Primavera, Verão, Outono, Inverno...Primavera, Verão...

Autor: Lady RR

DISCLAIMER: Todos os personagens da série "Sir Arthur Conan Doyle's The Lost World" são propriedade de John Landis, Telescene, Coote/Hayes, DirecTV, New Line Television, Space, Action Adventure Network, Goodman/Rosen Productions, e Richmel Productions (perdoem qualquer omissão).

COMMENTS: Esta fic participou do concurso do grupo Casa da Árvore em que tinha como objetivo escrever uma continuação ao ultimo episódio gravado da série The Lost World. A fic tem referências a vários episódios. No final do texto tem as notas, alguns dos nomes são acompanhados por números e quem tiver interesse deve ler as notas, mas isso não é obrigatório, o texto é compreensível sem a leitura das mesmas.

ALERTA: A idéia da fic é que algumas perguntas só sejam respondidas no decorrer da leitura, outras no final. Esse não é exatamente o texto final que entreguei para o concurso, corrigi uns erros de português (espero que todos) e segui algumas das sugestões que me deram, não todas porque sou teimosa e tenho dificuldades de mudar um texto que eu já escrevi, portanto os defeitos do texto continuam sendo culpa minha.

AGRADECIMENTOS: Queria agradecer a turma da Casa da Árvore sempre carinhosa e atenciosa com todos os seus participantes, também tenho que agradecer ao concurso que foi elaborado l�, sem ele este texto não teria nascido, não posso deixar de dizer muito obrigada às meninas que deram sugestões e me animaram a publicar a fic, principalmente Si (Zezé) e Cris Zanini.

AGRADECIMENTOS 2: Obrigada Rafinha, Cris, Nessa, Kakau, Claudia, Aline e Cintia.

Capítulo VIII: Desencontros, Encontros, Desencontros, Encontros...

Tenho razão de sentir saudade,

Tenho razão para sentir saudade de ti,

de nossa convivência em falas camaradas,

simples apertar de mãos, nem isso, voz

modulando sílabas conhecidas e banais

que eram sempre certeza e segurança.

Sim, tenho saudades.

Sim, acuso-te porque fizeste

o não previsto nas leis da amizade e da natureza

nem nos deixaste sequer o direito de indagar

porque o fizeste, porque te foste.

A um ausente – Carlos Drummond de Andrade

- Estou à procura do professor Arthur Summerlee, ele está na sala de conferências? – A pergunta saiu sem conseguir esconder o nervosismo e pressa do seu interlocutor.

- Não senhor, ele não está. – um atendente impassível, respondeu sem dar atenção ao cavalheiro agitado à sua frente.

- Então na biblioteca? – Ele quase engasga na frase, tentando não entrar correndo pelo prédio gritando o nome do professor, até ach�-lo.

- Senhor desculpe, mas o Professor Summerlee não está em nenhuma dependência do prédio.

- Como não? Acabei de vir da residência dele e me informaram que ele estaria aqui. – As palavras saíram quase gritadas e em um tom de acusação.

- Ele esteve, mas há esta hora ele e os outros já saíram para o almoço. – o rapaz estava acostumado com pessoas de ego inflado e sabendo que o melhor é não alimentar uma discussão, respondeu calmamente. Apesar de pensarem que para certas ocupações a pessoa não precisa de nenhum preparo especial, a realidade prova que isso não é completamente verdadeiro.

- Almoço? J�?...Ele voltou para sua casa? – Agora num tom sem agressão, mas ainda irritado, ele tenta organizar as idéias para saber que rumo tomar.

- Não senhor, os cavalheiros costumam almoçar juntos na quinta feira.

- Eles costumam almoçar em algum lugar em particular?

- Sim, sempre vão ao Radisson Edwardian Hampshire Hotel.

Ele nem agradeceu saiu pela rua na direção do hotel, seu sangue fervia, e a caminhada iria lhe fazer bem, o hotel ficava a poucas quadras, e talvez um pouco do ódio poderia arrefecer. Há dias Challenger andava furioso com o botânico escalado para ir na sua expedição, a viagem que fizeram juntos ao continente só aumentou a animosidade entre os dois, e nesta manhã as coisas pioraram devido a uma discussão que tiveram.

