Capítulo 4 – O despertar de Cerin Amroth.

Apesar das eras seguirem seu caminho, sem esperar por ninguém, sendo notada pelos elfos e temida pelos homens, aquela noite, para Passolargo, as Eras se mesclaram e permitiram uma paz encantada para todos. As estrelas dominavam o céu como no verão, a brisa da primavera acariciava as árvores e as flores, a sonolência do outono transmitiam a sensação, a seus olhos, de um balé discreto e harmonioso. Seria uma noite de paz ou a magia de Lórien?

A rainha de Lórien o vestira de branco como um rei, mas em seu coração, ele se sentia como um menino, quando suas preocupações se resumiam a inventar maneiras de espantar a tristeza de Gilraen, sua mãe. Corajosa, ela o levara até Elrond, o meio-elfo, para poupa-lo da ira de Sauron. E nos anos vividos em sua companhia, Gilraen não vertera uma única lágrima. Cada dia era enfrentado com coragem, sua presença podia ser silenciosa, mas sentida. E ela o olhava daquela maneira, lembrou-se Passolargo, única, como alguém que olha um pequeno sonho e revive o momento de quando sua vida foi completa. E através do olhar da bela e valente Gilraen, ele descobriu o quanto ela o amava e conheceu a tristeza da sua alma. E ele fez tudo o que foi possível para mitigar essa dor, entretanto ele não sabia se tinha sido bem sucedido. E temia em seu coração a verdade: existia certas dores incapazes de serem apagadas. Guiado pelo rumo de seus pensamentos ele se afastou da festa, entre os talan, ele aproveitava a noite de paz, relembrando e revivendo seus dias até ali. O silêncio o protegia das mentiras, ao ouvir o som das palavras, Aragorn acreditava que poderia sentir até mesmo a diferença no tom de voz entre o bajulador e honesto. E novamente foi levado até aquela noite. Se podia mesmo ouvir a mentira, como acreditara em Cora? Estaria tão ansioso para fugir da solidão, em busca de uma palavra amiga, que fechara os olhos para verdade? Ou a dignidade restaurada de Cora foi o que pode pressentir desde o começo? E apesar de seus pensamentos cheios de dor e tristeza, àqueles que o contemplavam, lia em seu rosto maturidade e austeridade, e como ocorre com homens destinados a grandeza, o rosto de Aragorn tornava-se mais belo, apesar da severidade que os anos haviam lhe imposto, e assim Arwen Undómiel encontrou-o e pode perceber que os anos trouxeram a Aragorn sabedoria e pesar; um pesar de responsabilidade de quem aceita o seu destino, mas não o cobiça. Encantada, Arwen perguntou-se intimamente, se existia em Aragorn o rapaz que um dia a comparara com Luthién.

Entretanto, ela mesma temia a resposta, pois parte seu coração ansiosa pela resposta. E a Estrela Vespertina surpreendeu-se com sua reação: suas mãos tremiam e seu coração batia acelerado contando uma música que ela desconhecia, uma melodia tão suave e ao mesmo tempo pertubadora. Poderia ela se entregar a essa melodia? Seria uma melodia traiçoeira disposta apenas a fornecer um instante de paixão, e depois lança-la a tristeza infinita? – Arwen balançou a cabeça, desejando negar as advertências ouvidas durante sua existência. E concentrou em uma única afirmação, ouvida de seu próprio pai; as palavras ditas pelo senhor de Valfenda continham alegria e doçura. O rosto de seu pai, emitia uma luminosidade sem palavras, mesmo entre os elfos, quando falava de sua mãe: Lady Celebrian – Arwen fixou os olhos nas estrelas, e pode ver no brilho delas, a mesma luz que o pai trazia ao falar de sua mãe. E as palavras de Elrond voltaram a sua mente: "A minha existência, querida Arwen, encontra sentido em Celebrian. Cada dia que amanhece, traz no sol o brilho de seus cabelos. E os anos que vivi ao seu lado, preencheram toda a minha vida, com beleza e emoção." – Arwen recordou que o pai se tornou distante depois desta afirmação, uma distância estudada. E ela soube, ele não estava falando de sua mãe, ele estava falando de sua Celebrian, e a nesse momento Arwen viu-se ainda mais fascinada pelo poder que reinava na história dos pais. A história de amor de ambos não estava terminada. Nunca estaria. Seria essa melodia que cantava no seu coração?

