Capítulo: Dezoito

Preparativos para a guerra

Apesar de todas as caras feias de Shaoran, Eriol e Yue, pelo o que Tomoyo e Sakura tentaram fazer, eles resolveram que, em consideração ao retorno de Touya, eles deixariam as explicações para o outro dia.

Touya, por sua vez, estava muito feliz por poder ver os rostos de todos eles, até mesmo o moleque e o Eriol, mas principalmente estava contente por voltar a ver sua irmã, Sakura e constatar de que ela e seu sobrinho permaneciam bem, e por Tomoyo. Após todos irem se deitar três pessoas restaram acordadas observando céu noturno do telhado da mansão de Eriol.

"Achei que nunca mais fosse te ver de novo." – Tomoyo choramingava abraçada a Touya.

"Deixe de bobeira, já passou agora estamos todos bem." – Touya acariciava seus cabelos.

"Pelo menos por enquanto, não é?" – Yue admirava a lua distraído.

"Mas, diz pra gente o que aconteceu lá." – Tomoyo pediu.

"Eu já contei, foi só aquilo mesmo. Mas o que mais mexeu comigo foi o que eu vi depois de sair daquela torre. Eu me encontrei com Stephen."

"Como assim?"

"Eu estava quase desistindo quando o fantasma dele apareceu e me ajudou."

"Deve ter sido esquisito."

"E foi mesmo, Tomy. Exceto pelas roupas, era como seu eu me olhasse no espelho. Porque você está tão calado, Yue"

"Estou me lembrando de Stephen."

"Mas você disse que não se lembrava de nada!" – Tomoyo se levantou.

"E não lembrava mesmo, mas depois de tantos acontecimentos, algumas lembranças me vieram, só não consigo me lembrar de Ceres."

"Sabem, momentos antes de eu voltar, eu tive um sonho com o Stephen e a Cecíl, parecia ser o primeiro encontro deles. Eu pude sentir todo o sentimento dele por ela. Depois de ter sentido o que ele sentiu, continuo a não aprovar a atitude dele, mas acho que consigo entender." – Disse Touya meio deprimido.

"É verdade, o amor tem o poder de construir muitas coisas, mas, quando usado para destruir é muito mais devastador. Mas vamos esquecer isso pelo menos por hoje. Você está de volta, nós três estamos juntos de novo e todos dormem tranqüilamente."

"Tem razão Tomoyo, vamos deixar toda essa história de lado, pelo menos por hoje." – Yue dá um beijo em Tomoyo e os três vão dormir.

...oO.Oo...

"Muito bem mocinhas pedem começar a explicar o que vocês tinham na cabeça pra terem uma idéia tão idiota como aquela!" – Shaoran gritava para as duas completamente vermelho.

"Calma Shao, também na precisa exagerar, tudo acabou bem." – Yukito tentava acalmá-lo.

"Olha eu devo concordar com o moleque, fico agradecido por terem feito tudo pensando em mim, mas vocês poderiam ter se metido em uma bela encrenca."

"Obrigada pelo apoio Touya." – Sakura disse indignada e Touya fazia uma cara de quem se desculpa.

"Muito bem, como disse Yukito, o que importa é que tudo acabou bem." – Eriol disse.

"Eriol! Eu pensei que fosse me apoiar!"

"Me desculpe Shaoran, mas estou convencido de que jamais conseguiríamos detê-las seja lá o que fizéssemos, além do mais temos coisas mais urgentes para fazer como conseguir meus poderes de volta."

"O que você disse, Eriol?" – perguntou Touya que estava totalmente por fora.

"É que o Yuki lembrou que metade dos poderes de Clow está com meu pai, sendo assim, se o Eriol conseguir reavê-los ele ficará mais forte e talvez tenhamos alguma chance contra Cecíl."

"É uma ótima idéia. E vocês já descobriram como isso poderá ser feito?"

"Primeiramente teremos que falar com o pai de Sakura, não acho que ele vá se opor." – concluiu Nakuru. – "E depois teremos que fazer o ritual em um círculo mágico original e que tenha uma magia neutra, ou seja, não pode ter sido feito pela magia de nenhum de nós."

"Círculo mágico original?"

"É. Um círculo permanente que não pode ser transportado ou destruído, um círculo que nunca desaparece." – Eriol terminou o relato.

"E onde conseguiremos um?'" – Touya estava confuso.

"Você ficará surpreso Touya, por incrível que possa parecer existe um bem próximo de nós." – Tomoyo começou a dizer. – "E se localiza bem na minha casa."

...oO.Oo...

Quatro dias após o ocorrido, aquele estranho grupo se dirigiu para a mansão Daidouji, que agora se via envolta em uma grande teia de mistérios. Sonomi já os aguardava.

"Então vocês vieram mesmo. Mas porque demoraram tanto?"

