Capítulo: treze

Uma noite especial

"Eriol, você já pensou no que vai vestir, o que vai dizer a ela e todo o resto?" Perguntava Nakuru.

"Ainda não, Nak. Mas eu tenho certeza que você vai pensar em tudo, afinal está mais parecendo que o jantar é seu do que meu." Disse Eriol sorridente.

A verdade é que Nakuru acertava cada detalhe para o jantar, e o organizou desde o começo, realmente parecia que quem ia ter um jantar romântico era ela.

"Então é assim! Eu me mato pra que tudo dê certo no jantar e você ainda ri de mim, Senhor Eriol!" Ela ficou realmente furiosa.

"Calma, Nak!" Eriol que estava deitado lendo uma revista (Vocês conseguem imaginar isso?) levantou-se rapidamente, pois sabia o que vinha depois. "Foi só uma brincadeira, eu te agradeço muito por tudo o que você fez pra que tudo dê certo hoje a noite."

"Eu sei muito bem que você preferiria que o Spi cuidasse pessoalmente de tudo, ele é o seu preferido, né!" Ela já estava vermelha.

"AH! Finalmente você entendeu que eu sou insubstituível e que você nem se compara a mim!" Spi não agüentou e teve que atiçá-la ainda mais. Ele adorava quando ela tinha esses ataques de ciúmes.

"Spi! Não atiça ainda mais!" Eriol fez com que Spi parasse, mas ele mesmo tinha que admitir que ela ficava muito engraçada. "Nakuru você sabe que eu te admiro muito e se eu não confiasse nos seus talentos, jamais confiaria você pra me ajudar com a Tomoyo."

"É claro que eu sabia! Só queria confirmar. Háháháhá" Nakuru ria, mas Eriol sabia que ela tinha muito ciúmes de Spi. Antes de eles irem ao Japão pela primeira vez, ela tinha um ciuminho dele, mas depois que eles foram embora, ela ficou muito mais ciumenta sabe-se lá porquê.

"A propósito Nak, você pensou em tudo só não pensou aonde vai ficar durante o jantar. Você já até ligou para Sakura AVISANDO que o Spi ia ficar lá, mas não disse aonde VOCÊ vai ficar." Eriol perguntava e ficava preocupado com a resposta vendo o sorriso que se formava no rosto dela.

"Isso você pode deixar comigo que eu resolvo." Disse ela.

"Claro porque não. Você já está fazendo tudo mesmo." Respondeu Spi.

Ela se virou pra ele e lhe mostrou a língua.

"Já disse que não! E me deixe em PAZ!"

Nakuru foi retirada do hospital por Touya muito "educadamente".

"Também não precisava ficar tão nervoso." Resmungava ela se realinhando.

"O que aconteceu?" Yukito viu a cena de longe e resolveu perguntar o que houve.

"Ah, Yukito. É o Touya que ultimamente anda muito nervosinho."

"Quer que eu te acompanhe? Você aproveita e me conta o que aconteceu."

"Claro!"

Eles finalmente estavam indo em direção a casa de Eriol. Nakuru resolveu se aproveitar um pouco de Yukito, e o levou pra fazer umas "comprinhas" que ela ia deixar pra depois, mas já que ele estava lá por que não explorá-lo um pouquinho.

"Mas então o Eriol finalmente vai resolver se comprometer com a Tomoyo." Disse Yukito que estava com o rosto escondido devido aos inúmeros pacotes que Nakuru pediu que ele segurasse.

"Pois é, finalmente."

"Então deve ser por isso que o Touya ficou nervoso."

"É verdade eu expliquei tudo pra ele e ele não deve ter gostado nada."

Yukito deu uma risadinha.

"Do que você está rindo?" Perguntou ela.

"É que o meu outro eu também não gostou nada dessa história." Respondeu ele sorridente.

"Como você sabe? Ao contrário de mim, você não tem muita percepção do que o outro possa estar sentino ou pensando."

"Eu não tenho percepção mas, com o tempo, fui aprendendo a conviver com ele. E sempre que ele está zangado com alguma coisa, eu sinto cócegas no meu estômago."

