabias?
Bom... - Gaguejou Hermione. - Só soube ontem.
Soubeste quando começou. - Concluiu Ginny, para logo se arrepender, ao ver o irmão completamente vermelho.
Sempre o último a saber- Bradou Ron. - Sou sempre o último a saber de tudo!
Calma, p�- Pediu Harry. - Não tivemos tempo de te contar... e, para dizer à verdade, eu não sabia qual seria a tua reacção quando soubesses...
Bem... agora, já sabes- Resmungou Ron.
Ah, vá l�, Ron- Exclamou Harry. - Não podes, pelo menos, ficar feliz por nós?
Ron olhou para ele e o tom vermelho desapareceu do seu rosto ao encarar o amigo.
Claro, pá. - Disse, esboçando um largo sorriso. - Antes tu do que um desses idiotas com quem ele namorou. Pelo menos, contigo, eu sei que ela está em boas mãos. Dá cá um abraço!
Os dois amigos abraçaram-se, felizes, até que, de repente, um frio gélido os invadiu e toda a felicidade desapareceu, como se fosse sugada.
Uma dúzia de Dementors aproximavam-se perigosamente, liderados por Bellatrix Lestrange e Lucius Malfoy.
