Entre Tempos e Deuses
Capítulo 5 – Segredos
---Flash Back---
-Autor das coisas que são, origens das coisas criadas, pai dos pais e mãe das mães. –sussurrou a japonesa passando os olhos por alguns hieróglifos.
-Vejo que o Deus Khnum lhe interessa senhorita... –falou uma voz estranha, perto da garota, fazendo com que ela se assustasse e se virasse rapidamente para ver quem a chamava.
---Fim do Flash Back---
-Miroku! –falou a garota aliviada, tentando controlar a respiração, acelerada devido ao susto.
-O quê faz aqui senhorita Kagome? Este templo é um local restrito... Sabe onde está e os riscos que corre? –perguntou o sacerdote lhe encarando seriamente.
-Estou perdida, precisava falar com você, e não, eu não tenho idéia dos riscos que estou correndo! –respondeu a garota encarando o rapaz olhando para os lados rapidamente, certificando-se de que não havia mais ninguém no lugar. Em seguida pousou seu olhar na estátua de Osíris.
Miroku sorriu ao perceber a preocupação da garota e não pode evitar um riso ao ver que ela o encarava confusa.
-Está no templo de Osíris na parte Leste isolada do palácio... Deveria saber disso.
-Se morasse aqui até saberia. –comentou a garota, voltando a encarar a estátua do Deus.
-Senhorita Kagome... Precisamos conversar. –falou Miroku puxando a garota –Mas não aqui. Estamos em solo sagrado... Acompanhe-me.
Kagome apenas concordou com a cabeça e seguiu o rapaz, que abriu uma espécie de 'porta' e entrou em um corredor bem iluminado por tochas. Passaram por alguns outros corredores, até entrarem em um quarto amplo e cheio de luz. Suas paredes eram bem conservadas e possuía em seu centro uma espécie de cama com lençóis brancos cobrindo-a e ornamentos de ouro à sua volta. A garota sentou-se onde o sacerdote indicou e passou a encará-lo, como quem espera por algo importante.
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Uma mulher com vestes de sacerdotisa andava de um lado para o outro no pequeno cômodo onde se encontrava. Era um local pouco iluminado, mas podia-se ver um vulto vestido com pele de babuíno atrás dela. Haviam plantas mortas espalhadas pelo chão do local, mas aquilo não parecia incomodar nenhum dos seres presentes naquele lugar.
-Kikyo, diga-me... O que quer com a garota?
-Naraku, sabe muito bem que não quero nada... Mas a quero longe daqui. Esta garota pode me prejudicar... Ela purifica a jóia. E agora que eu não sou mais a portadora, sabe que qualquer passo errado que dermos poderá ser nosso fim! –respondeu a mulher sem parar de andar.
-Nosso fim? Esqueces que sou Deus?!
-É um Deus... Mas contra Seth você não pode nada! E sabe que minha vida está ligada àquela maldita jóia! Sabe também que Sesshoumaru me afastou do templo de Osíris... Tem idéia do que isso significa?! (1)
-Que Miroku está cada vez mais perto de descobrir o templo subterrâneo de Seth... Ele está prestes a descobrir que a lenda contada pelos seus antepassados é real, e que o templo existe, assim como todo a história por trás deste. –respondeu Naraku, dirigindo-se a um ponto mais iluminado do quarto –O que pretende fazer?
-Eu?! Pretendo usar Kagura para retirar as informações do maldito Sesshoumaru... Mas, preciso de alguém vigiando Miroku. Se ele descobrir o templo, estará tudo acabado.
-E quanto à garota?!
-Você é a reencarnação do Deus Thoth ! Quem tem que descobrir mais sobre ela é você! Afinal, me lembro de ter escutado Sesshoumaru dar-lha esta mesma ordem! Portanto, suma daqui... Você tem o que fazer. –falou a mulher, saindo do quarto e batendo a porta ao passar.
Naraku sumiu em uma densa nuvem de fumaça roxa, assim que a sacerdotisa deixou o local. As plantas antes mortas voltaram a viver como por magia e as tochas antes apagadas voltaram a se acender... O quarto voltara a ser o que era.
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Uma garota de cabelos negros e olhos castanhos adentrou o palácio pisando duro, sendo seguida por Kaede, que implorava para que a mesma saísse dali. Mas a garota pouca atenção dava para a velha, apenas continuava a andar determinada.
