Capitulo: Quinze
Duas Inimigas?
" " - Fala do personagem
' ' - Pensamentos
( ) - Intromissões minhas
Tomoyo acordou cedo naquela manhã de Domingo, seus ferimentos não doíam tanto, ao contrário do que pensara, ela não teve pesadelos devido a última batalha e a visão que teve, mas mesmo assim ela não conseguiu dormir direito, um dos motivos de sua dor de cabeça matutina.
Ela desceu pra tomar seu café, mais um café da manhã solitário como a maioria de sua vida, mas desta vez ela se enganara, Sonomi a esperava na mesa para o café.
"Mamãe?! Pensei que tivesse ido trabalhar, é realmente uma surpresa te encontrar para o café!" Disse Tomoyo se sentando e pegando uma torrada.
"Por acaso é estranho uma mãe se preocupar com a filha?"
Tomoyo a olhou com um certo espanto.
"Você achou que eu ia trabalhar no dia seguinte ao ver minha filha chegando toda estrupiada, cabeça enfaixada, depois de sair sem me dizer pra onde, com quem ou quando chegaria?" Sonomi agora perdera seu tom calmo.
"Eu posso explicar, mãe! Eu estava na casa do Eriol..."
"É claro! Tinha que ser ele, é sempre ele. Você se esqueceu de tudo o que você passou e agora quer mais?!"
"Mamãe, agora vai ser diferente, ele... Ele até me propôs casamento, olhe!!" Tomoyo estendeu a mão direita aonde se podia ver o belo anel prateado em um dos dedos.
"E mais essa agora!!"
Sonomi se levantou bruscamente da mesa e caminhou pesadamente até a janela. Ela olhou para longe e depois pressionou os dedos entre os olhos antes de perguntar:
"O que aconteceu pra você estar toda machucada?" Ela disse em um tom, na medida do possível, brando.
Mas Tomoyo não saberia o que dizer. Como explicar pra mãe que uma feiticeira de quase 100 anos surgiu das cinzas e agora estava atrás dela e de todos os seus amigos. Como explicar que Eriol é a encarnação de um antigo e poderoso feiticeiro, que Sakura e Shoaran manipulam magia e que... Seu melhor amigo é uma criatura alada que nem humano é. Ela apenas olhou pra mãe como quem pede desculpas.
"Não precisa explicar nada, é claro que foi alguma confusão criada por aquele lá. Se alguma coisa de ruim acontece contigo é claro que é por culpa dele."
"Não é verdade mamãe! Eu tenho sido muito feliz desde que ele retornou, desde que ele voltou pra mim. E ele não é sinônimo de confusão." Tudo bem agora Tomoyo tinha que admitir que tinha exagerado.
"É claro que não." Sonomi ironizou ao olhar fixamente para cada ferimento em Tomoyo. "Eu não quero você junto dele, não quero!"
"Porque não, você nem o conhece!"
"Eu não preciso conhecê-lo pra saber que ele não serve pra você. Você não será feliz com ele, olha o que aconteceu com sua tia..." Mas ela parou de falar aparentemente arrependida de ter começado essas palavras.
"O que tem a tia Nadeshico? O que ela tem a ver com o meu namoro com o Eriol?"
Mas o que tinha a ver Tomoyo não descobriu, Sonomi saiu apressada da sala e Tomoyo ficou muito intrigada com os rumos que aquela conversa tomou. O que será que sua mãe quis dizer com aquilo.
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Dias e semanas se passaram desde os últimos acontecimentos, Cecíl pouco apareceu mas, quando aparecia, era muito rápido apenas para lembrá-los de que ela estava a espreita. E foi assim que o mês de Maio chegou, Sakura completara Cinco meses de gravidez e sua barriga tinha se desenvolvido bastante, o que fazia com que agora Shaoran estivesse redobrando os cuidados com ela, incluindo só permitir que ela ficasse a um canto envolta por uma barreira mágica apenas dando uma leve cobertura, quando Cecil atacava, mas ela não reclamava, sabia que Shaoran só fazia aquilo para seu bem.
Tomoyo e Eriol estavam muito bem, ela não contou a ele o que aconteceu depois que ela chegou em casa naquele dia, mesmo depois de muita insistência dele.Por outro lado Tomoyo ainda questionava as palavras de sua mãe e, durante algum tempo, continuou tentando dissuadi-la a contar o que significavam, mas diante ao silêncio de Sonomi, ela preferiu aguardar a hora certa pra descobrir a verdade.
É claro, as únicas pessoas que ficaram sabendo do ocorrido das desconfianças de Tomoyo, era Touya e Yue que pareceram não dar muita importância para tal fato. Touya ainda brincou dizendo que talvez Sonomi tivesse sentido a ligação que o pai dele e o Eriol tinham devido a ambos possuírem um pouco dos poderem de Clow. Yue estava mais preocupado com o desconforto que estava sentindo agora que sua outra identidade e Nakuru estavam... "mais próximos".
Desde o dia em que passearam no Shopping Yukito e Nakuru ficaram bastante amigos e agora sempre saíam juntos. Eles estavam no meio de um passeio agora quando encontram Sakura e Shaoran em mais uma de suas discussões.
"Shaoran, não sei porque você está comprando esses tecidos e esses bonecos!" Sakura sabia muito bem o porque, mas não queria admitir.
"Oras Sakura, você sabe muito bem que o Tango-no-sekku* será depois de amanhã."
"Tango-no-sekku? Que legal!" Disse Yukito se aproximando dos dois com Nakuru. "Eu posso ajudar a fazer as Carpas de tecido?"
"É claro que sim Yukito!!" Respondeu Shaoran radiante.
"Até você Yukito!!!" Sakura estava furiosa. Nakuru riu diante da cena.
"Falei alguma coisa errada?" Perguntou Yukito.
"Não, você só se juntou ao Shaoran na torcida pra que o filho de Sakura seja um menino." Respondeu Nakuru rindo bastante.
"Será uma menina!!" Bradou Sakura.
"Isso é o que vamos ver." Disse Shaoran calmamente.
Os quatro resolveram ir comer em um restaurante super aconchegante que tinha alí perto, e agora estavam vendo Sakura comer Yakisoba (desculpem se escrevi errado) com calda de morango misturado com estrogonofe. O garçom se recusou a fazer o pedido alegando que o Chefe jamais aceitaria cometer este crime, mas diante a insistência de Sakura ele acabou cedendo.
"Mas Shao, você não acha que está muito em cima da hora pra fazer as Carpas? O festival é depois de amanhã, nem com a ajuda do Yuki você vai conseguir aprontar tudo." Disse Nakuru enquanto Sakura soltava um muxoxo.
"Eu sei, mas para depois de amanhã eu só vou pendurar um, nós recebemos um convite para um festival em homenagem a esse dia pra daqui a duas semanas lá no templo Tsukimine." Responde Shaoran.
"Isso parece até complô." Disse Sakura com a voz embargada devido a comida.
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"Senhorita Tomoyo? A senhorita tem visitas."
"Quem é Amélie?"
"É o Sr. Touya e o Sr. Yukito."
Tomoyo dá um belo sorriso.
"Por favor peça pra que eles aguardem só um pouco que eu já desço."
Amélie se retira do quarto e Tomoyo termina de se arrumar. Ela começa pentear os cabelos enquanto pensa na conturbada relação com sua mãe que se iniciou desde a briga delas a respeito de Eriol. Certa noite Tomoyo caminhava pelo corredor que levava a seu quarto, tinha levantado no eio da noite para tomar um pouco de água, ao passar pelo quarto de Sonomi ela ouviu soluços e uma frase que só fez aumentar suas suspeitas de que a mãe guardava algum segredo. 'De novo não." Soluço. 'Eu tentei impedir, sua morte agora é em vão.' Soluço. 'Eu abomino o amor.'
'O que sua mãe quis dizer com aquilo, o que significava?'
Tomoyo terminou de se arrumar e foi descendo para se encontrar com seus irmãos, pois era aquilo que Touya e Yukito, na verdade Yue, significavam pra ela. Se perguntava se devia contar o que ouviu mas se decidiu pelo segredo já que dizia respeito a sua mãe também.