"O Touya precisava se recuperar." – Shaoran explicou. – "Mas espere..."

"A senhora sabe o motivo de nossa vinda?" – Yue o interrompeu.

"Perfeitamente, o local já está preparado."

"Mamãe o que você nos esconde?"

"Tudo a seu tempo, minha filha, quando esta guerra terminar, terá todas as respostas para suas perguntas. Mas vocês não têm que chamar o personagem principal?"

Sonomi encerra o assunto, mas Tomoyo permanece bastante confusa.

"Pai?"

"Oi Touya! Há quanto tempo? Onde vocês estão?"

"Estamos na casa de Sonomi. Estamos te aguardando com urgência Você poderia vir até aqui?"

"Mas porque?"

"Quando o senhor chegar lhe explicaremos tudo, mas é urgente que venha."

"Tudo bem. Mas você sabe que eu estou na Irlanda, se eu conseguir logo um vôo só chegarei aí daqui a dois dias, no dia 20."

"Tudo bem, nós esperaremos, mas se apresse."

"Certo."

"Pai!"

"Sim?"

"Poderia dar uma passa em casa antes? Gostaria que me trouxesse uma coisa..."

...oO.Oo...

Finalmente Fujitaka chega à mansão, foi recebido com muita ansiedade por todos.

"Muito bem estou aqui, o que vocês querem?"

"Oras não se faça de idiota, por favor" – Sonomi protestou. – "Nunca acreditei na sua falsa inocência e não vou começar a acreditar agora. Você sabe porque está aqui!"

"Precisamos que o senhor me devolva meus poderes, até tudo terminar. O senhor deve ter percebido..." – Fujitaka interrompe Eriol.

"Sim eu sei de tudo, Sonomi tem razão. Farei o que for preciso."

"Finalmente resolveu tirar a máscara."

"Afinal onde fica o círculo mágico, mamãe?".

"Na ala Oeste".

"A Ala proibida?"

"Sim. Tentei te manter afastada de lá durante toda a sua vida para evitar seu contato com... certas coisas, mas fracassei. Vamos logo então."

...oO.Oo...

Eles foram em direção à Ala Oeste, a medida em que se aproximavam, o lugar ia ficando mais e mais sombrio, até que pararam em frente a uma porta de madeira rústica. Sonomi a abriu sem cerimônias e a frente deles se descortinou o breu, parecia um buraco negro pois não podiam enxergar nada ali.

"Acho melhor conjurarmos uma magia de luz, não é?" – Eriol disse já preparando para evocar sua magia.

"Não. Não será necessário." – Sonomi rebateu.

"Mamãe! Não dá pra enxergar coisa alguma ai dentro!"

Mas Sonomi não deu atenção à Tomoyo e começou a entrar naquela escuridão sem fim. Todos a seguiram e quando Kaho, a última da fila, finalmente já estava dentro do corredor a porta se fechou.

"Aiaiaiaiai! Está muito escuro!" – Sakura choramingou.

"Calma, Sakura, eu estou aqui, não se preocupe." – Shaoran tentou acalmá-la.

Mal ele terminou de proferir as últimas palavras, uma fila de archotes começou a acender até, mais ou menos, um metro a frente de Sonomi que os guiava. Magia. Todos pensaram. Mas como, se Sonomi não possuía poderes, ou pelo menos era o que eles pensavam, como se lesse os pensamentos de todos Sonomi se pronunciou:

"Todo esse lugar é mantido pela magia de Rubens, que ainda reside aqui, apesar de todos esses anos."

"Rubens! Lembro-me dele, chegamos a nos encontrar algumas vezes, inclusive ele fez questão de ver o Touya logo que ele nasceu." – Fujitaka comentou.

"Como assim? Meu pai possuía poderes!"

"Sim, Tomoyo, possuía. E era das mais poderosas." – Sonomi parou frente a uma imagem talhada na rocha, eles não haviam percebido, mas durante todo o caminho essas imagens os acompanharam. A imagem retratava uma colina onde se podia ver o sol se pondo e mais à frente, um carvalho muito antigo com um brasão talhado nele. Uma árvore partida por um raio e, dentro dela, uma espada.

"Eu conheço este brasão." – Eriol começou, mas é interrompido por Sonomi.

"Imagino que sim. Os Fowl." – Sonomi se vira para Tomoyo que, até então olhava admirada para o entalhe. – "Assim como seu pai, você tem sangue irlandês. Seu pai pertencia a esta família, e este deveria ser seu sobrenome, Tomoyo Fowl, mas Rubens me pediu que eu não o desse a você."

"E porque não?"

"Eu já disse, quando tudo acabar você terá todas as respostas para suas perguntas."

E seguiu em frente, todos também prosseguiram, exceto por Kaho, Eriol e Nakuru, que ainda olhavam para a imagem. Eles puderam perceber que os archotes vinham se apagando um metro atrás deles e a escuridão se aproximava.