Dois homens de gênios fortes normalmente não devem andar juntos, ainda mais se um deles tem um temperamento explosivo e que não tem nenhum freio nas suas atitudes e palavras.

Challenger nunca admitiu ser contrariado ou questionado, e agora que provará suas teorias estava no ponto alto de sua carreira, não iria ficar aceitando passível os comentários arrogantes de qualquer um que se dizia um grande cientista, na cabeça do Challenger as palavras mais baixas é que serviam para classificar o botânico.

Agora sua raiva não estava totalmente direcionada somente a este homem, ele também estava irritado com o Summerlee que o indicar�, estava até imaginando que ele escolherá uma figura repugnante de propósito só para provoc�-lo.

Mas isto não ficaria assim, ele iria encontrar Summerlee e exigir que a Sociedade Botânica de Londres indicasse outra pessoa, ou em ultima hipótese pensava convencer aquele "velho" em ir novamente com ele.

Era assim que raciocinava Challenger, na sua ira não media palavras, ele andava e ia murmurando as palavras que diria ao antigo companheiro de viagem, as pessoas na rua o olhavam com desconfiança, mas ele não notava nada ao seu redor.

Virando a esquina ele avistará a entrada no hotel, só tinha que se manter calmo para não atropelar os carros enquanto tentava atravessar a rua.

No saguão do Radisson Edwardian Hampshire Hotel, Edward Malone esperava Hamed Ead, um ministro de Estado do Egito que estava em visita à Londres, o seu editor o mandará lá porque os boatos de uma mudança política no Cairo estavam se espalhando pela Inglaterra, e a região ainda era influência britânica.

Esta não era exatamente a área do Malone, mas um jornalista tem que ser versátil, ele leu algumas matérias sobre Ead e sobre a situação egípcia além é claro de estar a par dos boatos que corriam pela Câmara dos Lordes, suas perguntas estavam anotadas e ele tinha esperanças que tudo corresse bem e rapidamente.

- Sr Malone, o Sr. Ead pede que o senhor o encontre em seu quarto. – um jovem vestido num uniforme do hotel, o informou e abriu caminho para que ele passasse.

- Vá na frente. – foi tudo que Malone disse, afinal não conhecia o hotel e nem fazia idéia do número do quarto do seu entrevistado.

Ele não achou estranho a escolha do local da entrevista, pois não era exatamente incomum repórteres serem admitidos em quartos de hotel para fazerem o seu trabalho, ficou até feliz pois assim não seriam importunados pelo entre e sai de pessoas da sala de espera do hotel.

Eles pegaram o elevador e pararam no terceiro e ultimo andar, seguiram pelo largo corredor com aparadores e quadros com enormes molduras douradas, chegando no quarto 306 o rapaz parou e bateu, uma voz que veio de dentro deu permissão para entrarem, o rapaz abriu a porta e deu passagem para Malone e logo em seguida fechou a porta deixando hóspede e repórter sozinhos.

Malone já havia estado em quartos de hotéis luxuosos, mas às vezes era impossível não reparar neles, ele se encontrava perto da porta de onde ele só conseguia visualizar a sala de estar do quarto e a porta que deveria dar no closet, quarto de dormir e banheiro. A sala era toda acarpetada com tapetes no chão que com certeza eram persas, tinha um conjunto de sofá com um tecido também muito elegante e no canto uma poltrona bastante convidativa, onde o Sr. Ead estava sentado acabando de ler seu jornal e terminando o charuto.

Apesar de estarem no quarto de um hotel, o ambiente parecia mais a sala da casa de qualquer pessoa, não havia qualquer traço de que aquilo era um quarto, seu entrevistado estava vestido com um terno de griz, muito bem cortado que caia perfeitamente no seu corpo alto e esbelto. O senhor levantou dirigindo-se ao seu convidado, estendeu a mão num gesto educado de cumprimento, o qual foi correspondido, e assim Malone se concentrou na sua figura e no seu trabalho.