"A que devo a honra da visita de vocês?" Ela disse com a voz animada sem nenhuma nota da preocupação que assolava seus pensamentos.
"Viemos te chamar para sair. Vamos aproveitar que o Touya resolveu dar um tempo do hospital." Yukito respondeu e deu um beijo na bochecha de Tomoyo. " E também porque tem alguém com saudades de você e quando ele fica assim minha cabeça fica doendo."
"Então você não estava com saudades minhas, Yukito?!" Tomoyo se fingiu brava.
"Imagine querida."
"É verdade sim." Touya se manifestou e agarrou Tomoyo pelo braço. "Depois que ele ficou amiguinho da Nakuru, ele não liga pra mais ninguém."
"Ciúmes, Touya? De quem do Yukito ou da Nakuru?" Tomoyo provocou.
"Ciúmes não, alívio! Agora vamos?"
Tomoyo caminhou de braços dado com Yukito e Touya (muito bem acompanhada, não?) eles passariam o dia juntos como a muito tempo não faziam desde o aparecimento de todos os problemas e, na opinião de Touya, desde o aparecimento de Eriol também, ele achava que tudo estaria muito bem se aquele outro moleque não resolvesse aparecer.
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"Eriol você prometeu!"
"Eu sei que eu prometi, mas não pode ser outro dia? Esse livro que eu encontrei é muito bom e eu não queria largá-lo agora."
"Se não é agora não é depois. Se não fosse esse livro seria outro. Você sempre está lendo! Sempre está ocupado, você prometeu um piquenique com nós três juntos!"
"Nakuru fala mais baixo você é irritante sabia?!"
"Cala a boca SpinelSun!"
"Ih! A coisa está séria, você nunca me chama assim."
Eriol fecha o pesado livro com um estrondo e olha para Spi deitado monotonamente na mesinha da varanda, e para Nakuru que estava em pé sacudindo os braços e fazendo gestos enquanto brigava com Spi e reivindicava de Eriol.
"Tudo bem você venceu. Arrume tudo o que precisamos e nós fazemos um piquenique, eu vou subir e me arrumar."
"TE AMO ERIOOOOL!" E Nakuru saiu correndo preparar tudo. E Eriol ficou rindo da atitude espontânea e infantil de sua serva que era mais uma amiga.
"Você sempre faz os gostos dela." Spi disse com uma nota de ciúmes.
"Eu também não faço todos os seus?" Eriol sorriu para o gato que agora estava com as bochechas vermelhas. "Vá se arrumar você também, logo sairemos."
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"Vocês já ficaram sabendo da comemoração que vai ter no templo Tsukimine?" Yukito perguntou comendo seu quarto sanduíche.
"Estou sabendo sim, mas vou trabalhar no dia." Touya respondeu enquanto fazia uma bonequinha de pano a pedido de Sakura.
"Ah vai sim! Não seja estraga prazeres, todo mundo vai estar lá!" Tomoyo largou as linhas que estava separando para ajudar Touya.
"Mas eu tenho que trabalhar, Tomy. Como você acha que eu me alimento?"
"Mas você não precisa trabalhar nesse dia. Eu sei muito bem que você vai pegar o plantão da manhã, vai larga a tempo de ir ao festival e que você só dobra o plantão se quiser." Yukito começou a catar os tubos de linhas que se espalharam por todo o gramado.
"Que amigão você é, hein?"
"Perfeito!! Você não tem mais desculpas priminho e você vai me buscar em casa pra eu ter certeza que você vai."
"Tudo bem vocês venceram." Touya levantou as mãos em rendição. Yukito se levantou para apanhar os tubos que rolaram pra longe. "Mas o seu namoradinho não vai te buscar?"
"Tira esse tom de desprezo quando falar dele por favor. E não, ele não vai me buscar, vamos nos encontrar o templo."
"YUKIIIIIIIIIII!!!" Nakuru surgiu do nada e abraçou Yukito que caiu no chão.
"Eu já vi essa cena em algum lugar. Mas era você quem deveria estar caído no chão, Touya." Eriol apareceu acompanhado de uma pantera negra belíssima.
"Oi Eriol. "
"É bom te ver também Touya." Eriol se sentou perto de Tomoyo e deu um selinho em seus lábios.
"O que vocês fazem aqui?" Tomoyo perguntou.
"Eu tinha prometido um piquenique a meus dois guardiões e a Nakuru fez o favor de me lembrar."
PLOFT!!! SpinelSun Soltou uma pesada cesta que estava pendurada em sua boca.
"A Nakuru colocou a cozinha toda dentro da cesta?" SpinelSun perguntou.
"Oi Spin. Senta aqui do meu lado." A pantera foi pra junto de Tomoyo que começou a acariciar atrás das orelhas dele.
"Se o Kero ver isso vai ficar com ciúmes." Nakuru provocou. Ela e Yuki já se sentavam junto de todos.
"Acho que essa toalha não vai caber todos nós." Observou Yuki.
"Eu resolvo isso."
Eriol se levantou, invocou sua magia e ampliou magicamente a toalha xadrez que agora parecia uma lona de circo.
"Eriol ficou maluco?! E se aparece alguém?!" Tomoyo olhou para os lados.
"Não se preocupe querida, eu escolhi este bosque justamente por quase ninguém vir aqui. Eu quis proporcionar maior liberdade aos meus guardiões."
"Eu te amo sabia?" Nakuru se agarrou ao pescoço de Eriol.
"Vocês vão ao famoso festival que a Nakuru não para de falar?" SpinelSun perguntou com a cabeça repousada no colo de Tomoyo.
"Estávamos justamente falando nisso. Eu fui intimado a ir." Touya se queixou.
"Você também?" SpinelSun disse.
"Vocês dois são tão desanimados, hein?" Nakuru protestou.
"O Kero vai estar lá." Tomoyo disse displicente.
"Não diga!" A pantera negra deu lugar a um gatinho que se aninhava nos braços de Tomoyo.
"Já se animou!" Eriol disse pegando Spi em seus braços. "Você está muito acomodado nos braços da minha namorada, né?
"Ciúmes Eriol?" Yukito provocou.
"Claro que sim, né? Ele tem que tomar conta do que é dele!" Nakuru se intrometeu.
"Tomoyo não é um objeto pra ser propriedade de alguém." Touya objetou. Nakuru estirou a língua pra ele.
"Nesse bosque tem umas frutinhas muito gostosas, vamos colher algumas Yukito?!" Mas quando Nakuru se virou para Yuki, Yue rapidamente já tinha tomado o lugar. "Você é muito nojento, sabia?" Yue deu um olhar de desprezo.
"Porque você não vai com ela Touya?" Yue disse calmamente.
"Porque não!"
"O que custa Touya?!" Tomoyo insistiu.
"Tudo bem, vamos lá. Vamos também SpinelSun você precisa caminhar."
Spi voou do colo de Eriol e logo depois já era SpinelSun a pantera. O trio se aporfundou pelas árvores e logo desapareceram.
"Você faz tudo pra não ficar junto da Nak por muito tempo, não é?" Tomoyo ria.
"É porque vocês não tem que aturar ela igual a uma doida gesticulando, se agarrando no seu pescoço fazendo criancices. O Yukito pode não se lembrar do momento em que eu assumo o corpo, mas eu me lembro." Yue estava indignado.
"O que você disse não é verdade. Esqueceu que eu moro com a Nakuru?" Eriol disse achando graça e se virou para Tomoyo. "Eu não me lembro do Yue tão reclamão."
"Pois eu não me lembro dele sem reclamar." Tomoyo disse dando um beijo na bochecha de Yue.
"Humpf! Já estou até imaginando como vai ser no festival. Convence a Sakura a me deixar dormindo no báculo ou então a me dar alguma tarefa a fazer Tomy."
"Ah não, eu quero todo mundo lá! Eu prometo que te roubo um pouquinho e a gente fica junto."
"O que é isso?! Estão planejando uma traição na minha frente!" Eriol se fingiu indignado.
"É claro querido você sabe que eu não gosto de te enganar." Tomoyo e Yue começaram a rir, Eriol ao acompanhou.
Logo depois, Touya, Nakuru e SpinelSun retornaram cada um com uma braçada de frutinhas silvestres. Eles passaram uma tarde muito agradável.