Observou Aragorn, mais uma vez, e estremeceu. Ela poderia amá-lo para sempre ou já estaria amando? Ela precisava descobrir. E só havia uma forma de poder entender a melodia de seu coração e seus sonhos. Arwen teria de vencer a adoração que lia nos olhos de Aragorn, para saber se além desta adoração havia o amor infinito e luminoso.

Há muitos anos, Aragorn caminhava feliz ao descobri seu verdadeiro destino, no entanto a felicidade daquele momento tornou-se pálida ao ouvir o som da voz dela, e contemplá-la pela primeira vez. Lembrou-se do prelúdio daquele instante, perdido em um sonho, e consciente que o sentimento que ela despertava, este sentimento sim, poderia ser chamado de felicidade. Após tantas lutas, conhecendo a Terra-Média, seus seres, uma terra cheia de maldade e tristeza, mas também repleta de talento e potencial, havia amizade e amor. Aquela sensação de plenitude alcançou-o mais uma vez. E ele soube. Arwen Undómiel se aproximava. Fechou os olhos, e evitou virar-se, precisava recordar daquela sensação; aquela sensação que seria o bálsamo para os dias negros que viriam.

-Aragorn? – disse Arwen, ansiosa em saber como os olhos de seu admirador a contemplariam tantos anos. Quantos não perdiam a garra ao lutar contra os perigos reais, e não apenas aos sonhados pela fugaz e rebelde juventude. Em nenhum momento pensou que este fosse o caso de Aragorn, entretanto ela precisava saber, uma curiosidade, uma febre voraz libertava-se dentro dela.

Ele a ouviu, a voz dela tinha um tom de liberdade e alegria. Poderia a voz de alguém soar como a esperança? Como a voz dela, podia ao invês de partir seu coração como imaginou que aconteceria; tornou-o mais unido e pleno de sonhos outra vez? Aragorn virou-se e o silêncio prevaleceu entre eles.

Ela estava linda, ainda mais bela do que se lembrava. Suas lembranças tantas vezes revistas era um esboço tolo da realidade. Aragorn pensava no que dizer, mas o que poderia dizer a ela? De suas lutas, das traições, da Sombra que se aproximava a cada dia? Não, não, a vida dela era a luz e um dia ela partiria com seu belo povo; para que feri-la daquela forma, mostrando a crueldade do seu mundo. Ou dizer a ela o que seu coração e mente queria até mesmo cantar. Que nunca existiria alguém tão bela quanto ela. Não, ele seria ridículo, Aragorn pensou consigo mesmo, essas palavras são belas enquanto estão em nossa mente e em nosso coração, mas nos lábios, elas são no mínimo engraçadas.

Aos olhos de Arwen, ela pode ler muito mais do que as palavras podiam dizer, ele havia mudado muito, Aragorn tinha adquirido dos anos, beleza, sim, uma beleza mesclada: o rosto firme dos edain, a postura dos homens de Gondor, homens sinceros e valentes, mas em seus olhos havia a combinação da sabedoria dos elfos, aliado a todo amor e temor que sentia pelo seu povo. Pelos Valar! Ele havia mudado tanto, crescera em mente, e em seus olhos ... Ele estava ferido. Alguém o ferira. Arwen espantou-se com a dor que esta visão causou. Ele estava sofrendo. Antes Aragorn tivera sofrimentos e tristezas, mas este o pertubava, e Arwen sentiu que precisava fazer algo, não porque ele precisa-se, mas porque ela precisava conter essa dor. O sofrimento dele a tocava, era como também estar ferida.