-Quieta Kaede! Não saio daqui sem falar com o faraó! –gritou a garota de um modo que quem estava no salão de entrada pudesse escutar.
-Rin... Vamos embora...! –pediu Shippou que estava escondido atrás das pernas de Kaede, como alguém que procura proteção.
-Você também?! Enquanto ele não me disser o que eu quero, eu não saio daqui! E vocês podem muito bem ir embora se quiserem, não pedi para nenhum frouxo me acompanhar!
Shippou e Kaede se encararam por alguns momentos, até que uma empregada sussurrou algo ininteligível para a outra, e em seguida Kagura entrou no salão.
A garota estava com um vestido branco e avermelhado em alguns pontos, e segurava um leque em suas mãos... Passou a encarar Rin com um brilho divertido nos olhos. Esta, andou até a 'deusa dos ventos', como costumavam chamar Kagura, e fez uma reverência irônica para a mesma, que serrou os punhos em demonstração de ódio.
-O que quer aqui garota?
-Falar com o SEU faraó. –respondeu Rin andando na direção das portas da sala do trono, mas sendo impedida por Kagura que a segurou pelas vestes.
-Quem disse que você vai falar com ele?
-Eu não preciso da autorização de ninguém neste maldito palácio, muito menos da SUA autorização... Logo você, uma MERA concubina. Saia da minha frente antes que eu perca a paciência com você! –respondeu a garota empurrando Kagura e entrando no salão.
Sesshoumaru encontrava-se sentado no final do salão em um trono imponente, cheio de pedras preciosas cravadas neste. Vários empregados estavam a sua volta e alguns sacerdotes também. Haviam uvas e pães servidos em travessas próximos ao trono e água servida em taças de ouro.
Rin entrou escandalosamente no salão e Kagura entrou logo atrás, correu até Sesshoumaru e sentou-se ao lado deste, passando a afagar os cabelos do mesmo. O faraó estreitou os olhos na direção da garota, que entrou sob olhares assustados dos empregados e um olhar suspeito da deusa dos ventos.
-O quê a trás ao meu palácio nobre Rin? –perguntou Sesshoumaru irônico.
-Quero falar com você... –respondeu a garota olhando para o lado, como quem dissesse 'é particular'.
Mas ninguém se moveu dali e todos se encaravam confusos... O faraó continuava a observar a garota e esta continuava a olhar para os lados, esperando que todos saíssem dali.
-Muito bem, se não quiser que fale a sós com você, posso falar para que todos escutem! Pouca diferença irá fazer para mim...
Sesshoumaru fez um movimento com as mãos e alguns empregados retiraram os alimentos e algumas almofadas de seu caminho. O mesmo se levantou e caminhou até a garota.
-Muito bem... Acompanhe-me, mas eu espero que seja realmente importante o que tens a me dizer.
A garota apenas concordou com a cabeça, e saiu da sala atrás de Sesshoumaru. Kagura os observou até sumirem do local e murmurou algumas palavras ininteligíveis, para sair de lá em seguida, praguejando contra tudo que via à sua frente.
-Muito bem... O que seria tão importante a ponto de ter que conversar a sós comigo? –perguntou o faraó parando em um aposento, para Rin fechar a porta em seguida e passar a encará-lo.
Ele não tirava aquela expressão fria do rosto, mas pouca diferença fazia para a garota. Havia ido até ali para falar com ele e, agora que tinha conseguido isso, não ia ficar quieta.
-O quê fez com a Kagome?! –perguntou Rin, séria.
-Ah... Vejo que o nome pelo menos aquela garota não mentiu.
-O que fez com ela?! –insistiu a egípcia.
-Parece que ela te preocupa. Por acaso ela...
-Ela é de minha família! –gritou a garota, passando a encarar os olhos dourados do faraó. Sabia o grande risco que corria por tudo o que fazia contra o palácio e a nobreza, por todas as vezes que interrompera um Deus, por todas as vezes que transformou o sagrado no profano... Mas isto era de pouca importância, pelo menos no momento.