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O Templo Tsukimini estava muito bonito e enfeitado, Carpas feitas de brilhantes tecidos tremulavam ao vento a toda volta, havia muitos rostos sorridentes, crianças sorridentes.
"Até que em fim! Pensei que não fossem chegar mais!" Nakuru estava muito anima, como ficava em todas as comemorações. Ela agarrou no braço de Yukito que chegava junto com Touya e Tomoyo.
"Oi Eriol. Chegaram cedo, né?" Tomoyo largou Touya e foi dar um beijo em Eriol.
"Nós não chegamos cedo, você é que chegaram tarde." Nakuru replicou.
"Nós chegamos cedo sim. E por sua causa que parecia que o chão estava pegando fogo de tanto que você sasaricava pela casa." Eriol disse sempre com seu sorriso nos lábios.
"Mas mudando de assunto. Gostaram do meu Kimono?" Nakuru deu uma volta para mostrar seu Kimono azul anil com diversas Carpas bordadas.
"Mas, Nakuru que eu me lembre hoje não é necessário o uso de Kimono." Yukito comentou inocente.
"Ah, mas eu queria entrar no clima da festa." Ela disse simplesmente.
"A Sakura e Shaoran estão chegando!" Tomoyo disse animada.
Sakura e Shaoran se aproximavam dos amigos fazendo um contraste. Sakura usava um vestido para grávida lilás até os joelhos, parecia uma bata, sua barriga de cinco meses, estava enorme o que deixava os movimentos de Sakura mais lentos mas ainda assim a deixava mais bonita já que ela estava incrivelmente feliz. Shaoran por outro lado parecia estar muito mais animado do que Sakura, ele trazia umas dez Carpas coloridas presas por fitas, era um perfeito chamariz para crianças, mal ele pôs os pés no templo e um monte delas ficaram a volta dele mas ele nem se chateava, ficava encantado por estar com eles.
"Dá pra acreditar! Ele parece uma criança!" Sakura se indignava.
"Ele só está feliz Sakura." Tomoyo a abraçou. "E ele tem motivo, um filho é sempre uma alegria." Tomoyo colocou a mão em cima da barriga de sakura, uma melancolia se apossou dela que engoliu em seco, Touya percebendo tratou de mudar de assunto.
"Ô Moleque você não fala com as pessoas não?"
"Desculpe cunhadinho mas as crianças me prenderam. Toma uma Carpa pra você, é em homenagem a seu sobrinho." Shaoran estendeu uma Carpa verde e prata para Touya.
"Obrigado, 'cunhadinho'" Touya puxou a Carpa para si.
"Vamos andar e ver o que tem aqui no templo!" Uma figura falou de dentro da bolsa de Nakuru.
"Oi Spi, não sabia que você vinha." Sakura disse.
"Pois é eu vim por espontânea pressão você sabe de quem né?" Spi deu uma olhada significativa em direção a Nakuru.
"O Kero está aqui na minha bolsa, você não quer ficar junto com ele?" Sakura ofereceu.
"Estou surpreso por até agora ele não ter se pronunciado." Spi fez uma cara confusa.
"É porque ele está ocupado." Sakura abriu a bolsa e dentro estava Kero muito concentrado comendo doces e mais doces. "Foi a única forma que eu encontrei de trazê-lo até aqui sem que ele fizesse escândalo." Sakura disse como quem pedia desculpas.
Spi pulou pra dentro da bolsa de Sakura e logo Kero sentiu sua presença.
"Oi Spi! Você quer um doce." Kero ofereceu.
"Não muito obrigado, você sabe que eu não posso." Spi cruzou os braços enquanto todos riam da cena.
"Então vamos entrar logo no templo e ver o que tem!!" Nakuru puxou todos para dentro.
Tomoyo continuou parada assistindo a todos os seus amigos entrarem felizes no templo, ela sentiu uma mão amiga pousar em seu ombro.
"É difícil não se lembrar, não é?"
"É sim, Touya. Às vezes bate uma saudade, principalmente quando eu vou com a Sakura comprar roupinhas de bebê."
"Você tem que seguir em frente, recomeçar sua vida. Por mim você recomeçaria com outra pessoa mas..." Touya de um sorriso com o canto da boca.
"Sabia que eu te amo Touya?" Ela olhou para ele como uma criança que procura consolo.
"Sabia sim. E eu também te amo muito minha priminha."
Touya a abraçou pelos ombros e os dois foram para o templo se encontrar com todos aqueles que eram importantes, todos aqueles que a muito tempo já era parte de uma única família. Mas será que a família estava completa? É o que vamos ver agora.
Todos estavam se divertindo muito, Nakuru e Shaoran mais do que todos. Tomoyo se sentia em paz como a muito não se sentia, Touya tinha razão, ela não podia deixar que fantasmas do passado atrapalhassem a vida nova que estava começando pra ela. Eles agora estavam comprando sorvetes.
"Ai o dia está perfeito!!" Tomoyo estava realmente muito feliz.
"Que bom que você gostou,Tomoyo. É muito bom ver que todos estão se divertindo." Kajo Mizuki apareceu diante deles trajando as tradicionais roupas de dama do templo, Kimono branco e Hakama vermelha.
"Retirem o que eu disse, o dia estava perfeito." Tomoyo resmungou de modo que somente Nakuru pôde ouvir.
"Tudo bem, eu também não vou com a cara dela." Nakuru cochichou no ouvido de Tomoyo antes de sair para falar com Kajo. "Kajo querida! Você não nos disse nada que ia voltar ao Japão." Nakuru dá um abraço em Kajo. "Estou muito feliz em te ver."
'Nossa como ela é falsa.' Tomoyo pensava divertida.
"Eu também estou muito contente em ver vocês."
"Professora Mizuki!!" Os olhos de Sakura brilhavam.
"Você ainda fica assim quando a vê?" Shaoran comentou.
"Eu não consigo evitar. T_T" Sakura se desculpou.
"Você está progredindo bastante, hein Sakura?" Mizuki disse. "E você como vai Touya?"
"Eu vou muito bem, achei que nunca mais fosse te ver novamente." Touya a encarou e logo depois a abraçou em cumprimento.
"Garanto que não perderíamos nada não a vendo nunca mais." Tomoyo resmungou baixinho.
"Disse alguma coisa Tomoyo?" Mizuki pareceu ouvir alguma coisa.
"Ah, não! Eu só disse, estou feliz de mais em te ver!" Ela deu um sorriso cínico para Mizuki e depois a abraçou, atrás de Mizuki estava Nakuru que levantou os polegares para Tomoyo e moveu os lábio de forma que apenas Tomoyo pudesse entender.
"É assim que se faz, tá aprendendo."
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"Venha para mim, meu doce Stephen, nós finalmente poderemos ficar juntos após tanto tempo."
O vento sussurrava pro entre as folhas e árvores, Touya caminhava até o lago do Templo como que enfeitiçado pela voz do vento.
"Venha meu amor, agora ninguém poderá nos separar."
Touya cada vez mais se aproximava do lago e agora já entrava nele.
"Só mais um passo e teremos a eternidade juntos, nós três."
Touya deu mais um passo e um redemoinho se formou a seus pés sugando-o para o fundo do lago.
"Touya." Tomoyo disse numa voz baixa e casual como se tivesse se lembrado dele agora.
"O que foi?" Eriol a perguntou.
"Nada, eu só me lembrei do Touya, a imagem dele me veio a mente." Tomoyo sorriu para Eriol.
"Se lembrou do Touya? Você acabou de separar um pouco dele e já está com saudade?" Eriol disse mal escondendo o ciúme.
"Não precisa ficar com ciúme. É só que eu e eles somos muito unidos, mas você é o homem que eu amo." Ela deu um selinho nele.
"Eu não estou cm ciúmes." Ela olhou nos olhos dele incrédula. "Sério. Eu sei que vocês dois são como irmãos. Eh... Vamos tomar um suco?"
Eriol a conduziu para uma barraca de sucos e Tomoyo riu dele pois sabia que ele estava se desviando do assunto, no entanto, enquanto caminhavam, Tomoyo olhou para o céus e as estrelas e uma tristeza se abateu dentro dela, mas foi muito rápido e logo ela já havia ido embora.