"Acho melhor me acompanharem ou ficarão perdidos na escuridão. Exceto a de Rubens, magia alguma funciona aqui!" – Eles ouviram Sonomi dizer à frente e correram para acompanhá-los, mal eles saíram e o lugar onde antes eles estavam, se apagou.

...oO.Oo...

Apesar do cenário daquela terra ser de um branco e um inverno sem fim, o céu era claro e azul, mas uma mudança começa a ser feita e, o que antes era azul, começa a se tornar negro, tão negro como o mais profundo oceano. O céu e a terra agora se contrapunham em um preto e branco agourento e maléfico.

Uma mão começa a emergir do chão e, junto com ela, milhares de outras. A mão transformava-se em uma cabeça de pele azul e olhos petrificados, como se os séculos preso naquela terra os tivessem congelado para sempre. Depois um corpo coberto por escamas brilhantes e luzidias. Eles brotaram da terra como defuntos para o dia do juízo e marcham, como um exército, para a torre de marfim.

Uma figura vestida de vermelho e laranja e cujos cabelos pareciam um incêndio, se destacava em uma das janelas da torre brilhando como uma chama solitária no meio do gelo. Seus cabelos reluziam, e de todo o seu corpo emanava uma aura de energia incandescente, o fogo da batalha próxima tinha esse efeito nela, e quem a visse nesse dia jamais se esqueceria que sua face nunca esteve tão bela e tão cruel.

"É chegada a hora minhas crianças! Nos vingaremos daqueles que nos condenaram à solidão eterna!"

E guiados por tão singular dama, as criaturas seguiram rumo a seu destino.

...oO.Oo...

Finalmente eles chegaram ao fim daquele longo caminho. Saíram em uma ampla gruta que era iluminada por uma luz branca como a luz do dia e que ninguém conseguia imaginar de onde vinha, visto que eles deveriam estar há muitos metros da superfície.

"Mas o que é isso!" – Sakura olhava abismada para aquele lugar, as mão cobrindo a boca e um misto de admiração e temor em seus olhos.

Ela tonteou e logo foi amparada por seu marido que, junto com os outros, ficaram bastante preocupados.

"O que aconteceu, Sakura!" – Touya perguntou, mas ela não conseguia responder.

Olhava para todos os lados relembrando cada detalhe. A gruta na verdade era um grande templo esculpido na rocha bruta, corria um córrego a um canto e, dispostos em quatro cantos distintos, quatro estátuas esculpidas em cristal e diamante, um homem envolto em chamas feito em cristal vermelho, uma sereia feita em diamante azul, uma ninfa feita em cristal amarelo e uma fada feita em diamante verde. Podia-se observar algumas valas na rocha onde poderia muito bem caber uma pessoa em pé, na verdade algumas estavam vazias, mas outras estavam tampadas por uma espécie de cristal.

"O lugar lhe parece família, Sakura?" – Sonomi pergunta a seu lado.

"Na verdade parece sim." – Sakura olha para o centro. – "Mas no sonho que eu tive havia um altar ao invés desse círculo aqui no centro." – Disse ela se postando no centro de uma estrela de cinco pontas feita em pedras brancas e cujas pontas tocavam em um círculo também em pedras brancas, e preenchendo os espaços vazios, olho de tigre negro.

"O altar foi substituído por Rubens quando ele construiu esse templo, segundo ele altares não são bem vistos pela família dele." – Sonomi disse enquanto retirava Sakura do círculo. – "Melhor sair daí."

"Mas onde antes você viu este lugar?" – Kerberus pôs em palavras o que todos se indagavam.

"Lembram quando Cecíl apareceu pela primeira vez? Eu contei a visão que tive com ela, sobre o sacrifício, sobre o templo, e... Era este o lugar, exatamente cada detalhe, exceto pelo círculo."

"Na verdade não era esse lugar, mas um bastante parecido." – Sonomi concluiu. – "Agora, sei que vocês têm muitas perguntas a fazer, principalmente você, minha querida." – Ela disse olhando para Tomoyo que assentiu com a cabeça. – "Mas creio que tenham coisas mais importantes a fazer, estou certa?"

"Totalmente." – Yue se pronunciou. – "Não podemos perder tempo. Eriol, inicie logo o ritual."

"Por favor, senhor Kinomoto..." – Começou ele.

"Pode me chamar de Fujitaka, somos quase um só não é verdade?" – Disse com seu clássico sorriso. Eriol deu um sorriso semelhante.

"Pois muito bem. Fujitaka, por favor vista esse manto branco." – E entregou uma veste a Fujitaka que, prontamente o vestiu. Depois, Eriol também colocou um longo manto só que negro. – "Agora tempos que entrar juntos no centro da estrela, no pentagrama."

