N/A- Este capítulo incluiu uma cena ligeiramente parecida com uma cena referida de passagem na maravilhosa fanfiction "After The End". Não me inspirei nela, já estava na minha sinopse, mas aproveito para deixar aqui a minha homenagem a Arabella e Szenya, as autoras de "After The End", a primeira fanfiction que li e uma das minhas favoritas.

CAPÍTULO XV

Tudo ou Nada

Cala-te, Snape- Gritou Voldemort. - Um Devorador da Morte não é capaz de amar. O Malfoy, o Crabbe e o Goyle estão aqui como prova...

Essa é a prova de que eu não sou nem nunca serei um Devorador da Morte...

O senhor das trevas mandou-te calar- Rosnou Malfoy.

Acaba com ele, Malfoy- Disse Voldemort, calmamente.

Imediatamente, Lucius apontou a varinha para Snape, exclamando:

Avada Kedavra!

Ao mesmo tempo, Snape fazia a mesma coisa. As luzes de ambas as varinhas misturaram-se e cada um foi parar longe, moribundo. Snape caiu junto da bolha de vidro onde Harry se encontrava e murmurou baixinho:

Potter... consegues ouvir-me?

Harry assentiu com a cabeça, enquanto ouvia Snape dizer, com voz fraca:

Diz ao Lupin que a poção está no armário da direita... do meu escritório... - Snape tossiu e Harry sentiu, com grande estranheza, que estava com pena do professor que tanta raiva lhe causara. Snape continuou, cada vez mais baixo e a custo. - E... ao lado... está a poção... a poção que eu fiz para a Hollow... as receitas... as receitas das duas, também... também estão lá...

De repente, Voldemort percebeu que Snape ainda estava vivo e dizia alguma coisa.

O que foi, Snape- Inquiriu. - Diz-me a mim o que estás a dizer ao Potter!

Contudo, a respiração de Snape foi ficando cada vez mais espaçada, até parar. Estava morto.

Bem... - Disse Voldemort. - Menos um. É uma lástima... O Snape poderia ser um bom aliado... se não tivesse sido traído pelo coração- Soltou uma gargalhada fria. - O coração! O coração é um empecilho! Bom... nada que uma boa Maldição Imperius não resolva. Weasley?

Ron estremeceu ao ouvir Voldemort cham�-lo. Muito pálido, deixou-se ficar no seu lugar.

Weasley- Voltou Voldemort a chamar. - Vem cá.

Apavorado, Ron deu um passo em frente. O senhor das trevas olhou-o de alto a baixo, inquirindo:

Diz-me uma coisa, Weasley: o que farias se eu te mandasse matar os teus amigos?

Ron não respondeu. Estava demasiado assustado.

Weasley- Chamou Voldemort, impaciente. - Fiz-te uma pergunta! Responde! Se eu te mandasse matar os teus amigos, mat�-los-ias?

N...não- Gritou Ron. - Nunca!

Voldemort soltou uma gargalhada:

Tens a certeza?

Absoluta- Exclamou Ron, com a voz trémula. - Jamais mataria os meus amigos! Jamais me passaria para o lado das trevas!

Oh, mas não vais precisar disso- Riu Voldemort, apontando-lhe a varinha. - Imperius!

Imediatamente, Ron assumiu um ar ausente, quase sonhador e Harry percebeu, com horror, que o amigo estava sob a Maldição Imperius.

Avançando sobre Harry como um autómato, Ron apontou-lhe a varinha, dizendo:

Avada Kedavra. - Contudo, a luz verde bateu na bolha de vidro mágico inquebrável que envolvia Harry e desfez-se.

Idiota- Berrou Voldemort. - Eu sei que o Potter é o teu melhor amigo, mas ele tem que ficar para último, para assistir a tudo! Que tal matares a Granger?

Horrorizado, Harry viu Ron aproximar-se de Hermione, de varinha em riste. A amiga começou a chorar, pálida e trémula. Ron avançava, com ar ausente. A pouco e pouco, foi-se aproximando de Hermione, até que, ao chegar mais perto, murmurou:

Avada... - Algo o impedia de concluir o feitiço. - Avada... Avada... - Harry lembrou-se fortemente dos antigos discos riscados do tio Vernon e foi com enorme espanto que viu uma lágrima escorrer pelo rosto de Ron, que baixava a varinha e se deixava cair, desmaiado, no chão.

Raios- Praguejou Voldemort. - O que foi que aconteceu?

Foi a força do amor, Tom. - A voz de Dumbledore ecoou no meio deles, enquanto ele se aproximava e, apontando a varinha a Harry, fazia desaparecer a bolha em redor dele.

O senhor das trevas fez sinal aos Devoradores da Morte que, imediatamente, avançaram sobre os amigos de Harry e os membros da Ordem da Fénix, que logo os enfrentaram heroicamente.

A batalha começara, de verdade.

Harry empunhou a sua varinha. Estava, finalmente, livre e frente a frente com Voldemort, que exclamou:

Accio Varinha- Imediatamente, a varinha de Harry foi parar às mãos do senhor das trevas e juntou-se à dele.

Ambas as varinhas se fundiram numa só, muito brilhante, soltando faíscas de várias cores.

Harry sentiu que era o fim. Tudo dera errado. Não havia qualquer saída. Voldemort tinha a sua varinha... tinha toda a força do seu lado...

O fim da batalha estava próximo... e Harry sentiu que tudo o que vivera até então havia sido em vão.

Ia morrer e o mundo mágico ficaria sob o domínio das trevas, do mal...