N/A: Olá! Gostaria de agradecer à Nathoca Malfoy por ter comentado e gostaria de aproveitar pra dizer que não irei publicar todos os capítulos de uma vez porque estou aproveitando para arrumar os anteriores que foram publicados com algumas falhas. Quero agradecer tb à minha amiguinha Rach Snape. Vamos ao capítulo então.

Capítulo: dezenove

Em Guerra

Os guardiões estavam em suas formas originais e os outros guerreiros já se preparavam para a batalha, Shaoran pegou sua espada e Eriol conjurou seu báculo, Sakura também conjura o seu e Shaoran a olha apreensivo.

"Por favor Shao, não me impeça." Sakura olha no fundo dos olhos de seu marido, seu grande amor. Shaoran pôde ver todos os momentos juntos, todas batalhas enfrentadas juntos, eles se conheceram no calor da batalha e seria assim até o fim.

"É claro." – E ele a beija com amor.

"De qualquer forma é melhor mesmo que você esteja conosco, Cecíl me confessou estar atrás de mim e de você, Sakura. Se você ficar só vai ser uma presa fácil para ela.

Eles não perceberam um sorriso triste e ao mesmo tempo misterioso nos lábios de Sonomi.

"Use isto Sakura." – Sonomi coloca em Sakura um colar com um medalhão feito em osso contendo algumas runas. – "É um antigo amuleto celta. As mulheres celtas eram muito valorizadas no campo de batalha, era comum encontrar mulheres grávidas lutando nas guerras, elas sempre utilizavam um medalhão desses, as ajudavam a se proteger. Rubens me deu este aqui quando engravidei de Tomoyo, irá te proteger."

"Obrigada. Tia." – Sakura nunca a havia chamado de tia mas se sentiu bem por fazê-lo.

"Vamos então?" – Tomoyo chamou decidida e todos olharam para ela. – "Vocês não estão achando que eu vou ficar aqui enquanto vocês lutam, né? Olhem eu posso não ter magia mas eu fui muito bem treinada por Yue para conseguir me defender, se não me deixar ir todo aquele treinamento será sem fundamento."

"Eu acho que você deve ir e você vai" – Sonomi olhou como quem encerrava a questão e ninguém, por algum motivo, ousou discutir.

O grupo partiu para a batalha e Sonomi os acompanhou com o olhar até eles sumirem de vista.

'Você deve ir Tomoyoé seu destino.'

Ela fechou a porta e se voltou pra onde Fujitaka estava adormecido. Sentou a seu lado e acariciou seus cabelos.

"É chegada a hora, mas acho que vai dar tudo certo." – Ela olha para seu antigo professor. – "Todos merecemos uma nova chance, não acha?'

...ooO.Ooo...

O dia começa a dar lugar à noite como se o sol temesse testemunhar o que estava prestes a acontecer. O grupo se aproxima daquelas criaturas que estavam enfileiradas à espera. Tomoyo, Yue, Touya, Eriol, Sakura, Shaoran, RubyMoon, Kerberus, SpinelSun e Kaho enfileiraram-se frente a seus inimigos e eles se encararam como dois exércitos a espera da batalha.

Em verdade o número de combatentes era desproporcional mas o espírito daquele pequeno exército era capaz de fazer sucumbir qualquer outro. Cecíl não estava em lugar algum.

"Onde está a Cecíl?"

"Saudades de mim Touya?"

Sua voz se propagou pelo ar que começou a se agitar, Cecíl se materializou no vento.

"Puxa! Pensei que estivessem com medo e por isso se esconderam."

"Você só pode estar brincando!" – RubyMoon, irritada com o sarcasmo de Cecíl se lança contra ela na intenção de atingi-la, mas suas farpas de rubi nem ao menos toca aquela mulher e no mesmo instante são refletidas lançando RubyMoon longe.

"Guardiã tola. Por acaso esqueceu nosso último encontro na Inglaterra quando quase matei o gatinho?"

SpinelSun Ruge forte em sinal de reprovação.

Cecíl se eleva no ar e as correntes de vento ficam cada vez mais velozes logo se transformam em um verdadeiro vendaval e a poeira levantada pelo vento era jogada com tal velocidade que cortava as peles e tornava difícil a visão no ambiente.

"Tomem cuidado e não separem-se ela está tentando nos confundir!" – Eriol avisou seus amigos mas sua voz era abafada pelo uivo do vento.

Logo eles não conseguiam mais se ver e tinham que dispor de todos os seus outros sentidos para prever um possível ataque que poderia vir de qualquer lado. Sakura e Tomoyo estavam juntas de mãos dadas também preparadas para qualquer ataque.