Aragorn venceu o silêncio imposto pela admiração mútua.

-Lady Arwen, lembra-se de mim? – sua voz soou um pouco vacilante, e Aragorn reeprendeu-se por sua pergunta tola.

Arwen sorriu, decidida, respondeu -Como poderia esquecê-lo?

Algo na voz dela alegrou seu espírito, e Aragorn fez algo que pensava ter esquecido de fazer. Ele sorriu, um sorriso completo, e sem reservas.

-Lady Arwen, está brincando comigo? – sentia-se feliz e livre, ao menos aquela noite.

-Não. Eu estou sendo sincera. Sente-se comigo, Aragorn, vamos conversar. – Arwen então estendeu a mão para Aragorn, guiando-o, contando histórias sobre seus anos desde que se separaram. Através dos relatos dela, ele percebeu: a consciência do crescimento da Sombra também fazia parte do mundo de Arwen, ela também se preocupava. Ela falou de Elrond, e ela contou coisas que ele nem ao menos suspeitava. De um lado sentiu-se aliviado por saber com que afinco outros também se dedicavam a proteger a Terra-Média. E também sentia-se triste, a Sombra tornava-se a cada dia inevitável. Apesar de todas as lutas. Ele teria de enfrentar o mal que levara sua família ao exílio, e muitas vezes ao esquecimento. O rosto de Cora pedindo perdão em seus braços, voltou a sua mente. E o sabor amargo da traição atingiu seus olhos, roubando a luz que Arwen trouxera..

- O que houve, Aragorn? Você mudou. – observou Arwen, o brilho dos olhos do herdeiro de Isildur havia se tornado distante.

-Não se preocupe. – alegou, lançando suas dúvidas ao silêncio.

-Conte-me. – Arwen disse com firmeza.

-Lady Arwen, eu não posso contar meus temores. Apenas iria aborrecê-la. – contemporizou Aragorn.

-Lady Arwen? Arwen é o meu nome para você, não coloque esta distância entre nós. Na última hora falei mais do que falo há muito tempo, Aragorn, se eu posso vencer a distância, você também pode. Tente. Conte-me, eu posso ouvi-lo, e não irei partir ou quebrar com suas palavras. – as palavras começadas de forma suave não podiam esconder a nota de aborrecimento de Arwen, ela precisava saber se o afeto que ele tinha por ela, nascia apenas de sua beleza ou se ele confiava nela! Confiava o suficiente para contar o que o atormentava. Pois ela, a Senhora de Imladris passou a perceber os próprios sentimentos com clareza: ela confiava nele, muito.

Os olhos de Aragorn fugiram da ira de Arwen, e encontraram o brilho da noite em Lórien. Ele deveria contar a ela? Os olhos dela brilhavam em curiosidade e indignação. Ele tinha pedido tantas noites que ela desejasse conhecer sobre sua vida, e agora ela pedia sua história.- Ele temia, fugia, ele queria tanto fugir. Aragorn buscou os conselhos de Galadriel, e ouviu suas sábias palavras, mas ele ainda estava incerto, aquele momento com Arwen, revelava sua fragilidade. Ele queria ser capaz, expulsar a Sombra para que ninguém sofresse, mas ele não detinha esse poder. Ninguém tinha, mas o desejo de vencer a dor pulsava cada vez mais forte. Forte, ele queria ser forte aos olhos dela, Arwen com tanta facilidade adivinhou seus sentimentos. Como ela poderia admira-lo, se visse sua fraqueza?

Arwen tocou o rosto de Aragorn, fazendo-o olhar para ela.

-Você ainda será você. Conte-me, não me afaste- ela murmurou, presa no olhar que se dividia entre o encanto e seus próprios temores. E Arwen quase duvidou que a voz fosse dele, quando ele começou a falar.

Ainda olhando para Arwen, ele encontrou sua coragem. Enquanto as palavras brincavam em sua mente, tentando entender o que poderia significar:"Você ainda será você" .