-Não me interrompa garota... –falou o faraó estreitando os olhos para Rin, que sentiu um arrepio percorrer-lhe a espinha. -Ela não é de sua família, ou Kikyo teria me dito. Pelo contrário, ao que me pareceu sua irmã não gostou dela... Mas, para que você esteja tão preocupada, ela deve saber algo importante... –concluiu Sesshoumaru abrindo a porta do local, antes que Rin pudesse revidar. –Terminamos nossa conversa por aqui... Por favor, não venha mais a meu palácio falar coisas sem importância e causar escândalos.
Rin não pôde fazer nada... Sesshoumaru saiu e fechou a porta, a deixando completamente irada. O faraó voltou à sala do trono e chamou os empregados que se encontravam por perto.
-Achem InuYasha e mandem ele trazer a garota para mim. –Todos saíram rapidamente pela porta, sem questionar, apenas obedecendo ao que lhes foi ordenado. –Esta garota pode ter algo importante para me contar... Não é Rin? –sussurra o mesmo, encarando a figura da garota, que saía nitidamente estressada pela porta do palácio –Além do mais, de nada me adiantaria adiar para mais dia menos dia, o ritual com essa estranha.
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-Senhorita Kagome... O quê queria me falar? –pergunta Miroku interessado, sentando-se em um pequeno banco.
-Eu... Quero saber mais sobre este lugar. Você... Sabe que eu não menti sobre minhas origens e o lugar de onde eu vim. –falou a garota abaixando a cabeça e encarando o chão.
-Eu sei que não está mentindo, posso ver em seus olhos isto... Mas, é uma história um tanto complicada e difícil de se acreditar. Por mais que eu queira, você deve entender que os fatos não estão a seu favor. Quanto a este lugar, me pergunte e eu lhe direi... Mas isto me dará o direito de perguntar a você também.
-Tudo bem... Eu quero saber quem é Kikyo e o que ela faz aqui...
-Bem... Escolheu a história mais complicada de todos os tempos. –respondeu o sacerdote dando um suspiro –Kikyo era apenas uma nobre designada a ser sacerdotisa. Ela é da família de Rin, mais especificamente, elas são irmãs.
-Mas... Qual o problema de toda essa história?! Ao que me pareceu, não gostam de falar que são irmãs, não é? –perguntou Kagome encarando Miroku.
-Você não me deixou terminar... Kikyo foi designada a ser sacerdotisa desde que nasceu, mas NUNCA, repito, NUNCA aceitou esse seu destino. Ela se apaixonou por InuYasha em uma de suas vindas ao castelo, nas festas que são dadas durante o ano. Ele também se apaixonou por ela e entre os dois, nada mais era segredo. Um sabia tudo da vida do outro... E quando digo tudo é realmente tudo.
Miroku fez uma pausa, fazendo com que Kagome erguesse o rosto... O sacerdote respirou fundo e voltou a narrar o fato.
-Bem... Até mesmo sobre a jóia Kikyo passou a saber, mas esta bolinha de vidro tinha pouca importância para ela até então. Para poder ficar mais perto de InuYasha, ela aceitou ser uma sacerdotisa, e veio ao palácio para aprender a agir como tal. O faraó designou Naraku para proteger Kikyo dentro do castelo, já que esta protegia a jóia, pois era capaz de purificá-la. A jóia foi dada para ela, pois tem que se manter pura enquanto seu verdadeiro dono não atinge a maioridade.
-Mas o quê tem demais em tudo isso? –Miroku ignorou a pergunta da japonesa e retomou o que estava falando.
-Misteriosamente, há cerca de três anos, ela desapareceu durante a quinzena sagrada, período em que uma sacerdotisa se entrega a um Deus para virar grã-sacerdotisa. No caso de Kikyo, o templo era o mesmo em que me encontrou mais cedo, o do Deus Osíris. Passados os quinze dias de isolamento total, as portas do templo foram abertas e ela foi encontrada inconsciente por Naraku... Depois disso, ela passou a ser fria e calculista. Ninguém comenta nada, mas eu não confio nela... Existe algo muito suspeito naquela sacerdotisa.
-O quê aconteceu com ela durante estes quinze dias em que ficou no templo? –perguntou Kagome estreitando os olhos para uma região na parede.
-Ninguém sabe, e Kikyo alegou não lembrar de nada. Eu duvido... Antes disso ela purificava a jóia por completo, como você faz, mas depois do acontecido jamais foi capaz de fazê-lo novamente.
-Eu... Purifico a jóia?! –Kagome pareceu surpresa e Miroku mais ainda.