"Que bom encontrar vocês" Era Kajo. "Você viram o Touya? Eu não o estou encontrando."
"Mal o encontrou e já o perdeu?! Cuidado, você pode ficar sem ele, hien?" Tomoyo disse como uma brincadeira mas em cada palavra havia, destilado, um toque de veneno.
"Pois é." Kajo deu mais um sorriso.
"Ele deve estar com a Sakura ou o Yukito, vamos atrás deles." Eriol disse.
"Sakura! Shaoran!" Tomoyo chamava os amigos que estavam parados em frente a uma barraquinha de tiro ao alvo.
"O que você estão fazendo?" Eriol érguntou quando já estavam juntos.
"Estamos assistindo a uma disputa entre Yukito e Nakuru e devo dizer que está acirrada." Shaoran respondeu enquanto Sakura não desgrudava os olhos de Nakuru e Yukito que atiravam sem parar e não erravam uma.
Tomoyo voltou a sentir a sensação de tristeza em seu peito, como se uma parte dela estivesse indo embora, mas era bobagem pois uma parte dela já tinha ido embora uma vez. Minutos depois Yuki e Nakuru voltavam cada um segurando um pingüim de pelúcia, como nenhum dos dois errava, não teve como desempatar então o vendedor resolveu dar um bichinho pra cada.
"Que disputa acirrada, hein?" Kajo foi a primeira a comentar.
"Pois é, até hoje a Nakuru foi a única que conseguiu me acompanhar." Yukito dava um sorrisinho enquanto passava a mão no cabelo."
"Mas cadê o Touya Mizuki?" Sakura perguntou.
"Era justamente o que eu ia perguntar. Eu fui em casa rápido e ele ficou me esperando, mas quando eu voltei ele não estava mais." Kajo esplicou.
"Você não o viu Tomoyo?" Shaoran perguntou.
Tomoyo já não estava prestando atenção a nada do que falavam a sua volta, o sentimento de perda crescia a cada momento e ela já estava ficando deseperada.
"Tomoyo o que foi?" Eriol perguntou preocupado, já que ela olhava para todos os lados e parecia não estar naquele mundo, ele a virou para encará-la e notou que os olhos dela estavam cheios de lágrimas.
"Por favor, vamos procurar o Touya? Eu tenho que encontrá-lo." Ela pediu desesperada.
Depois disso todos se separaram a procura de Touya, de início eles tentaram sentir a presença dele mas já não havia sinal algum de sua magia. Então se dividiram em duplas, Tomoyo com Eriol, Sakura com Shaoran, Nakuru com Yukito e Kero e Spi que, com suas formas pequenas sobrevoaram a floresta onde ninguém podia vê-los.
"Acharam alguma coisa?" Tomoyo perguntava para Sakura.
"Não achamos nada." Sakura se lamentou.
Logo todos já estavam juntos, Nakuru voltou sozinha e disse que Yue resolveu aparecer e seguiu sozinho, logo depois eles ouviram a voz dele.
"Por aqui, eu encontrei algo."
Yue os guiou até o lago e logo que chegaram perceberam que tinha alguma coisa muito errada lá. Alguns peixes boiavam mortos na superfície do lago, os que estavam vivos agora podiam ser vistos claramente, o lago era profundo por isso em situação normal, os peixes não era visto já que ficavam no fundo, agora parecia que alguma coisa os impediam de submergir.
Eles se aproximaram mais, Shaoran fez menção de entrar no lago, mas uma espécie de barreira o repeliu. Eriol tentou quebrá-la com sua magia mas nada aconteceu, por fim Kerberus SpinelSun sobrevoaram o lago a procura de alguma coisa.
"Vocês precisam ver isso!!" Kerberus gritou.
Yue pegou Tomoyo nos braços, Shaoran montou em Kerberus, Sakura invocou a carta Alada, Kajo montou em SpineSun e Eriol evocou sua magia para flutuar, todos voaram até acima do centro do lago o que viram o deixaram de boca aberta. Cecíl e Touya jaziam no fundo do lago envoltos por uma barreia que impedia qualquer coisa de entrar em contato com eles. Eles logo descobriram o porque dos peixes mortos, Shaoran jogou uma pedra no lago e assim que ela encostou na barreira se desintegrou, provavelmente enquanto Cecíl erguia a barreira os peixes a volta morreram e os outros fugiram para a superfície.
"Sakura, eu sei que você tem que ser cautelosa agora que está tão perto de ter o seu bebê, mas vamos precisar de sua ajuda." Eriol disse em um tom sério que nada lembrava o rapaz brincalhão de antes.
"É claro Eriol, eu faço qualquer coisa pra salvar meu irmão." Sakura disse em tom choroso.
Todos voltaram para a beirada do lago. Tomoyo estava desolada, talvez se tivesse dado mais atenção aquela sensação de perda antes, Touya pudesse estar junto dela agora. Como que lendo seus pensamentos Mizuki disse em tom consolador.
"Não adianta se culpar, você nada poderia ter feito. 'Não existem coincidências..."
"Só o inevitável', já sei! Me poupe dos seus ditados." Tomoyo foi pra junto de Yue como sempre fazia quando se sentia perdida, Eriol se sentiu estranho por ela não ter se refugiado com ele mas compreendeu.
"Ao que me parece Cecíl está muito bem acomodada ali." Eriol começou. "O que temos que fazer é induzi-la a sair de lá. Vamos unir nossos poderes e causar uma comoção no lago, enquantos uns fazem isso os outros tentam atingir a barreira."
Todos concordaram.
"Sakura você vai agir no lago, confrontar a magia de outro feiticeiro é muito desgastante e você tem que se poupar." Shaoran instruiu e Sakura assentiu, ainda estava abalada com a imagem de seu irmão no fundo do lago sendo abraçado por Cecíl.
"Então Shaoran, Kajo, RubyMoon, Yue e Eu que temos os poderes parecidos, vamos atingir a barreira. Sakura, SpinelSun e Kerberus atingem o lago em si."
Todos foram para seus postos, Tomoyo ficou apenas assistindo a ação, se sentia inputil por não poder fazer nada para ajudar a pessoa que lhe era mais cara no mundo.
Sakura, Kerberus e SpinelSun, agitaram as águas do lago que pareceram ferver, eles dividiram a água e lançaram vapor quente a toda volta da barreira, os outros concentraram seus poderem em destruir a barreira, no início parecia que não ia adiantar, mas subitamente Cecíl abriu os olhos. A esse simples gesto todos foram lançados, Kerberus rapidamente amparou Sakura para evitar um contato brusco com o chão ou uma árvore.
Sem a presença da magia as águas agora voltavam para seu lugar com uma força gigantesca que partiria os ossos de quem estivesse no meio delas, mas antes que elas tocassem Cecíl e Touya a bola de energia que estava no lago levitou e ficou suspensa no ar. Cecíl agora estava completamente atenta e segurava um Touya desacordado em seus braços.
"Malditos vocês vieram tirar Stephen de mim novamente!"
"O quê?" Eriol não entendeu.
"Vocês vão se arrepender por atrapalharem nosso reencontro!!"
Uma gargalhada gélida tomou conta do lugar e a noite pareceu temer já que grossas nuvens cobriram o céu e tamparam o brilho da Lua.
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Mil desculpas a todos!!!!!! Eu sei que eu demorei séculos e séculos, mas me bateu um bloqueio, principalmente depois que o quinto livro do Harry Potter saiu, pra quem não sabe eu sou louca por HP, tenho até algumas fics sobre o tema.
Eu pensei em voltar a publicar só depois que eu terminasse toda a fic, mas eu terminei esse capítulo e fiquei com dó, principalmente depois de receber e-mails de leitores perguntando sobre o andamento da história, muito obrigada mesmo pelo carinho de vocês. Agora não se preocupem que depois que eu comecei esse capítulo as idéias pipocaram portanto acho (espero) que não vou demorar tanto para terminar, é essa fic está chegando ao fim.
Nem sei se eu mereço mas mesmo assim, por favor revisem esse capítulo!!!!! Até a próxima.
Beijinhos ^_^' (envergonhada pela demora com o capítulo)
Duas Inimigas?