- Vamos nos sentar, e o senhor pode começar suas perguntas, peço que não se demore, porque tenho compromisso para o almoço.

Dirigindo-se ao local indicado pelo Sr. Ead, Malone pegou seu caderno de notas no bolso interno do seu paletó, e logo foi cumprindo seu papel, ciente de que deveria ser rápido, já que o compromisso era para o almoço eles realmente teriam pouco tempo pois já eram quase uma da tarde- É uma honra poder entrevistar o senhor, eu e meu jornal agradecemos a sua colaboração. E não se preocupe a entrevista será curta, se o senhor desejar interromper me avise.

E assim os dois homens se sentaram um em frente ao outro e seguiu-se a entrevista conforme combinado, o Sr. Ead, não sentiu necessidade de oferecer qualquer bebida ao repórter, era clara a posição social de ambos naquele ambiente, respondeu as perguntas prontamente sem se alongar muito, somente dando pequenas pistas do que estava acontecendo em sua terra e claro sem se comprometer, era tudo uma jogada política, e Malone logo percebeu que fora recebido com intenções claras para que a reportagem pressionasse o governo inglês, era um jogo de tubarões ao qual ele não estava acostumado e que também não o interessava.

Após uma dúzia de perguntas Malone, disse que estava satisfeito e que com aquele material teria uma boa matéria, agradeceu a paciência do seu entrevistado, e mais uma vez apresentou os comprimentos do seu jornal e dele mesmo. O Sr. Ead estendeu a mão para o repórter como um sinal de que tudo estava encerrado e que era realmente hora dele se retirar, assim Malone começou a se dirigir para a porta.

Enquanto o mensageiro passava com sua bagagem pela porta do quarto 308 em direção ao elevador, Marguerite olhava mais uma vez as gavetas e o guarda roupa para ver se não havia esquecido nada, ela mais uma vez estava de partida, e a sensação de que deixava alguma coisa para trás era novamente perturbadora.

Depois que voltou do Oriente ela tentou se sentir em casa, queria a sensação de pertencer a um lugar, Londres e Paris foram as duas cidades com que ela mais se identificou na vida, todo o movimento, limpeza, organização, a beleza dos parques, prédios, museus, a agitação, lugares onde as coisas aconteciam, onde nada nunca era monótono.

Ela passou seus dias caminhando pelas ruas que conhecia tão bem, entrando nas lojas chiques, visitando os museus e galerias, e até antigos conhecidos ela encontrou nestas semanas, mas infelizmente nada disso fez seu coração se acalmar, algo estava agitado dentro dela.

Tudo parecia certo e calmo, ninguém em especial representava algum perigo, ela nunca tinha vivido dias tão tranqüilos, mas dentro dela era como um mar agitado, ela sentia que ali não era o seu lugar, e havia decidido partir quando um conhecido disse que precisava de um intermediário numa negociação no Cairo, numa transação rentável com peças arqueológicas.

Artefatos egípcios sempre encontravam ávidos comprados na Europa, especialmente em Londres, e quem trazia estas peças para o país tinha um lucro considerável, não que ela precisasse de dinheiro, os diamantes que ela pegou na caverna que dava acesso à saída do planalto garantiram à ela não só sua paz com Xang mas uma vida mais do que confortável, e ela ainda tinha algumas pedras guardadas em lugares estratégicos.

A idéia de viajar, de fazer alguma coisa, de estar ocupada era muito atrativa para ela, porque ela tinha que equilibrar a calma ao seu redor com a tempestade dentro de si, então agitar um pouco o exterior talvez fosse a solução.

Seu navio partiria do porto às quatorze horas e trinta minutos, ela teria tempo suficiente de fechar sua conta, chegar ao porto e embarcar com calma, ela lembrou novamente do encontro com Challenger na ultima vez que esteve no porto, também se lembrou de que os jornais noticiaram seu retorno e que a Nova Expedição Challenger estava quase pronta para a partida. Por mais que ela lutasse com estes pensamentos, eles sempre voltavam a este assunto.