"Tomoyo! Não estou conseguindo ver nenhum deles!"

"Eu também não! Mas não se preocupe eles sabem se cuidar!" – Tomoyo não largava a mão de sua prima e tentava, em vão, localizar algum de seus companheiros. A verdade é que ela estava nervosa, apesar de sua insistência por participar da luta ela sabia que ante a uma situação extrema não poderia fazer muita coisa, afinal, ela não possuía poderes mágicos. E ainda, estava sozinha com Sakura que além de grávida e com isso estar mais vulnerável, ao que parecia era o alvo de Cecíl.

"Tomoyo, sei que você deve estar muito preocupada e apreensiva, ao que parece, fomos separadas dos outros, estou grávida, e tenho que proteger a mim e a meu filho e você não possui poderes. Mas Yue confia em você e eu, apesar de estar com um barrigão enorme, sou ou não sou uma grande feiticeira?"

"Sakura..."

"Não se preocupe, nós duas conseguiremos."

Tomoyo permaneceu em silêncio e apesar da pouca visão, Sakura sabia que ela sorria.

...ooO.Ooo...

"Droga! Perdemos Tomoyo e Sakura!" – Touya protegia seu rosto com os braços e firmava seus pés no chão para não ser levado pelo vento.

CLintch!

Um som de metal cortando o chão pôde ser ouvido, era Shaoram que tinha acabado de fincar sua espada.

"O que você está fazendo moleque?"

"Tentando parar um pouco essa tempestade."

Realmente momentos depois o vento pareceu desacelerar um pouco mais mas ainda assim não era possível enxergar além de alguns metro. Eriol também estava com eles, no momento bastante concentrado.

"O que foi Eriol? Está sentindo algo?" – Shaoran largou sua espada foi até o mago.

"Estou tentando rastrear as duas, mas parece que há alguma coisa nesse vento que bloqueia meus poderes."

"Mas você é um inútil mesmo, hein? Nem com os poderes absorvidos do meu pai?" – Touya resmunga.

"Acontece que Cecíl me considera seu maior inimigo, logo todas as suas ações são meticulosamente calculadas para me atingir."

"Existe muito mais além de poderes." – Touya começou a caminhar como se tivesse encontrado uma trilha em meio à ventania. – "Vamos logo, acho que sei onde elas estão."

"E como você pode saber, hein?"

"Eu não sei, eu sinto. Agora vamos moleque, está me fazendo perder tempo."

...ooO.Oooo...

Kerberus há muito que tentava vencer as fortes correntes de vento mas não estava obtendo sucesso nem em voar, SpinelSun observava o esforço do amigo calmamente no chão. Finalmente Kerberus desiste e pousa ao lado da pantera.

"Até que enfim."

"O que foi sua pantera! Pelo menos eu não desisto fácil como você!"

"Eu não desisti. Apenas utilizei minha inteligência ao perceber que seria um esforço inútil e resolvi poupar minhas energias para quando tivermos um plano concreto."

"Isso é desculpa esfarrapada sua, caso não tenha percebido estamos perdidos uns dos outros e sem poder enxergar um palmo diante dos olhos!"

"Na verdade estou enxergando até mais."

"GRRRRRRHHHHH!"

Kerberus lança uma bola de energia na direção de SpinelSun, este, sempre calmo, simplesmente se desvia. Assim como os guardiões, a bola não consegue atravessar as correntes e volta para Kerberus que fica com o rosto todo queimado.

"Bem feito, agora virou churrasquinho de guardião"

"Parem de brincadeiras vocês dois!" – Kaho que até o momento estava alheia aos acontecimentos, finalmente volta sua atenção para eles. – "Por acaso vocês não estão sentindo a presença daquela mulher?"

"Hein!" – As duas feras param para sentir algum coisa.

"Cecíl está prestes a dar o bote e sinto que ela já tem um alvo em mente. Sigam-me!" – Os três partem protegidos pela barreira de Kaho."

...ooO.Ooo...

Tomoyo e Sakura permaneciam juntas e de mãos dadas para não se perderem, elas começaram a caminhar para procurar alguém, de repente Sakura pára.

"O que foi Sakura, Aconteceu alguma coisa?"

"Não foi nada Tomy, não precisa se preocupar." – Mas Tomoyo a olha apreensiva. – "Tudo bem, foi só o bebê que mexeu."

"Sério! Muito bem meu sobrinho está confiante mesmo em meio ao caos.

Ela se abaixa para sentir a barriga de Sakura quando esta grita.

"Tomoyo! Estamos sendo atacadas!"