CATAPLOF!

Nakuru caiu no chão e Yukito ficou com aquele sorriso (de idiota) no rosto.

"E o que você queria com o Touya?"

"É que o jantar é a dois e eu e o SPi não vamos poder ficar lá, né? O Spi vai ficar com a Sakura e o Shaoran e eu..."

"E você resolveu perguntar para o Touya se por acaso você não poderia ficar com ele."

"É isso ai! Mas eu acho que ele não gostou muito da idéia. Agora eu não sei pra onde ir." Disse ela desanimada.

"Então você pode ficar na minha casa se não se importar."

"VerdadeÉ claro que eu quero!"

"Então eu te espero lá hoje. A que horas mais ou menos?"

"Bom, eu vou só entregar isso lá em casa, me trocar e pegar algumas roupas pra mim e já vou."

"Então eu te acompanho até sua casa e vamos juntos."

"Não precisa, vai indo pra casa que depois eu estou chegando lá."

"Então tudo bem. Até mais!"

"Tchau!"

Nakuru saiu correndo com todos aqueles (por incrível que possa parecer) e Yukito ficou assistindo, quando ela já havia desaparecido, ele soltou uma risada e foi caminhando para sua casa.

Tomoyo se olhava no espelho avaliando o resultado de horas de produção, que incluía um banho de uma hora (que exagero!), escolha de roupa (vocês sabem que nós mulheres somo muito indecisas, né?), teste de maquiagem e etc. Por isso, bota hora nisso, mas o resultado parecia muito bom.

Ela estava com um vestido azul cinza que contrastava com seus cabelos, o vestido era longo e na altura da cintura, no lado esquerdo, tinha um triangulo recortado que deixava uma pequena parte da barriga a mostra. Ela havia feito uma trança embutida e a enfeitou com fitas entrelaçadas nela.

'Acho que já está bom.' Ela pensou acertando os últimos detalhes.

Ela estava belíssima. E, ao descer as escadas, pôde ver todos os seus empregados em fila esperando por ela.

"Aconteceu alguma coisa?" Ela perguntou preocupada.

"Não aconteceu coisa alguma, Senhorita." Respondeu uma mocinha com olhos de gato.

"Apenas gostaríamos de felicitá-la por esta noite tão especial. Ninguém mais que você merece ser feliz." Respondeu Akizuki a empregada mais antiga da casa e também pessoa a quem Tomoyo tinha muita estima.

"Muito obrigada a todos vocês." Tomoyo abraçou Akizuki como se estivesse abraçando a todos (Não ia dar pra abraçar TODOS os empregados por que, do contrário, ela nunca ia sair de lá, né?). "Minha mãe já chegou?" Perguntou ela apreensiva.

"Não menina. Ela telefonou e disse que se atrasaria."

Tomoyo entrou no carro e deu as instruções ao motorista que, prontamente foi conduzindo-a.

'Bom, a saída foi tranqüila. Vamos ver como vai ser a volta.'

Ela não contou a Sonomi sobre o jantar, pois sabia que ela não gostava nem um pouco dele.

'É estranho porque, no caso da Tia Nadeshico, ela implicava com o senhor Fujitaka porque ele era mais velho (beem mais velho), professor dela e pobre. Mas o Eriol é apenas um ano mais velho que eu, apenas estudou comigo e também é rico. Não que eu me importe com isso. É muito estranho.'

Seus pensamentos foram interrompidos pelo motorista anunciando que ele haviam chegado (JÁ?)

Eriol estava nervoso. Mesmo que Nakuru fosse muito cuidadosa e não tivesse descuidado de nenhum detalhe, ele já tinha conferido-os cada um novamente, fora que já cogitara diversas possibilidades de o jantar não dar certo, porque ela desistiria, porque o Touya poderia fugir com ela e uma porção de outras coisas. No presente momento o passatempo dele era dar voltas num círculo de, mais ou menos, um metro de raio.