Ela balançou a mão em frente ao rosto como para ajudar a espantar esses pensamentos, parou em frente ao espelho e ajeitou o chapéu, atravessou a porta e se dirigiu ao elevador que o mensageiro já tinha chamado e estava a sua espera, ela entrou e a porta começou a se fechar, quando ouviu uma voz pedindo para esperar, mas já era tarde a porta já estava travada, e o elevador seguiu para baixo.

- Droga. – Foi tudo que saiu da sua boca, e se dirigiu para a escada, ele não estava disposto a esperar o elevador voltar, eram só três andares, era capaz dele chegar ao saguão mais rápido que o próprio elevador.

- Lamento muito que pense assim! – falava um risonho e empanturrado Summerlee – Meus netos são a luz da minha vida! As crianças são fabulosas.

- São barulhentas, sujas e mal-educadas, sempre estão atrapalhando, seja com suas inúmeras interrupções querendo atenção, sendo fazendo uma algazarra com suas brincadeiras, como um homem pode pensar com tamanha confusão! – um homem magro, alto, com um imenso bigode, falava como se fosse o dono da verdade, era o mais taciturno da mesa.

O grupo era formado por sete homens, todos que já passaram da casa dos 60, o mais novo do grupo tinha 65. Eram todos cientistas, especialistas em botânica, acostumados uns com os outros devido aos anos de convivência na Sociedade Botânica de Londres. Todas as quintas-feiras eles almoçavam juntos, o almoço era quase tão importante quanto às reuniões na Sociedade, para alguns era até mais importante.

Sempre começavam o almoço com o assunto da reunião que tiveram pela manhã, depois a conversa flanava por mais alguns assuntos científicos, podendo ser sobre botânica ou qualquer outra área, com a chegada do prato principal sempre se discutia política, e claro se reclamava dos liberais que iriam acabar com o país. Na sobremesa o assunto já ficava mais ameno, falavam de algum concerto, peça de teatro e como hoje falavam sobre suas famílias, alguns desviando o assunto propositadamente para seus netos. Summerlee era um que sempre tentava falar deles.

- Bem se vê que você não gosta delas.

O comentário saiu da boca de um dos homens mais calmos e ponderados do grupo, um homem não muito alto, não muito baixo, não muito gordo, não muito magro, não tinha muito cabelo, mas também não era careca, não era destituído de charme, mas também não era um homem charmoso, era aquela pessoa mediana, que nunca chamara muita atenção, nem dentro de casa, e muito menos na escola ou na sociedade, então ele teve muito tempo para se dedicar ao seu trabalho, e publicou uma enciclopédia botânica.

Alguns poderiam dizer que não tinha nada de novo ou qualquer coisa para se discutir sobre o trabalho dele, mas todos sem exceção consultavam a obra, não tinha um aluno de botânica que não conhecesse o livro, se tornou com o passar dos anos uma obra de referência, e apesar dele nunca ter sido laureado por isso, foi aceito em todos os grupos científicos sem muito alarde. Como estava acostumado a não ser o sempre das atenções, se adaptou a esta situação sem traumas ou mágoas. No grupo falava pouco, e quase sempre para conter alguma discussão que poderia esquentar os ânimos.

Todos gostavam da sua companhia, e ele e Summerlee se davam particularmente bem, se Arthur tivesse que dizer qual do grupo era seu amigo era ele. Ele era o único que visitava sua casa com regularidade e os dois costumavam ficar horas trabalhando na mesma estufa, sem trocarem muitas palavras, mas um fazendo companhia para o outro.

- Ainda bem que meu filho está morando no interior com as crianças, assim nos vemos raramente.

- Meus netos atualmente são minha maior fonte de aprendizado e alegria. – um orgulhoso e derretido Summerlee comentou como que lamentando o amigo não ter esses prazeres.

- Me diga o que uma criança pode ensinar? O que você poderia conversar com elas? Deixe eles crescerem um pouco mais aí poderemos ter uma relação decente, quando pequenos devem estar ligados as mulheres elas sim tem instinto para cuidar das crianças.