" " - Fala do personagem
' ' - Pensamentos
( ) - Intromissões minhas
Tomoyo acordou cedo naquela manhã de Domingo, seus ferimentos não doíam tanto, ao contrário do que pensara, ela não teve pesadelos devido a última batalha e a visão que teve, mas mesmo assim ela não conseguiu dormir direito, um dos motivos de sua dor de cabeça matutina.
Ela desceu pra tomar seu café, mais um café da manhã solitário como a maioria de sua vida, mas desta vez ela se enganara, Sonomi a esperava na mesa para o café.
"Mamãe?! Pensei que tivesse ido trabalhar, é realmente uma surpresa te encontrar para o café!" Disse Tomoyo se sentando e pegando uma torrada.
"Por acaso é estranho uma mãe se preocupar com a filha?"
Tomoyo a olhou com um certo espanto.
"Você achou que eu ia trabalhar no dia seguinte ao ver minha filha chegando toda estrupiada, cabeça enfaixada, depois de sair sem me dizer pra onde, com quem ou quando chegaria?" Sonomi agora perdera seu tom calmo.
"Eu posso explicar, mãe! Eu estava na casa do Eriol..."
"É claro! Tinha que ser ele, é sempre ele. Você se esqueceu de tudo o que você passou e agora quer mais?!"
"Mamãe, agora vai ser diferente, ele... Ele até me propôs casamento, olhe!!" Tomoyo estendeu a mão direita aonde se podia ver o belo anel prateado em um dos dedos.
"E mais essa agora!!"
Sonomi se levantou bruscamente da mesa e caminhou pesadamente até a janela. Ela olhou para longe e depois pressionou os dedos entre os olhos antes de perguntar:
"O que aconteceu pra você estar toda machucada?" Ela disse em um tom, na medida do possível, brando.
Mas Tomoyo não saberia o que dizer. Como explicar pra mãe que uma feiticeira de quase 100 anos surgiu das cinzas e agora estava atrás dela e de todos os seus amigos. Como explicar que Eriol é a encarnação de um antigo e poderoso feiticeiro, que Sakura e Shoaran manipulam magia e que... Seu melhor amigo é uma criatura alada que nem humano é. Ela apenas olhou pra mãe como quem pede desculpas.
"Não precisa explicar nada, é claro que foi alguma confusão criada por aquele lá. Se alguma coisa de ruim acontece contigo é claro que é por culpa dele."
"Não é verdade mamãe! Eu tenho sido muito feliz desde que ele retornou, desde que ele voltou pra mim. E ele não é sinônimo de confusão." Tudo bem agora Tomoyo tinha que admitir que tinha exagerado.
"É claro que não." Sonomi ironizou ao olhar fixamente para cada ferimento em Tomoyo. "Eu não quero você junto dele, não quero!"
"Porque não, você nem o conhece!"
"Eu não preciso conhecê-lo pra saber que ele não serve pra você. Você não será feliz com ele, olha o que aconteceu com sua tia..." Mas ela parou de falar aparentemente arrependida de ter começado essas palavras.
"O que tem a tia Nadeshico? O que ela tem a ver com o meu namoro com o Eriol?"
Mas o que tinha a ver Tomoyo não descobriu, Sonomi saiu apressada da sala e Tomoyo ficou muito intrigada com os rumos que aquela conversa tomou. O que será que sua mãe quis dizer com aquilo.
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Dias e semanas se passaram desde os últimos acontecimentos, Cecíl pouco apareceu mas, quando aparecia, era muito rápido apenas para lembrá-los de que ela estava a espreita. E foi assim que o mês de Maio chegou, Sakura completara Cinco meses de gravidez e sua barriga tinha se desenvolvido bastante, o que fazia com que agora Shaoran estivesse redobrando os cuidados com ela, incluindo só permitir que ela ficasse a um canto envolta por uma barreira mágica apenas dando uma leve cobertura, quando Cecil atacava, mas ela não reclamava, sabia que Shaoran só fazia aquilo para seu bem.
Tomoyo e Eriol estavam muito bem, ela não contou a ele o que aconteceu depois que ela chegou em casa naquele dia, mesmo depois de muita insistência dele.Por outro lado Tomoyo ainda questionava as palavras de sua mãe e, durante algum tempo, continuou tentando dissuadi-la a contar o que significavam, mas diante ao silêncio de Sonomi, ela preferiu aguardar a hora certa pra descobrir a verdade.
É claro, as únicas pessoas que ficaram sabendo do ocorrido das desconfianças de Tomoyo, era Touya e Yue que pareceram não dar muita importância para tal fato. Touya ainda brincou dizendo que talvez Sonomi tivesse sentido a ligação que o pai dele e o Eriol tinham devido a ambos possuírem um pouco dos poderem de Clow. Yue estava mais preocupado com o desconforto que estava sentindo agora que sua outra identidade e Nakuru estavam... "mais próximos".
Desde o dia em que passearam no Shopping Yukito e Nakuru ficaram bastante amigos e agora sempre saíam juntos. Eles estavam no meio de um passeio agora quando encontram Sakura e Shaoran em mais uma de suas discussões.
"Shaoran, não sei porque você está comprando esses tecidos e esses bonecos!" Sakura sabia muito bem o porque, mas não queria admitir.
"Oras Sakura, você sabe muito bem que o Tango-no-sekku* será depois de amanhã."
"Tango-no-sekku? Que legal!" Disse Yukito se aproximando dos dois com Nakuru. "Eu posso ajudar a fazer as Carpas de tecido?"
"É claro que sim Yukito!!" Respondeu Shaoran radiante.
"Até você Yukito!!!" Sakura estava furiosa. Nakuru riu diante da cena.
"Falei alguma coisa errada?" Perguntou Yukito.
"Não, você só se juntou ao Shaoran na torcida pra que o filho de Sakura seja um menino." Respondeu Nakuru rindo bastante.
"Será uma menina!!" Bradou Sakura.
"Isso é o que vamos ver." Disse Shaoran calmamente.
Os quatro resolveram ir comer em um restaurante super aconchegante que tinha alí perto, e agora estavam vendo Sakura comer Yakisoba (desculpem se escrevi errado) com calda de morango misturado com estrogonofe. O garçom se recusou a fazer o pedido alegando que o Chefe jamais aceitaria cometer este crime, mas diante a insistência de Sakura ele acabou cedendo.
"Mas Shao, você não acha que está muito em cima da hora pra fazer as Carpas? O festival é depois de amanhã, nem com a ajuda do Yuki você vai conseguir aprontar tudo." Disse Nakuru enquanto Sakura soltava um muxoxo.
"Eu sei, mas para depois de amanhã eu só vou pendurar um, nós recebemos um convite para um festival em homenagem a esse dia pra daqui a duas semanas lá no templo Tsukimine." Responde Shaoran.
"Isso parece até complô." Disse Sakura com a voz embargada devido a comida.
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"Senhorita Tomoyo? A senhorita tem visitas."
"Quem é Amélie?"
"É o Sr. Touya e o Sr. Yukito."
Tomoyo dá um belo sorriso.
"Por favor peça pra que eles aguardem só um pouco que eu já desço."
Amélie se retira do quarto e Tomoyo termina de se arrumar. Ela começa pentear os cabelos enquanto pensa na conturbada relação com sua mãe que se iniciou desde a briga delas a respeito de Eriol. Certa noite Tomoyo caminhava pelo corredor que levava a seu quarto, tinha levantado no eio da noite para tomar um pouco de água, ao passar pelo quarto de Sonomi ela ouviu soluços e uma frase que só fez aumentar suas suspeitas de que a mãe guardava algum segredo. 'De novo não." Soluço. 'Eu tentei impedir, sua morte agora é em vão.' Soluço. 'Eu abomino o amor.'
'O que sua mãe quis dizer com aquilo, o que significava?'
Tomoyo terminou de se arrumar e foi descendo para se encontrar com seus irmãos, pois era aquilo que Touya e Yukito, na verdade Yue, significavam pra ela. Se perguntava se devia contar o que ouviu mas se decidiu pelo segredo já que dizia respeito a sua mãe também.