Uma luz vem em direção as duas, elas se afastam e uma grande quantidade de energia se dispersa, mas elas não percebem que agora estão separadas e o ataque definitivo acontece.

Chamas vão de encontro à Sakura enquanto Tomoyo, preocupada em ajudar sua prima, não percebe um brilho prateado que vem em sua direção cada vez mais rápido.

"Tomoyo!"

Tomoyo se vira a tempo de ver Kaho com aquele mesmo sino que tantas vezes ajudou Sakura, agora se chocando com uma estaca de prata nas mãos de Cecíl. As duas se separam, neste momento o chão começa a tremer um monte de terras revolvidas surge entre elas.

Eriol, Shaoran e Touya aparecem e, no instante em que os tremores param a ventania também cessa.

"Vocês estão bem?" – Kerberus pergunta a todos.

"Sakura!" – Shaoran corre até ela que está amparada por Yue e RubiMoon.

"Eu estou bem Shaoran. No momento em que aquelas chamas vieram em minha direção, Yue fez uma parede de gelo na minha frente e RubyMoon me tirou dali." – Ela explicava abraçada a Shaoran.

"Foi por muito pouco, Cecíl planejou direitinho." – Eriol se pôs frente a frente com Cecíl que já estava de pé pronta para a luta.

"Estou vendo que vocês estão bem mais fortes que da última vez em que nos encontramos."

"Pode ter certeza Cecíl!" – Sakura gritou.

"Ótimo! Assim fica muito mais interessante. Ataquem minhas crianças!"

Logo após esta ordem, o grande exército de criaturas avançou contra eles e Eriol continuou a enfrentar Cecíl.

"Você não vai fugir desta vez, terá de me enfrentar!" – Eriol a desafiou.

"Nunca tive a intenção de fugir. Mago!"

Ela lança um feitiço sobre ele que prontamente se defende. Enquanto isso todos os outros se viam entretidos com aquele grande número de soldados, mas em um primeiro momento não estavam tendo problemas visto que podia-se ouvir um alto som de carne sendo retalhada, mas no mesmo instante em que os corpos deles caiam, novamente se recompunham.

"Isso não é possível! Nós os cortamos e eles se levantam novamente!" – Tomoyo tinha acabado de partir mais um ao meio e no instante seguinte ele se levantou.

"São mortos vivos. Isso não terminará nunca." – Kerberus continuava no encalço de um deles.

"Ai Ai Ai! Eu não gosto de mortos!" – Sakura choramingava enquanto lutava com eles.

"Não é hora para ter medo Sakura." – Shaoran a consolava.

"Calma aí, se eles são mortos vivos, então..." – Touya parecia ter alguma idéia sobre como derrotá-los. – "Moleque me empresta sua espada."

"Eu posso saber o porquê?"

"Não é hora para conversas me dê logo sua espada."

Shaoran a muito contragosto lhe entrega sua espada. Touya toma impulso e a lança em direção a um daqueles seres aquáticos acertando em cheio no lugar onde ficaria o coração.

"Não vai...

Shaoran começou a falar mas parou ante o que aconteceu. Após a espada transpassar seu peito, a criatura congelou-se por completo e depois explodiu em diversos pedaços e não voltou mais a se recompor.

"É isso! O ponto fraco deles é o coração, acertem o coração deles!"

"Como assim Touya?" – Kaho indagou.

"São mortos vivos, como os vampiros. Segundo as lendas o que se faz para matar um vampiro?"

"Acertem uma estaca no coração dele." – Tomoyo responde e logo após um barulho de zumbi explodindo é ouvido e ela lança mais uma Kunai no próximo zumbi.

"Aonde você conseguiu essa Kunais, Tomoyo?" – SpinelSun pergunta.

"O Yukito me deu de presente." – E ela dá um sorriso para Yue que corresponde com um sorriso discreto e cúmplice.

"Vamos nessa pessoal! Vamos matar zumbis!" – Shaoran incita e logo pedaços de zumbis se espalham por todos os lados.

...ooO.Ooo...

O grupo, finalmente, estava conseguindo algum resultado em relação aos zumbis, mas estes continuavam em grande número. Eriol permanceia no encalço de Cecíl o que o levou a se afastar de seus amigos. Eles vêem um clarão ao longe e ouvem um grito.

"Eriol precisa de ajuda!" – Sakura exclama.

"Nós vamos atrás dele."

Shaoran e Touya vão no auxílio de Eriol enquanto os outros permanecem em sua batalha. Sakura e Tomoyo formavam uma dupla excelente, qualquer zumbi que aproximasse demais era eliminado instantaneamente, os outros também estavam fazendo um ótimo trabalho.