-Você... Não percebeu? Você purifica a jóia toda só de se aproximar dela. E pelo que está me dizendo nem se dava conta disto. Deve ter mais poderes do que eu supus... –comentou o rapaz, passando uma mão no queixo e voltando a encarar Kagome. –E quanto a você? Você nos falou de um lugar chamado Japon?
-Japão! –corrige Kagome rindo baixinho.
-Isso mesmo... Por acaso a senhorita é uma Deusa? Ou esse tal Japão é uma região da terra sagrada? Ou seria uma seita que cultua um novo Deus, ou até um ritual?
-Não é nada disso...! Japão é um... Um lugar, assim como o Egito! –fala Kagome pegando a bolsa que carregava e tirando uma caneta de lá –Olhe, isto é uma caneta, e isto um papel... A gente escreve normalmente. Isso vem do Japão.
-Um pergaminho mágico!
-Não... Um papel. Como... Como o papiro! Só que um pouco diferente. –Kagome fez alguns rabiscos no papel, e o guardou novamente na bolsa, se dirigindo a porta –Muito obrigada Miroku... Fico muito agradecida, mas se ficar um pouco mais, o tal InuYasha é capaz de me decapitar, e como você bem sabe, não deveria estar aqui.
-Quando precisar é só chamar senhorita Kagome. Estarei sempre no templo de Osíris. Lembre-se que fica na parte leste isolada do castelo.
-Vou tentar! –falou a garota saindo do local e correndo pelos corredores, tentando lembrar o caminho que havia feito antes.
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-Onde ele está?! –Perguntou-se uma garota de cabelos castanhos presos em um rabo de cavalo e com vestes de empregada andando de um lado para o outro no quarto onde se encontrava.
-O que faz aqui, Sango? –perguntou InuYasha, entrando no local.
-Senhor InuYasha! O senhor Sesshoumaru quer que você leve a garota até ele...
-Ótimo. Onde ela está? –perguntou o rapaz, olhando para os lados –Eu a deixei aqui...
-Ela... Sumiu, senhor. –fala Sango abaixando a cabeça e encarando o chão.
-Maldita seja essa garota! –rosnou InuYasha saindo rapidamente do quarto, parando no corredor e 'farejando' o ar –Ótimo... O que ela foi fazer na parte leste?!
Sango mal teve tempo de chamá-lo, o meio-deus saiu correndo. Tudo naquele castelo havia se tornado estranho... O quê estava havendo ali?!
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-Ótimo! –gritou Kagome para si mesma, encarando os dois caminhos nos quais aquele corredor se dividia. –E agora... Direita ou esquerda?
A garota ficou encarando os dois caminhos, mas não se decidia. Com certeza estava perdida. Fechou os olhos na tentativa de se concentrar, para ver se lembrava de algo.
Sentiu algo erguê-la do chão e notou estar sendo carregada. Abriu os olhos rapidamente e se deparou com dois belos orbes dourados lhe encarando.
-Onde foi que eu MANDEI você ficar?! –perguntou o rapaz antes que Kagome pudesse falar qualquer coisa.
-Não recebo ordens... –falou a garota desviando o olhar, para em seguida sentir um baque. InuYasha havia largado-a no chão.
-Pode muito bem andar sozinha! –falou ele sem encará-la.
-Eu sei que posso! Mas você pode muito bem ser mais educado! -resmungou a menina se levantando e arrumando suas vestes.
-Meu irmão quer te ver agora... E a próxima vez que sair sem minha autorização estará seriamente encrencada. –falou o rapaz fazendo um sinal para a garota segui-lo.
Andaram por alguns corredores, até que chegaram em um mais extenso e logo estavam em frente à entrada do palácio. Entraram em uma grande sala e Kagome pode ver Sesshoumaru sentado em um trono, cercado de empregados que eram em sua maioria mulheres. InuYasha entrou e todos se curvaram. A garota entrou logo atrás.
-Vejo que pelo menos uma das tarefas que te dei conseguiu realizar... –comentou Sesshoumaru irônico, encarando a garota.
-O que quer com ela?
-Nada que seja do teu interesse, meio-deus. –respondeu o faraó friamente, descendo de seu trono e parando em frente à garota. –Tenho assuntos sérios para tratar com esta menina, está dispensado por enquanto.