'Oras Eriol, pare de maluquices, vai dar tudo certo, relaxe.'

Nisso ele se joga em um sofá para depois, instantaneamente, se levantar com o soar da campainha.

Ele abre a porta e encontra Tomoyo sorrindo pra ele.

'Céus como ela está linda!'

Ele não percebeu mas, no momento em que a viu, ficou de boca aberta sem conseguir profer nenhuma palavra. Foi quando ela resolveu falar.

"Será que eu poderia entrar? Está frio aqui fora."

Ele sacudiu a cabeça como que acordando de um transe.

"É – É claro! Pode entrar."

Tomoyo riu divertida e, já dentro da casa, se voltou para ele.

"A propósito. Você também está muito bonito."

"Me desculpe pelo meu momento de bobeira na porta." Respondeu ele encabulado.

Yukito estava relaxadão em sua casa, de bermudão e chinelo, quando o interfone toca, ele já sabia que era a Nakuru, por isso foi direto atender. Quando ele abriu a porta...

"YUKIIIII!" Nakuru pulou em cima do Yukito, como ela faz com Touya, mas ele não esperava por isso e também não tem resistência a esses "ataques" por isso não deu outra, os dois caíram estatelados no chão.

Recuperados da queda, Yukito estava colocando gelo na parte posterior da cabeça, enquanto era observado por uma Nakuru entre o remorso e o divertimento.

"Me desculpe Yukito. Eu não queria te machucar."

"Tudo bem Nakuru, não foi nada de mais." Ele ainda estava com uma mão no estômago, afinal ela caiu com todo o peso por cima dele. 'Agora eu sei o que o Touya sente.'

"E então o você planejou pra nós fazermos?" Perguntou ela já recuperada (SpiÉ claro que ela já está recuperada, não foi ela que agüentou todo aquele peso! Lith: Que maldade Spi! Ela não é gorda. Kero: Gorda pode não ser, mas louca com certeza. Ela devia ser internada! Lith: Você também! O que vocês vieram fazer aqui? Kero: Nós sabemos que não vamos aparecer neste capítulo. Spi: Por isso resolvemos dar o ar da nossa graça. Não quisemos desapontar os leitores. Lith: Saiam daqui coisinhas. Agora!)

"Na verdade eu não planejei nada, você é quem gosta de planejar as coisas. Mas nós poderíamos, sei lá, ver um filme, pedir uma Pizza. Eu tenho muita coisa do trabalho pra terminar, você pode ficar a vontade."

"Claro, porque não. Vai ser divertidíssimo." ¬¬'

Tomoyo e Eriol estavam muito felizes, parecia que tudo estaria bem para sempre. Eles já tinham conversado sobre tudo, como estava a faculdade, os planos para o futuro, acontecimentos do passado, coisa que deixou Tomoyo totalmente abala, Eriol percebeu e mudou de assunto. Tomoyo agradeceu internamente por isso, aquele não era o momento de mexer em velhas e mal cicatrizadas feridas.

Quanto a Eriol, ele estava radiante, não podia mais prever o futuro desde que dividiu seus poderes com a outra metade de Clow, mas sabia que, se esse futuro fosse ao lado de Tomoyo, Ah! Seria maravilhoso.

Eles já estavam no fim do jantar, apenas bebericando um pouco de vinho do porto (meu favorito), e conversando um pouco.

"Então é verdade que você e o Yue se juntaram pra aprontar com o Kerberus! Eu achei que fosse mentira dele.

"Não foi mentira. E foi muito engraçado, você tinha que ver. Até o Yue riu."

"Nisso eu não acredito! O Yue nunca riu, nem mesmo em companhia de CLow."

"Mas comigo ele riu, na verdade comigo ele sempre ri, e tem até variantes."

"Variantes?"