Sakura derrota mais um zumbi mas quando se vira um deles lança um bafo gelado sobre ela que cai desmaiada.

"Droga!" – Tomoyo detona o zumbi e socorre sua prima.

"Como ela está?" – Yue se aproxima.

"Acho que está apenas desacordada. Saco!"

Um zumbi tenta atingi-las e Tomoyo logo o atinge com uma de suas kunais, porém outros chegam.

"Yue! Eu não vou conseguir defender a nós duas!"

"Não se preocupe, nós as defenderemos."

Todos os guardiões se reúnem em torno delas formando uma verdadeira barreira, nada passava por eles. Mesmo em todo aquele caos ela se sentiu muito bem, mais segura que nunca e agradecida por ter amigos tão valiosos quanto aqueles, até mesmo Kaho. Ela tinha que admitir que Kaho era uma mulher incrível e já a salvara antes.

"Vamos Sakura acorde, precisamos de você"

Ela abre os olhos.

"Nossa que frio! E estamos no verão."

"Você recebeu uma baforada de um zumbi. Isso explica o frio que está sentindo"

"Zumbis idiotas!" – Sakura se levanta de um pulo surpreendendo Tomoyo. – "Agora vocês me irritaram!"

"Alada!"

Ela alça vôo com suas asas e plaina sobre todos.

"Vocês me pagam! Disparo!"

Logo que a carta é evocada, uma espécie de nuvem elétrica surge no céu e lança disparos por todos os lados e são tantos e tão velozes, que logo o único ruído ouvido é o de corpos explodindo. Finalmente os disparos cessam deixando todo o ambiente no maior silêncio, não sobrou nenhum zumbi. Todos olham abismados para Sakura que desce calmamente até eles.

"Puxa! Sinto-me muito bem agora!"

E sorri triunfante.

"Spi, agora sabemos que não devemos irritar uma mulher grávida."

"É verdade Kerberus. Olha só o que pode nos acontecer."

Todos riem.

"Vamos, temos que nos juntar aos três."

Yue parte e eles vão atrás dele.

...ooO.Ooo...

Quando Touya e Shaoran chegaram Eriol havia sido atingido seriamente e agora estava ensangüentado no chão, um grande filete de sangue escorria pelo seu rosto. Eles se postam em frente a Eriol.

"Bem a tempo." – Eriol tenta se levantar.

"O que seria de você sem nós, moleque." – Touya sorri para Eriol.

"Hey! Moleque sou eu!" – Ao dizer isso Shaoran dispara contra Cecíl, apesar de ter conseguido ultrapassar a barreira que ela erguia, parte de sua magia se volta pra ele que só não se choca contra uma pilastra porque Touya e Eriol os amparam.

"Vocêé um moleque cabeça oca." – Touya o ergue.

"Que lindo, os três mosqueteiros."

Ela não dá tempo para eles se recuperarem e lança uma forte onda de luz que os encobre e logo sai arrastando tudo a sua volta.

"Segurem-se!"

Eriol e Touya se seguram como podem para não serem arrastados e estraçalhados como tudo a sua volta, enquanto isso Shaoran se concentra em sua espada para formar uma barreira, o esforço é muito grande já que o poder de Cecíl era muito superior.

"Não sei se vou suportar!"

"Eu te ajudo." – Eriol tenta reforçar a barreira utilizando seus poderes mas estava muito desgastado e golpe anterior em sua cabeça tinha sido muito violento, com isso seus poderes não são suficientes. "Sinto muito."

"Tudo bem, eu vou ter que conseguir."

É quando tudo se acalma e a luz se evapora, a barreira se desfaz e Shaoran cai exausto no chão.

"Vocês são mesmo persistentes."

"Você quer dizer resistentes, não? Você não vai conseguir nos derrotar tão fácil Cecíl" – Touya a desafia e Eriol já se coloca em posição de combate.

"Mas parece que o amigo de vocês não suportou o encargo."

Mesmo exausto e sem forças para levantar, Shaoran permanecia consciente e respondeu confiante.

"Eu ainda não morri!"

"Verdade. Mas será que os outros já?"

"O que você quer dizer!"

"Oras meu caro mago, vocês três estão aqui lutando comigo, três contra uma e ainda estão levando uma surra,devo dizer. Em compensação, há um exército inteiro lutando contra uma mulher grávida, uma garota sem poderes, uma mortal metida a querer salvar o dia e quatro guardiões que não conseguem salvar a si próprios. Já devem estar mortos."

Enquanto está voltada para eles uma estaca de cristal corta o vento e se crava em seu ombro.

"Maldição!"

"Nunca te ensinaram que não se deve subestimar os adversários?"