-Eu caí nas garras da traição, Arwen – ela vacilou, e seus olhos brilharam, oferecendo consolo. – Tenho trilhado muitos caminhos, e conhecendo as pessoas, sua natureza. – ele fez uma pausa,mas Arwen não temeu, ele não podia mais parar. – As Terras Ermas, Rohan, Gondor, sim, Arwen, até mesmo em Gondor eu estive. Sentia saudades de uma paz que nem ao menos me lembro. Uma paz que só conheci quando morava com seu pai. E em cada cidade uma armadilha, nem sempre para o possível Herdeiro de Isildur, mas sempre, para o guardião que sou. Até o momento, além dos meus amigos guardiões, não conquistei uma amizade sincera. E aqueles que já foram sinceros, ou pereceram ou estavam mentindo. – a voz dele guardava uma amargura sem fim. – E a cada passo que dei, eu amava cada vez as cidades. E pensava no que poderia fazer, e agora não tenho mais tanta certeza. Alguém que eu respeitava, que eu amava, Arwen, traiu minha confiança, para no final se arrepender e redimir. Será este o destino dos homens: traição, arrependimento e redenção? O que eu posso fazer? Existe uma luta a ser travada, eu não a temo, Arwen, sei que é o meu destino, mas qual será a resposta, o fim? – Aragorn pareceu cansado enfim, havia tantas palavras e dores que ele não havia dito, e nem precisava. Ela podia sentir. Assim como podia sentir o imenso amor que devotava a Terra-Média, e a ela. Um amor sem igual.

Cada peça do sonho encontrava sentido nas palavras de Aragorn. Era ele! Talvez, ela tivesse sabido desde o princípio:

Ele clamaria seu nome, mesmo depois de sua partida.

Ele lutaria por ela, apenas pela lembrança dela. Vívida e real o suficiente para aquecer o seu espírito, e guiar a Terra-Média.

Ele guardaria este amor para suportar os dias negros, e revivia este amor nos dias de alegria, nos dias que ele havia esquecido.

O desabrochar deste sentimento a fez estremecer. Arwen sentiu-se despertar. Ela estava acordando ! Ela se sentia viva. Viva como nos primeiros dias de sua existência.

Aragorn... Estel... finalmente ela entendia o sentido da palavras dos homens, aquela palavra tão bela, e apesar de tudo desprezada. Milagre.

E com olhos brilhantes e uma voz mesclada de esperança e surpreendente paixão, Arwen impediu o silêncio de separá-los, seduzindo o guardião.

- Quando os primeiros elfos chegaram a Terra-Média, a paixão os guiava. A terra jovem em sua Primeira Era, sem medo ou remorso, meus ancestrais despertaram as árvores: ensinando-as falar, fascinados pela vida. O mal já existia naquele tempo, Estel. - O guardião ouviu-a dizer seu nome. O nome que a dor o fizera esquecer, um sobressalto passou pelo seu rosto, mas ela não viu. Seus olhos cintilavam distantes, buscando nas estrelas a história narrada pelos mais velhos.- E Arwen continuou-Sim, foram dias gloriosos; a coragem indômita em todos nós: elfos e homens. E todos amavam esta Terra. Como você ama, hoje e amara amanhã.Lutamos em todas as Eras contra a escuridão. Homens de Gondor, como Elendil, tão grandes que ainda hoje inspiram os jovens. Você é herdeiro deste passado. O passado – esta chama eterna em cada homem, em cada elfo. – Finalmente, Arwen voltou-se para ele, e seus olhos estavam marejados de lágrimas. E um pedido estava escrito em seu olhar, um pedido repleto de coragem da alta dama não hesitou em professar.

E Arwen disse-Venha comigo, Estel, venha até Cerin Amroth- O pedido dela continha ousadia e revelação. E Aragorn a seguiu, deixando se conduzir. Ele teria atendido a qualquer pedido dela.