"Sim. Ás vezes, quando a lua está cheia e o vento suave, nós dois costumamos ir para o teto da minha casa para observar o céu, a Lua, as estrelas, ficar sentindo o vento bater em nosso rosto, ele me conta histórias das andanças dele com CLow e eu conto como foi o meu dia, e ele sempre ri de felicidade por aquele momento simples e tão único. Ou então eu, quando me saio brilhantemente em seus treinos, e ele me sorri de orgulho. Ele sorri com carinho quando me sinto triste e preciso de colo, ou apenas me sorri pra dizer que está tudo bem. Ele não é de falar muito, mas apenas seu sorriso basta pra que eu o compreenda."

"Nossa, assim eu fico com ciúmes." Eriol deu mais um gole no vinho. Ele disse brincando mas era o que ele realmente estava sentindo, ciúmes.

"Não há motivos para ciúmes. Desde os meus quatorze anos que o Yue, Touya e eu descobrimos uma amizade muito forte, nós nos apoiamos e ajudamos quando um de nós precisa, até o Yue que parece sempre tão austeroàs vezes precisa de alguém ao seu lado, mesmo que ele nunca diga o que está sentindo. O Kero costuma nos chamar de Os três Mosqueteiros, e é exatamente assim que eu me sinto em relação a eles, e a frase "um por todos e todos por um" se encaixa perfeitamente bem em nossa amizade. Por favor não tenha ciúmes deles, não me peça pra eu deixar de ter com eles o que eu tenho."

"Não se preocupe minha querida, eu jamais te privaria de algo que te faz feliz." E mais uma vez ele dá um gole no vinho. 'Bem feito Eriolé isso que dá tê-la abandonado, agora você não pode querer que ela se afaste de quem a apoiou.'

Neste momento uma suave melodia toma conta do ambiente, Eriol havia enfeitiçado a sala para que tocasse diversas músicas suaves. À primeira nota da melodia, ele se lembra da festa de quinze anos dela.

"Tomoyo. Você se lembra da sua festa de quinze anos, da valsa que bailamos?"

"Como poderia me esquecer. Ainda mais com a melodia a tocar."

Ele se levantou, foi até ela e lhe beijou as mãos.

"Me concederia a honra desta contradança?"

"Com muito gosto."

Sakura estava sentada na varanda de seu apartamento, uma brisa suave brincava em seu rosto. A noite estava linda e, para ela, a vida estava perfeita apesar dos contratempos. Sakura sente-se abraçada por trásé Shaoran que lhe beija apaixonadamente. Eles tinham acabado de jantar e não fora um jantar calmo, Spi e Kero passaram quase a tarde inteira vidrados no Vídeo Game, nem quando Sakura anunciou o jantar Kero largou o consoler, ele dizia que estava disputando com Spi. Sakura teve que dizer que ia dar a sobremesa dele ao Spi, foi quando Kero começou a dizer que ela estava bajulando de mais o Spi, por conta disso comeu grande parte da comida sozinho e ainda comeu a sobremesa.

Terminado o jantar, os dois guardiões retornaram para sua "disputa". Sakura começou a retirar a mesa mas Shaoran, ainda se perguntando como eles ainda não usavam óculos de tanto que jogavam Vídeo Game, proibiu-a de fazer mais alguma coisa e mandou que ela descansasse, ele mesmo ia lavar a louça e arrumar a cozinha.

Eles ainda não tinham comido seus pudins, pois gostavam de comer os dois juntos conversando e olhando as estrelas. Shaoran botou uma colher de pudim na boca de Sakura e depois se sentou na espreguiçadeira abraçando-a.

"Spi e Kero ainda estão jogandoÉ melhor eu mandar eles dormirem." Ela fez menção de se levantar.

"Pode ficar quietinha ai. Eu passei lá no quarto e ele já estão dormindo jogados lá no chão, a televisão ainda ligada. Eu deduzo que eles estejam dormindo, ou então tiveram um colapso de tanto jogar."

"Eles se dão muito bem, não é?" Shaoran olhou pra cara de Sakura como se ela estivesse falando que Atlantis emergiu. "Não me olhe assim, não. É verdade, ele brigam mas no fundo são grandes amigos. Nós também não éramos muito amigos, você vivia implicando comigo."