"A que devo a honra da visita de vocês?" Ela disse com a voz animada sem nenhuma nota da preocupação que assolava seus pensamentos.
"Viemos te chamar para sair. Vamos aproveitar que o Touya resolveu dar um tempo do hospital." Yukito respondeu e deu um beijo na bochecha de Tomoyo. " E também porque tem alguém com saudades de você e quando ele fica assim minha cabeça fica doendo."
"Então você não estava com saudades minhas, Yukito?!" Tomoyo se fingiu brava.
"Imagine querida."
"É verdade sim." Touya se manifestou e agarrou Tomoyo pelo braço. "Depois que ele ficou amiguinho da Nakuru, ele não liga pra mais ninguém."
"Ciúmes, Touya? De quem do Yukito ou da Nakuru?" Tomoyo provocou.
"Ciúmes não, alívio! Agora vamos?"
Tomoyo caminhou de braços dado com Yukito e Touya (muito bem acompanhada, não?) eles passariam o dia juntos como a muito tempo não faziam desde o aparecimento de todos os problemas e, na opinião de Touya, desde o aparecimento de Eriol também, ele achava que tudo estaria muito bem se aquele outro moleque não resolvesse aparecer.
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"Eriol você prometeu!"
"Eu sei que eu prometi, mas não pode ser outro dia? Esse livro que eu encontrei é muito bom e eu não queria largá-lo agora."
"Se não é agora não é depois. Se não fosse esse livro seria outro. Você sempre está lendo! Sempre está ocupado, você prometeu um piquenique com nós três juntos!"
"Nakuru fala mais baixo você é irritante sabia?!"
"Cala a boca SpinelSun!"
"Ih! A coisa está séria, você nunca me chama assim."
Eriol fecha o pesado livro com um estrondo e olha para Spi deitado monotonamente na mesinha da varanda, e para Nakuru que estava em pé sacudindo os braços e fazendo gestos enquanto brigava com Spi e reivindicava de Eriol.
"Tudo bem você venceu. Arrume tudo o que precisamos e nós fazemos um piquenique, eu vou subir e me arrumar."
"TE AMO ERIOOOOL!" E Nakuru saiu correndo preparar tudo. E Eriol ficou rindo da atitude espontânea e infantil de sua serva que era mais uma amiga.
"Você sempre faz os gostos dela." Spi disse com uma nota de ciúmes.
"Eu também não faço todos os seus?" Eriol sorriu para o gato que agora estava com as bochechas vermelhas. "Vá se arrumar você também, logo sairemos."
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"Vocês já ficaram sabendo da comemoração que vai ter no templo Tsukimine?" Yukito perguntou comendo seu quarto sanduíche.
"Estou sabendo sim, mas vou trabalhar no dia." Touya respondeu enquanto fazia uma bonequinha de pano a pedido de Sakura.
"Ah vai sim! Não seja estraga prazeres, todo mundo vai estar lá!" Tomoyo largou as linhas que estava separando para ajudar Touya.
"Mas eu tenho que trabalhar, Tomy. Como você acha que eu me alimento?"
"Mas você não precisa trabalhar nesse dia. Eu sei muito bem que você vai pegar o plantão da manhã, vai larga a tempo de ir ao festival e que você só dobra o plantão se quiser." Yukito começou a catar os tubos de linhas que se espalharam por todo o gramado.
"Que amigão você é, hein?"
"Perfeito!! Você não tem mais desculpas priminho e você vai me buscar em casa pra eu ter certeza que você vai."
"Tudo bem vocês venceram." Touya levantou as mãos em rendição. Yukito se levantou para apanhar os tubos que rolaram pra longe. "Mas o seu namoradinho não vai te buscar?"
"Tira esse tom de desprezo quando falar dele por favor. E não, ele não vai me buscar, vamos nos encontrar o templo."
"YUKIIIIIIIIIII!!!" Nakuru surgiu do nada e abraçou Yukito que caiu no chão.
"Eu já vi essa cena em algum lugar. Mas era você quem deveria estar caído no chão, Touya." Eriol apareceu acompanhado de uma pantera negra belíssima.
"Oi Eriol. "
"É bom te ver também Touya." Eriol se sentou perto de Tomoyo e deu um selinho em seus lábios.
"O que vocês fazem aqui?" Tomoyo perguntou.
"Eu tinha prometido um piquenique a meus dois guardiões e a Nakuru fez o favor de me lembrar."
PLOFT!!! SpinelSun Soltou uma pesada cesta que estava pendurada em sua boca.
"A Nakuru colocou a cozinha toda dentro da cesta?" SpinelSun perguntou.
"Oi Spin. Senta aqui do meu lado." A pantera foi pra junto de Tomoyo que começou a acariciar atrás das orelhas dele.
"Se o Kero ver isso vai ficar com ciúmes." Nakuru provocou. Ela e Yuki já se sentavam junto de todos.
"Acho que essa toalha não vai caber todos nós." Observou Yuki.
"Eu resolvo isso."
Eriol se levantou, invocou sua magia e ampliou magicamente a toalha xadrez que agora parecia uma lona de circo.
"Eriol ficou maluco?! E se aparece alguém?!" Tomoyo olhou para os lados.
"Não se preocupe querida, eu escolhi este bosque justamente por quase ninguém vir aqui. Eu quis proporcionar maior liberdade aos meus guardiões."
"Eu te amo sabia?" Nakuru se agarrou ao pescoço de Eriol.
"Vocês vão ao famoso festival que a Nakuru não para de falar?" SpinelSun perguntou com a cabeça repousada no colo de Tomoyo.
"Estávamos justamente falando nisso. Eu fui intimado a ir." Touya se queixou.
"Você também?" SpinelSun disse.
"Vocês dois são tão desanimados, hein?" Nakuru protestou.
"O Kero vai estar lá." Tomoyo disse displicente.
"Não diga!" A pantera negra deu lugar a um gatinho que se aninhava nos braços de Tomoyo.
"Já se animou!" Eriol disse pegando Spi em seus braços. "Você está muito acomodado nos braços da minha namorada, né?
"Ciúmes Eriol?" Yukito provocou.
"Claro que sim, né? Ele tem que tomar conta do que é dele!" Nakuru se intrometeu.
"Tomoyo não é um objeto pra ser propriedade de alguém." Touya objetou. Nakuru estirou a língua pra ele.
"Nesse bosque tem umas frutinhas muito gostosas, vamos colher algumas Yukito?!" Mas quando Nakuru se virou para Yuki, Yue rapidamente já tinha tomado o lugar. "Você é muito nojento, sabia?" Yue deu um olhar de desprezo.
"Porque você não vai com ela Touya?" Yue disse calmamente.
"Porque não!"
"O que custa Touya?!" Tomoyo insistiu.
"Tudo bem, vamos lá. Vamos também SpinelSun você precisa caminhar."
Spi voou do colo de Eriol e logo depois já era SpinelSun a pantera. O trio se aporfundou pelas árvores e logo desapareceram.
"Você faz tudo pra não ficar junto da Nak por muito tempo, não é?" Tomoyo ria.
"É porque vocês não tem que aturar ela igual a uma doida gesticulando, se agarrando no seu pescoço fazendo criancices. O Yukito pode não se lembrar do momento em que eu assumo o corpo, mas eu me lembro." Yue estava indignado.
"O que você disse não é verdade. Esqueceu que eu moro com a Nakuru?" Eriol disse achando graça e se virou para Tomoyo. "Eu não me lembro do Yue tão reclamão."
"Pois eu não me lembro dele sem reclamar." Tomoyo disse dando um beijo na bochecha de Yue.
"Humpf! Já estou até imaginando como vai ser no festival. Convence a Sakura a me deixar dormindo no báculo ou então a me dar alguma tarefa a fazer Tomy."
"Ah não, eu quero todo mundo lá! Eu prometo que te roubo um pouquinho e a gente fica junto."
"O que é isso?! Estão planejando uma traição na minha frente!" Eriol se fingiu indignado.
"É claro querido você sabe que eu não gosto de te enganar." Tomoyo e Yue começaram a rir, Eriol ao acompanhou.
Logo depois, Touya, Nakuru e SpinelSun retornaram cada um com uma braçada de frutinhas silvestres. Eles passaram uma tarde muito agradável.