-O que está querendo dizer?! –perguntou InuYasha o encarando.
-Que quando terminar o que tenho para conversar com esta menina, talvez eu lhe chame.
O garoto de cabelos prateados encarou seriamente Sesshoumaru sair da sala do trono puxando Kagome pelo pulso, deu um suspiro e passou a encarar os empregados, que os olhavam curiosos.
-O que estão olhando?!
-Nada, nos perdoe meu senhor... –respondeu uma das empregadas se ajoelhando perante o rapaz, ato seguido pelos outros.
-Onde está Kikyo? –perguntou InuYasha sem dar muita atenção a reverência dos empregados.
-A senhorita Kikyo saiu hoje cedo. Se correr ainda poderá encontrá-la no templo de Tuéris. –respondeu a mesma mulher sem se erguer do chão.
-O que ela foi fazer lá?! –se perguntou o rapaz, saindo da sala e tomando a direção Oeste do castelo, passando por alguns jardins e entrando em um extenso corredor repleto de hieróglifos.
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Kagome foi arrastada pelo faraó através dos corredores sem dizer uma palavra sequer. Apenas deixava-se ser arrastada, afinal, reclamar de algo com o faraó poderia ser um ato imprudente e com conseqüências irremediáveis. Melhor não arriscar, pelo menos por enquanto. Ele parou perante uma porta e a abriu, revelando um belo e grandioso cômodo.
A japonesa sentou-se em um banco de vime, enquanto o faraó sentou-se em uma outra cadeira de espaldar alto, muito parecido com a que estava no salão em que fora realizado o banquete. Encarou-o, mas não por muito tempo. Aqueles olhos dourados eram frios e penetrantes demais, pareciam vasculhar cada canto de sua alma.
-Menina, vieram lhe visitar mais cedo no palácio. –comentou Sesshoumaru sarcástico –Tem idéia de quem seja?
Kagome parou para pensar um pouco. Não conhecia ninguém naquele lugar, pelo menos ninguém a ponto de visitá-la, ninguém a ponto de saber que ela se encontrava no palácio naquele momento. O faraó falava em um tom estranho, como se quisesse testá-la.
-Não tenho idéia de quem seja. –respondeu a garota, séria.
-Estava com ela durante o banquete do palácio, peço que não minta para mim, para seu próprio bem. –continuou ele, sem mudar a expressão de ser rosto. –Naraku irá descobrir tudo sobre você menina. Até sobre as sombras que habitam seu coração.
Escutaram duas batidas na porta e o faraó apenas estreitou os olhos na direção da mesma, que se abriu como por mágica. Uma pequena e fina fumaça roxa entrou no cômodo e, em seguida, Naraku estava diante deles, com a mesma pele de babuíno sobre seu corpo, exatamente como quando Kagome o vira pela primeira vez.
-Deixo a garota sobre seus cuidados agora Thoth. Faça o que for necessário, e não abuse de minha paciência e boa vontade. –falou Sesshoumaru saindo pela porta da sala, sem dizer mais nenhuma palavra.
-Como quiser, meu faraó. –respondeu o Deus para o vento, para em seguida se virar para a garota.
Kagome não gostava daquele homem. Ele causava-lhe arrepios e a deixava desconfortável naquele lugar. Parecia que a iluminação havia ficado mais fraca e o ar do local havia se tornado escasso. Naraku se aproximou da garota calmamente e com uma de suas mãos segurou o rosto dela, que se afastou prontamente.
-Oh... Vejo que teme os deuses. –comentou o homem irônico ao ver que ela parecia assustada. –Se me deixar vasculhar sua alma prometo não fazer nenhum mal a você.
-Saia de perto de mim! –falou a garota, empurrando o Deus e parando de repente ao sentir um estranho calafrio percorrer-lhe a espinha. Sentiu seu corpo doer e suas pernas pararem de responder, a única coisa que conseguiu fazer foi virar o rosto e se deparar com um vulto branco, que segurava um estranho espelho refletindo sua imagem.
Aquele espelho parecia sugar-lhe todas as forças, mas mesmo assim, a garota mantinha os olhos abertos a todo custo. Pode ver quando a garota abaixou o espelho e sumiu nas sombras do quarto, deixando um Naraku com uma cara pouco satisfeita para trás. O que estava acontecendo?!