"É verdade." Ele riu. " Eu tenho saudades daquela época, eu achava que você não tinha o menor jeito para Card Captor porque você não sabia de nada. E olha no que você se tornou, uma grande feiticeira."

"Eu também tenho saudades daquela época, era tumultuada, surpreendente, excitante, nunca sabíamos se o dia ia ser calmo ou estaríamos perseguindo um bichinho de pelúcia, lutando contra uma carta, fugindo de um piano. Mas sabe, eu gosto muito desta época atual."

"Eu também porque agora eu posso ficar sempre ao seu lado e do nosso bebê." Disse ele acariciando a barriga dela.

Uma brisa percorre a varanda agitando os sinos que emitem seu ruído cristalino.

"Será que já dá pra sentir o bebê mexer?" Shaoran apalpou a barriga de sua mulher.

"Shaoran eu vou fazer três meses ainda."

"Qual o problema, você não falou que ele já usou os poderes dele para proteger vocês? Então ele pode muito bem mexer agora."

"Ai Shoran. Como você tem certeza de que vai ser um menino? Pode ser uma menina." Disse ela fingindo-se zangada.

"Não estou afirmando nadaé apenas o meu desejo. Eu praticamente vivi cercado por mulheres, minhas irmãs, minha mãe, Meiling que não largava do meu pé, fora minhas outras primas, vim pra cá e quando íamos caçar cartas éramos Eu, você, a Tomoyo e depois a Meiling mais uma vez. Um menino não seria nada mal."

"Realmente você sempre se cercou de mulheres. Mas se for um menino é até bom porque eu já tenho prática com eles. Meu pai, você, Touya, Yukito e ele veio com o Yue a tira colo, ainda tem o Kero, o Eriol, e o Spi vive enfurnado aqui."

"Sakura?"

"O que?"

"Ele mexeu."

"Não fale besteira, eu já disse que ainda vai fazer três meses."

"Mas eu estou com a mão na barriga, eu senti."

"E EU estou com o bebê na barriga. Acho que eu sentiria se mexesse."

"Mas eu tenho mais sensibilidade que você"

"Ai Shoaran, só vocês mesmo. Come um pouco de pudim." Ela enfia uma colher de pudim na boca de Shaoran que agora está com o ouvido colado na barriga dela.

"Nakuru?"

"O que?"

"Você fez xeque."

"O quê" Ela acordou de seu devaneios. "Ah, ta! Claro, xeque então." Ela bocejou.

Desde que chegou, ela já tinha assistido, ou melhor, tentado assistir a um filme, mas pediu pra Yukito tirar porque era muito chato (ou seja, Beleza Americanaé uma porcaria!), depois foram jogar buraco, passou para o pôquer, gamão, jogo de tabuleiro, e agora já estavam na terceira partida de Xadrez.

"Nakuru?"

"O que?"

"É a sua vez."

"O quê? Ah, claro!"

"Está uma chatice, não é? Desculpe mas eu não sou muito de animar os lugares aonde eu vou e pelo visto eu te contaminei também porque você está desligada."

"Tudo bem." Ela olhou pra ele e perguntou. "Você está cheio de trabalho não é?"

"Eu sempre estou cheio de trabalho, porquê?"

"Eu pensei que talvez nós pudéssemos ir ao Shopping, sei lá andar um pouco, ver gente e comer também, a pizza que nós pedimos não chega nunca."

"Por mim tudo bem, eu vou pegar um casaco e nós saímos."

"OBA!"

Assim eles saíram, mal sumiram na esquina e um rapaz em uma moto para em frente à casa de Yukito.

Nakuru e Yukito estavam se divertindo muito, nem pareciam aqueles dois jogando Xadrez horas atrás. Olharam vitrines, dançaram na máquina de dançar, Yukito foi arrastado, Nakuru fingiu uma cena de ciúmes quando uma menina cantou Yukito, ele por sua vez ficou estático e vermelho, na praça de alimentação estava tendo a apresentação de uma peça interativa e acabou que chamaram o pobre do Yukito pra ajudar, Nakuru se divertia muito com Yukito tendo que improvisar na frente de todos (Uma coisa é ensaiar pra ser a Sardinha em lata, outra coisa é improvisar um Atum em lata, né?).