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O Templo Tsukimini estava muito bonito e enfeitado, Carpas feitas de brilhantes tecidos tremulavam ao vento a toda volta, havia muitos rostos sorridentes, crianças sorridentes.
"Até que em fim! Pensei que não fossem chegar mais!" Nakuru estava muito anima, como ficava em todas as comemorações. Ela agarrou no braço de Yukito que chegava junto com Touya e Tomoyo.
"Oi Eriol. Chegaram cedo, né?" Tomoyo largou Touya e foi dar um beijo em Eriol.
"Nós não chegamos cedo, você é que chegaram tarde." Nakuru replicou.
"Nós chegamos cedo sim. E por sua causa que parecia que o chão estava pegando fogo de tanto que você sasaricava pela casa." Eriol disse sempre com seu sorriso nos lábios.
"Mas mudando de assunto. Gostaram do meu Kimono?" Nakuru deu uma volta para mostrar seu Kimono azul anil com diversas Carpas bordadas.
"Mas, Nakuru que eu me lembre hoje não é necessário o uso de Kimono." Yukito comentou inocente.
"Ah, mas eu queria entrar no clima da festa." Ela disse simplesmente.
"A Sakura e Shaoran estão chegando!" Tomoyo disse animada.
Sakura e Shaoran se aproximavam dos amigos fazendo um contraste. Sakura usava um vestido para grávida lilás até os joelhos, parecia uma bata, sua barriga de cinco meses, estava enorme o que deixava os movimentos de Sakura mais lentos mas ainda assim a deixava mais bonita já que ela estava incrivelmente feliz. Shaoran por outro lado parecia estar muito mais animado do que Sakura, ele trazia umas dez Carpas coloridas presas por fitas, era um perfeito chamariz para crianças, mal ele pôs os pés no templo e um monte delas ficaram a volta dele mas ele nem se chateava, ficava encantado por estar com eles.
"Dá pra acreditar! Ele parece uma criança!" Sakura se indignava.
"Ele só está feliz Sakura." Tomoyo a abraçou. "E ele tem motivo, um filho é sempre uma alegria." Tomoyo colocou a mão em cima da barriga de sakura, uma melancolia se apossou dela que engoliu em seco, Touya percebendo tratou de mudar de assunto.
"Ô Moleque você não fala com as pessoas não?"
"Desculpe cunhadinho mas as crianças me prenderam. Toma uma Carpa pra você, é em homenagem a seu sobrinho." Shaoran estendeu uma Carpa verde e prata para Touya.
"Obrigado, 'cunhadinho'" Touya puxou a Carpa para si.
"Vamos andar e ver o que tem aqui no templo!" Uma figura falou de dentro da bolsa de Nakuru.
"Oi Spi, não sabia que você vinha." Sakura disse.
"Pois é eu vim por espontânea pressão você sabe de quem né?" Spi deu uma olhada significativa em direção a Nakuru.
"O Kero está aqui na minha bolsa, você não quer ficar junto com ele?" Sakura ofereceu.
"Estou surpreso por até agora ele não ter se pronunciado." Spi fez uma cara confusa.
"É porque ele está ocupado." Sakura abriu a bolsa e dentro estava Kero muito concentrado comendo doces e mais doces. "Foi a única forma que eu encontrei de trazê-lo até aqui sem que ele fizesse escândalo." Sakura disse como quem pedia desculpas.
Spi pulou pra dentro da bolsa de Sakura e logo Kero sentiu sua presença.
"Oi Spi! Você quer um doce." Kero ofereceu.
"Não muito obrigado, você sabe que eu não posso." Spi cruzou os braços enquanto todos riam da cena.
"Então vamos entrar logo no templo e ver o que tem!!" Nakuru puxou todos para dentro.
Tomoyo continuou parada assistindo a todos os seus amigos entrarem felizes no templo, ela sentiu uma mão amiga pousar em seu ombro.
"É difícil não se lembrar, não é?"
"É sim, Touya. Às vezes bate uma saudade, principalmente quando eu vou com a Sakura comprar roupinhas de bebê."
"Você tem que seguir em frente, recomeçar sua vida. Por mim você recomeçaria com outra pessoa mas..." Touya de um sorriso com o canto da boca.
"Sabia que eu te amo Touya?" Ela olhou para ele como uma criança que procura consolo.
"Sabia sim. E eu também te amo muito minha priminha."
Touya a abraçou pelos ombros e os dois foram para o templo se encontrar com todos aqueles que eram importantes, todos aqueles que a muito tempo já era parte de uma única família. Mas será que a família estava completa? É o que vamos ver agora.
Todos estavam se divertindo muito, Nakuru e Shaoran mais do que todos. Tomoyo se sentia em paz como a muito não se sentia, Touya tinha razão, ela não podia deixar que fantasmas do passado atrapalhassem a vida nova que estava começando pra ela. Eles agora estavam comprando sorvetes.
"Ai o dia está perfeito!!" Tomoyo estava realmente muito feliz.
"Que bom que você gostou,Tomoyo. É muito bom ver que todos estão se divertindo." Kajo Mizuki apareceu diante deles trajando as tradicionais roupas de dama do templo, Kimono branco e Hakama vermelha.
"Retirem o que eu disse, o dia estava perfeito." Tomoyo resmungou de modo que somente Nakuru pôde ouvir.
"Tudo bem, eu também não vou com a cara dela." Nakuru cochichou no ouvido de Tomoyo antes de sair para falar com Kajo. "Kajo querida! Você não nos disse nada que ia voltar ao Japão." Nakuru dá um abraço em Kajo. "Estou muito feliz em te ver."
'Nossa como ela é falsa.' Tomoyo pensava divertida.
"Eu também estou muito contente em ver vocês."
"Professora Mizuki!!" Os olhos de Sakura brilhavam.
"Você ainda fica assim quando a vê?" Shaoran comentou.
"Eu não consigo evitar. T_T" Sakura se desculpou.
"Você está progredindo bastante, hein Sakura?" Mizuki disse. "E você como vai Touya?"
"Eu vou muito bem, achei que nunca mais fosse te ver novamente." Touya a encarou e logo depois a abraçou em cumprimento.
"Garanto que não perderíamos nada não a vendo nunca mais." Tomoyo resmungou baixinho.
"Disse alguma coisa Tomoyo?" Mizuki pareceu ouvir alguma coisa.
"Ah, não! Eu só disse, estou feliz de mais em te ver!" Ela deu um sorriso cínico para Mizuki e depois a abraçou, atrás de Mizuki estava Nakuru que levantou os polegares para Tomoyo e moveu os lábio de forma que apenas Tomoyo pudesse entender.
"É assim que se faz, tá aprendendo."
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"Venha para mim, meu doce Stephen, nós finalmente poderemos ficar juntos após tanto tempo."
O vento sussurrava pro entre as folhas e árvores, Touya caminhava até o lago do Templo como que enfeitiçado pela voz do vento.
"Venha meu amor, agora ninguém poderá nos separar."
Touya cada vez mais se aproximava do lago e agora já entrava nele.
"Só mais um passo e teremos a eternidade juntos, nós três."
Touya deu mais um passo e um redemoinho se formou a seus pés sugando-o para o fundo do lago.
"Touya." Tomoyo disse numa voz baixa e casual como se tivesse se lembrado dele agora.
"O que foi?" Eriol a perguntou.
"Nada, eu só me lembrei do Touya, a imagem dele me veio a mente." Tomoyo sorriu para Eriol.
"Se lembrou do Touya? Você acabou de separar um pouco dele e já está com saudade?" Eriol disse mal escondendo o ciúme.
"Não precisa ficar com ciúme. É só que eu e eles somos muito unidos, mas você é o homem que eu amo." Ela deu um selinho nele.
"Eu não estou cm ciúmes." Ela olhou nos olhos dele incrédula. "Sério. Eu sei que vocês dois são como irmãos. Eh... Vamos tomar um suco?"
Eriol a conduziu para uma barraca de sucos e Tomoyo riu dele pois sabia que ele estava se desviando do assunto, no entanto, enquanto caminhavam, Tomoyo olhou para o céus e as estrelas e uma tristeza se abateu dentro dela, mas foi muito rápido e logo ela já havia ido embora.