Cerin Amroth – o coração do mundo antigo, lar dos amantes: Nimrodel e Amroth, amantes que se perderam, mas ainda se buscavam, pois a voz de Nimrodel podia ser ouvida, ela o chamava.

-Amroth! – a voz clamava, cheia de esperança, enquanto Amroth ainda lutava contra as ondas do destino que o separavam. Ele a encontraria.

A magia dos amantes, contudo, alimentava a colina verde: as niphrudil e as elanor espalhavam-se, as cores amarela e branca contrastando com o verde, e o doce perfume do amanhã. Nesse local, Arwen e Aragorn caminharam lado a lado, silenciosos, mas seus pensamentos caminhavam na mesma direção. E as mãos deles se entrelaçaram em uma união que nunca mais foi desfeita.

Arwen conhecia nos olhos de Estel, o significado de seus sonhos. E as dúvidas no coração do guardião foram expulsas; ambos cairão sob o feitiço de Cerin Amroth: o feitiço de revelar para as almas os sentimentos que sua mente e seu coração desconfiavam, entretanto não pretendiam aceitar ou ouvir. A voz de Nimrodel e a força de Amroth ,contudo não podia ser negadas. A verdade fazia seus corações baterem, e nos olhos do outro encontraram o que sempre haviam buscado.

E assim, Estel aceitou seu passado como bússola e não como destino, pois o amor de Arwen o protegia e guiava. Ao acordar, ela era sua realidade e ao dormir, seu mais precioso sonho. E, Arwen, valente e corajosa, como Luthien e Nimrodel antes dela, assumindo o amor como seu guia. E ela esperaria por ele, conhecendo a força da melodia.

Envoltos em um abraço. Aragorn sentia a respiração suave de Arwen, mas ela não falava, contudo ele podia ouvir sua voz.

Ela ergueu a cabeça e Estel viu lágrimas no rosto dela. Secou-as, mas logo ele próprio pode senti-las: as lágrimas de Lórien.

Uma chuva fina e suave passou a cair, e os elfos ergueram suas cabeças sentindo as gotas, a chuva contava uma história, uma melodia. E parte dela era tristeza, e também benção. As lágrimas de Lórien cantava a melodia nascente em seus corações e que passava a ganhar forma e podia ser ouvida pelos elfos. E eles choravam, pois sabia que um dia, Arwen os deixaria, mas a melodia era bela demais para ser negada; bela demais para não ser amada.E as lágrimas se transformaram em felicidade. A melodia se espalharia, eles sabiam, e talvez fosse a mais letal armadura contra a escuridão que ameaçava a todos.

A colina assistia-os encantada: há muito ela aguardava por aqueles corações. E seu verde alimentava a coragem neles, e suas flores alimentavam a paixão dos amantes. E sua magia ouvia-a dizer a profecia:

-Eu me deitarei aqui. E morrerei. Mesmo nesse dia, eu ainda vou amá-lo, meu querido Estel.

-Não desejo a morte para você, Arwen. Você, vida, eterna vida! – alegou o guardião ainda inebriado pelo amor correspondido dela.

-A minha vida será eterna, se você me amar.- o sorriso travesso brincou nos lábios de Arwen.

-Então você nunca morrerá. Nunca. – sussurrou, buscando e recebendo o primeiro beijo de amor. O contato dos lábios expulsou a dor de Aragorn, ele a puxou para si inebriado pela paixão, então esse era o sabor da felicidade, pensou consigo mesmo. E sentido a resposta ardente nos lábios de Arwen, ele jurou para si mesmo nunca mais duvidar. A traição sempre viveria nos homens, mas valia a pena viver pelo bem. Pois ele não era detentor da sabedoria do destino. A ele, Aragorn, cabia apenas viver pelo amor.

Um beijo que os preencheu de calor e de vida. A história de ambos estavam começando e Arwen, estava certa , não teria fim, ela estava selando o futuro, com sua coragem, ela abandonara paraíso em busca do coração de um homem. E havia encontrado.