- Você é um tolo, meu velho! Meus netos me ensinam a ver tudo de maneira diferente e sempre me surpreendem, vocês não fazem idéia do que o mais novo fez outro dia!...Eu estava brincando com ele e fazendo cócegas e ele me sai com essa "Vovô, vovô pára porque eu estou sem oquisigêneo"...isso mesmo senhores oquisigêneo ele falou pausadamente, mas falou corretamente! Um menino de três anos! Onde ele aprendeu "oxigêneo"?...- ele não parava de rir enquanto contava a história, o grupo todo o acompanhou nas risadas e no bom humor.

Depois do rico almoço e do licor todos estavam bem dispostos e animados, e com essa história do Summerlee o almoço oficialmente terminou, eles estavam se levantando e preparando-se para deixar o restaurante.

- Estava tudo excelente, Alfred (17)!

- Como sempre, fomos muito bem atendidos.

- O melhor pato com laranja de Londres, Alfred! Transmita nossos cumprimentos ao cozinheiro.

- Com certeza senhores, obrigado por nos escolherem. Nos vemos na próxima semana. – Alfred era mâitre do restaurante há mais de uma década e conhecia muito bem todos do grupo. Ele os acompanhou até a porta do restaurante que dava acesso ao hall do hotel.

- Você vai demorar muito? – Roxton dirigia-se ao amigo.

- Não, só tenho que deixar um telegrama para eles transmitirem por mim, e deixar as instruções para onde eles devem mandar minha correspondência. Não se preocupe, e além disso temos muito tempo, o trem para Avebury ainda vai demorar para partir.

Os dois se recostaram no balcão da recepção. – Quando você vai deixar este hotel, e mudar para uma casa de verdade?

- Nunca! Uma casa significa, empregados, manutenção, dor de cabeça, aqui estou muito bem instalado, tenho tudo que quero, e com um maravilhoso serviço de quarto.

- Você parece alguém que conheço. E eu não posso negar que aqui os hóspedes são bem tratados.

- É o Radisson Edwardian Hampshire Hotel não é exatamente uma espelunca.

- Em que eu poderia lhe servir, senhor?

- Quero deixar um telegrama.

- Um momento, vou pegar o formulário.

- Então Roxton ainda animado com sua viagem para Amazônia?

- Claro que sim, nada me impedirá de ir, você deveria ir comigo.

- Não, muito obrigado, prefiro minha viagem para a Índia, você tem certeza que não quer ir comigo?

- Tenho sim, essa nossa viagem para Avebury vai ser nossa última por um bom tempo.

- Nossa estada em Avebury num tem nada de atrativa, tanto eu como você vamos para deixar tudo em ordem para podermos viajar, será uma viagem cansativa e principalmente aborrecida.

- Você é um pessimista!

- Pronto senhor aqui est�- Laurence se virou para o balcão e começou a preencher o formulário, enquanto Roxton admirava o imenso saguão do hotel decorado com móveis vitorianos, mas não muito espalhafatosos, a escada de mármore cárrara era majestosa e este foi um dos primeiros prédios em Londres que instalou um elevador, com o hall quase vazio eles podiam ouvir os ruídos que vinham do restaurante, ele era um dos mais movimentados da cidade, bastante conhecido por seus pratos, mas principalmente por ser um ponto de encontro.

- Acabei aqui! Vamos então.

- Finalmente – Roxton pegou seu chapéu de cima do balcão e começou a andar em direção à saída.

Sons de pessoas do restaurante, o barulho da rua, a campainha da recepção e o ruído do elevador se misturavam naquele saguão de entrada de um dos mais chiques hotéis de Londres...onde cinco pessoas podem se encontrar...ou não...

...o destino é um só...se for o destino deles, ele se cumprirá...

Continua...

Notas

Primavera, Verão, Outono, Inverno...Primavera, Verão... , inspirado no título de um filme de origem asiática.

(16) Hamed A. Ead, especialista em química, mas especificamente em história da contribuição dos egípcios para o desenvolvimento dos estudos científicos em torno da química.

(17) Alfred, mordomo do Batman.

Comentários são bem-vindos.