"Que bom encontrar vocês" Era Kajo. "Você viram o Touya? Eu não o estou encontrando."
"Mal o encontrou e já o perdeu?! Cuidado, você pode ficar sem ele, hien?" Tomoyo disse como uma brincadeira mas em cada palavra havia, destilado, um toque de veneno.
"Pois é." Kajo deu mais um sorriso.
"Ele deve estar com a Sakura ou o Yukito, vamos atrás deles." Eriol disse.
"Sakura! Shaoran!" Tomoyo chamava os amigos que estavam parados em frente a uma barraquinha de tiro ao alvo.
"O que você estão fazendo?" Eriol érguntou quando já estavam juntos.
"Estamos assistindo a uma disputa entre Yukito e Nakuru e devo dizer que está acirrada." Shaoran respondeu enquanto Sakura não desgrudava os olhos de Nakuru e Yukito que atiravam sem parar e não erravam uma.
Tomoyo voltou a sentir a sensação de tristeza em seu peito, como se uma parte dela estivesse indo embora, mas era bobagem pois uma parte dela já tinha ido embora uma vez. Minutos depois Yuki e Nakuru voltavam cada um segurando um pingüim de pelúcia, como nenhum dos dois errava, não teve como desempatar então o vendedor resolveu dar um bichinho pra cada.
"Que disputa acirrada, hein?" Kajo foi a primeira a comentar.
"Pois é, até hoje a Nakuru foi a única que conseguiu me acompanhar." Yukito dava um sorrisinho enquanto passava a mão no cabelo."
"Mas cadê o Touya Mizuki?" Sakura perguntou.
"Era justamente o que eu ia perguntar. Eu fui em casa rápido e ele ficou me esperando, mas quando eu voltei ele não estava mais." Kajo esplicou.
"Você não o viu Tomoyo?" Shaoran perguntou.
Tomoyo já não estava prestando atenção a nada do que falavam a sua volta, o sentimento de perda crescia a cada momento e ela já estava ficando deseperada.
"Tomoyo o que foi?" Eriol perguntou preocupado, já que ela olhava para todos os lados e parecia não estar naquele mundo, ele a virou para encará-la e notou que os olhos dela estavam cheios de lágrimas.
"Por favor, vamos procurar o Touya? Eu tenho que encontrá-lo." Ela pediu desesperada.
Depois disso todos se separaram a procura de Touya, de início eles tentaram sentir a presença dele mas já não havia sinal algum de sua magia. Então se dividiram em duplas, Tomoyo com Eriol, Sakura com Shaoran, Nakuru com Yukito e Kero e Spi que, com suas formas pequenas sobrevoaram a floresta onde ninguém podia vê-los.
"Acharam alguma coisa?" Tomoyo perguntava para Sakura.
"Não achamos nada." Sakura se lamentou.
Logo todos já estavam juntos, Nakuru voltou sozinha e disse que Yue resolveu aparecer e seguiu sozinho, logo depois eles ouviram a voz dele.
"Por aqui, eu encontrei algo."
Yue os guiou até o lago e logo que chegaram perceberam que tinha alguma coisa muito errada lá. Alguns peixes boiavam mortos na superfície do lago, os que estavam vivos agora podiam ser vistos claramente, o lago era profundo por isso em situação normal, os peixes não era visto já que ficavam no fundo, agora parecia que alguma coisa os impediam de submergir.
Eles se aproximaram mais, Shaoran fez menção de entrar no lago, mas uma espécie de barreira o repeliu. Eriol tentou quebrá-la com sua magia mas nada aconteceu, por fim Kerberus SpinelSun sobrevoaram o lago a procura de alguma coisa.
"Vocês precisam ver isso!!" Kerberus gritou.
Yue pegou Tomoyo nos braços, Shaoran montou em Kerberus, Sakura invocou a carta Alada, Kajo montou em SpineSun e Eriol evocou sua magia para flutuar, todos voaram até acima do centro do lago o que viram o deixaram de boca aberta. Cecíl e Touya jaziam no fundo do lago envoltos por uma barreia que impedia qualquer coisa de entrar em contato com eles. Eles logo descobriram o porque dos peixes mortos, Shaoran jogou uma pedra no lago e assim que ela encostou na barreira se desintegrou, provavelmente enquanto Cecíl erguia a barreira os peixes a volta morreram e os outros fugiram para a superfície.
"Sakura, eu sei que você tem que ser cautelosa agora que está tão perto de ter o seu bebê, mas vamos precisar de sua ajuda." Eriol disse em um tom sério que nada lembrava o rapaz brincalhão de antes.
"É claro Eriol, eu faço qualquer coisa pra salvar meu irmão." Sakura disse em tom choroso.
Todos voltaram para a beirada do lago. Tomoyo estava desolada, talvez se tivesse dado mais atenção aquela sensação de perda antes, Touya pudesse estar junto dela agora. Como que lendo seus pensamentos Mizuki disse em tom consolador.
"Não adianta se culpar, você nada poderia ter feito. 'Não existem coincidências..."
"Só o inevitável', já sei! Me poupe dos seus ditados." Tomoyo foi pra junto de Yue como sempre fazia quando se sentia perdida, Eriol se sentiu estranho por ela não ter se refugiado com ele mas compreendeu.
"Ao que me parece Cecíl está muito bem acomodada ali." Eriol começou. "O que temos que fazer é induzi-la a sair de lá. Vamos unir nossos poderes e causar uma comoção no lago, enquantos uns fazem isso os outros tentam atingir a barreira."
Todos concordaram.
"Sakura você vai agir no lago, confrontar a magia de outro feiticeiro é muito desgastante e você tem que se poupar." Shaoran instruiu e Sakura assentiu, ainda estava abalada com a imagem de seu irmão no fundo do lago sendo abraçado por Cecíl.
"Então Shaoran, Kajo, RubyMoon, Yue e Eu que temos os poderes parecidos, vamos atingir a barreira. Sakura, SpinelSun e Kerberus atingem o lago em si."
Todos foram para seus postos, Tomoyo ficou apenas assistindo a ação, se sentia inputil por não poder fazer nada para ajudar a pessoa que lhe era mais cara no mundo.
Sakura, Kerberus e SpinelSun, agitaram as águas do lago que pareceram ferver, eles dividiram a água e lançaram vapor quente a toda volta da barreira, os outros concentraram seus poderem em destruir a barreira, no início parecia que não ia adiantar, mas subitamente Cecíl abriu os olhos. A esse simples gesto todos foram lançados, Kerberus rapidamente amparou Sakura para evitar um contato brusco com o chão ou uma árvore.
Sem a presença da magia as águas agora voltavam para seu lugar com uma força gigantesca que partiria os ossos de quem estivesse no meio delas, mas antes que elas tocassem Cecíl e Touya a bola de energia que estava no lago levitou e ficou suspensa no ar. Cecíl agora estava completamente atenta e segurava um Touya desacordado em seus braços.
"Malditos vocês vieram tirar Stephen de mim novamente!"
"O quê?" Eriol não entendeu.
"Vocês vão se arrepender por atrapalharem nosso reencontro!!"
Uma gargalhada gélida tomou conta do lugar e a noite pareceu temer já que grossas nuvens cobriram o céu e tamparam o brilho da Lua.
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Mil desculpas a todos!!!!!! Eu sei que eu demorei séculos e séculos, mas me bateu um bloqueio, principalmente depois que o quinto livro do Harry Potter saiu, pra quem não sabe eu sou louca por HP, tenho até algumas fics sobre o tema.
Eu pensei em voltar a publicar só depois que eu terminasse toda a fic, mas eu terminei esse capítulo e fiquei com dó, principalmente depois de receber e-mails de leitores perguntando sobre o andamento da história, muito obrigada mesmo pelo carinho de vocês. Agora não se preocupem que depois que eu comecei esse capítulo as idéias pipocaram portanto acho (espero) que não vou demorar tanto para terminar, é essa fic está chegando ao fim.
Nem sei se eu mereço mas mesmo assim, por favor revisem esse capítulo!!!!! Até a próxima.
Beijinhos ^_^' (envergonhada pela demora com o capítulo)