Yue seguido pelos outros surgem radiantes para o meio da cena.

"Que bom que vocês estão bem." – Tomoyo corre pra perto de Eriol e Touya e é seguida por Sakura. – "Eriol você está com um corte enorme na cabeça."

"Isso não importa agora, só que todos estamos vivos"

"Por enquanto, você quer dizer. Que pena guardião, mas você errou o alvo e o que é pior, perdeu o elemento surpresa."

"Engano seu Cecíl, eu não tinha intenções de te matar pelas costas, ao contrário de você eu tenho princípios."

"Princípios, aonde os princípios nos levam!"

Ela levanta as mãos para o alto e logo todo o chão começa a tremer. Montes de terra parecem brotar das profundezas e da mesma forma como começou o tremor parou.

"É só isso? Está perdendo o jeito..." – Ruby Moon se cala.

"Ela sumiu."

Tomoyo olha em volta e é como se Cecíl nunca tivesse estado ali.

"O que ela está aprontando agora?" – Kerberus se pergunta.

"Acho que já vamos descobrir."

Kaho aponta para um dos montes que começa a se movimentar, logo ele se quebra e de dentro de cada um deles, gárgulas começam a sair. Não eram em grande número, doze no total, mas eram vorazes e rápidas, imprevisíveis.

"Não estou conseguindo acertá-las." – Shaoran se queixa.

"É claro, são feitas de rocha! Sua espada não vai conseguir derrubá-las" – Touya o repreende e recebe um olhar carrancudo de volta.

As Gárgulas atacam rapidamente não dando tempo de pensar, eles se defendiam como podiam e utilizavam a intuição para prever de onde eles vinham.

"Socorro!"

Enquanto todos tentavam se defender duas delas carregaram Sakura dali sem que ninguém percebesse.

"Eles só queriam nos distrair!" – Eriol lança feitiços sobre os raptores que de nada adiantam.

Todas as atenções agora estavam voltadas para salvar Sakura com isso eles vão se dispersando sem que percebam, de repente Tomoyo se vê sozinha, nem ao menos uma gárgula estava perto dela.

Eles ainda corriam atrás daquele bando e essa tarefa ficava cada vez mais difícil já que as gárgulas podiam voar e escolhiam os lugares mais difíceis para passar.

"Eriol!"

"O que foi Kaho?"

"Lembro que uma vez quando fui à Notre Dame, me encantei com as gárgulas da igreja e procurei me informar sobre elas."

"Não é hora pra isso Kaho, minha irmã está correndo perigo!"

"Calma Touyaé que tinha uma lenda sobre as gárgulas acho que era :Sob o véu da noite elas vivem mas quando vier a luzà terra elas retornarão."

"O que isso que dizer! Não faz sentido, vamos logo estamos perdendo tempo."

Sem dar atenção à Kaho eles seguem a perseguição mas Yue pára perto dela.

"O que foi? Também me acha louca."

"Não. Acho que vejo uma luz."

"Então me mostra."

"Sob o véu da noite, hein?"

...ooO.Ooo...

"Touya!"

"Eriol!"

"Pessoal cadê vocês!"

Tomoyo andava sem rumo pela planície que apesar de não ter árvore alguma, tampouco deixava que ela visse alguém, ela estava completamente só.

"Eu não estou gostando nada disso."

Uma brisa faz seus cabelos esvoaçarem e seus pelos se eriçarem.

"Está me parecendo mais uma..."

"Armadilha?"

N/A1: Eu achei que esse fosse o penúltimo capítulo da história mas ele ficou realmente enorme, então resolvi dividi-lo em duas partes. O bom é que ele foi escrito como um só, logo não ficarão na expectativa, minha próxima postagem será com os dois capítulos finais, a continuação deste e o fim.

N/A2: Em uma de minhas pesquisas de culturas antigas, descobri que as mulheres celtas realmente eram muito importantes na sociedade celta que era praticamente igualitária com relação aos sexos. As mulheres iam pra guerra, tinham liberdade sexual, enfim, como eu gostaria de ter vivido naquela época.

N/A3: Um pouco mais de estudos, desta vez em livros de RPG. Descobri que o motivo pelo qual um vampiro morre quando lhe enfiam a estaca no peito é porque em sua condição de vampiro o coração fica em estado dormente, alheio a sentimentos, quando a estaca é cravada no coração é como se ele despertasse e o despertar do sentimento é muito doloroso e traumatizante para o vampiro que não resiste e acaba morrendo. Bom, isso foi o que eu li se é verdade já é uma outra história, se bem que em relação às lendas vampirescas, cada um fala uma coisa, né?

É isso aí pessoal, até o próximo capítulo .