Eles se foram e ficaram lado a lado, mas Eriol não fez mais nada.

"E agora?" – Perguntou Touya que não tinha participado da pesquisa.

"Na verdade, só dizia isso no livro." – Eriol disse sem graça.

"Não se preocupem, já está começando." – Mal Sonomi terminou a frase e o chão dentro do círculo parecia que se transformava em água pois se formavam ondas.

Chamas tomaram conta do círculo para depois serem varridas por uma forte rajada de vento, eles ficaram envoltos pela parede de vento enquanto uma luz forte e branca os banhava. Logo os dois começaram a se fundir, a insígnia de Clow surgiu no chão, tornaram a se separar, eram dois novamente, um ser de luz saiu de cada um e se fundiu no centro da insígnia, o corpo de Eriol parece atrair aquele homem feito de energia, até que todo o corpo absorve o poder e Eriol é lançado longe ao mesmo tempo em que Fujitaka cai desacordado.

"Pai!" – Touya e Sakura correram em socorro.

"Acalmem-se, ele está apenas desacordado." – Eriol disse enquanto se levantava massageando as costas, o impacto tinha sido muito forte.

"E então?" – Todos, até mesmo Sonomi, aguardavam ansiosos.

"Poso sentir meus poderes como antes, em sua plenitude, e até mais forte." – Eriol sorriu.

"Que bom, finalmente poderemos das um fim a tudo isso." – Tomoyo abraça Eriol.

Eles ouvem um som agudo tomar conta da gruta e logo observam os olhos das estátuas se abrindo, elas olharam para o teto e feixes de luz saíram e se encontraram no alto.

"Mamãe! O que está acontecendo!"

"Elas só fizeram isso quando Fujitaka e Nadeshico se casaram, quando Touya e Tomoyo nasceram e, finalmente, quando Tomoyo e Eriol se encontraram. Eles são os guardiões dos quatro ventos, apesar de cada um pertencer a um elemento, e estão protegendo o poder aqui presente, o que indica que um grande perigo se aproxima. Chegou a hora de vocês lutarem." – Sonomi explicou.

"Então vamos sair logo daqui." – Kaho disse já se dirigindo para a saída.

SpinelSun levou Fujitaka nas costas e todos começaram a subir até a mansão. Chegando lá puderam ouvir fortes trovões e ver a claridade dos raios. Nakuru correu para a janela.

"Vocês precisam ver isso aqui!"

E todos foram ver. O céu começou a se tingir de negro apesar de ainda ser de tarde, raios cortavam o espaço, enquanto uma forte ventania varria os quatro cantos.

"O que são aquilo?" – Sakura perguntou enojada.

"Parece ser o novo exército de Cecíl." – Yue disse calmamente.

"Sim mas... Oh! Meu Deus! O que eles estão fazendo?"

Os escamosos soldados azuis sugavam o ar em volta e várias das sombras, que antes eram pessoas, pareciam ser absorvidas por eles, após isso eles deixavam de ser azuis para se tornarem pessoas que, exceto por nadadeiras que saiam de seus braços e orelhas que mais pareciam brânquias, apresentavam olhos e peles normais.

"Eles estão absorvendo aquelas pobres almas." – Sakura estava perto das lágrimas.

"Vão logo!" – Sonomi os despertou do horrível pesadelo. – "Ficaremos aqui torcendo por vocês, tomarei conta de seu pai, Sakura. Boa sorte. A todos." – Disse olhando para Eriol.

Ele acena com a cabeça para ela. Já não era hora para intrigas, o mal já estava feito, tudo o que deveriam fazer agora era lutar para construir uma nova vida para todos. Era hora das velhas cicatrizes finalmente serem curadas. E assim eles rumaram para o que eles esperavam que fosse a última batalha.

...oO.Oo...

N/A1: Há quanto tempo! Estava com saudade das minhas N/As. Esse N/A é inútil mesmo, tá?

N/A2: Olho de Tigre é uma pedra preciosa de cor preta, acreditava-se que ela garantia a vida eterna.

N/A3: Mais uma que moção! Não sei se alguém viu o filme 'jovens bruxas', mas tem uma parte em que a personagem principal vai pedir ajuda a dona de uma loja de artigos místico e ela a leva até um templo atrás da loja com um círculo no chão e quando as duas estão em cima o chão começa a se mexer como ondas. Foi assim que eu imaginei o círculo se tornando como água.

Muito bem gente, estamos perto do fim. Peço desculpas pelas péssimas batalhas ao longo de toda a fic, mas definitivamente eu não sei descrever cenas de batalha, na verdade não sei descrever batalhas, ambientes, roupas, enfim sou um desastre com descrições então contei com a imaginação de vocês. Não se preocupem o próximo capítulo já está escrito, portanto eu não deixarei vocês com água na boca aguardando indefinidamente o final da história.

Beijos