Depois eles foram a um parque de diversões e foram em quase todos os brinquedos, quase todos porque Nakuru exagerou no que comeu e acabou passando mal, Yukito ganhou um Porquinho rosa no tiro ao alvo e deu para Nakuru, ela achou de muito mau gosto, no fim ela queria tirar uma foto adesiva na máquina, escolheram um efeito que deixava a foto com aparência de antiga, ficou muito bonita.

Enquanto os dois dançavam, Tomoyo sentia que finalmente poderia ser feliz. A música acabou e eles se separaram ela sorriu para Eriol e ele olhou bem nos olhos de Tomoyo.

"Tomoyo, já era pra eu ter feito isso há muito tempo, teria evitado muitos problemas e evitado também que sua mãe pudesse gostar menos ainda de mim. Mas, mesmo sendo a reencarnação do Mago CLow, neste aspecto eu fui muito covarde. Mas agora eu não vou me acovardar."

Ele se ajoelhou perante ela que, a essa hora já estava como coração em pulos, tomou-lhe a mão direita e retirou uma caixinha aveludada. Dentro da caixa estava um belíssimo anel em prata com Kanjis significando Amor e Felicidade.

"Tomoyo aceita se casar comigo?"

Ela se abaixa e diz:

"Achei que você nunca pediria e eu teria que fazê-lo."

Ele sorri e coloca o anel no dedo anelar dela.

'Acho que nada poderia estragar este momento.' Tomoyo pensa

Sakura e Shaoran ainda estavam tranqüilos na varanda observando a noite. Os sinos da varanda começam a se agitar e as nuvens tomam conta do céu cobrindo a lua e as estrelas. Sakura se levanta sobressaltada.

"Shoaran!"

"Sim Sakura, eu também senti. É uma presença maligna."

"E nós sabemos exatamente de quem é. Cecíl." Kero ou melhor Kerberus, já se postava ao lado de Sakura e Shaoran.

"Está indo pra casa de Eriol! Vamos logo!" SpinelSun saiu voando na frente de todos.

"Sim vamos." Sakura completou. Ia saindo quando Shaoran segurou seu braço.

"Sakura, por favor, tome cuidado. Se você sentir que não vai conseguir, não hesite em nos pedir ajuda. Sakura apenas assentiu com a cabeça, ela sabia que agora ela precisava ter muito cuidado.

Nakuru e Yukito já estavam perto de casa, e quando, finalmente, chegaram à porta, viram a bendita pizza.

"É, parece que nossa pizza já chegou." Comentou Yukito divertido.

"Pizza fria. Nada mal." Nakuru começou a rir e foi seguida por Yukito.

Um trovão soou forte ao longe.

"Finalmente a tempestade chegou." O guardião prateado da Lua surge.

"A calmaria se foi, vamos eles vão precisar de nossa ajuda." Rubi Moon jogou a pizza que estava em sua mão.

Os dois seres alados mergulharam na noite.

"Que cena tocante. Em séculos de existência nunca vi uma cena tão nojenta quanto essa. Sinto te avisar querida, mas amor não dura para sempre. Eu mesma providenciarei que isto não dure muito tempo."

Ela lançou uma ventania pela casa, as velas se apagaram e tudo começou a voar pelos ares, um candelabro de prata voou diretamente até a cabeça de Tomoyo que lutava para se proteger da forte ventania, mas a insígnia do mago CLow brilhou imponente conjurando uma magia que fez com que o candelabro atravessasse Tomoyo sem causar-lhe um único ferimento.

"Eu sou seu adversário Cecíl. Deixe Tomoyo em paz." Eriol já nem parecia mais aquele cavalheiro apaixonado de poucos minutos atrás, ele estava altivo e lembrava muito o antigo Mago Clow.

"Aceito seu desafio Clow, mas nunca que eu vou deixar a vida das pessoas a sua volta em paz, vão sofrer como eu sofri."