A japonesa sentiu algo erguer seu rosto e utilizou todas as forças que possuía para conseguir enxergar quem a segurava... Era Naraku.
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-O quê?! –gritou um grão-sacerdote ao encontrar-se com uma das servas do faraó no corredor.
-Ele mandou-a para o ritual de Thoth, para descobrir todos os mistérios que a rondam de uma vez. –falou a mulher baixando o tom da voz e olhando ao redor, certificando-se de que não havia ninguém ali além deles.
-Naraku vai romper a alma da garota! Não se faz um ritual destes com uma pessoa normal! Tenho que ir à sala de Thoth, não permitirei que faça isso com a garota! –falou o rapaz correndo na direção onde a empregada havia dito que viu Kagome ser levada.
-Sacerdote Miroku, o que vai fazer?! –Mas era tarde demais, Miroku já estava longe.
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-Parece que você tem amuletos de virtudes protetoras, menina... Será você um ser divino, ou apenas puro? Descobrirei em breve... O maldito sacerdote se aproxima daqui a fim de atrapalhar meus planos, mas eu voltarei. E quando voltar, nem mesmo Miroku poderá lhe ajudar, meu ritual será completo. –falou o Deus largando a garota no chão e saindo do quarto.
Kagome não conseguiu ver mais nada. Seu corpo doía, e sua cabeça estava completamente embaralhada, nada fazia sentido...
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waHh xD Olá pessoal o/ Aqui estou eu novamente com mais um capítulo ;D Espero que tenham gostado deste... No próximo algumas dúvidas que eu creio que irão surgir serão explicadas xD
Eu demorei um pouco com esse capítulo, desculpa pessoal... Peço que analisem bem a história da Kikyo, ela terá um papel muito importante por aqui ainda ¬¬
Eu não sei quanto tempo levarei com o próximo capítulo, mas creio que não vou demorar tanto assim xD
Ah e claro, quero agradecer a Bella por ter revisado esse capítulo mim... ;D
#Agradecimentos:#
Vi: oOi moça! Que bom que matei um pouco sua curiosidade ;D E que bom que você gostou do capítulo passado... Bem, eu espero que este tenha ficado bom também xD Eu acho que os ornitorrincos entrarão em guerra com os porcos capitalistas comedores de big mac e formarão assim a sociedade sonhada deles o.O entendeu algo?! Nem eu... bJuSs...
Akane Kittsune: oOie! Que bom que gostou do capítulo passado!! Nhah que bom que você gosta das minhas fics ;D Qual carinha que você disse que tira o post? Eu não lembro qual é xD Espero que tenha gostado desse capítulo também! bJuSs...
Bella Lamounier: oOie Bella!! Novamente muito obrigada ;D Ah isso mesmo, seja boazinha com a caHh ºmostrando os bolsos vaziosº Fica pro próximo mês? ºsorriso amareloº xD Que bom que gostou do capítulo passado! Sim, Thoth é realmente muito semelhante com o Naraku o.o Ás vezes pode-se encontrar Naraku representado por um Deus Íbis também, mas a mais comum é de babuíno! E eu adorei sua idéia pra cena, pode deixar que vou arrumar um lugar para ela sim!! Espero que tenha gostado desse capítulo também! bJuSs...
Kk Higurashi: oOie!! Que bom que gostou!! Obrigada Kk! É verdade, você fez um comentário sério xD A Kikyo tem muito pra fazer ainda... E acho que ela é uma personagem que vai despertar ódio em você...rs... Mas ela é importante pra história xD Bem, eu espero que tenha gostado do Naraku xDD E espero que tenha gostado do capítulo! bJuSs...
Hika Cheshire: oOie!! Que bom que gostou da fic!! Ela ficou mesmo um tanto quanto diferente, acho que é porque mistura duas culturas bem diferentes né?! Gostei da sigla: VPMF xD E quanto ao Naraku, realmente é muita coincidência né?! Espero que tenha gostado desse capítulo! bJuSs...
Nayome Isuy: oOie miga! Que bom que gostou do capítulo, e fico feliz que esteja gostando da história! Sei que demorei um pouco com esse capítulo, mas você já sabe os motivos né?! Quanto a Kikyo, ela vai digamos que 'incomodar' um pouco a Kagome porque a K-chan entrou no caminho dela xD Espero que este capítulo também tenha ficado bom! bJuSs...