Mais uma rajada de vento que é defendida por Eriol, só que junto com a rajada vieram também raios e tremores por toda a parte o que fazia com que Eriol não desse conta de se defender e defender Tomoyo, quando ele conseguia se aproximar mais um pouco dela a casa parecia dançar sapateado e ele era atirado pra longe, ele até tentava utilizar os poderes da terra mas Cecíl era motivada pelo ódio e isso fazia com que ela ficasse muito mais forte.

Cecíl se divertia, principalmente com Tomoyo, "pobre humana sem poder algum." Ela evoca um Tufão poderosíssimo para Eriol, ele fica concentrado em se livrar do tufão deixando o caminho livre para que Cecíl pudesse atacar Tomoyo.

Um raio direto em direção a Tomoyo, Eriol só podia olhar, parecia ser o fim dela.

CABUM!

Cecíl é atingida por algo que muito lembrava borracha mas que, ao mesmo tempo, a feriu no rosto.

"Mas que raios..."

"Eu posso não possuir poderes mas sei me defender perfeitamente deles." Tomoyo, ofegante, segurava um bastão de ferro que parecia soltar fagulhas, era um convertor de magia, Yue havia lhe dado após ela ter se saído muito bem nos treinamentos dele. Com a força de vontade dela, o convertor poderia transformar a magia ou anular a magia lançada sobre o portador dele. Tomoyo trancou os raios em uma espécime de bolha de borracha, quando ela lançou a bolha de volta em Cecíl, os raios se soltaram e a feriu.

"Menina idiota! Você acha que isso pode contra meus poderes, são apenas truques humanos." Cecíl bufava enquanto um filete de sangue saía de seu rosto.

"Pode não deter seus poderes Cecíl, mas deu tempo para nossos reforços chegarem." Eriol, que se libertou do tufão após Cecil perder a concentração, estava com seus dois guardiões, RubyMoon e SpinelSun, a seu lado.

Sakura e Shaoran também estavam lá junto de Kerberus e Yue, este voou diretamente até Tomoyo que ainda segurava seu bastão.

"Você está bem Tomoyo?" Ele perguntou.

"Estou sim Yue, graças a você." Disse ela lhe mostrando o bastão.

Mas este momento de distração foi aproveitado por Cecíl que, mais uma vez, lançou raios em Tomoyo acertando-a diretamente.

Tomoyo deslizou para o chão, Eriol chegou até ela. Os outros começaram a proferir feitiços contra Cecíl, a mansão virou um verdadeiro campo de guerra, mas para Eriol só o que existia era Tomoyo ali deitada em seus braços.

"Acho que eu comemorei cedo de mais." Disse Tomoyo antes de cair inconsciente.

N/A: Gente, me desculpe, por trocar toda hora a forma escrita do nome da Nakuru que às vezes fica Nakuro. Mas eu tenho preguiça de ficar vasculhando meus mangás atrás do nome dela e como eu não tenho beta, fica assim mesmo. Mas isso não prejudica a leitura, né?

N/A: Um banho de uma hora parece exagero, né? Mas se minha mãe deixar eu fico amarradona, chego a sair branca de lá.

N/A: Eu inspirei a chegada da Tomoyo nos filmes Americanos, porque ele têm a incrível habilidade de falar que vai a um lugar e, segundos depois já chegou. Será que eles aparatam?

N/A: Olha gente, o Eriol não deu uma aliança de prata porque ele é pão-duro, não. É que a Tomoyo adora jóias prateadas, na verdade sou eu quem gosto, e não me importaria de ganhar uma aliança de prata, não que eu esteja querendo me casar. AH! Vocês entenderam.

Mais uma vez desculpem a demora, mas pelo menos eu não me esqueci da fic. Quero agradecer a todos que me mandaram REviews e aproveitar para pedir mais Por favor!

Miaka se você puder coloque o seu e-mail junto com sua review porque eu já tentei diversas vezes te responder mas não consegui.

Beijinhos