Dessa-chan: oOie!! Que bom que gostou do capítulo!! E que bom que está gostando da fic xD Eu espero que você tenha gostado desse capítulo também! Digamos que... O Naraku foi um pouco mau xD Acho que vou demorar um pouco pra postar o próximo, mas tentarei ser rápida! bJuSs...
AgomeVS: oOie!! Que bom que gostou do capítulo filha xD Eu sei que demorei um pouco com esse capítulo, mas foi por causa da viagem ;D Espero ter matado um pouco da sua curiosidade xD Gostou do Sesshy faraó?! Espero que sim.. bJuSs...
Tayla Tsukino: oOie!! Que bom que está gostando dessa fic!! Por enquanto, o pessoal está só desconfiando que ela é a reencarnação de Ísis, mas quem sabe no futuro isso não se revele verdade? xD Sim, o Naraku é muito parecido mesmo com o Thoth... Chega a ser estranho xD Eu estou tentando colocar um pouco sobre como realmente era o Egito Antigo e sobre os deuses... Espero que esteja gostando, e espero que tenha gostado desse capítulo também! bJuSs...
Higurashi Hikari: oOie!! Sim, o Miroku apareceu! E nesse ele apareceu mais ainda xD Bem, quanto ao Inu e ao Sesshy vestidos de egípcios... ºcaHh babandoº Opa, vamos voltar xD O Naraku é realmente parecido né?! Esquisito isso ¬¬ E quanto ao episódio da Sara, bem... Cartoon Baka ¬¬ Você é minha fã?! Eu tenho uma fã o/ ºpulandoº controle-se caHh ú.ú... xD Espero que tenha gostado do capítulo! bJuSs...
M.Sheldon: oOie!! Ah que bom que gosta dessa fic!! Fico muito feliz!! E ela é uma das suas preferidas? ºque honra...º Sem problemas de não ter deixado review no capítulo anterior, às vezes o tempo fica curto mesmo! Que bom que gostou da idéia de Ísis! Por enquanto é só um boato, mas logo veremos a verdade... Espero que esta fic esteja lhe ensinando um pouco sobre história xD E realmente, não existem mais gênios como antigamente... Al Kaeda?! ºcaHh olhando para o tio Binº Ta aqui o capítulo, já posso ir? ºsaindo de fininhoº Espero que tenha gostado do capítulo, e obrigada pelos elogios!! bJuSs...
Fran KC: oOie!! Ah, nem esquenta, eu demorei pra postar um pouco, é normal que tenha esquecido do que disse xD É verdade, a Kagome está sozinha no meio do nada... Mas eu gostaria de estar lá no meio 'dos nadas' chamados Sesshy e Inu xD O Egito é um país bonito, porém hoje seja pobre e feio, por assim dizer... Mas não deixa de ser belo! Logo a história da Kikyo fica mais nítida... Espero que tenha gostado desse capítulo!! bJuSs...
Bianca Himura: oOie!! Comigo está tudo bem e com você? Espero que esteja também ;D Sem problemas quanto ao capítulo anterior, pelo menos você comentou nesse! Quanto a Kikyo, logo a história toda dela aparece... Gostou do Miroku?! Ele apareceu mais nesse capítulo! Espero que tenha gostado dele!! bJuSs...
Juliana-chan: oOie!! Tudo bem, eu te perdôo dessa vez ¬¬ Pelo menos você lembrou xD Eu, malvada? ºassobiandoº Mas eu nem comecei ainda! Espero que tenha gostado desse capítulo também!! bJuSs...
Fram-Cham: oOie miga!! Que bom que está gostando dessa fic!! Confesso que está sendo mais difícil que 'Aos meus cuidados' mas ela não me trava tanto, até pelo fato ºestranhoº de eu ter praticamente toda a história formulada na minha cabeça... Mas estou gostando muito de escrevê-la! Sim... Lá vem a Kikyo de volta xD Ela tem um papel importante nessa fic e logo o passado será revelado por completo. Gostei da idéia do grupo, vou colocá-lo em pauta, você é a primeira integrante.. Espero que tenha gostado do capítulo!! bJuSs...
É isso pessoal, obrigada a todos vocês ;D E não esqueçam de deixar sua opinião, ela é muito bem vinda o/!
